O carro de Fernando estava lá na ponte, acompanhado de outro carro agora, um já conhecido, o carro do seu Cesar.
- Boa tarde, Lorena. - respondeu seu Cesar.
CONTINUAÇÃO...
- Boa tarde, seu Cesar. - falei em tom de subordinação, já o aceitava como meu chefe mesmo sem ter assinado nada.
- Como vai, Fernando? Acertei na escolha? - perguntou seu Cesar em um tom de desprezo, pelo menos eu achei!
Fernando deu uma risada meio sem jeito. Atitude coerente partindo de uma pessoa como ele.
- Foi tudo ótimo, Cesar. Lorena, suas roupas estão nessa mala, Carlos pode colocar no carro?
- Pode sim, Fernando. Muito obrigada. - ainda não sabia como ia chegar em casa com essa mala de roupas!
Entrei no carro com o seu Cesar após uma despedida simplória de Fernando. Totalmente diferente do que vivemos nos dias anteriores. A dúvida em vê-lo novamente estava cada vez maior.
- E ai, Lorena? Gostou do meu mundo? Kkkkkkk - mais deboche por parte dele.
- Gostei do Fernando. Adorei o final de semana. - falei com mais confiança agora.
- Bom, isso é bom. Mas não se apaixone! Assim como ele veio, muitos virão caso aceite o contrato. Ele deu dinheiro a você?
- Deu sim. Nem olhei quanto é. É seu? - perguntei agora com "meu tom" de deboche.
- É seu, Lorena. Isso tudo aqui é um negócio. Eu recebo adiantado. Você recebe após o final de semana. Poderá juntar uma bela poupança comigo, fora roupas, presentes e muito mais. Vai assinar o contrato?
Minha curiosidade só aumentava. O "bendito contrato''. Por que eu tinha que assiná-lo? Eu era menor de idade e não entendia qual o valor da minha assinatura.
- Posso ver o contrato, seu Cesar?
- Claro que pode! Darei hoje e pegarei assinado na quarta-feira quando for buscar Cesinha e você no colégio.
- Como tem tanta certeza que assinarei?
- Basta ver seus olhos encantados com o meu mundo! - mais gabolice por parte dele.
- Ei, tenho um problema! Onde vou colocar essas roupas que ganhei? Não posso simplesmente chegar com essa mala em casa. Meus avós vão desconfiar, e nem tenho local para guardá-las.
- Você pode colocar no seu quarto do hotel. Toda vez que retornar, terá seu quarto a sua disposição. Agora que já sabe onde você estar, virá sozinha pra cá de ônibus. Essa foi a última vez que trouxe e deixarei você em casa. Após a assinatura do contrato, será raro as vezes que nos veremos, ok?
- Ok.
No resto da viagem, pouco mais de duas horas, aproveitei pra por os pensamentos no lugar. Eu tinha que terminar com André. Não era certo ficar enganando-o. Mas como eu ia terminar sem dizer o motivo real?
Perto de chegar na pracinha onde ele me pegara na sexta-feira, seu Cesar parou o carro, pegou sua maleta e tirou o tal contrato.
- Tome, leia as cláusulas, reflita bem. Após assiná-lo é um caminho sem volta. Estar me entendendo, Lorena? Sem volta!
Peguei o amontoado de papel e apenas fiz um gesto com a cabeça assentindo. Chegamos na pracinha. Recebi minha bolsa com as roupas que havia separado pro fim de semana e nem as usei. Na saída, mais intimidação:
- Quarta-feira, Lorena!
Andei apressada até chegar em casa. Meus avós estavam na sala assistindo TV. Falei com eles, minha avó perguntou como havia sido a viagem com meus amigos:
- Foi muito bom, vó. Talvez a gente repita próximo final de semana. - alguém ainda tem dúvida que eu queria assinar o contrato do seu Cesar?
Deitei na cama e comecei a ler, o coração acelerado pra descobrir logo o que tinha escrito ali. Transcreverei algumas informações contidas no contrato.
