EU, KAMILAH E O LUAR
Conheci Kamilah publicando seus contos num site especializado em que eu também participava. Trocamos nossos MSN e iniciamos nossos papos noturnos. Assim que conquistamos a confiança mútua, tornamo-nos amigos confidentes e descobrimos que éramos dois tristes solitários, dois seres carentes de afeto amoroso, tanto no plano vertical quanto no horizontal. A solidão de minha amiga tinha origem diferente da minha, mas no fundo as carências eram as mesmas. A diferença é que Kamilah sempre se mostrou uma mulher triste, um tanto amarga, apesar da inteligência e da sensibilidade que sempre revelou em nossas conversas e em seus textos. Mantinha sempre uma reserva polida com os assuntos ligados ao sexo e aos homens, embora não fosse indiferente a ambos. Tinha lá seus motivos, pois todos os homens que dela se aproximaram após a separação de seu marido, eram apenas aproveitadores, não tinham intenções honestas nem duradouras, queriam apenas sexo e nada mais. Essas reservas foram também a barreira contra a qual lutei para merecer-lhe a confiança.
Kamilah era, por suas atitudes rígidas, uma mulher severa e sempre com um pé atrás, duvidando das nossas intenções, diferente da maioria que eu conhecia nesses ambientes virtuais. Não queria sexo por sexo, queria mais, exigia atenção afeto, carinho, companheirismo; virtudes que ela não encontrou nos homens que conheceu na real e nos sites de relacionamento depois de separada. E por que deveria ela acreditar que eu não tinha as mesmas intenções desses homens? Na verdade aprendi a gostar dessa mulher diferente que me fascinava. A cada dia minha atração por ela tornava-se maior. Ela já sabia muitas coisas sobre mim, eu já havia aberto diante dela o livro de minha vida; meus sentimentos, meus desejos mais íntimos.
Uma noite, conversando pelo MSN, eu perguntei o que ela me diria se eu lhe dissesse que sentia forte atração por ela. A resposta demorou um pouco, mas veio assim:
- Você já me deu provas de que é um homem de boas intenções, mas não consigo acreditar que esteja atraído por uma mulher difícil, chata, gorda, problemática, sistemática, exaurida de atrativos físicos, como eu.
- Esta, disse eu, é a mulher que você exterioriza, mas não a mulher sensível, capaz de amar sem reservas, que você traz no íntimo e tenta esconder do mundo, mas que seus escritos revelam sem pudores. Eu não estou atraído por seu aspecto físico, mas por essa mulher diferente que está dentro de você e que, pode lhe parecer estranho, desperta também a minha libido... Em outras palavras, me dá tesão.
- Ah, meu amigo, você me espanta, me surpreende, me desvanece com esta confissão!...
- Se quiser ter a certeza de que digo a verdade, aceite meu convite para um jantar a dois... Deixo à sua escolha a hora e local do encontro. Aceita?
Ela demorou um pouco a responder e por fim aquiesceu:
- Tudo bem. Não duvido de sua sinceridade. Aceito o convite e vou dar a mim mesmo mais uma oportunidade de ser agradável a alguém.
Marcamos um encontro num barzinho com cabines para casais e quando ela apareceu no limiar do reservado, com seu lindo vestido esvoaçante, cobrindo até os joelhos suas formas exuberantes, eu me ergui e fui ao seu encontro, lhe ofereci o braço:
- Você está linda Kamilah!... Muito elegante! Venha, sente-se aqui ao meu lado.
Ela agradeceu, sentou-se, vagueou o olhar pelo ambiente e depois me fitou com um sorriso de aprovação e eu pude ver, pela primeira vez, uma centelha de alegria naqueles olhos que me apareciam sempre tristes na imagem da webcam.
- Muito aconchegante este cantinho...
- Obrigado, mas o que achou deste seu amigo, vendo-o agora de corpo inteiro?
- É como eu imaginava, um homem elegante, educado e gentil como sempre...
- O mesmo posso dizer de você, minha amiga...
Ela sorriu novamente, pôs a mão sobre a minha, me fitou demoradamente e perguntou:
- É verdade mesmo que sente tesão por mim, ou apenas quer me fazer crer que sou uma mulher desejável?
O toque acariciante e tépido de sua mão sobre a minha, estimulou meu desejo e logo meu velho guerreiro entrou em ereção. O longo tempo sem eu ter relação sexual, também ajudou. Eu respondi:
- Não, minha amiga, o que sinto por você, além da admiração, é tesão mesmo. Quer uma prova real?...
- Quero sim!...
- Então me dê sua mão.
Tomando-lhe a mão, coloquei-a sobre meu pênis endurecido que latejava sob o tecido da calça. Imaginei que ela fosse ter uma reação de pudor, mas para minha surpresa ela perguntou:
- Pode tirar ele pra fora, para eu vê-lo ao vivo?...
Mas que depressa, virei a cadeira na sua direção, abri o zíper e deixei que ele saltasse, apontando pra ela. Vendo-o assim, intumescido e vermelho ela fez um gesto de espanto, estendeu a mão, tocou-o de leve e foi aos pouco apalpando-o demoradamente da cabeça até os testículos:
- É, - fez ela sorrindo - não posso deixar de acreditar... Acho que isso aqui é mesmo uma prova irrefutável de que você está querendo comer a sua amiga.
- E você, não está querendo, dar de comer a este seu amigo?
- Ai, Spártacus, desde o seu convite pra esse encontro, eu fui acordando, fui deixando a libido tomar conta de mim... E agora estou aqui, tocando seu pênis... Quer ver como estou?...
