Continue Agarrando-se aos 16 - 23x02

Um conto erótico de José Otávio
Categoria: Homossexual
Contém 3447 palavras
Data: 25/01/2013 08:05:23
Assuntos: Gay, Homossexual

23x02 – Tormentas

– Diferente do que muitos estão pensando, a nossa Base para o ritual de treino destinado a militares em construção não vos ensina apenas a pegar uma arma e atirar para cima. NÃO! O treinamento militar vai além disso. Aqui aprendemos sobre disciplina, respeito e honra.

Blá, blá, blá! Era sempre aquele mesmo discurso, todos os anos. As palavras pensadamente doces, com um fundo de verdade, porém um buraco de mentira.

Meu tio aspirava a um cargo bastante alto no exército brasileiro e teve a ‘brilhante’ ideia de criar um treinamento militar para crianças (De 10 a 14 anos) e jovens. Todos os que permaneciam alí, prestando atenção naquela falação de merda, estavam sendo, aos poucos, enganados por aquele homem que já beirava seus 55 anos, mesmo que sua aparência lhe desse bem menos de 40. É da família ser gostoso.

– Sargento Otávio, a minha direita! – Era a ordem para que Eu fosse próximo a ele. – Estão vendo esse homem? Querem chegar a ter uma postura de autoconfiança tal como ele criou? – Todas as pessoas estavam absortas olhando para mim. – Sobrevivam a esse treinamento e serão recompensados tal como o merecido. Não joguem o dinheiro de seus pais no lixo e nem fujam como se fossem donzelas. Nosso lema é “HON-RA!”. – Todos repetiram, em uníssono, a legenda que meu tio gritou e foram arrumar as coisas em seus respectivos dormitórios. – É uma honra tê-lo aqui, mais um ano.

– Grato. – Falei ríspido.

– Você já foi mais agradecido que isso. Pronto para por esses maricas no eixo?

– Estou às suas ordens, Capitão Tuba. – Fui cínico, mas ele entendeu a minha lealdade.

Rumei ao meu dormitório – O único que é reservado.

Meu tio ocupava, talvez, quatro postos a mais do que o anteriormente citado. Porém, no regime em que ele criou, o maior posto oferecido era o de Capitão, e apenas ele exercia aquela função. Eu fui o único do treinamento que ocupei um cargo alto. Ninguém nunca passou mais de três anos naquele lugar, mas Eu estive lá desde criança. Lembro-me que no começo era tudo muito bom, era diversão. Aos quinze anos, meu tio já me educava para ser uma máquina de destruição. Além da academia que ele me forçava a fazer desde pequeno, ele não pegava leva com os testes de força e resistência que ali era imposto. Todo o físico adquirido por mim durante esse período, fora graças ao meu tio, pois Eu nunca tive interesse de ter um corpo malhado, mas ele viu ‘talento’ em mim, e me treinou para isso. Para ser, como ele mesmo me chamava, uma muralha.

Cheguei ao meu quarto e vi que ali havia mais uma cama, o que era estranho. Abri o guarda-roupa e vi algumas peças de marca e perfumes, a julgar pelo cheiro, importados. Descobri que tinha um companheiro de ‘cela’ quando avistei um porta-retratos de um garoto malhadinho beijando uma menina e outra foto do mesmo garoto com duas pessoas que Eu julguei ser o pai e a mãe daquele menino. Desfiz minha mala e pus tudo organizado em uma cômoda que se encontrava ao lado de minha cama. Peguei a foto que Baixinho, Marcos, Acácio e Eu tiramos em Catende e preguei-a na parede. Minutos depois de Eu ter deitado na cama, o garoto do porta-retratos entrou em meu quarto.

– Fala, mano! Tudo massa contigo? – Ele estendeu a mão para mim e Eu a apertei.

– Tudo sim. Você é o...?

– Bernardo, mas pode me chamar de Júnior.

– Isso só o meu tio vai decidir como você vai ser chamado. Aqui Eu sou, apenas, Sargento Otávio. Não é por nada não, cara, mas aqui não é o seu lugar. Isso não é pra você. Tem alguém lá fora te esperando e...

