Parte 2:
Manuela tinha me falado que queria me contar algo tão serio pelo telefone que fui obrigado a falar a ela para vir ate a minha casa pessoalmente e tentar me contar tudo, Manuela estava com a voz triste sem reação.
Eu fui para a minha casa depois de ligar para Douglas e dizer a ele eu qualquer coisa eu iria para la, ele disse que meu amor estava a mesma coisa sem dar sinais nenhum.
Bom, então tinha que pelo menos fazer algo que poderia tomar meu tempo, sem deixar que eu pensasse muito nas coisas que estavam acontecendo, estava com medo, mas ao mesmo tempo estava disposto a enfrentar tudo isso para ter Nicolas de volta. Eram tantas coisas que estavam acontecendo, era ate o pai dele que estava agora querendo tirar ele do meu caminho.
Nada a ver isso, queria na verdade pegar o Nicolas da um sacudão nele, o fazer acordar pegar ele pela mão e sair de vez das vidas desses bando de pau no cu e tirar ele de perto deles.
Pego então minhas malas que ainda estavam montadas e começo a desmanchá-las colocando cada peça separada da outra, boto uma musica de fundo que saia pelo meu noot book fazendo ate ficar um ambiente agradável. Cantava comigo, mas era como se Nicolas não saísse de minha cabeça, não saísse da minha volta, eu sabia que tinha algo errado algo que não se encaixava nessa historia, algo que ainda não tivesse fundamento que tudo estivesse acontecendo.
Saber que na verdade nossa historia não tinha nem começado, eu sentia como se meus braços estivessem com quilos e quilos de cimento segurando eles, estavam cansados, eu estava assim, com a cabeça sem pensar muito, não estava conseguindo racioncinar direito, pensava as vezes em o que poderia fazer quando ele acordar desse coma...
O que mais poderia acontecer?
Manuela chegou, minha mãe ate pensou que eu tivesse um caso com ela, então como queria que ninguém mais soubesse alimentei a historia, Manuela vai ate a janela enquanto eu andava para dentro de meu quarto e fechava a porta.
- bruno..., olha..., eu não sei nem por onde começar...
- fala ai Manu, o que foi?
Manuela senta na minha cama com as mãos juntas, ela passa na cabeça colocando todo cabelo para trás.
- O Bernardo participava de assaltos a mão armada.
- que? Como que foi que descobriu isso? – sento- me na cama ao lado dela dobro os braços.
- uma amiga minha, que conhece a família dele, disse que a mãe de Bernardo passou um bocado nas mãos dele, disse que ele era uma pessoa que dava problemas quando era mais novo que a única possibilidade que eles tinham era internar ele por algum tempo e depois mandar para cá.
- mandaram para ca, como assim, ele então não era daqui?
- não ele era de Paraná, a mãe dele mora lá e o pai aqui, a mãe não aguentou o filho fazer tudo que fez e mandou ele para cá, como o pai dele é casca dura ele não tinha como sair das rédeas.
- caraca veio que filha da puta, ta, mas é só isso mesmo?
- a bomba você não sabe, olha bruno eu ainda tentei investigar mas não era como se as coisas nãos e encaixasse, eu vi com meus olhos, ouvi com meus próprios ouvidos e percebi assim mesmo.
- ai Manuela esta me assustando... – cruzo as minhas pernas. Manuela ainda passava mais uma vez a mão nas cabeça.
- eu acho que o Lucas conhece o Bernardo, por que a Amanda me disse algo sobre isso.
- te disse algo, mas a Amanda nem conhece o Lucas.
- olha bruno pelo amor de deus..., estou te contando tudo isso, sei como você é, estourado por que Nicolas vivia com medo que você fazia algo, mas não faça nada precisamos de provas pelo amor de deus não faça nada mesmo.- Manuela me pedia suspirava e meio que olhava para o outro lado.
- a Amanda esta tendo um caso com o Lucas.
- como assim, mas que porra meu..., que merda... com o Lucas mas a quanto tempo veio?