Sem esperar resposta ela levantou o vestido mostrando suas coxas exuberantes, abriu as pernas, pegou minha mão e colocou sobre a vagina úmida. Aproveitei, para afastar-lhe a calcinha e escorrer meus dedos entre seus lábios vaginais, arrancando-lhe suspiros de prazer que fizeram mais intenso o meu tesão, enquanto ela, de olhos fechados, a cabeça pendida para trás, com uma mão continuava apalpando meu pênis e com a outra acariciava os seios fartos. Quando senti que ela havia gozado, retirei a mão ensopada de seu gozo, levantei-me e apontei meu pau para sua boca, ela iniciou um boquete gostoso, mas logo parou e disse:
- Spártacus, acho que a gente está perdendo tempo aqui nesta cabine apertada e com privacidade duvidosa.
Entendi a mensagem. Depressa nos arrumamos e saímos. Lá fora, a noite era estrelada e havia um luar esplêndido. Antes de entrar no carro, ela olhou o céu iluminado, a lua cheia e exclamou:
-Ai, que noite linda!...
No carro, quando ela entrou e a luz acendeu, eu pedi que ela deixasse suas roliças coxas sensuais à mostra e tirasse a calcinha e me deixasse ver sua vagina. Ela sorriu, levantou a saia, tirou a calcinha, abriu as pernas e eu vi a sua gruta do amor, gorduchinha, cercada de pelos aparadinhos em torno da bissetriz que separa os lábios vaginais. Que coisa linda e provocante a vagina de minha amiga! Meu tesão foi às nuvens, mas eu me contive, pus o carro em movimento e parti em direção à chácara de meu afilhado a uns vinte quilômetros dali. Ele está nos Estados Unidos fazendo um curso de aperfeiçoamento profissional e me deixou incumbido de cuidar da propriedade. Quando abri o portão da chácara, vendo o jardim com uma extensa área gramada, iluminada pelo luar, Kamilah teve um suspiro de deslumbramento:
- Ai meu amigo, isso aqui parece um sonho!... Eu sempre sonhei fazer amor ao luar sobre a relva iluminada.
- Então vamos realizar este sonho – disse eu ajudando-a a despir-se.
Em questão de segundos estávamos ambos despidos enrolando na grama, num 69 gostoso, sentindo seus seios roçarem os mamilos no meu peito, enquanto ela chupava avidamente o meu pênis e eu a sua cálida vagina ensopada de tesão. Ao cabo de alguns segundo de felação, ambos gozamos: eu na sua boca e ela na minha. Em seguida, aliviados temporariamente, mergulhamos abraçados na piscina. A água fria nos revigorou fisicamente e de tanto ver seu exuberante traseiro enluarado, submergindo e emergindo na piscina, meu tesão retornou com força. Estava esfriando. Chamei-a para dentro da casa e enquanto caminhava eu alisava o seu belo e macio traseiro e ela me segurava o pênis. Lá dentro, encontrei uma garrafa de vinho, ela achou uns camarões no congelador, descongelou-os, fritou-os e os comemos com pão de forma e vinho chileno, pelados como estávamos. Aquecido pelo vinho deite-me no tapete com o membro duro, apontado para o teto e ela veio, sentou-se sobre ele e fez descer a vagina em toda a sua extensão e iniciou um sobe e desce delicioso, gemendo alto a cada descida e subida, enquanto eu lhe acariciava os seios grandes, de mamilos rosados e tesudos. Quando percebi que ela ia gozar, gozei também. Demos um tempo e transamos de novo. Depois nos abraçamos e nos beijamos com muito tesão e ternura. Adormecemos assim e despertamos com a manhã raiada iluminando pela vidraça nossos corpos saciados. Olhei as horas, pouco mais de seis da manhã.
- Nossa, já é dia!... Preciso ir, meus filhos dormem até tarde, mas podem acordar e não me encontrar, exclamou ela arrumando-se depressa.
Levei-a até sua casa, durante a viagem vi, numa cerca florida, rosas brancas e vermelhas. Parei, colhi algumas, improvisei um buquê e lhe ofereci. Ela as recebeu emocionada, recolheu-as ao peito, olhou-me com os olhos inundados, e deu-me um beijo de agradecimento.
- Você é um homem gentil, educado, interessante e deliciosamente fogoso.... E eu?... Você acha que fui a mulher agradável que pretendi ser?
- Não apenas agradável, foi mais que isso, foi completa, foi perfeita; conseguiu me dar a alegria e a satisfação que há muito eu não sentia, acredite.
Ela sorriu e eu a beijei. De repente lembrei-me que ela enfrentava a vida com certa dificuldade.
- Escuta, amiga, se você tiver alguma dificuldade eu posso te ajudar , qualquer que seja essa ajuda.
Ela pôs o indicador em riste sobre meus lábios, como a pedir silêncio.
- Meu amigo, não pretendo que o nosso tesão ultrapasse o limiar de nossas privacidades. Você acaba de me dar uma ajuda sem precedentes em minha vida; conseguiu ressuscitar a fêmea feliz que eu havia sepultado no túmulo das mágoas e ressentimentos. E é esta fêmea ressuscitada, alegre e carinhosa e tesuda que eu quero lhe dar sempre que a saudade física nos impor sua vontade.
- Desculpe, amiga, você tem razão. Podemos nos amar para sempre, preservando nossas privacidades domésticas... Obrigado pela noite deliciosa.
Ela sorriu, acenou de longe e entrou em casa. Na volta, bem não havia percorrido dez quilômetros, a saudade de minha amiga já se fazia presente em meus sentidos e um fogo novo já aquecia o meu velho guerreiro. Acreditem.
Spártacus.