– Eu sei onde Eu me meti, Otávio. Eu vou sobreviver já pelo fato de ter alguém lá fora me esperando. E você?

– Eu também, mas não sei se vou voltar para casa. Muita coisa pode acontecer aqui, né? – Sorri e lembrei-me de Walmir.

– Pelo visto vocês já pegaram amizade. – Meu tio falou adentrando sem ser chamado.

– Com licença, senhor Tomás! – Falou Bernardo se saindo do quarto. Meu tio apenas acenou.

– Está bem instalado? – Acenei positivamente e meu tio começou a fazer uma varredura ocular por todo o perímetro daquele cubículo. – Ora, vejamos! Quem são esses na foto? – Gelei e respondi:

– O mais Baixinho é o Walmir, ao seu lado o Acácio e o outro é o Marcos.

– Todos são seus amigos?

– Parecem ser?

– Conhecidos. – Ele falou, pelo visto, desconfiando de minha resposta. – Se precisar de algo, estarei em meu gabinete.

– Obrigado.

Meu tio retirou-se de meu aposento, agora divido com um garoto de, aparentemente 17 ou 18 anos, e Eu voltei à cama. Adormeci.

Quando o sol se foi por completo e a única luz que iluminava aquele ambiente era a que a Lua emitia, todos os recrutas saíram de suas cabanas e foram para perto da fogueira. Assamos milhos, marshmallows – Procurei esse nome no Google. – e queijo. Parecia uma confraternização de amigos de infância, levando em consideração que ninguém ali se conhecia, esse fato era estranho. Bernardo sentou-se próximo a mim e começou a conversar sobre assuntos corriqueiros: Família, ano letivo e namoro. Em momento algum falei, implicitamente, sobre o Walmir. Sempre me referia a ele com a palavra “amor” ou a expressão “a pessoa que amo”. Percebi que Bernardo desconfiou de meu modo de falar, mas não preferiu tocar no assunto.

Quando beirava 00h00min, houve o sinal do toque de recolhida e todos foram as suas tendas sendo avisados que era para se ter uma boa noite de sono, pois o trabalho já começava no outro dia, pela manhã.

...

O primeiro dia de nosso treinamento consistiu na carga e descarga de mantimentos. Recebemos água e todo o tipo de alimento que faz uma pessoa inchar rapidamente. Começamos às 09h00min e tudo fora concluído às 15h30min. Ver todos pegando no pesado, sem nenhuma preparação, era até algo engraçado. Eu, como 1º Sargento, apenas fiquei vistoriando o modo de trabalho que fora utilizado pelos recrutas do acampamento – Se é que posso chamar aquilo de acampamento. Um dia de trabalho terminado, todos se dirigiram, novamente, à fogueira – Todos os que aguentaram, é claro.

O segundo dia de trabalho incidiu na faxina daquele local enorme. Tarefas divididas e mãos a obras. Fora trabalho para todas as pessoas ali instaladas, até mesmo para mim e exceto para meu tio. Bernardo e Eu pegamos o banheiro e as duchas individuais. Tivemos um trabalho árduo pela frente, pois o odor de urina e fezes era horrível, porém suportável. Pior foi para quem ficou responsável por varrer a parte de dentro da Base. Bernardo e Eu terminamos, coincidentemente, no horário do almoço. Fizemos uma parada para o lanche da tarde e voltamos ao nosso quarto.

– Cara, estou cansado pra cassete! – Ele falou se jogando na cama.

– Isso não é nada comparado aos próximos dias. – Ele arregalou os olhos com incredulidade. – A melhor parte desse treinamento é o tiro ao alvo. É muito bom, cara. – Falei tentando confortá-lo.

– Você sente saudades do Walmir? – Dessa vez, a incredulidade reinou em meu olhar.

– Co-co-como?

– Nem adianta disfarçar! Eu sei que você namora com ele, mesmo que não tenha falado diretamente para mim. Percebi isso desde o primeiro dia, na fogueira. Além do mais, todas as noites você fica olhando para aquela foto. Se não for o Walmir, quem você namora? – Ele sorriu e Eu o retribui.

– Ah, man! Eu sinto muitas saudades dele. Sabe quando você começa a se acostumar com a pessoa, a dormir com a pessoa e, de repente, tudo isso muda? É estranho.