- desde de que voltamos para o camping...
- ta, mas então você acha que...
- ai eu não sei bruno não vou culpar algo assim que ainda não esta bem esclarecido, é tudo tão recente, tão nada a ver, são coisas que na verdade não se encaixam mas se você parar para pensar pelo outro lado se encaixam mais um pouco. Amanda esta diferente, Bernardo também, Lucas voltou assim do nada querendo ser seu amigo, isso é muito estranho.
- será que Nicolas esta bem em Manu, pois se deram uma paulada nele e colocaram em coma no hospital essa pessoa pode muito bem fazer algo a mais com ele.
- os pais dele estão lá, nem esquenta com isso, parece que vão ficar la essa noite com ele. Olha bruno é isso mesmo, mas e ai o que queria me falar?
Contei a Manuela que tinha visto Matheus indo embora, Manuela acho estranho também o fato de Bernardo ter saído da casa dele, era mesmo pois ate para mim, mas como Bernardo era da faculdade dele então não levei tanto a serio.
E também culpando alguém assim não tinha como, vai ver também que seria ate coincidência o que estava acontecendo em relação ao Bernardo
No outro dia me acordo com o meu quarto com uma bagunça daquelas, porra meu eu tinha que limpar ele, fazer as minhas coisas, então tomo um banho na corrida e do uma limpada rápido e depois ligo imediatamente para o hospital.
- bruno... – diz Douglas.
- e ai cara como é que esta o Nicolas?
- ele deu sinal meu, hoje pelas sete da manha, estava em observação, e mexeu a mao direita.
-QUEEEE? PUTA MERA. – largo o telefone saindo correndo com uma regata nas mãos, largo pela escada abaixo quase tropeçando no meu pai. – desculpa ai coroa.
- que isso bruno... ei bruno...
- fala ai... – paro na porta.
- como esta seu amigo?
- ele deu sinal veio ele deu sinal....
Largo correndo ao meu carro, coloco a camisa e largo em direção ao hospital, tento passar o mais rápido possível pelos carros, deixando para trás. Já tinha chegado la todo cambaleando, parecia que tinha participado de maratona, meu rosto estava suado...
- como ele esta cara fala ai.
- calminho fera esta eufórico, ele esta no mesmo lugar quando saiu daqui ontem a noite.
Passo a mão na cabeça caminho atrás de Douglas mexendo no casaco branco, acho que estava se arrumando, ele da alguns passos e olha para traz, rindo mais um pouco e olhando para meus braços.
- o que foi?
- bruno como que você vai entrar num hospital assim, ainda mais como um desses.
- assim como, to mau arrumado é isso?
- não é isso cara ate gostei da camisa, boa para malhar, mas vai pegar mau você entrar num quarto de hospital de regata né meu. Ainda mais com esses braços de fora cara, pelo menos ia matar umas três veias de uma vez do coração, as enfermeiras não vão querer trabalhar, e sem contar os gays que tem por aqui...
Do um sorriso meio tímido passando a mão pelo meus braços, caminho mais dois passinhos mínimos, e vejo ele começar a tirar o casaco.
- só hoje em, por que somos amigos, vai la ver seu amigo, que ta mais para seu irmão.
Pego o casaco que ele usava e largo correndo ate o seu quarto, não tinha ninguém quando cheguei, mas tinha percebido que Nicolas estava em outra posição. Tinha ate um pingo de esperança em ver ele mexer algo de seu corpo. Olho em volta e pego a sua mão, e a beijo.
- bom dia meu lindo. – beijo a sua testa, não sinto nada nem um apertão, Nicolas ainda continuava imóvel. A porta se abre de novo.
- bruno, tudo bem com você?
- Amanda, tudo sim, e vc. – falo assim eu viro para ela e largo com muita delicadeza a mão dele em cima do lençol. Nicolas acho que nem suspirava direito.
- tudo bem, acho que você já sabe né? – ela diz com a voz um pouco para baixo.
