Tudo começou quando tia Filó voltou de uma consulta com a recomendação de não dirigir. Morava conosco e, muito ativa para seus 75 anos, não se sentia bem me pedindo para levá-la aos seus chás com amigas, sessões de fisioterapia e demais compromissos da sua agitada terceira idade.
Decidimos então buscar um motorista e contratamos - tchã-nam! - o Jarbas. Tinha mais ou menos a minha idade, rapaz tímido, conhecíamo-lo da transportadora. Era muito prudente, talvez um pouco lento para a operação de transporte e nos pareceu o ideal para tia Filó, que tinha horror à velocidade.
Tudo corria dentro da rotina até que certo dia, enquanto arrumava o quarto, notei que minha gaveta de calcinhas parecia ter sido revirada. Nada que saltasse aos olhos, mas como costumo ordená-las por cor, percebi algumas cores trocadas. Na hora pensei que tivesse sido a empregada e não dei importância ao fato.
Umas duas semanas mais tarde, notei novamente a mudança na ordem das calcinhas, só que quinta era o dia de folga da empregada. Apenas o Jarbas estava em casa... Fiquei furiosa e quis demiti-lo na hora! Decidida, enquanto descia à garagem, pensava numa maneira de fazê-lo se arrepender amargamente daquele ridículo abuso. Enquanto caminhava, não, marchava à garagem, fui elaborando a lista: demissão por justa causa, processo por danos morais, assédio sexual... Mas, casa grande tem dessas vantagens, no caminho também deu tempo de lembrar não tinha provas de nada. Até me vi diante de um juiz explicando que a ordem das calcinhas... não! Precisava de provas cabais. Um flagrante! Isso!
Naquela época, quinta-feira era o dia em que as crianças tinham aulas extras e ficavam na escola a tarde toda. Eu aproveitava para ir à academia, mercado e outros afazeres domésticos. Na quinta seguinte, saí para ir à academia, como de costume, mas parei o carro duas quadras adiante e voltei pra casa em silêncio total. Pé ante pé, desci à garagem.
Abro aqui um parêntese para explicar que anexo à garagem fica o quarto da empregada. Ela não dorme lá, nem o Jarbas, mas ele passava as horas ali enquanto aguardava a hora para levar ou buscar minha tinha de algum compromisso. Na parte superior do quarto tem uma janela de ventilação, que dá numa lateral coberta da casa. Esse ponto é bastante escuro porque não pega sol, de forma que quem olha de fora tem uma boa visão do quarto sem poder ser visto de dentro (na verdade não era pra ter vidro comum naquela janela, mas como nunca tivemos funcionários que dormissem no emprego, ficou o mais barato da época da construção e nunca mudamos depois).
Pois bem, eis que minha suspeita se confirmava... ali adiante eu via Jarbas segurando minha calcinha. Beijava-a, e esfregava pelo seu corpo... Não tinha uma visão completa dele, mas era claro que estava nu e se acariciava. Ainda não estava se masturbando: o descarado estava nas suas preliminares, versão solo. Cheirava-a e mostrava-se deleitado com o aroma (será que não conhecia amaciante Fofo?). E aí veio o primeiro choque: após observar a cena por alguns segundos, percebi que não estava mais furiosa; pior, sentia um ligeiro comichão na minha xotinha... não sei por que, talvez a volúpia com que olhava minha calcinha, depois fechava os olhos e sorria feliz, talvez... Não sei; sei apenas que fiquei imobilizada. Continuei acompanhando a cena, Jarbas começava a se masturbar de fato. Não via seu membro, apenas o torso e seu braço se movendo cada vez mais rápido até suspirar e gozar de repente.
Eu estava indignada e excitada e, por conta disso, principalmente confusa. Não entendia como podia ao mesmo tempo me sentir indignada e excitada. Nem ao mesmo sabia se estava mais indignada com Jarbas ou comigo mesma. Com que direito minha xotinha ficara molhada?! Perdi o ímpeto do flagrante e saí de casa sorrateiramente tentando digerir meus sentimentos.
Vou poupar os leitores da minha auto-análise, mas nas semanas seguintes uma mudança se produziu em mim. Aceitei a 'homenagem' do Jarbas e passei a me sentir na verdade lisonjeada com o fato de ele se masturbar tendo a mim como musa inspiradora. Mais: comecei a me excitar com o desejo que ele sentia por mim e passei a fantasiar sendo possuída por ele. Lembrei que tinha um corpo bonito e imaginava diversas situações. Olha como o mundo dá voltas... Agora eu me masturbava pensando nele! Minha fantasia recorrente era que me surpreendia enquanto eu me masturbava e me violentava, tomado por um desejo incontrolável. Passei a dormir nua para dar mais realismo às minhas fantasias, quem sabe facilitar o ‘estupro’ que sofria nas fantasias?
Tanto me masturbei que comecei a considerar a possibilidade de consumar minha fantasia. Mas qualquer plano mais 'sério' esbarrava no fato do rapaz ser muito tímido, respeitoso. Embora o safado tivesse coragem de invadir meu quarto e mexer em minhas gavetas, quase tinha medo de falar comigo; corava até ao me dirigir a palavra. Jamais tomaria a iniciativa. E eu, por outro lado, também sou tímida. Não tenho coragem de encarar um homem e seduzi-lo acintosamente. E mesmo que tivesse, como é que eu ia encarar o Jarbas depois?