– Você esconde isso de seu tio, não é? – Ele perguntou virando-se para mim.

– Eu preciso. Para o meu bem e para o bem do Walmir.

– Teu segredo morre comigo. Aliás, ele parece bem pegável, mas não trocaria pela minha namorada.

– Ele é meu. – Falei fitando a foto.

– Você é do tipo possessivo, não é? Ficou com ciúmes até de um cara que nem conhece seu menino.

– É instinto. De qualquer maneira, mil desculpas Bernardo.

– Relaxa! – Ele exclamou em meio a um bocejar. – Boa noite, irmão.

– Boa noite.

...

– Vejo que vocês já estão preparados para o trabalho pesado, espero não estar enganado!

Era exatamente 07h30min quando estávamos no ritual do hasteamento da Bandeira Nacional. Alguns recrutas tinham cara de sono, outros se mostravam mais disposto. Bernardo e Eu fingíamos que cantávamos o Hino Nacional quando, na verdade, nos comunicávamos apenas com olhares mostrando as pessoas que não aguentariam ficar mais três dias ali. Nós só não riamos, pois sabíamos as consequências.

– Em vossas cabanas, foi colado o horário de tudo. É assim que essa base funciona, com bastante organização. Respeitar os horários é um dos fundamentos principais para ganhar a medalha-símbolo da disciplina. Como vocês irão perceber, o horário mostra que trabalharemos uma semana inteira apenas com a parte física. Diferente do que muitos imaginam, não teremos os finais de semana de folga, apenas as atividades serão mais leves e dinâmicas. Para o exercício de hoje, é necessário trabalhar em grupo. Prontos? – Houve um silêncio. – Eu perguntei “PRONTOS?”.

– Sim, capitão! – Todos exclamaram em uma só voz.

Começamos a formar as equipes e trabalhar no que nos foi imposto – Não entrarei muito na parte do que se fazia lá dentro da base, pois isso é o de menos na história e ficaria repetitivo, dependendo do contexto.

O treinamento terminou por volta das 11h00min, com a maioria das pessoas exausta. Dirigimo-nos ao refeitório e depois fomos aos nossos afazeres, limpeza.

Bernardo e Eu éramos sempre os primeiros a concluir as coisas, tal ocasião nos levava a ter mais descanso e conforto.

– Sargento Otávio? – Meu tio subitamente apareceu na porta enquanto Eu ainda trocava de roupa. – Preciso falar com você. Recruta, se não se importa, queira se retirar!

– Pois não, capitão, já estou de saída. – Bernardo olhou para mim com uma cara de desconfiado e saiu.

– Pelo visto, algo tem lhe motivado a trabalhar melhor aqui. Parece que está mais disposto e com mais vontade de voltar cedo para casa. Além do mais, pelo que percebi, você não é mais aquele José mesquinha que Eu conhecia. O que está acontecendo com a minha muralha? – Ele perguntou me avaliando.

– Continuo o mesmo, Capitão. Sou forte, severo e sigo as suas ordens.

– Hm... Não desconfio do que você me fala. – Ele arrodeou por mim e começou a observar o que estava atrás de mim, o que Eu não podia ver. – Sabe, essa sua foto com seus amigos, ela é tão linda. Lembra minha infância, onde Eu achava que tinha amigos de verdade. Esses seus amigos são de Catende?

– Não, senhor, eles moram próximo a mim. – Falei entristecido.

– Eles são apenas amigos seus?

– São bons amigos.

– E por quê não vieram passar as férias aqui?

– Marcos e Acácio preferiram ficar lá, Walmir foi para a casa da sua avó.

– Onde fica a casa da avó do Walmir?

– Em Colônia, senhor. – Meu coração disparou ao entregar a localização de meu Baixinho,

– Hm... Você continua o mesmo garoto útil de sempre. Bem que você disse que não mudou. – Ele observou enquanto saia do quarto.

Ao ouvir o bater da porta, debrucei-me em lágrimas sem nenhuma piedade de meus olhos que já ardiam. Bernardo adentrou pelo quarto e veio me amparar. Contei-lhe toda a história e meus medos sobre meu tio, o que o deixou abismado, pois nunca imaginaria que ele pudesse ser tão baixo ao ponto de fazer o que Eu havia lhe dito.