- sabe o que?
- que eu estou com o Lucas. – eu franzo o cenho desentendido, ela da um sorriso.- Manuela disse que não acredita nas palavras, disse que é como que se ele estivesse mentindo de algo.
- mas a Manu ela chegou a comentar algo com você? –lanço um verde para ver se ela falava algo.
- sim, mas não quero perder a sua confiança, eu gosto dele, ele é legal comigo, bruno entenda, Lucas mudou ele sempre me falou que você era o melhor dos amigos dele, então não deixe de acreditar.
- Amanda entenda uma coisa, eu acredito no Nicolas, pois sei que quando ele acordar vai contar tudo e vai mostrar quem foi que fez isso com ele.
- mas e se..., se for algo que não sabemos algo que nos surpreenda.
- isso só ele pode falar. Eu vou indo cuida bem dele ai falou, tenho mais coisas a fazer.
Saiu dando mais um beijo nele antes, pego meu carro, tinha que levar uns papeis ate a minha faculdade, Marília estava lá, minha matricula estava vencida então tinha que fazer toda a papelada de novo, ainda mais que o meu caso não tinha acabado, e que o expetor ainda fazia perguntas a mim, mas nada muito prolongado, dizia que queria entender algo sobre qual seria meu relacionamento com os professores.
- falou com o Matheus Marília? – eu pergunto um pouco baixo sem deixar ninguém intender. Ela mexia em alguns papeis, dois professores saiam de sua sala.
- Matheus se demitiu bruno, hoje pela manha.
- o que como ficou sabendo?
- nossa universidade tem convenio com a dele né bruno, então ficamos sabendo, eu na mesma hora fiquei um pouco sem entender a atitude dele, mas pelo que fiquei sabendo ele tinha que resolver caso sobre a família dele la para fora.
Eu olho para minhas mãos.
- ou fugiu.... – digo o mais baixo possível.
- disse algo. – levanto a cabeça.
- não disse não, bom vai demorar esses negócios ai ne Marília, eu vou la ver como vai as coisas no hospital e depois já volto ai de novo falou.
- uhun, vai la. – saiu da faculdade. E volto para o hospital, Manuela já estava la, menos os pais dele que tinham arrecem saído de la.
Quando chego la Manuela estava na cantina perto do hospital, pensei como não tinah almoçado ainda, faria um lanche e depois me mandava para o quarto dele. Encontrei de primeira pois ela abanou a mim.
- Matheus acabou de passar por aqui. – Manuela fala bebendo um pouco de sua Coca-Cola, estávamos na área de alimentação.
- passou aqui que horas?
- um pouco antes de você passar por aqui, estava estranho, não falava nada, só disse que queria ver Nicolas e foi embora.
- mas foi ó isso?
- sim por que.
- esta tudo muito estranho Manuela tudo isso, Matheus pediu demissão da sua faculdade hoje pela manha cedo...
- pediu demissão mas por que? – Manuela larga a lata de coca cola em cima da mesa tão forte que senti a mesinha redonda tremer, olho em volta e vejo meu amigo Rafael se aproximar de nos.
- sei la e também nem perguntei a Marília, ela só me falou isso mas que é estranho é...
- e ai brow?– falava Rafael virando a cadeira e sentando, tocamos as mãos.
- qual é cara o que manda? – pergunto a ele tomando um gole de coca.
- ba cara essas historias todas me fizeram ter um sonho essa noite...
- a é... – do um sorrisinho, Manuela meio que se ajeita na cadeira. – ba cara eu também estou um pouco chateado com isso tudo, mas ainda no consegui pensar em nada.
- ficou sabendo do Matheus? – diz Rafael a mim.
- ahan, a Marília me contou, eu fui la renovar a minha matricula, mas por que será né, ainda mais nessa altura ele pedir demissão?
- olha bruno tenho medo que nos tínhamos confiando nele e ele ter feito alguma sacanagem com nos. Te digo que se for isso vou reunir a rapaziada e vamos fuder com ele....
