A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 05X16 - - "O PLANO - PARTE 2"

Um conto erótico de MY WAY e Iky
Categoria: Homossexual
Contém 3799 palavras
Data: 25/01/2013 18:30:46
Última revisão: 25/01/2013 18:42:24

– Espera Phelip, não estamos pensando direito. Eu cheguei em casa e pensei melhor na situação, mas não acredito que nosso plano anterior seja a melhor alternativa.

– Pra você é muito simples Fernanda, seu namorado está perto de você o tempo todo, não é você que está preocupado, sem saber o que está acontecendo, pelo que o Ezequias está passando.

– Não seja injusto! Você pode até ser o namorado, mas não é o único que gosta do Ezequias aqui não, entendeu? – Falou Fernanda já chateada com a declaração do meu irmão.

– Desculpe, é que estou nervoso com essa situação e essa sensação de impotência e de conformismo. Quando eu posso está sentindo tudo, menos isso, sabe? Conformado com está situação eu não estarei nunca.

– Tudo bem, ok. Eu tento me colocar no seu lugar, mas que isso não se repita, certo? Agora pense comigo, temos que conseguir entrar nesse tal Centro para saber como é, como funciona, se há algum tipo de irregularidade, essas coisas, quem sabe até, ter contato com Ezequias lá dentro? Temos que usar essa localização do Ezequias a nosso favor.

– Não podemos esperar tanto Fer! – Falou Phelip já impaciente.

– Calma, ouça-se meu amigo. O que você sugere como alternativa, que invadamos o Centro, resgatemos o Ezequias e o tragamos pra onde? Pra sua casa.

– Exatamente!

– Phelip, reflita um pouco, você é muito impulsivo, o que você acha que aconteceria depois? – Perguntou retoricamente Fernanda, que fez uma pequena pausa, respirou fundo e continuou – Os pais de Ezequias chamariam a polícia, nos acusariam de invasão, junto com os donos desse tal Centro, muito provavelmente, sequestro, talvez até aproveitem a deixa pra nos acusarem também de corrupção de menores, já que tiramos o endereço de Daniele, especialmente eu, né Phelip? Sem contar que a sua casa é o primeiro lugar que eles iriam procurar, meio obvio demais, não acha?

Phelip se deu por vencido com os argumentos de sua amiga que continuou seu discurso.

– Escuta aqui, eu tenho um plano, mais pra funcionar vamos precisar de alguma ajuda e um pouco de sorte. Ouça, depois me diga o que você acha.

Após escutar todo estratagema formulado em algumas horas por sua ex namorada, Phelip se deu conta de duas coisas. Primeiro, que suas atitudes impulsivas poderiam prejudicar e muito o resgate de Ezequias, se estas não fossem mais ponderadas e calculas antes. Segundo, que Fernanda às vezes o assustava, de quando em vez, ela tinha uns estalos que parecia aqueles gênios do mal de filmes antigos, sabe?

– Tudo bem, você me convenceu. Eu concordo com você, então acertamos o detalhes amanhã, ok?

– Só que para isso dar certo teremos que acordar bem cedo, teremos de já começar a acertar os detalhes às 6 horas da manhã, tudo bem pra ti?

– Claro! Quanto mais rápido resolvermos isso, melhor.

Engraçado como às vezes complicamos o que é simples e nos metemos em confusões diversas por causa de coisas bobas. Pode parecer besteira, mas era exatamente isso o que acontecia no meu casamento, principalmente neste momento conturbado.

– Olha, eu gosto do Rogério, mas já deu, não quero mais que você continue o tratamento com ele. – Afirmava convicto e irredutível meu esposo.

– Mauricio, tente entender, eu confio muito no Rogério, ele já passou pelo mesmo problema que eu, ele me entende. Não acha que está exagerando só um pouquinho, não? – Falei fazendo manha para tentar acalmar a fera.

– Lamento meu amor, mas com ele não!

– Por quê? Não existem motivos para isto, eu nunca lhe dei motivos pra ciúmes bobos. Além do mais, diferente do que afirma o ditado, o mundo não é gay, Rogério é hétero. E eu não sou a última coca-cola do Saara, não. ¬– Falei fazendo graça, em meio a uma tentativa de biquinho pro meu esposo.