Meu tio é um homem frio, pessimista e sistemático. Ou as coisas fluem do jeito dele, ou está tudo errado. Ele é capaz de tudo para que seus planos sigam em perfeita harmonia. Ele liquida as pessoas de seu caminho e não deixa nem prova de que essa pessoa teve uma vida na terra.

Mas Eu vivi muito; perdi e ganhei muito. Se algo acontecesse ao Walmir, Eu jamais me perdoaria.

...

No sábado, fomos à área destinada ao clube e nos divertimos por demais. Jogamos futebol, tomamos banho de piscina e fizemos os exercícios na academia por livre e espontânea vontade. Estava tão nervoso com o que havia ocorrido na noite passada que comecei a fazer coisas involuntárias; tipo: fazer mais de 600 abdominais e pegar 60 quilos a mais de meu peso no supino. Era meio normal, para mim, fazer esse tipo de coisa. Meio.

– Irmão, relaxa aí! – Bernardo falou olhando o meu esforço enquanto Eu fazia uma série de agachamento.

– Não dá, cara! Não dá. Vão fazer mal pro meu Baixinho e nem vou poder defender ele. Eu sou um bosta mesmo. Não sirvo pra nada. – Falei nervoso, pondo o peso no chão.

– Maltratar o seu corpo não vai fazer o seu menino ficar bem, seu filho da puta! – Ele falou se alterado comigo e batendo na minha cara, olhando em meus olhos. Ganhou meu respeito.

– Você tem razão. – Falei e saí em direção ao meu quarto.

Chutei tudo o que via pela frente. Nada mais me importava, Walmir não estava bem, Eu não estava bem, todos nós corríamos perigo. Tomei meu banho e me joguei na cama.

– Liga pra ele, mano! – Sugeriu Bernardo enquanto entrava no quarto.

– Esqueceu que nossos celulares foram confiscados quando entramos aqui? Merda, velho! Sai do meu quarto, por favor! – Falei pondo um travesseiro tapando meu rosto.

– Se precisar de mim, vou estar próximo à fogueira.

Do jeito que Eu estava, Eu adormeci. Pensando nele.

...

O domingo se passou tal como o sábado e na segunda-feira reiniciamos os testes físicos. Estávamos treinando na pista de pneus e cordas (Que ficavam a três metros do chão) que pendiam da extremidade de uma árvore até outra que ficava a dez metros de distância da primeira. Quando fui passar pela pista de pneus, meu tio gritou:

– Corram! Corram! Corram como se a vida da pessoa que você mais estivesse em perigo!

Não deu nem tempo para pensar direito, mas continuei a fazer o que ele mandou para que não levantasse mais suspeitas.

Enquanto algumas pessoas passavam deitadas pela corda, Eu parecia um artista de circo e passei correndo, como se fosse numa corda bamba. Logo depois os nossos exercícios foram dirigidos para o salta-cerca. Essa parte parecia mais uma simulação de guerra. Como não era permitido o porte de armas dentro da base, – Não nos primeiros dias. Apenas são liberadas nos dias de tiro ao alvo. – pegávamos um pedaço largo de madeira e tínhamos que transportar do início do campo, até o final. As pistolas de paintball atiravam em todas as direções e tínhamos que passar agachados pela cerca e em alguns trechos nós tínhamos que passar pulando.

O exercício daquele dia terminou mais tarde, mas nada impediu de que nós almoçássemos e lanchássemos, quase na mesma hora.

À noite, fomos à fogueira confraternizar com algumas pessoas que já chamávamos de amigo. Ao longe, avistei meu tio que mantinha uma cara de indignação enquanto falava ao telefone. Ao que previ, logo depois que ele terminou a ligação, me chamou.

– Algum problema? – Perguntei aflito.

– Vamos ao seu quarto! – Sem pestanejar, o segui. A essa altura do campeonato, Eu só queria ouvir que o Walmir estava vivo. – Então, José, me diga: Qual desses três é o seu melhor amigo? – Perguntou-me observando a foto.

