Rafael- Louco para te ver feliz, com seu sorriso do rosto.
Quando ele falou isso fiquei todo vermelho, não podia alimentar mais o amor dele por mim.
Felipe- Rafael…
Rafael- Ta, desculpe.
Medico- Senhores, queria fala com vocês.
O medico cortou nossa conversa, ele estava com uma cara muito seria.
Rafael- O que aconteceu?
Rafael olhou desesperado para o medico.
Medico- Calma senhor Rafael, tenho boas noticias. Seu filho estar melhor, só vai ficar alguns dias ainda de observação,
mas logo pode ser levando para casa.
Eu e o Rafael ficamos tão felizes que nós nos abraçamos, e abraçamos o medico também, aquilo era muito bom.
Ficamos mais algumas horas lá, até que meu telefone toca, era Ana.
Ana- Felipe?
Felipe- Oi Ana.
Ana- Vem aqui, quero falar com você.
Sentir que sua voz era tremula, mas não achei que era nada demais.
Felipe- Ok, estou indo.
Falando isso desliguei o celular e falei para o Rafael, que mandou ir que ia ficar tudo bem.
Chegando lá, sentir o velho tremor de entra naquele orfanato, mas eu teria que me acostumar com isso.
Procurei a Ana, e fui para a sala da diretoria, bati na porta e ela se abriu. E lá tenho uma bela supressa.
Todos- FELIZ ANIVERSARIO!!!!
Foi um grito de várias pessoas, me deixando de queixo caindo. Lá estava meus pais, minha irmã, Geovana, Alex e meu tio e vários órfão de tudo que é idade, mas só tinha faltando uma pessoa, e eu fiquei procurando em vão, mesmo sabendo que ele não iria estar ali.
Felipe- Meu Deus, vocês querem me matam de susto.
Todo mundo veio me abraçar e me parabenizar. Tinha uma mesa com um bolo, varias bexigas em tudo que é lugar na sala.
Lembrei que sempre passava meu aniversario com Rafael no nosso cantinho, ele sempre me trazia chocolate, ou algum bolinho. Uma vez Ana comprou um bolo para mim e para o Rafael escondido de tudo mundo, nos três comermos ele de madrugada, para ninguém desconfiar, e o resto nós jogamos na privada.
Eu ri com essas lembranças, e agora eu estava ali depois de tanto tempo, estava com meus amigos e família. Essa festa me ajudou muito em esquecer meus problemas, amenizar o triangulo amoroso no meu coração, e esse tal de inimigo secreto que me dava ânsia só de lembrar.
Ana- Eu chamei o Rafael, mas ele não pode vir por causa do bebe dele. Mas ele queria estar aqui. Eu comprei essa lembrancinha para você.
Felipe- Ana, não posso aceitar.
Ana- Claro que pode, abre logo.
Eu hesitante abri o pacote, era uma camisa linda, do jeito que eu gostava.
Felipe- Obrigado Ana, é linda.
Ana- Filho esse é o primeiro aniversario que passamos junto que você sabe que eu sou sua mãe, estou tão feliz com isso.
Felipe- Também estou feliz em saber que tenho uma mãe maravilhosa.
Com esse comentário escorreu uma lagrima dos seus olhos. Sentir que ela nunca foi tão feliz como ela estava agora.
Felipe- Mãe!
Ana- Filho!
Nós nos abraçamos e ficamos muitos emocionados. Eu a amava, e agora nós tínhamos uma ligação ainda maior.
Felipe- Vou tomar um ar.
Eu tive que sair de lá, se não iria chorar muito.
Mas alguém me para.
Geovana- Aonde você vai?
Felipe- Lá fora, detetive.
Geovana- Tomar cuidado com o jeito que você fala comigo, depois que aparece com a boca cheia de formiga em um
brejo, se vai ver.
Felipe- Isso é uma ameaça senhora?
Falei num mesmo tom de brincadeira.
Geovana- Não, é um AVISO.
Felipe- Vou tomar cuidado agora com minhas palavras.
Ana- Acho bom mesmo, e toma aqui.
