Revanche - Cap. 3 (A)

Um conto erótico de Emmet Thorne
Categoria: Homossexual
Contém 1374 palavras
Data: 27/01/2013 07:33:11
Última revisão: 27/01/2013 07:37:22

Previously on Revenge...

— Tio João… Eu sou apenas um guri… Você prometeu… Você errou…

— Posso ser um inimigo tão poderoso como elesAdivinha quem voltou a Capeside? (...) Titio João. Ele sente muito remorso pelo que fez com o Armando...

Galego sardento! O maldito que me abandonou e me usou mesmo sendo uma criança.

— Mal chegou em Capeside e já ta próximo ao poder! Usou a minha minaÉ daquele tipinho que faz de tudo, tudo, para subir na vida, ter o poder, indo até contra os seus próprios princípios e conceitos!

— Pois saiba que tenho conceitos que sua mãe jamais aprovaria.

Dois erros não fazem um acerto...

— Victória. ConradoWilliamEssas são apenas algumas pessoas que ajudaram na derrocada do seu pai.

Porque os erros nunca são iguais

— Eu sou gay, Victória. — acenei positivamente sorrindo.

O pavor se estampou no rosto de Victória.

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Mil segredos refletem semelhantemente como uma única poesia. Quando declamada, é magnificamente inquestionável. E quando por fim terminada, suas consequências são irreversíveis. Os que segredam em confiança voluntariamente adormecem.

As pupilas dos meus olhos se contraiam. Confiar nunca me foi agradável. Mas era preciso. Era 06:00 da manhã. O dia estava nublado. E eu estava ali, no meu carro, olhando pelo retrovisor para aquele sorriso debochado.

— Eu reconsiderei a sua oferta de ajuda, Nathan. — suspirei e aquele sorriso ficou ainda mais ridículo — Não sorria tanto assim. Minha piedade não aguentará a tanto.

— Os que têm piedade adormecem. Foi o que aconteceu com você? Porque pelo visto, nos últimos dias, você perdeu todo o favoritismo do queridinho de Capeside.

— Maybe. Eu contei a Victória que eu sou gay. Tinha que conquistar a amizade do Daniel e esse era o melhor modo. Mas pelo visto a Rainha se zangou, pois não sou mais o convidado de seus eventos sociais ou quando vou visitá-la ela misteriosamente não está.

— Minha piedade pra você. — ironizou rindo — Mas e a Ellen?

— Para que subir de escadas se eu posso ir de elevador? — sorri e desconversei — Anyway, eu tenho uma missão pra você. Você se acha capaz de executá-la?

Os olhinhos dele brilharam. Resposta certa. Lhe entreguei uma foto.

— William Harmon? — perguntou — Ex-consultor financeiro dos Grayson? Ele era o melhor amigo do seu pai e ainda assim depôs contra ele no julgamento, não foi?

— Isso. E logo após a prisão do meu pai, ele saiu do governo. Hoje em dia ele é dono de um mercado de ações. E ai que entra você na jogada. Como somos sócios na NateCorp, venderemos 2%, cada um, do comando da empresa para o dono da empresa Allcoon. Ele está interessado. Assim você ficará com 49% da Nate, eu com 47% e a Allcoon com 4%. Meu objetivo é que o William invista na Alcoon pensando que a empresa ganhará mais comando na NateCorp, pois haverão boatos que a Allcoon se apossará do comando da NateCorp. E o dono desses boatos será você. O próximo passo eu te digo depois. Agora eu preciso ir.

— Mas já? Adoro lhe obedecer, mas não ganho nenhum um beijinho de despedida?

Olhei para a boca daquele galego, seus olhos, suas sardas, meu Deus, como ele continuava lindo! Nathan que antes exibia um sorriso debochado, agora estava todo desconcertado com o meu silêncio e olhares. Aproximei minha boca da sua.

— Você ganha outra ordem. — sorri e me afastei — Qual o endereço do tio João?

— Armando o que hein, Armando? — sorriu e me entregou um panfleto — Depois que a Victória te levou para o centro de cura, o titio João decidiu morar no norte de Capeside. Construiu uma grande casa junto de uma grande oficina e uma grande solidão. Sugiro que você pegue uma barca porque de carro demorará

— Eu tenho tempo. É o tempo. De quitar a dívida de uma criança como gente grande.

Assenti, olhando para o horizonte e Nathan logo tratou de se retirar do carro. Dirigi, rumo a minha mais dolorosa e satisfatória revanche, mas antes tinha que conquistar um assunto.

— É aqui que você se refugia quando império entra em guerra? Você sumiu! — exclamei sorrindo vendo Daniel no intervalo de uma partida de polo.

Ali era um clube de equitação. A grama verde da cor de limão. O ar fresco. O céu aberto. Daniel virou-se pra mim montado no cavalo, largou o taco e tirou o capacete jogando na grama. Gosh, he’s so beautiful. Seus cabelos estavam bagunçados, molhados de suor e com alguns fios grudados na testa. Vestia uma camiseta molhada que expunha seus braços musculosos.