– Marcos.

– Marcos é esse grandão aqui. – Ele falou pondo o indicador, na foto, no rosto de Marcos. – Mas ele é o namorado de Acácio, certo? – Acenei positivamente, Eu sabia que ele estava indo atrás de histórias. – Eles disseram a uns amigos meus que você e o Walmir são amigos também. Walmir acabou falando que pouco lhe conhecia e que era um amigo seu da escola, mas quer saber de uma coisa? – Fechei meus olhos e apenas escutei palavra por palavra. – Vocês não mentiram, apenas estão preparados para omitir os fatos. Eu vou ser mais preciso: Você, José Otávio, é namorado desse Walmir?

– Sim. – Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

– Patético! – Ele falou pegando o celular e fazendo uma ligação para alguém.

“Walmir? Tudo bem, meu querido? Sim, aqui é o tio do José, o Tomás. Ele quer falar com você.”

Mais que depressa, peguei o celular de sua mão e respirei fundo, ouvi a respiração de Walmir um pouco acelerada.

“Baixinho? Você fez o que pedi?” – Perguntei triste.

“Tudo o que me pediu. Essa semana, dois homens abordaram-me perguntando sobre você e Eu fiz tudo como você me ordenou. Grandão, você está bem?”

“Você me ama?” – Perguntei com lágrimas teimando em cair.

“Sim” – Respondeu-me convicto.

“Então Eu vou ficar bem.”

“Eu sinto sua falta. Quando você volta?” – Ouvi alguns fungados do outro lado da linha.

– Quais sua últimas palavras? – Meu tio falou apontando uma arma de pequeno porte próximo a minha cabeça.

“Eu te amo, Walmir.”

O Capitão tomou o celular de minhas mãos e tirou tudo o que nele havia dentro. Mirou a quatro dedos a minha orelha direito e atirou contra a parede. Virei-me para trás para ver o que ele havia acertado; o rosto perfeito de meu anjo, agora estava com uma mancha preta e buraco no meio.

– Eu odeio tudo o...

– Eu odeio você! – Exclamei pondo a mão no pescoço do meu tio e jogando-o contra a parede. Fuzilei-o com os olhos e percebi seu pescoço inchar envolto a minha mão. – Está se sentindo acuado? – Meu tio apenas me olhava, impossibilitado de responder. – Foi assim que meu Walmir se sentiu quando mandou seus capangas vigiar a vida dele. Eu até imagino a cena: Dois homens em meu carro, fazendo a ronda pela praça até perceber que alguém havia reconhecido aquele carro. Tamanha foi a surpresa de Walmir ao ver dois homens que parecem um armário saindo de meu carro e fazendo perguntas sobre mim. Eu cansei desse seu jogo, velho verme.

– Estou sem ar. – Ele conseguiu resmungar.

– É assim que Eu costumo deixar as pessoas. Que tal se você provar do gosto da morte? – Meu tio sussurrou algo e Eu joguei-o para perto da porta e comecei a dar-lhe uma série de ponta pés. – Seu erro foi ter me deixado vivo.

– Me ouve! – Ele gritou e Eu parei. – Eu prometo que não faço nada com o Walmir, com mais ninguém.

– Agora você me promete uma coisa dessas? – Sussurrei enquanto me abaixava próximo a ele. – Veadinho de merda! – Escarrei na cara dele. – Reza pra sobreviver!

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Próximo conto será narrado pelo Walmir, mas não sei se será escrito por ele. Espero que tenham tido uma boa leitura.

Resposta aos comentários:

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kle f.: Obrigado pelo elogio à série e ao casal. Fiquei muito feliz com seu comentário

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Niinuuh: É assim que quero fazer vocês se sentirem, quero inserir vocês na história, quero que sinta tudo o que sentimos e se você se sentiu assim, obrigado. Estou fazendo o certo.

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Edu19>Edu15: Ficar esse tempo separado não fora o pior fator, fora apenas um dos piores. Nós sobrevivemos :D

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little monster: Calma, calma. Não é que as coisas irão piorar, mas vocês ainda irão conhecer um pouco mais meu tio.

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Jhoen Jhol: Pergunta respondida! Você acertou, meu tio é o dono da Base.