As coisas boas: tudo o que eu viesse a ganhar dos meus "clientes" era meu. Os valores pagos por eles eram de R$1000,00 pelo fim de semana (valor pago por Fernando), R$250,00 a noite de sexta-feira ou a manhã do domingo e R$500,00 o sábado todo (valores da época).
As coisas ruins: teria que tomar hormônios femininos com acompanhamento médico. Todos os fins de semana teria que viajar, após a assinatura a quebra do contrato somente se ambas as partes concordassem. O contrato tinha validade indeterminada. Caso uma parte desejasse a quebra, teria que pagar uma multa, no meu caso eu pagaria uma quantia astronômica.
Local da assinatura na última folha. Não sabia o valor da minha assinatura, ainda mais que tinha apenas 17 anos. Mostrei à Teresa, que apenas perguntou se eu sabia onde estava me metendo.
Deitei na minha cama. Com uma saudade de Fernando, do seu cheiro, da sua voz e claro do seu maravilhoso pau que me comeu muito gostoso durante o final de semana. Fiquei relembrando da sua boca na minha, da sua língua na minha bunda, como ele enfiava tão bem aquela língua no meu cu. Era muito atencioso comigo, se preocupava se eu estava gostando. Batia uma punheta sem preconceito em mim. Eu via estrelas com ele me comendo. Acordei dos meus pensamentos todo melado, morrendo de tesão pelo pau do Fernando.
Não aguentei. Peguei meu brinquedinho na gaveta e comecei a me fuder. Pensava no Fernando me comendo o cu. Fiquei deitada com as pernas abertas, posição de franguinho, enfiando minha piroca de borracha no cu. Meu pau duro babava toda minha barriga. Socava forte imaginando Fernando comendo meu cu. Comecei a me punhetar e não demorei muito pra gozar. É gente, eu estava apaixonada pelo Fernando. Nem sabia ao certo se eu voltaria a vê-lo.
A semana começou. Na sala de aula olhava pro André com uma pena. Nunca havia terminado um relacionamento. André retribuía um olhar de dar pena. Será que ele sabia de algo? A aula terminou. Saímos caminhando de volta pra casa. Então comecei:
- André, precisamos conversar.
- Acho que até sei do que se trata.
- Sabe?
- Sim. Você não viajou pra casa dos seus pais. Eu sei disso. - meu coração disparou nesse momento, ele havia me seguido? Então abri o jogo.
- Como você sabe?
- Sua vó me contou. Ela me viu na rua e se admirou pensando que eu tinha viajado com você e mais alguns amigos. Fica tranquila, confirmei sua viagem e expliquei que não pude ir.
Paramos por um momento.
- André, eu conheci uma pessoa. Eu nem sei como dizer isso sem machucar você.
Os olhos dele se marejaram. Era o fim do nosso relacionamento. Talvez o fim da nossa amizade. Não aguentei e comecei a chorar também. De uma forma inexplicável (nunca me esquecerei disso), André me abraçou.
- Tudo bem, pra mim, o que importa é a sua felicidade. Se é assim que você quer, é assim que será.
Essas palavras causaram mais dor no meu coração. Com essas palavras, André disse que a "culpa'' era minha, somente minha! Os metros finais até minha casa foram os piores. Seco, sem palavras. Um abraço de despedida, talvez o último da nossa relação. E assim foi, sem mais palavras.
O luto durou por toda a semana. Já não nos falávamos mais. Apenas ligeiras trocas de olhares. Meu coração batia por André e por Fernando. Eu nem sabia se veria Fernando novamente. Mas estava decidida a assinar com o seu Cesar e parar de trair André. E assim foi.
A quarta-feira chegou. Seu Cesar veio pegar Cesinha e eu no colégio. Como sempre, ele deixou o filho primeiro em casa e depois rumou em direção a minha.
- E aí, Oren? Ou Lorena? O quê você decidiu?
CONTINUA...
Obrigada gente, peço desculpas pelo conto anterior, sei que foi fraco, muita descrição, mas tinha que ser assim.