- á é, nem precisa falar. To ligado nisso vo comer o c dele.
- bruno. – diz Manuela.
- como esta o Nicolas? – ele pergunta a Manuela que comia seu hambúrguer, eu também mas não estava com tanta fome, tenho horror a hospital ou coisas desse tipo.
- esta bem....
- ele mexeu a mão. – eu digo involuntariamente, senti um pouco de orgulho falando isso.
- mexeu, que irado, garoto forte em... – era legal ouvir aquilo de um amigo meu, mau sabe ele que é meu garoto forte, como eu queria dar toda a minha força a Nicolas nesse momento. Se pudesse trocar de lugar com ele seria uma honra.
- pior... – percebo que Manuela e Rafael não largavam um vinculo com o olhar, fico reparando de canto de olho, Rafael esta com as mãos juntas mexendo no celular enquanto Manuela acabava seu hambúrguer, me levanto da cadeira eles me olham.
- vou pegar um ar, e vocês vão ficar ai?
- eu vou acabar e já estou indo...
- eu também vou pedir algo.
- sei bem, falou então...
Saiu em direção, se tiver que rolar melhor rafa é um cara muito sozinho, seria legal ele estar com Manuela, e também estava feliz pelo Lucas, acho que na minha opinião ele não tem nada a ver com Bernardo, pode ser coincidência ou algo assim, mas ter alguma coisa a ver com isso tudo não tem não.
Por mais que tivemos brigado suas palavras aquele dia foi bem ditas aquele dia a mim. Ando ate a entrada do hospital, alguns enfermeiros saindo, coloco o casaco que Douglas me emprestou e ando ate a sala de espera.
Bernardo estava sentado olhando uma revista. Eu franzo o cenho, ele me olha por cima do óculos que usava, nem sabia que esse putão usava óculos.
Que caralho meu...
- e ai bruno tudo na paz? – diz ele com um tom serio a mim.
- ahan, que ta fazendo ai?
- vim ver como meu amigo esta, e você?
- o mesmo. – continuo caminhar.
- eu se fosse você não iria agora, os pais dele acabaram de chegar, não iam gostar de te ver la.
- foda-se. – continuo a caminhar ate seu quarto. Chegando estava com a porta aberta. Entro um pouco mais rápido, ninguém estava la, a cama de Nicolas estava vazia.
Arregalo meus olhos, olhando em volta, indo ate o banheiro, ninguém estava no quarto, parecia que ninguém realmente estava ali,
Será que errei de quarto
Mas os outros estavam cheios.
Olho no corredor, de um lado Manuela e Rafael estavam vindo, no outro Douglas se aproximava.
- cara ele sumiu?
- calma ai super hulk, ele se mexeu de novo, e tentou falar.
- ELE TENTOU FALAR, PORRAAAA... – meu grito saiu que fez Douglas tapar a minha boca.
- fica quieto que você esta num hospital cara, te acalma ai meu, ele se mexeu sim, e tentou, não quer dizer que no falou, ele foi levado para a UTI, esta se recuperando foi fazer alguns exames.
- mas quem é o medico que esta recebendo ele? – Manuela fala ao meu lado agora.
- não sou eu, é um outro medico que é da família. Eu so estou acompanhando. Gente agora é só esperar, ele foi levado, esta em boas mãos, fiquem na sala de espera por favor.
- vocês vieram rápido. – olho para os dois pareciam que nem tinham comido nada.
- bom eu acabei rápido e o rafa não pediu nada então viemos rápido para ca...
Coloco minha mão na cabeça, Nicolas se mexeu, meus olhos estavam molhados, agora sim que eu queria quebrar tudo, quero Nicolas, ele não esta ali perto de mim já era um tiro em meu peito, mas saber que ele esta se mexendo e tentou falar. Esse é meu garoto, meu menino que orgulho.
Meu Nicolas voltando a mim é como trazer toda a minha felicidade de volta, sem contar que ele vai revelar quem é esse filho da puta.
