Outras vidas - Parte VII

Um conto erótico de Valentina M.
Categoria: Homossexual
Contém 926 palavras
Data: 26/01/2013 09:24:44
Última revisão: 30/01/2013 12:22:37

CAP VI - Explicações

Dentro do elevador me encostei no espelho, suspirei fundo, estava me odiando, mas não sabia se era pelo que fiz ou por não ter continuado, ela estava ao alcance das minhas mão e eu botei tudo a perder, mas tudo estaria perdido se eu continuasse, ia perder anos ao lado da garota que eu amava, da garota que sempre esteve comigo.

Entrei no carro mais que depressa, passei em um bar qualquer, eu sabia que beber não seria a melhor opção, mas eu precisava daquilo, eu tinha que ocupar minha cabeça em outra coisa, encontrei um amigo assim que encostei no balcão, bebemos um pouco juntos e consegui esvair daqueles pensamentos por pelo menos algumas horas. Voltei para a casa um pouco alterada, completamente errada por dirigir naquele estado, quando desci pude perceber o quanto eu estava alcoolizada, mal consegui estacionar o carro na garagem, subi tentando não fazer barulho, mas foi em vão, claro... Logo na sala esbarrei em um objeto quem nem sou identificar, mas que fez muito barulho ri sozinha de mim mesma, mas logo fui para o quarto, já no corredor comecei a me despir, joguei a roupa sobre a cama e entrei no banheiro, tomei um banho longo e extremamente quente, me apoiei na parede e deixei a água caindo sobre minhas costas, sem ter noção do tempo que fiquei ali pensando no que havia acontecido, “Meu Deus, que boca deliciosa, como eu sonhei com aquilo, mas isso é errado, Daniela... Isto esta errado...” Aquilo não saia da minha mente, tava me enlouquecendo. Sai do banho, me sequei e deitei como estava, completamente nua, relaxei por algum tempo, tentando afastar qualquer tipo de pensamente, deixando minha mente vazia, depois de um tempo tentando, peguei no sono, as doses de wisky fizeram efeito, peguei em um sono pesado.

Acordei no dia seguinte com meu celular tocando insistentemente, quando atendi sem olhar o visor reconheci a voz de Duda...

- Dani?

- Oi, amor... – Disse baixinho...

- Ta tudo bem, meu amor? Você não estava atendendo... Aconteceu alguma coisa?

- Não, ta tudo bem... Acho que dormi um pouco demais! – Fechei os olhos e me cobri com o edredom para não receber aquela claridade que vinha da janela.

- Você bebeu ontem a noite, né, Daniela? – Ela disse num misto de raiva e diversão.

- Claro que não! – respondi e ri sinicamente.

- Eu te conheço, Daniela... Conheço essa sua voz rouca, sua safada... Não mente pra mim!

- Só um pouquinho! – Disse baixinho com a intenção de que ela não ouvisse, mas foi em vão.

- Um pouquinho, sei como é... com quem você estava? – Perguntou desconfiada.

- Encontrei o Léo no choperia e acabei bebendo algumas com ele, nada demais, eu juro. – Já disse antes que ela falasse algo.

- Ata... Depois vou falar com o Léo – Disse rindo.

- Tudo bem, pode falar, uai... Como ta ai, meu amor?

- Ah... Ta tudo bem... – Ela disse com um tom de voz desanimado, eu notei que ela estava mentindo, havia alguma coisa.

- Tem certeza? – Insisti com a intenção de que ela falasse a verdade.

- Tenho sim! Te ligo mais tarde, ok?! – Ela disse depressa, pra que eu não prolongasse a conversa.

- Ta bom, tenha um bom dia, amor.

- Obrigado, realmente vou precisar! – Suspirou antes de continuar... – Te amo!

- Eu também te amo! – Desligou...

A semana passou arrastada, meus dias eram longos, minha preocupação com relação a Duda só aumentava, e a presença de Bia se tornava cada vez mais constante e intrigante nos meus dias, procurava não ficar sozinha com ela, falávamos por sms, ou às vezes em alguns intervalos na faculdade, as vezes rolava um clima, mas eu sempre dava um jeito de me esquivar, me convidava pra ir em sua casa, mas dava uma desculpa. Até que chegou o dia em que Duda ia voltar, ela veio em um Domingo, me ligou e pediu pra que eu pegasse ela na rodoviária as 18h.

Como o Combinado eu estava la as 18h em ponto, estava morrendo de saudades, quando a vi saltando do ônibus meu coração disparou de alegria e ansiedade, Fui ao seu encontro as pressas, ela chegou só com uma mochila, lhe abracei forte e ela fez o mesmo, sussurou:

- Que saudades!

- Eu também, estava morrendo de saudades... – Disse me afastando e olhando em seus olhos, olhei para a sua mão e não vi malas, perguntei... – Cadê suas malas?

- Deixei minhas coisas La! – Respondeu com um olhar triste...

- La, onde afinal? – Perguntei desconfiada.

- Vamos? A gente para naquele restaurante japonês que você adora, eu estou faminta, e conversamos melhor, pode ser? – disse enquanto acariciava meu rosto.

- Claro, vamos la...

Chegamos até o restaurante, ainda era cedo e tinha varias mesas vagas era um pouco mais de 19h30. Preferi uma mesa mais reservada onde íamos ter um pouco mais de privacidade, nos sentamos e o garçom chegou...

- Boa noite, Senhorita Daniela!

- Boa noite, Chico... Trás o de sempre, por favor?

- Como quiser... Com licença! – Disse se retirando

- Chico, só mais uma coisa, uma dose dupla daquele Whisky também, por favor? – Duda disse antes que ele se afastasse. A olhei interrogativamente, ela respondeu rapidamente – Preciso esquentar e relaxar um pouco.

Em questão de segundos, Chico voltou com meu chopp, o suco e o Whisky de Duda. O restaurante era de um amigo do meu pai, e freqüentávamos la freqüentemente, Chico era o garçom mais velho do estabelecimento, e me conhecia a anos.

- Então me diz amor... Onde você esteve todo esse tempo?...

Haha, onde sera que ela esteve todo esse tempo? Amanhã tem mais meus queridos... Obrigado por me acompanhar ;)

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