— E aí! — disse caminhando com cavalo até a mim — Eu não queria sumir, eu... Eu tavaNa verdade, minha mãe pediu para eu me afastar de tu depois que... Tu sabes. Lamento por ti. Por tudo. Mas tu estarias de boa, se não tivesse aberto bico contando que era viado. Minha mãe detesta bichas! — disse rindo.

Olhei incrédulo para ele, acenei negativamente e saí andando. Logo ele pulou do cavalo e me alcançou, me pegando pelos seus braços fortes e me virando. Sua mão estava suada. Seu cheiro me inebriava. Seus olhos estreitos se encaravam aos meus.

— Foi mal. Mas talvez seja melhor assim, sabe? Afinal tirando a Ellen, o que nós temos em comum? Somos completamente diferentes.

— O que você quis dizer é que temos opções sexuais diferentes, e então somos de mundos diferentes?

Ele se calou. Soltei-me de seus braços, com raiva. Como ele falava besteiras!

— Sabe... Eu achei que aqui seria diferente. Mas do que adianta anos novos se continuamos a copiar os erros dos anos velhos? Porém com toda a certeza, se todo o mundo fosse composto de mudanças, tomaríamos sempre novas qualidades.

— Isso não é um poema de...

— Volta pro teu treino. Pro teu lindo pônei de puro sangue que não deve ter mais de 7 anos de vida. — ele me olhou surpreso com a adivinhação — Reconheço um de longe. Eu era capitão de um clube de equitação em Barcelona.

— Aonde em Barcelona? Eu fiz três...

Saí andando e o deixei falando sozinho, interrompendo a conversa. Entrei no meu carro e segui rumo a minha viagem. Por muitas vezes pensei em voltar. Desistir. Mas não podia. Precisava encará-lo. Vingar-me. Eu era apenas um guri. E ele... Ele me entregou a Victória. Me fez passar toda a minha adolescência naquele lugar horrível. Eu confiava nele. E o amava. Amava como pai. Amava como tio. O meu tio João.

Um forte raio caiu e a chuva começou a desabar. Por sorte estava perto e ao chegar e ver o portão aberto, entrei com meu carro e estacionei dentro da oficina. Esperei alguém aparecer e nada. Abri a porta do meu carro e saí. Nunca havia visto uma oficina tão grande. Apesar de tudo era bem simples. Tinha vários carros velhos e uma escada externa que levava ao segundo andar, que pela pequena grade que tinha, dava para ver a varanda da tal casa do tio João. Ouvi passos. Passos fortes e largos. Logo um homem que mais parecia uma muralha, surgiu todo molhado, vinha correndo, entrou, abaixou as portas sem esforço e ao se virar deparou-se comigo.

Ele era forte. Alto, tinha uma pele morena queimada de sol. Era bem maior do que eu (e olha que me considerava alto) e mais largo. 1.90 de altura pra no mínimo 100 quilos. Cabelos grandes com alguns fios grisalhos, barbudo e um olhar expressivo. Mãos grandes, unhas sujas de graxa, braços musculosos e pernas grossas peludas. Usava uma calça jeans acompanhada de uma camiseta desgastada preta, molhada, e dava pra ver os pelos do seu peitoral forte que saiam pela blusa.

— Perdão. — ecoou aquela voz grossa — Eu estava lá fora e não vi você entrando. A chuva desceu de vez. E como não tenho funcionários, achei melhor fechar as portas.

Estava paralisado diante daquele homem. Não conseguia falar.

— Tio... Tio... — gaguejava — Tio João?

Ele me olhou assustado tentando me reconhecer. A fúria logo estampou seu rosto e ele se aproximou de mim, me pegando pelos meus braços – senti o quão ásperas eram suas mãos – e me sacudindo. E eu que sempre fui um lutador me senti estranhamente acuado.

— Quem é você?! O que você veio fazer aqui?! Quem te mandou aqui?! Fala!

— Por favor, me solta! — gritei desesperado e angustiado.

CONTINUA>>>

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Comentários

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Maeca. Respeito e discordo da tua crítica. E não pretendo dar aulas de português e filosofia, mas seria uma boa para explicar meu raciocínio e rebater tua crítica. Afinal, o site diz: “Contos eróticos, histórias e relatos enviados por autores amadores”. Se fosse como você disse, o “eróticos” estaria para “contos, histórias e relatos eróticos”, englobando todas as opções anteriores. O que eu escrevo é um conto, uma história, assim como vários escritores do site que não necessariamente engloba apenas sexo. Porém, pertinente teu comentário, já que na próxima parte já havia escrito para sexo. Ah, e pelo que você escreve e pelos votos do que lê, acho que a categoria ideal para você seria a Heterossexual, não perambular e menosprezar a Homossexual. Espero que respeite minhas críticas. (:

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O conto esta otimo, é verdade que nao teve nenhum conteudo erotico ate agora mas sei que quando tiver vai ser bem legal pois vc é um otimo escritor!!!

nota 11

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Meu compadre, você sabe para onde está escrevendo? Sabe? Creio que não sabe não. Os contos para aqui dirigidos devem possuir uma significativa dose de erotismo misturado com sacanagem e putaria. este seu texto é mais voltado para aula de português e filosofia. Interpretação. Certo? Vá procurar o caminhão de onde você caiu.

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