– Eu é que sei os olhares que você desperta, só Deus sabe o que peno pra me segurar. Tenho de repeti pra mim mesmo que não tenho de me preocupar, que isso tudo aí é só meu. – Maurício falou enquanto tirava a regata branca, subia na cama e me dava leves selinhos. – Além do mais, o mundo pode não ser gay, mas caminha pra bissexualidade, não ver o Rogério?

– Mauricio, sério amor, eu me sentiria extremamente prejudicado em ter de largar o tratamento no meio depois de todo o progresso que eu já alcancei por causa de ciúmes bobos. Reflita querido! Além do mais, já tenho Rogério como um amigo. Já tenho alguma afeição por ele.

– Eu é que sei como ele estava te olhando, não quero ter de estar no hospital no meio de uma cirurgia importante que requeira toda minha atenção com os meus pensamentos na ala fisioterápica por não confiar nas intensões de Rogério para com você, amor. E eu não estou pedindo para você largar o tratamento, apenas que troque de fisioterapeuta. Não é nenhum fim de mundo, é?

– Amor você confia em mim? – Falei da forma mais inocente possível.

– Claro, mas essa não é a questão, senhor Pedro Augusto Soares Elias. Você me conhece há anos e nunca fui de sentir ciúmes, se estou lhe pedindo depois de tantos anos, custa me atender desta vez. Será que pode fazer isso por mim?

– Façamos o seguinte então. Continuo meu tratamento com o Rogério, fico atento a qualquer demonstração que não seja a adequada a um profissional fisioterápico e se perceber qualquer coisa serei o primeiro a pedir que me mude de fisioterapeuta, heim?

Mauricio fez uma cara de desagrado, fechando a cara e colocando seus óculos de leitura.

– Por favor, amor! Vamos pelo menos tentar, o que me diz?

Mauricio fechou o livro, me olhou fixamente, depois inspirou e expirou de maneira pesada, já tão familiar a mim de quando ele se dava por vencido em uma discursão.

– Tudo bem, mas não prometo nada, se esse comportamento dele permanecer. Não iremos mais debater. Você troca de fisioterapeuta e pronto.

Jean e Vinicius realmente estavam vivendo uma lua de mel, devido os dias em que estiveram separados, ainda estavam matando saudades.

– Você não tem noção da saudade que eu estava de ficar assim, com o seu corpo colado no meu, nesse encaixe quase que perfeito. – Disse Jean abraçando Vinicius por trás já em riste, alternando enquanto falava entre beijos em sua nuca e leves mordidas, que ficavam marcadas na pele muito branca daquele ruivinho que lhe despertava tanto tesão.

– Ah é, é? Eu não sabia desta saudade toda, não? – Falou Vinicius provocativamente, dando leves reboladas, friccionando sua bunda em Jean cada vez mais excitado com toda a situação.

– Você não faz ideia, mas se quiser eu posso te mostrar. – Disse Jean entrando no jogo.

– Mostra. – Falou Vinicius incitando ainda mais Jean. – E me explica o porquê do “encaixe quase perfeito”.

Jean agora mordia levemente toda a extensão do pescoço até a orelha de Vinicius, com força suficiente para ficar impressa sua arcada dentária na pele de Vinicius que delirava com aquela brincadeira cada vez mais ousada. Vinicius sentia-se mais e mais excitado, sentia seu pau duro e lubrificado pelo liquido pré-gozo que era liberado constantemente de seu órgão. Jean passeava com as mãos pelo corpo do companheiro como que a explorar um terreno já conhecido, quase que marcando sua presença, com se dissesse: “estou aqui”, praticamente demarcando território. Suas mãos percorreram a garganta, peito, abdômen, cintura, quadril e cochas de seu amante de forma possessiva, demorando-se especialmente nestas três últimas. Cada toque era como se uma corrente elétrica lhe passasse por todo o corpo.

Vinicius estava entregue, apenas gemia, enquanto seu companheiro o torturava, lhe provocando, lhe causando mais e mais desejo, prolongando a espera pela penetração. Suas roupas foram sumindo de seu corpo uma a uma, restando-lhe somente a cueca boxer branca.

– Por que é que médico tem mania de branco, heim? – Falou Jean enquanto virava Vinicius de frente para ele devorando seu noivo com os olhos ardentes de desejo. – Quase, mais essa peça e aí sim, estará perfeito!

