Dormimos junto, quando acordei com um barulho do meu celular. Era o Rafael.
Rafael- Alou? Felipe? A onde você estar? Preciso de você urgente no hospital.
Felipe- Alou! Rafael, o que ta acontecendo?
Rafael- Por favor Felipe, preciso de você, vem no hospital por favor.
Felipe- Sim eu vou, mas se acalma e me fala o que ta acontecendo.
Rafael- É o Bebe, ele ta muito mal, minha mãe foi viajar para a casa dela. To sozinho, vem aqui, por favor.
Felipe- Claro, eu to chegando.
Desliguei o telefone, eu estava muito abalado com aquilo, querendo ou não ele era o meu melhor amigo, e depois do que
eu fiz, ele precisava e mim.
Pedro- O que esse imbecil queria?
Felipe- Dar para parar de ter ciúmes por um momento.
Pedro- Fala!
Felipe- O filho dele ta no hospital.
Pedro- E?
Felipe- Frio demais você, ele é um bebê Pedro.
Pedro- Sim eu sei, mas você não tem mais nada haver com isso.
Felipe- Temos amizade, e devo isso a ele. Para com esse orgulho e ciúmes, se você quiser ficar comigo vai ter que entende que ele faz parte da minha vida.
Pedro- Então fica lá com ele.
Felipe- Imaturo.
Peguei minhas coisas e quando eu estava saindo ele segura meu braço, fazendo eu volta e dar de cara com ele, ficamos muito perto, sua pele quente, fez a minha arrepiar.
Pedro- Desculpe, eu perco a razão quando você fala sobre o... Rafael. Vai sim, ele precisa de você, mas promete voltar?
Ele falou tão bonitinho que fez quebrar meu coração.
Felipe- Sim, sua criançona, eu volto quando tudo estiver bem.
Pedro- Mas lembre-se seja discreto.
Felipe- Sim capitão.
Falei dando um selinho nele, quando ia sair ele me segurou pela nuca e me deu um beijo muito quente e gostoso. Se fica-se mais uns 5 minuto assim eu nunca mas sairia naquele lugar. Ele me fazia esquecer o mundo, nada mais tinha importância quando eu estava ao seu lado.
Foi correndo para o Hospital, chegando lá eu fiquei meio com receio de entrar, por que todas as vezes que eu estive aqui, foram experiências muito ruins. Como o ataque na mata, à morte de Laura, aquele local era traumatizante. Mas eu entrei
pelo Rafael, ele merecia isso.
Andando pelo corredor senti o cheiro daquele local, era algo como desinfetante, e também o silencio misturando com o eco, foi andando, ate achar a ala infantil. E lá estava Rafael, sentando em uma cadeira, com sua cabeça apoiada em seus joelhos, ele estava muito abatido, dava para se ver de longe.
Fiquei com muita pena dele, me sentir mal demais, parecia que eu tinha provocado isso, me odeie.
Chegando mais perto ele ouviu os passos, e levantou a cabeça, olha para o seu rosto era muito bom, passou um flash Black de todos nossos momentos, da infância ate esses dias, por um momento me sentir arrependido pelas minhas escolhas, mas lembrei do Pedro, ele era o cara certo, ele que fazia minha barriga se contorcer, ele que fazia num momento estar em calmaria, e quando o via tudo fica de ponta cabeça. E com o Rafael eu sentia um carinho enorme, uma ternura sem fim. E vi que o Rafael era como um irmão.
Seus olhos estavam vermelhos, via que ele chorou muito, fiquei assustando. Quando Rafael me viu ele mudou sua feição, parecia que vi um sorriso em seus lábios, mas foi breve, ele voltou com a sua cara seria, me assustando ainda mais.
Lembrei-me de quando ele me deu a noticia que a Laura estava morrendo, o filho dele não podia estar na mesma situação, é muito sofrimento para uma mesma pessoa.
Felipe- Rafael, o que pelo amor de Deus ta acontecendo?
Ele não respondeu só me abraçou muito forte, e desabou em choro, soluçou muito.
Eu esperei um momento, sentei com ele ainda me abraçado, passei a mão nas suas costas, ele sempre fazia isso comigo,
me sentir em um papel trocado.
Felipe- Rafael, você estar me preocupado, o que ouve com o Junior?
Rafael- Desculpe Felipe, eu to sozinho, minha mãe ta na casa dela, eu só pensei em você, me desculpe.
Ele falou limpando suas lagrimas, parecia que tinha passando o choro.
Felipe- Ele ta bem?
Rafael- Sim, eu que to muito assustando, nunca me sentir assim, essa criança é tudo que eu tenho.
Felipe- Para Rafael, e me conta por que ele ta aqui?
Rafael- Ele ficou com muita febre, e não parava de chorar, não sabia o que fazer. Agora ele ta fazendo alguns exames, os médicos tão com suspeita de meningite ou pneumonia, mas se Deus quiser será somente uma gripe forte.
Ele tinha voltando a chorar, sabia que a fé dele estava se acabando, e fiquei pensando nele, cuidar de uma criança sozinho não era fácil, era triste, não sabia como ele estava aguentando, e para ajudar um otário termina com ele.
Felipe- Rafael, me ouvi, vai dar tudo certo eu estou aqui com você.
Ele me olhou, pareceu que eu transmiti confiança para ele.
Felipe- Eu te falei que sempre vou estar com você, apesar dos erros que eu comenti. Odeio-me muito por isso, mas confia em mim, no final tudo vai dar certo, eu to com você.
Nós fomos interrompido por uma voz, era um medico.
Medico- Bom dia senhores.
Cumprimentamos ele, e o Rafael perguntou sobre seu filho.