Provavelmente teríamos ficado nisso não fosse um acaso do destino. Eu sofria de insônia e procurei ajuda de um especialista no ramo que aparecera numa entrevista do jornal local. Voltei com um poderoso calmante produzido pelo laboratório do tal especialista (que naturalmente custava o triplo de qualquer calmante do mercado). Desconfiada que o milagroso remédio fosse um placebo, decidi experimentá-lo no dia que sucedesse uma boa noite de sono. Se funcionasse nessas circunstâncias, serviria em qualquer ocasião. No dia em questão, uma quinta-feira, Jarbas estava em casa porque havia levado tia Filó a um encontro com suas amigas e eu ficara de buscá-la (pois íamos juntas ao shopping mais tarde). Por desencargo de consciência, chamei-o e expliquei que ia tomar um calmante muito forte; que se ele não me visse na garagem até as quatro, deveria interfonar para me acordar.
Fui para o quarto, despi-me como já me era habitual e peguei a bula do remédio. Tão ininteligível e monótona era que acabei adormecendo sem tomar o remédio. Acordei com um clique na porta; ainda tateando a realidade, dei-me conta de que o Jarbas estava no quarto... e eu estava nua - deitada de lado, com as costas viradas para ele! Uma dose cavalar de adrenalina deve ter sido liberada em mim, minha cabeça era turbilhão; e acho que meu corpo ‘pensou’ mais rápido que eu. Senti um calor intenso, por um breve momento me faltou o ar, meus batimentos acelerando... fui tomada por uma explosão de tesão. Daria tudo para ter visto sua cara naquela hora. Ao invés da calcinha, podia me ver como vim ao mundo. Verdade que tinha deixado o quarto bastante escuro e certamente ele não via detalhes, mas eu pelo menos acho que essa 'meia visão' é mais tentadora do que o explícito (filme pornô pra mim é algo grotesco). Devo ter causado a impressão. No silêncio e na escuridão, eu de olhos cerrados o visualizava me saboreando com os olhos. Indeciso, resolveu testar a eficiência do meu remédio: 'Madame, madame'. Eu, quieta. Aproximou-se da cama, tocou em meu braço e chamou novamente. Mais alguns intermináveis segundos. Foi embora? Não, ouvi-o tirando a roupa. Meu coração disparou, batia tão forte que eu temia estar fazendo barulho. Sentia minha xotinha encharcada. Deitou-se ao meu lado, encostou-se em mim. Senti seu pinto duro, duríssimo, quentíssimo, tocar minha bunda, uma corrente elétrica me atravessou. Tocou minhas costas, deslizou sua mão pelo meu corpo, acariciou minha bunda. Eu me concentrava para fingir que dormia, que desespero! Eu estava prestes a implorar ‘me come!’ Posicionou o cacete duro entre minhas pernas e aí veio o segundo choque: parecia grande, mega, superlativo... a excitação foi a mil, nunca soube o significado prático de bem dotado até aquele dia... senti que posicionava a cabeça na entrada da minha xotinha, me arrependi. Não sei por que, mas pensei numa bola de golfe ao sentir a cabeça daquele cacetão tentando abrir passagem. Não tinha como parar agora, tentei relaxar e me concentrei nas novas sensações que ele me proporcionava. Cada centímetro produzia uma dorzinha e em seguida um tesão que emanava da minha xotinha para o corpo todo. Cada centímetro que entrava me abria como se eu fosse virgem de novo. Aquele mastro deslizava com dificuldade para dentro de mim, mesmo eu estando totalmente lubrificada. Eu tinha a impressão de sentir cada veia daquele cacete, não acreditava no prazer que ser penetrada assim me causava. Seu corpo colou-se ao meu, chegou ao fundo... Gozei!!! Forte, na buceta, inesperadamente. Nunca tinha gozado na buceta, mas gozei. Agora não era mais xotinha, era buceta. Não sei explicar, mas minha buceta ganhou vida própria e se tornou viva, sedenta de cacete. Começou um vagaroso vai-e-vem. Que pinto grosso, que pinto bom, me arregaçava em cada estocada. Discretamente levei o dedo ao clitoris e comecei a me masturbar, ele demasiadamente concentrado em seu próprio prazer para reparar em mim. Gozei, gozei, gozei... não sei quantas vezes, mas sei que nunca tão forte, cada gozo se propagando até as pontas dos pés, até o couro cabeludo... até meu estômago se contraiu quando seu pau explodiu dentro de mim. Gozei de corpo inteiro. Sentia as ondas do seu orgasmo e gozava um gozo ‘residual' cada vez que aquele cacetão pulsava dentro de mim. Cheguei a perder a consciência ou noção do tempo, da realidade, sei lá. Lembro que mordi o lençol para não gritar, lembro daquele cacete aplacado, amansado, saindo de dentro de mim, deixando um vazio, minha xotinha deliciosamente dolorida, Jarbas deixando o quarto. E aí sim eu dormi verdadeira e profundamente.