Rapidamente Vinicius voltou a devorar os lábios de Jean, que demonstrava o quanto estava gostando da atitude de seu noivo. Jean beijava o maxilar, o pescoço, o peito, demorando-se nos mamilos, fazendo pequenos círculos com a língua em torno destes, finalizando com pequenos chupões e leves mordidas. Desceu beijando e mordendo a barriga de Vinicius até chegar em seu pau. Jean tirou a cueca de Vinicius de uma vez, caindo de boca em seu mastro. Engoliu tudo, chupou com vontade, com força, fazendo o melhor trabalho que pode na glande do seu amado. Jean queria que Vinicius sentisse todo o prazer possível.

Jean desceu mais um pouco levantando a perna de Vinicius para que ele tivesse acesso ao ânus de seu companheiro. Jean chupou, lambeu, forçou sua língua e seu dedo naquele orifício que tanto lhe proporcionara prazer e que agora era preparado para recebê-lo mais uma vez.

Não aguentando mais de tesão, Jean levantou, abriu o botão da calça e o zíper, deixou a calça cair até seus pés, abaixou a cueca até a altura do meio das cochas, virou Vinicius e o penetrou assim mesmo, de maneira urgente, rápida, certeira, profunda.

Huuuuuuuuuummmmmmmmm – Foi tudo o que Vinicius foi capaz de expressar sonoramente, pois este, juntava todas as suas forças para não gritar de dor e prazer, visto que, ainda não estava totalmente preparado para receber Jean dentro de si.

Jean ficou parado esperando Vinicius relaxar a sua musculatura e apreciar aquele sexo cada vez mais bruto. Jean foi estocando devagar e lentamente, enquanto sentia seu pau ser apertado pelo esfíncter anal de seu companheiro que envolvia todo o seu pênis, sentia o interior de Vinicius em brasa, o que lhe dava ainda mais prazer. Aumentou a velocidade e agora este já fazia movimentos frenéticos em seu quadril. A virilha de Jean batia de forma ritmada contra a bunda de Vinicius.

– Quem é teu macho? – Perguntava Jean, segurando a cintura de Vinicius que estava em um estado de torpor. Tal sensação provocada pelo prazer proporcionado por aquele sexo selvagem, o qual estava sendo praticado ali, na sala de estar mesmo, com ele apoiado no encosto do sofá.

Vinicius nada respondeu, não sei se pela surpresa da pergunta, pelo prazer que estava sentindo, ou se talvez, este estivesse tão entregue ao seu desejo, as suas sensações, que nem ouvira a indagação de seu companheiro.

Ao perceber a reação, ou melhor, a falta de reação de Vinicius, Jean projetou o corpo pra frente, puxou os cabelos de Vinicius, colocou sua boca a centímetros do ouvindo de Vinicius e perguntou:

– Quem é teu macho? – Cada palavra sendo seguida de uma estoca forte e profunda.

– Você.

Jean agora dá um tapão na bunda de Vinicius.

– Quem é teu macho, porra?! Fala alto.

– Você, você é o meu macho, meu homem, meu amor, minha vida.

Feliz com a resposta Jean aumentou a velocidade de suas estocadas e beijou Vinicius, enquanto sentia fortes contrações do ânus do companheiro que gozava sem ter se tocado, logo em seguida, foi sua vez de gozar, estimulado pelas contrações anais do companheiro.

– Amor, você acabou comigo. Que sexo foi esse? – Perguntou Vinicius cansado, suado e satisfeito, após quarenta minutos de sexo.

– Eu disse que estava com saudade, não disse? – Falou Vinicius com a roupa completamente encharcada de suor e despencando por cima do companheiro, abraçado a este, ainda dentro dele.

– Sim, mas agora, vamos pro banheiro, estamos precisando de um banho.

E os dois foram para o banheiro do apartamento de Vinicius abraçados com Jean ainda dentro de Vinicius. É parece que a brincadeira ainda poderia continuar no banho.

Quem estava no banheiro também era Duarte. Ele havia dormido muito mal e sua conversa com meu irmão foi de cortar o coração. O jovem deitou na banheira, e ficou submerso por alguns minutos. Ao retornar, Duarte lembrou da conversa que teve com Phelip minutos atrás.