Medico- Senhor Rafael tenha calma, o exame mostrou que é começo de um problema respiratório, estamos tratando seu filho com antibióticos, e suspeitamos que seja pneumonia.
Felipe- E ele vai ficar bem?
Medico- Temos que sim, estar no começo, ele vai ficar uns dias internado aqui. Fiquem tranquilos, o filho de vocês estar em ótimas mãos.
Eu não ia corrigi ele, não naquela hora.
Ele saiu e nós deixou sozinho de novo.
Felipe- Viu? Tudo vai ficar bem, por que sua mãe foi embora?
Rafael- Meu pai ficou doente, ela teve que ir cuidar dele.
Felipe- Ele ta bem?
Rafael- Sim, mas ela vai precisar ficar uns dias com ele lá.
Felipe- Posso ficar com vocês, enquanto ela não chega?
Rafael- Você tem certeza disso?
Felipe- Muita, eu to com vocês, o Junior também faz parte da minha vida.
Rafael- Obrigado.
Eu sorri para ele, mas no fundo pensei em Pedro, ele não ia gostar nada disso, mas Rafael precisava de mim, e não ia
deixar ele na mão.
Felipe- Eu só vou a minha casa pegar umas coisas e já volto.
Sair e foi para minha casa, chegando lá lembrei de Marcos. O que eu ia fazer, ele estava na minha casa, com iria explicar que ia ficar fora de casa por um tempo.
Cecilia- Oi, o que aconteceu filho?
Felipe- Tantas coisas Cece, mas depois te conto, onde estar o Marcos?
Cecília- Ele chegou a pouco tempo, estar no seu quarto.
Subi e fui para meu quarto, abri a porta e levei um susto imerso. Marcos estava de toalha saindo do banheiro, fiquei morrendo de vergonha. Mas aquele corpo era uma delicia, mas controlei meus pensamentos.
Felipe- Desculpe, fique a vontade.
Marcos- Para com isso menino, entra ai, o quarto é seu, esqueceu?
Felipe- Sim, mas se troca, por favor?
Marcos- Te incomoda tanto assim meu corpo? É feio?
Muito pelo contrario, era lindo, mas respirei, mas bem fundo e quando ia abri a boca ele fala.
Marcos- Ta bom, sai um pouco que vou trocar de roupa.
Ele me olhou com aquele cara de safada dele, ele estava jogando comigo, só podia ser.
Antes de eu sair ele deixa a toalha cair para pega uma cueca, mas fui mais rápido e não olhei e sair do quarto.
Depois de uns minutos ele me chama, agora ele estava vestindo, um short, uma camisa regata e o perfume dele era muito bom, perfume de macho.
Felipe- E podemos conversar?
Marcos- Claro, também tenho que te dizer uma coisa.
Felipe- Pode começar então.
Marcos- Vou me mudar amanha para minha casa.
Felipe- Por quê?
Marcos- Arrumei um serviço, não é muito na minha área, mas é bom, e agora posso ter a minha casa.
Felipe- A fica a vontade, minha casa é sua também.
Marcos- Eu sei, mas quero meu lugarzinho, você me entende né?
Felipe- Claro, mas quando precisar estamos de porta abertas.
Marcos- Muito obrigado, sua família e você são adoráveis, depois se vai lá em casa para você ver como ela é. Mas me
conta o que ia me dizer?
Felipe- Hum, eu ia falar que vou sair de casa por alguns dias, um filho do meu amigo ta doente, e tenho que ajuda-lo, ia fala para você fica a vontade aqui em casa.
Marcos- E a criança estar bem?
Felipe- Ta com pneumonia, mas vai ficar tudo bem.
Marcos- Que bom, espera comprei uma coisa para você.
Felipe- O que? Por quê?
Marcos- Fiquei 18 anos sem ver meu sobrinho, e amanha não é seu aniversario?
Felipe- Como? A claro é sim.
Puts eu tinha esquecido meu aniversario.
Marcos- Você esqueceu?
Felipe- Sim, e como você soube?
Marcos- Em breve você vai saber. Mas toma aqui.
Felipe- Não precisava.
Peguei aquela caixinha, era preta e media uns 20 cm, abri e lá dentro tinha um relógio lindo, todo colorido, e grande, minha cara.
Felipe- Que lindo, não posso aceitar, deve que foi muito caro.
Marcos- Se você fizer isso ficarei muito magoado, e você é meu único sobrinho, tenho que agradar.
Felipe- Obrigado.
Eu me aproximei dele muito sem jeito e o abracei, ele era quente, me deu um breve arrepio, logo eu soltei ele e fiquei vermelho.
Felipe- Vou ter que ir, fique a vontade aqui, amanha eu volto para saber a onde você mora.
Foi embora e voltei para o hospital, eu e o Rafael fizemos rodízio, de noite eu fiquei no hospital, ele foi para casa, e de madrugada ele voltou e eu fui para a casa do Rafael, mas antes liguei para o Pedro, dei uma desculpa e desliguei, ele não ficou nada contente, mas depois ia explicar para ele.
De manha foi para faculdade.
Chegando à sala me deparo com uma pessoa conhecida, olho na sua cara e vejo que é o Marcos, só que ele estava no
papel de professor, a só podia tá brincando.
Cheguei mais perto e falei.
Felipe- Agora meu tio é meu professor?
Marcos- Que coincidência em, mas relaxa não vou facilitar para você por causa disso.
Continua...
GENTE FIQUEI MAL EM SABER QUE VOU DEMORA UNS 15 DIAS PARA POSTA A OUTRA PARTE, RESOLVI ME DESCULPA COM VCS COM ESSA PARTE, ESPERO QUE GOSTEM, E ATE MAS, AMO VOCESS