Rogério me arrastou até o portão da escola. Eu nem racicionava direito, toda vez que fechava os olhos via Alex sangrando. Fiquei assim até conseguir racicionar direito.
_ Por favor, pare... _ Digo isso e travo minhas pernas.
_ O que foi, hein? Aquele garoto que começou.
Ele começa a me arrastar para o banheiro. Chegando lá, eu começo a chorar (sou chorão mesmo, pode falar).
_ Você o machucou... _ Susurro, abraço minhas pernas e começo a olhar o chão.
_ Não acredito que você tá preocupado com ele _ Rogério diz isso e vejo pelo canto do olho que ele está com raiva.
_ Destesto violência, detesto.
_ Ah, Entendi. Wanderson, olha para mim. _ Vejo que a expressão dele aliviou, mas continuo olhando para o chão. _ Olha para mim.
Ele torna a falar isso, mas desta vez ele pegou meu rosto e me fez olhar para ele. Ele foi meio... Bruto.
_ Eu só fiz aquilo para ele parar de encher nosso saco. Fica chatiado não. Vem levanta. _ Ele fica em pé e me estende a mão e eu aceito. _ Vamos embora.
_ Sim. _ Digo isso por que eu queria ir para casa, hoje era dia de lava-la, e estava ansioso por isso. Trabalhar me fazia esquecer os problemas.
Ele me deixou na porta da minha casa me deu um sorriso e disse:
_ Até amanhã.
_ Até.
Terminei de lavar a casa 2:30, e eu criei coragem para pedir uma coisa para minha mãe:
_ Mãe eu posso visitar um amigo?
Fechei meus olhos esperando ouvir uma bronca.
_ Fazer o que?
Ufa!
_ É que ele se machucou hoje e eu queria ver se ele estava melhor.
_ Tá bom. Só uma hora. Você já tá mocinho tem que aprender a sair e se divertir com amigos. Desde a morte do Yuri eu você não sai para visitar amigo algum, e eu fico preucapada. Só se lembre de uma coisa: não faça nada que desagrade a Deus, meu bebê.
_ Obrigado mamãe, eu te amo muito.
_ Também te amo, meu principe.
Eu tomo um banho caprichado e vou a casa de Alex que era perto da escola. Chegando lá eu bato palmas e Alex vem lá de dentro só com um shot tec-tel vermelho. Fico com remorcio, a bariga dele estava um pouco roxa. Ele se espanta ao me ver.
_ Nenem?
Eu já estava começando a gostar desse apelido.
_ Oi você tá bem? _ Pergunto de cabeça baixa.
_ Melhor agora, entrar aí.
Ele abre o portão e nós entramos.
_ Cadê seus pais?
_ Tão trabalhando.
_ Desculpa... _ Comecei a chorar e ele me abraça.
_ Você não teve culpa, foi ele que me atacou pelas costas.
_ Vo-você tá bem mesmo?
_ Sim... Ainda mais agrora que você ta aqui. Mas aquele você tem que sair de perto daquele garoto. _ Ele me desabraça. _ Aquele garoto é muito forte, se ele ficar bravo com você... Eu não quero que você se machuque. Eu gosto muito de você.
_ Mas segunda-feira, vocês três... Era muito para mim.
_ Eu queria você só pra mim, eu não ia deixar eles fazerem nada como você.
Bem ele, falou, falou e falou. Eu vou resumir, ele disse como els decidiram quem ia me pegar primeiro, ele disse que trapaceou para ele ser o primeiro. Depois que ele tirasse minha virgindade ele inventar uma desculpa para os outros não me comerem. Me pediu desculpa, ele só queria muito transar comigo. Até que eu interrompo ele:
_ E depois? Eu nem ia conseguir andar. Como eu chegar em casa?
_ Admito, não pensei nisso! Mas eu posso fazer as coisas diferente agora... _ Ele me abraça e fala no pé de ouvido, susurrando _ Não digo que vou ficar carinhosinho, eu não sou assim, mas vou fazer diferente.
Um arrepio passa pelo meu corpo, Alex afasta o rosto da minha orelha, e me beija. Um beijo calmo, ele começa a penetrar minha boca com a língua, e começa a me beijar com vontade. Eu tava de olhos fechados curtindo meu primeiro beijo, até que eu olho o relógio 3:56.
_ Eu tenho que ir _ Digo e saiu correndo deixando ele assustado.
_ Vou te ver amanhã?
_ Sim.
Chego em casa um pouco atrasado, mas minha mãe não estava brava.
Na hora de dormir pensei no dia doido que tive e as palavras de Alex voltou a mente: "E se ele ficar bravo com você..."
Rogério não me machucaria, certo?
Continua...