- Eu tenho saudades de nós. De tudo o que poderiamos ter sido, mas que bom saber, você seguiu em frente!

- Duarte, não vem me bancar o santo agora. - falou Phelip sentando na cadeira e observando alguma coisa no computador. - Sabe, eu até fico feliz. Eu descobrir realmente o prazer de ter um homem possuindo você. E infelizmente não era para ser com você.

- Eu entendo. E o prazer de ser um homem? - perguntou Duarte desconfiado.

- Fui passivo com o Ezequias. Realmente é uma surpresa até para mim, mas com ele aconteceu de forma tão tranquila, quase natural. Eu o amo muito Duarte, você fez parte da minha vida, infelizmente seguimos caminhos separados. Eu vou tirar o Ezequias de lá. Eu vou. - prometeu Phelip a si mesmo.

Priscila estava uma verdadeira pilha de nervos desde que mamãe resolveu se meter na organização da sua festa de casamento. Dona Paula não era exatamente do tipo de pessoa que organiza esse tipo de evento apenas para as pessoas mais intimas da família. Patrícia gosta de coisas simples, sem muitos protocolos, essas coisas. Nem sua festa de 15 anos Priscila permitiu que nossa mãe fizesse com medo que metade da cidade estivesse presente, mas agora como faria para se livrar desta arapuca que o destino lhe armou chamada festa de casamento.

– Mãe eu já disse, só quero o essencial! Por mim, teríamos ido apenas no cartório, teríamos assinado a documentação e pronto. Estaríamos casados, mas não o Caleb queria que tivesse tudo o que temos direito: igreja, festa, bolo. Eu até concordei, mas desde que fosse apenas para os amigos mais íntimos. Mas a senhora mãe, se eu lhe conheço bem, vai querer convidar metade da torcida do Flamengo.

– Minha única filha vai se casar e quer fazer o que, casar as escondidas, como se estivesse fazendo algo de errado, um crime, ou às pressas? Não senhora. Desta vez ninguém me tira esse prazer. Se fiz o casamento de seu irmão, que aos olhos da sociedade tinha muito mais motivos de não tê-lo feito, porque não faria o seu?

– Mãe é questão de gosto, de personalidade. Eu prefiro fazer uma coisa mais simples, mais íntima, acho que chega até a ser mais chique, sabe?

– Meu bem, ou chique ou brega, farei do meu jeito, certo? E posso ser flexível e compreensiva com outras coisas, mas disto não abro mão.

– Mãeeeee!

– Não tem mais mãe nem menos mãe que me faça mudar de ideia e pode reservar um tempo em sua agenda à tarde que vamos rever todos os preparativos do seu casamento, eles serão do seu jeito, mas depois de também passarem pelo meu crivo, então chame Luciana e o Pedro, pois amanhã voltaremos, repito, voltaremos à estaca zero e vamos começar tudo de novo.

Priscila já sabia que está batalha estava perdida, mas ela ainda não se dera por vencida e a guerra apenas tinha sido declarada.

No outro dia de manhã, meu irmão muito cedo chegou em minha casa a procura de meu esposo. Mauricio ainda estava no banho, eu já havia descido, um pouco antes para poder ficar um pouco com meus filhos, pois os estava negligenciando com a correria de tratamento e adaptação que eu tinha durante o dia.

– Bom dia Pedro! O Mauricio tá aí ou ele tá de plantão ainda?

– Bom dia Lipe. Não ele tá lá em cima, terminando o banho pra ir pro hospital. – Falei estranhando ver o Phelip aquela hora da manhã, atrás de Mauricio, Deus sabe por que?

– Ah, cê não sabe da novidade, o Duarte tá de visita lá em casa. Chegou ontem.

– E você como tá levando isso.

– De boa, ele foi muito importante pra mim. Eu o amei muito, nossa história foi linda, mas ficou no passado.

– Bom dia! – Falou Mauricio contornando a mesa e me dando um selinho.

– Bom dia! – Respondemos todos em coro na cozinha.

– Mauricio precisava muito falar contigo antes de ir pro hospital. Estou precisando de sua ajudar, mas o chato é que é pra hoje ainda, talvez período da tarde, tem como?

– Se pra você é algo tão urgente assim, posso pedi um remanejamento de horários no hospital, mas você vai ficar me devendo essa.