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¤$€MI¤@L@DO¤: Sua pergunta será respondida assim que o próximo capitulo for postado. Tenho certeza que, psicologicamente, ele sofreu mais que Eu.

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Chris O.: Não é porque ele te deu um apartamento que você deva achar que seu presente será menor que o dele. Pelo visto, ele tem condições e talvez tudo o que você der, não suprima as necessidades dele. Então, entre com algo mais sentimental; primeiro, leve-o a um lugar onde ele nunca imaginasse que um dia vocês estariam e faça ele amar aquilo, faça daquele lugar o cantinho de vocês. Para que esse plano dê certo, nada que envolve tecnologia pode estar perto de vocês, a única conexão que deve haver é a sua com ele. Segundo, escreva uma carta dizendo o quanto significa esse aniversário de dois anos para você, e frise que gostaria que ele se sentisse assim também. Terceiro, tente ser o mais apaixonante e charmoso possível, use roupas e perfume que ele adora em você. Quarto, um Eu te amo sempre cai bem. Quinto, faça amor de uma forma que ele nem acredita que você faz, e se você for virgem, - Acho difícil, por causa da questão do "morar sozinho" - apenas peça paciência, pois um dia ele será recompensado, ou senão repense se ele não merece isso de você.

Falo isso, pois sempre ganho dessas coisas quando o Walmir quer me agradecer. Seja em meu aniversário ou em outras datas importantes para nós. Já peguei a malicia dele. :D

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É isso. Dúvidas? joseotavio.cdc?hotmail.com ; Não disponibilizo e-mail pessoal, pois o uso, apenas, para contactar com meus amigos e minha rede de trabalho. Sorry guys!

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Comentários

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Amei como sempre , :) perfeitoh sempre acompanhei o conto mais só agora fiz uma conta ,, perfeito nota 1000000000

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Coitadinho do walmir...seu tio eh um monstro...sua historia eh mt boa eh envolvente nota 10 continua

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Uhulll bem feito para seu tio aprender que as coisas não giram em torno dele. Se você não tivesse dado esse surra nele, seu tio faria algo pior, nem esperava que ele apanharia e prometesse bao fazer mal a ninguém. Só pra garantir que ele não fará mal a ninguém, continue batendo nele durante uns 10 e depois manda ele limpar a Base inteira kkkkkkkkkkk. Seu erro foi saber como é seu tio e colocar uma foto, foi até bom isso acontecer, tirou uma pedra do caminho de vocês. Continua rápidooo!!!

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Gostei da sua atitude, mesmo sendo o seu tio, ele não tem o direito de mandar na sua vida e ameaçar a sua vida e a vida de quem você ama, espero que você ensine uma boa lição a esse velho, no aguardo ansioso pela continuação.

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Cara o seu conto e Genial...nota 10 e acho que vc deve ter sofrido muito com toda essa situaçao mas o importante e que vcs sobreviveram e estao juntos e felizes agora certo ? Bjao tudo de bom para voces dois

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jose vc e o Walmir ja se separaram assim de ficar ums 2 meses ?

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Valeu pelo help ai José... Qbon q vc passou um e-mail de contato. Mas falando do seu conto...creeeeedoooo my God seu tio era (ou é) um homem muito frio... Acho que o que pensei dele tem haver com uma musica que já ouvi Frozen-Madonna (checa depois a musica, contem trechos que lembram seu tio) mas suponho que você não foi capaz de matar seu tio...mas como sei que você por extinto deve ter batido muito nele (o Thiago escreveu esse trecho) você pelo visto protege o SEU WALMIR de tudo e de todos kkk muito lindo seu ato!!!! 10

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Kakakaka você matou seu tio?a e eu diria que seu tio tem um coração congelado e não frio,frio sou eu.Continua quero ver o que você fez com seu tio Hehehe.

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Adoreii o que vc fez com seu tio espero que ele não faça nada contra o walmir.

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Adoreii o que vc fez com seu tio espero que ele não faça nada contra o walmir.

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Nossa, q tio ér esse hein ?! Ainda vai ficaar pior doq está ??.... Parabéns pela repercução da história !! Nota 100000

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