- te prepara que vamos colocar esse filha da puta em coma no lugar dele. – falo a rafa...
- já e... – ele da um soco em sua mão, e andamos para a sala de espera.
Seus pais estavam lá, seu pai me encara, como se fosse me atacar. Sua mãe fica me olhando dos pês a cabeça, Manuela vai ate eles e os cumprimentam, Bernardo estava ao lado deles. Parecia que consolava a mãe dele.
Ando ate algumas das almofadas e me sento um pouco afastado.
- você não tem vergonha depois de tudo que fez com meu filho não?
- que? – falo olhando para seu pai.
- depois de ter dado droga ao meu filho.
- droga, esta louco né, so pode, olha senhor eu não estou aqui para brigar se você esta fica retrucando sozinho, estou aqui por causa de um amigo e quero ver se ele esta bem só isso.
- sei bem, desgraçado. – foi a gota d’água. Me levanto no mesmo minuto .
- o que o senhor quer, fala porra...
- bruno te acalma. – Manuela venho para minha volta.
- o que você quer perto de meu filho, seu drogado.
- você sabe o que aconteceu la para estar falando essas merdas cara, para então de retrucar e ve se vai dar força ao seu filho em vez de estar praguejando todos ai.
- eu estou dando força ao meu filho...
- aaaa sim claro, com esse rancor todo logo, logo ele vai sair de la... seu filho acabou de se mexer então ve se tolera um pouco as coisas, e me larga de mao.
Sinto como se meus músculos tivesses inchado no mesmo minuto, Manuela segurando meu braço e rafa de em pé no outro, eu viro vendo o pai de Nicolas e sua mãe em silencio me olhando eu me afastar, Bernardo estava encostado na parede, ele me olha dos pés a cabeça e vira com um ar de deboche para o outro lado, eu nem do bola me sento assim mesmo esperando o que falariam a nos.
Horas se passaram e ainda não tivemos respostas. E logo vinham o medico que tratava da família.
- ele esta bem, esta respirando normalmente, mas depois de hoje de tarde não se mexeu mais, acreditamos que ele esteja querendo muito voltar a andar, a falar essas coisas assim, mas ele esta ainda induzido pelo coma, são coisas que tem que ser bem tratadas, coisas que tem que por mais insistimos tem que ter um certo tempo e deixar que tudo se encaixe. Nicolas esta cada vez mais dedicado então não podemos forçar o que esta para acontecer.
Era de se esperar que ele falasse aquilo a mim e todos, acho que ainda não estava na hora de Nicolas.
- bruno seu celular ta tocando cara. – fala Rafael.
- alo.
- oi bruno tudo bem, sou eu a Marília, olha estamos aqui na sua casa o esptor precisa falar com você.
- a sim, e a matricula.
- não isso ai já esta certo será que podemos conversar, pode chegar aqui em 10 minutos.
- já é to indo ai agora.
Eu e Manuela fomos, Rafael disse que tinha que ir para a sua casa.
- boa noite. – digo assim que passo pela porta, Marília estava com alguns papeis nas mãos, e espetor sentado ao seu lado, meu pai e minha mãe também estavam.
- oi bruno como ele esta? – pergunta Marília.
- ele se mexeu mas logo depois não deu mais tantos sinais.
- ele deve estar se recuperando aos poucos agora são coisas só com o tempo.
- ta mas e ai o que trazem aqui. – sento me ao lado de meu pai.
- bom bruno o expetor descobriu mais algumas coisas, conseguimos identificar de quem era o relógio que encontraram ao lado da cabana de Rafael.
- realmente é da aluna Amanda, tentei falar com ela mas não consegui, e também descobrir que a tinta foi comprada por aqui mesmo nessa cidade na lojas do centro, o lençol foi usado de umas das cabanas.
- ta mas já tem alguém que suspeitem? – Manuela pergunta. Meu pai tossi mas logo para. Minha mãe tenta entender.