– Sabia que podia contar com você. Na verdade, o ideal seria o papai me ajudar, mas acho que ele não toparia, então vim falar com meu cunhado favorito.

– Obrigado, pelo cunhado favorito, mas tenho de ver primeiro a disponibilidade do remanejamento de horários, ok? Mas me conta, o que é tão urgente pra te fazer está de pé a está hora da manhã, sem você está voltando de uma balada?

– Bem, Mauricio é o seguinte, Fernanda e Duarte descobriram que o Ezequias está sendo mantindo num Centro da igreja dos pais dele. Este Centro se propõe a curar vícios, homossexualidade, essas coisas.

– Espera aí, o Duarte tá aí?

– Sim, mas o importante é que eu preciso de você pra ir comigo neste Centro, para colhermos maiores informações. O problema é que ele é quase a duas horas de carro daqui. Então teríamos de sair daqui no começo da tarde para chegarmos no horário de visita.

– E você acha mesmo que eles te deixariam visitar o Ezequias?

– Não vamos visitar o Ezequias, vamos conhecer o Centro.

– Agora não entendi nada.

– Você vai me levar para conhecer o Centro, no qual pretende me internar.

– E por que eu faria isso? – Inqueriu curioso ao observar os olhos de Phelip brilhar ao partilhar parte de seus planos.

– Por eu ser seu primo da cidade grande que está morando com você que é um jovem médico respeitável, machista e conservador, que não apoia as nojeiras que seu primo bissexual apronta em sua cidade, debaixo de seu teto.

– E por que você estaria lá, visitando a tal clinica tão passivamente.

– Por eu ainda depender de você financeiramente para tudo e você ter recebido ameaças a esse respeito se não concordasse com esse tratamento.

– Mas você não disse que esse tal Centro é mantido pela Igreja dos pais do Ezequias, primeiro que eles só devem receber gente da Igreja. Segundo que é questão de tempo até eles descobrirem que você e Ezequias tem algo lá dentro. Terceiro que eu não vou te internar num lugar desses só pra você ficar perto do Ezequias, não.

– Mas você não mentirá, falará que não é religioso, que ouviu falar desta instituição através de um paciente que é seu amigo, que não se importa com os métodos, mas que me quer ver livre deste comportamento “nojento” que estou envolvido, entendeu? Não vai me internar, nós vamos apenas colher informações. Entende? E se esse Centro tiver algo que não devia, então os pegamos no pulo do gato. Mas já é quase certo que vamos achar irregularidades, por isso vamos usar nossos celulares pra gravar toda a conversar e filmar o que der.

– Acho que lhe compreendo. Mas o que você pretende quando estiver de posse dessas informações?

– Primeiro quero acionar um advogado para entrar com uma ação, medida cautelar, sei lá como chamam essas coisas, pra tirar o Ezequias deste lugar. Quero fechar as portas desta espelunca que chamam de Centro. Um lugar assim não deveria existir.

– E como você pretende fazer tudo isso?

– A Fer está cuidando desta parte para mim.

Enquanto isso, Larissa era surpreendida por uma visita inesperada, aquela hora da manhã, do outro lado da cidade.

– Fernanda?

– Larissa. Minha querida, eu preciso de sua ajuda, ou melhor, de sua orientação.

– Entre. – Falou de forma curiosa e educada, enquanto mostrava onde Fernanda poderia sentar para uma conversa mais confortável. – Em que posso lhe ajudar?

– Deixe-me lhe explicar toda a atual situação em que estamos envolvidos.

– Estamos? Quem está envolvido nesta história?

– É uma longa história, mas vamos lá... – E Larissa ouviu atentamente toda a história narrada por Fernanda.

– Deixe me ver se entendi direito. Esse garoto é nosso vizinho lá no Lar Novo Horizonte, integrante daquela família que comprou a casa que estava à venda, certo?

– Uhum.

– Eles são evangélicos meio fanáticos e estão mantendo a filha mais velha cativa em casa, o mais novo, que é o jovem em questão, está privado de liberdade, sofreu agressões, físicas e psíquicas. Além de ser submetido a um tratamento proibido por lei, pois psiquiatricamente falando, não há o que ser curado na homossexualidade, visto que essa pratica não é considerada uma doença pela Organização Mundial de Saúde.

– Isso. E então, poderemos fazer alguma coisa.