Ela me entregou um pacote colorido, achei linda a vergonha dela ao me entrega aquele presente, ela realmente não sabia ser uma menina doce. Mas tinha um coração de ouro. Eu acho que o jeito dela deve ser por que a mãe dela morreu cedo, e sempre foi criada com o irmão e o pai. Nunca teve uma figura feminina em casa, por isso sempre foi durona assim.
Felipe- Que fofo. Não precisava, aaaaa amei.
Abri e era um perfume do que eu uso.
Ana- Menos bichinha, por favor.
Felipe- Vem dar um abraço aqui oh.
Eu a abracei e logo ela saiu do meu abraço, falando que tinha que ver o Alex se não ele iria comer alguma coisa que ia dar alergia dele e depois ela que tinha que ficar com ele no hospital. Vendo ela ir embora vir que era minha melhor amiga,
mesmo com seu jeitão estranho de ser.
Pronto, agora eu podia ir tomar o meu ar, mas outra vez sou parado.
Cecilia- Espera ai meu querubim.
Antonio- Ta fugindo de nós garoto.
Vendo aqueles dois vindos à minha direção, percebi o que era alegria. Como aquele gordinho careca, e aquela mulher alta e magra podia me transformar em uma pessoa melhor em todos esses anos, eu seria grato a eles a minha vida toda.
Felipe- Claro que não, mais presente?
Eu rir, e eles estavam me olhando com ternura. Tinha uma caixa nos braços de Antonio.
Antonio- Claro, abre ai.
Ele me entregou e eu abri, quando vi que não eram um simples presentes, não era caro, mas era simbólico. Era uma
xícara com o símbolo de hippie com meu nome embaixo, esse era do Antonio. Da Cecília era um quadro pequeno, mas ela
que tinha pintado, era um abstrato, não entendi muito mais achei lindo.
Felipe- Que lindo, não precisava, vem aqui.
Abracei os dois emocionado.
Felipe- Muito obrigado, eu sou muito feliz e amo vocês.
Falei dando outro abraço e agora chorando. Os dois me abraçaram forte e alguém me cutucou na cintura.
Olhei e vi que era minha pequena Julia.
Cecília- Ela também preparou um presente para você, demorou vários meses para ficar pronto.
Felipe- É mesmo meu amor?
Abaixei-me para ficar na altura dela.
Julia- Sim, é o melhor presente que você vai receber.
Ela falou com todo orgulho que pode.
Abri o embrulho e peguei um fichário na mão, sentei em uma cadeira e o abri. Quando vi seu conteúdo fiquei muito emocionado, eram vários desenhos, parecia que eram todas as lembranças que era tinha de nós junto, todo feito e pintando a mão, percebia que era tinha muito jeito para isso, e elogiei ela por aquilo e agradeci.
Julia- Só não fiz mais por que…
Eu sabia que ela iria fala que não passamos muito tempo junto, e expliquei para ela tudo e falei que a parti de hoje ela seria minha prioridade, eu a peguei e rodopiei-a, tirando varias gargalhada dela. Quando olhei para os lados vi os órfãos que observava a cena com muita admiração e vi em seus olhos que queriam ta no lugar na Julia, senti uma dor grande em saber que já fui uns deles, e senti pena.
Depois que terminei com ela ia indo para a porta de saída, estava num ambiente muito harmônico e tinha que respirar um
pouco, se não iria me sufocar de tanto chora.
Marcos- Ta fugindo da própria festa?
Meu tio atrapalhou a saída, e tive que me virá e falar com ele.
Felipe- Não, só vou tomar um ar.
Marcos- To sabendo garoto, eu sei, também me sinto sufocado com tanto amor.
Como ele sabia disso?
Marcos- Vai lá, nem para você me trazer alguma amiga aqui.
Felipe- Festa surpresa, esqueceu?
Ele abriu um sorriso e saiu. E ate que fim conseguir sair e respirar fundo. Eu estava em um jardim que era no fundo do orfanato, tinha varias plantas e arvore, e ate uns banquinhos, sentei em um, quando avistei alguém, senti nojo quando vi aquele rosto.
Felipe- O que você faz aqui?
Continua...