- ainda não, mas achamos estranho a paulada que Nicolas levou na sua cabana, tentamos verificar as marcas de sangue e percebemos que não tinha só o dele naquele recinto.
- como assim. Esta dizendo que alguém além do Nicolas sangrou naquela hora?
- sim, tentamos recolher o sangue mas fomos ver já estava seco, e já tinham retirado tudo, mas conseguimos ver pelos dna que não era só Nicolas que sangrou naquele momento.
- então ta dizendo que mais alguém se machucou?
- sim claro, por que te eu vi que tudo aquilo não saiu de Nicolas. – fala Manuela..
- exatamente, no chão era de outra pessoa, acho que eles lutaram, ou Nicolas tentou se defender, encontramos também o abajur quebrado, acho que ele tentou usar os cacos para se defender e acabou cortando algo do agressor.
- cara isso é confuso meu filho. – fala meu pai.
- eu sei pai por isso mesmo que acho estranho.
- o mais estranho é que achamos que não foi só uma pessoa que fez tudo aquilo.
- achamos que foi mais de uma pessoa que estava naquele momento, encontramos pegadas no tapete, que deixaram marcas, bem perto da cama, Nicolas provavelmente foi arrastado ainda consciente ate a sua cama e colocado lá em cima onde sangrou mais um pouco.
Tudo aquilo que tinham me falado era ate inseguro a mim, Nicolas sofrendo, ou mais ainda não tendo como se justificar, me doía por dentro saber que ele lutou e eu não estava ali no momento para salvar ele.
Depois que Marília e o expetor foram embora eu voltei junto com Manuela para o hospital, Bernardo ainda estava la, o que mais me deixou fulo. Todos pareciam mais agoniados.
- bruno... – fala Douglas se aproximando de mim.
- e ai aconteceu algo?
- cara aconteceu um milagre meu.
- o que? – Manuela fala ao meu lado, olho em volta seu pai e nem a sua mãe estavam ali, mas tinham mais algumas pessoas, e alguns amigos que reconheci na hora.
- o Nicolas meu, ele acordou, esta bem sem nenhuma sequela.
Senti meus olhos começarem a formigar, Manuela já estava com a mão no rosto, senti e meu peito estufar, meu punhos se fecharem como se uma musica que eu mais gostava tomasse conta de meus ouvidos, senti uma agrima cair pelo meu rosto.
- e preciso ver ele, por favor eu...
- bruno te acalma meu, olha só ele ainda esta passando por alguns lances então espera mais um pouco não sabemos se ele vai se lembrar de algumas pessoas.
- como assim ele pode...
- sim cara pode não se lembrar de você, mas tudo é possível meu, então fiquem aqui com calma, esperem que eu trago noticias.
- não sai do lado dele Douglas por favor.
- já é meu, fiquem ai...
Bernardo se move e caminha para fora do hospital com um telefone no ouvido, eu fico o examinando, gesticular com as mãos, e volto a olhar para os outros que estavam esperando.
Meu deus Nicolas voltou, acordou, meu garoto, esse sim honrou que pertence a mim, forte, é desse tipo de pessoa que quero ao meu lado, decidido, forte não deixa se abalar por nada.
Me sento chorando no sofá do hospital, Manuela ao meu lado, Edgar também se aproximava com mais dois amigos me cumprimentando, coloco minha cabeça entre minhas pernas fazendo algo que nesse momento vocês nunca iam pensar que o bruno faria.
REZAR... PUXO MINHAS ESPERANÇAS LA DE DENTRO, COM MUITA SINCERIDADE PEDINDO A DEUS QUE TROUSESSE ELE DE VOLTA SÃO E SALVO... ESPERANDO RESPOSTAS QUE PODERIAM VIR ATONA.
CONTINUA...
ESPERO ESTAR AGRADANDO DEIXEM SUA NOTA E SEU COMENTARIO AMIGOS QUE O PROXIMO VAI BOMBAR, ABRAÇOS A TODOS!!!