– Minha querida, só com essas primeiras informações já podemos fazer muita coisa, mas se conseguir o material que me prometeu, aí conseguiremos fazer horrores!

– Então, o que posso ir adiantando hoje à tarde.

– Vou te passar uns endereços e telefones, assim que chegar no Lar Novo Horizonte eu ligo pra essas pessoas aqui pra já ir adiantando o assunto e você vai receber um melhor orientação deles, ok?

Eu sabia que amava meu esposo mais que qualquer pessoa no mundo, contudo na minha cabeça juntavam-se gratidão, companheirismo, cumplicidade, confiança e amizade, confundindo-me. Eu sentia necessidade da companhia do Rogério cada vez mais.

– Tem certeza Rogério que você já está em condições de voltar a trabalhar? Se quiser posso ficar com o Dr. João Carlos só por esta semana, enquanto você termina de se recuperar em casa, a queda de ontem foi meio feia, não acha?

– Que é isso Pedro, foi só um susto ontem. E agora eu estou bem melhor, além do mais não queria ficar sem nosso encontro diário.

– Quem escuta você falando até pensa, heim?

– Pensa o quê?

– Que estamos nos divertindo aqui, ao invés de nos encontrarmos com fins terapêuticos.

– Pensei que estivéssemos nos divertindo oras. É bom saber que você não está gostando de nossos encontros.

– Gosto muito de nosso tratamento. Até por saber que você me compreende. – Falei percebendo um leve sorriso em seu rosto e pela primeira vez pude observar de verdade Rogério. Um homem alto, forte, musculoso, tava na cara que ele era meio rato de academia. Devia ter por volta de 30 anos, olhos verdes, pele morena clara, cabelo pretos lisos, rosto comprido, maxilar projetado, quadrado, másculo, barriga tanquinho, pernas torneadas. – É, agora eu estava verdadeiramente entendendo por que Mauricio estava tão inseguro com o seu amigo. – Pensei comigo mesmo.

Ele já fora um cadeirante como eu, era determinado e me estimulava a dar o melhor de mim, tudo bem, tudo bem, esse era o trabalho dele, eu sei. Entretanto me sentia conectado a ele de uma maneira muito especial. Eu confiava todo meu tratamento a ele, pois ele era a prova viva de que eu poderia superar esta minha limitação momentânea. E saber que essa limitação era momentânea me enchia de esperança e alento. Meu coração estava leve de novo, o mais leve que já esteve desde o acidente.

ContinuaNão sei se vocês perceberam uma narrativa diferente... escrevi esse conto em parceria com o Iky. Um cara cheio de talento... o próximo também terá essa parceria... e incentivem o meu amigo para ele escrever uma história também, pois, talento esse neguinho tem!

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Comentários

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Fernanda é muito legal, só que achei muito errado o que os pais do Ezequias fizeram com ele, nem todos os evangélicos são assim, mas os que são desses jeitos, são todos falsos

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Desculpa, Iky meu amigo. Esqueci de comentar sua parceira com My Way. Está ótimo!

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Não estou mentindo Iky, acho que você seria uma grande contribuição para a CdC e creio que todos te apoiariam.

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Muito bom, só tome cuidado com alguns erros hein... Nota 10

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Espero que tenham gostado da minha parceria com o MY WAY, gostei muito dos comentário e quanto a você kle f. é um fofo. Obrigado.

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Ficou ótimo o conto,e espero que o Phelipe consiga salvar o Ezequias dessa "cliníca" .

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Muito bom. Parabens aos dois, My Way não podia ter escolhido parceiro melhor para escrever com voce e vc Iky, sorte que no seu contrato de estágio comigo não tinha a clausula de exclusividade. Kkkkkkkkkkkkk Estou brincando, agora são dois contos em que vc mostrou seu talento. Falta o seu, está deixando todos ansiosos já kkkkkk.

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só pelos comentários do Iky da pra perceber que ele tem talento, acho que o que lê falta mesmo é coragem para começar um conto.

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Adoreii tomara que o pedro não cometa nenhum erro cm o mauricio e estou torcendo que o plano dos meninos de certo.

Valeu iky

Abraços

Boa noite

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Adoreii tomara que o pedro não cometa nenhum erro cm o mauricio e estou torcendo que o plano dos meninos de certo.

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