Espero que gostem, desculpem demorar para postar, mas eu estava sem tempo. Obrigado: Théo delícia 66, CrisBR, JOSÉ, luy95, dede88, Geo Mateus, Hércules Campos e imperadorcelta. Obrigado todos que votaram e que comentaram (e eu esqueci de citar rsrsrs).
Ai vai a continuação. Estou louco pra escrever o final xD.
Escrevi ouvindo: Epitáfio - Titãs
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Quando ambos se sentaram, Catarina puxou uma cadeira ficando de frente para os dois e começou perguntando:
- A quanto tempo vocês namoram?
- Pra falar a verdade a alguns minutos – disse Pietro
- Minutos?
- É que ele só me pediu em namoro agora. – disse-lhe olhando para André
- Então deixa eu reformular a pergunta. Desde quando vocês “se pegam”?
- Mãe olha, eu sei que é difícil pra sra. como mãe aceitar isso, sabe eu...
- Filho, se eu não tivesse aceitado você já não estaria mais aqui. Mas estou triste por você ter escondido tudo isso de mim – disse Catarina com um olhar pesado – E quem era essa “louca” que entrou aqui?
Nisso André começou a contar a história toda.
- Pera ai deixa eu ver se entendi: ela não aceita o final do namoro de vocês e agora ficou com raiva por que você a deixou para namorar o Pietro?
- É por ai...
- Se aquela garota aparecer por aqui novamente eu vou... – tentou dizer Pietro
- Você vai chamar a policia! – disse André com um olhar firme
- Mas... – tentou dizer Pietro
- O André tem razão, eu perdi a cabeça a agredindo-a e posso ser processada. – disse Catarina se levantando
- Ué aonde vai mãe? Não vai fazer aquele questionário padrão de: como, quando, por quê, onde... que eu virei gay?
- Não... Por quê? Deveria?
- Ah sei lá mas...
- Filho, eu confio plenamente em você! E também confio muito no meu “genro”.
André e Pietro se olharam e riram.
- Mãe você sempre quis ter um neto né? Sinto te decepcionar... – disse-lhe desfazendo o sorriso
- E quem disse que vocês não podem ter um filho? Existem milhares de crianças por ai precisando de adoção. – disse-lhe virando as costas – Eu vou terminar o almoço!
- Tá mãe depois, descemos.
- Ok filho... Ah mais uma coisa...
- Sim mãe?
- Não mecha nos meus discos da Madonna* tá?
André não aguentou e caiu na risada.
- Brincadeira filho.
- Eu sei...
- Não filho, não era brincadeira, sério não mecha lá – disse-lhe sorrindo e descendo as escadas.
Logo após sua mãe descer, Pietro trancou a porta e começou a falar:
- André o que foi aquilo?
- Aquilo o que?
- Minha mãe... Aceitou numa boa!
- HAHA, que bom não é?
- Não sei...
- Como assim não sabe?
- Foi... Fácil de mais “tá ligado”? – disse-lhe fazendo aspas com as mãos
- Não! Não estou ligado.
- Ah esquece.
- Tá... Agora vem cá... – disse André o puxando e beijando na boca.
Um beijo cheio de fúria e intenso.
Pietro interrompeu o beijo e disse olhando para baixo.
- Tem uma coisa me incomodando.
- Se for em relação dos “discos”, eu compro todos pra você. – disse-lhe ironizando a situação
- Besta! Não é isso.
- Então o que é?
- Natalia!
- O que tem ela?
- Não sei o que aquela sanguessuga está planejando.
- Amor, não se preocupa com ela. – disse-lhe passando a mão nos cabelos de Pietro
- Sei lá eu tenho medo que ela “cuspa fogo” em nós... Vai saber né? – disse-lhe rindo
André riu também e voltou a beijar Pietro.
Christina perguntou o que aconteceu para Catarina.
- Gay Catarina? Meu sobrinho é gay? – perguntou Christina levantando-se do sofá
- Pra mim não foi problema nenhum. Eu fui criada de modo diferente, não tenho preconceitos com isso, minha mãe me ensinou – disse-lhe fazendo o sinal da cruz – a respeitar todas as pessoas e não fazer acepção independe da sua cor, raça, sexualidade ou religião.
- Não sei o que o Carlos vai achar disso
- Como assim?
- Olha, eu não me sinto a vontade com isso, na verdade eu não queria que meu sobrinho fosse gay, mas eu o amo e não vou abandona-lo. Agora o Carlos... Eu não sei o que ele pode fazer.
- Calma eu acho que podemos resolver isso.
- O que você vai fazer?
- Contar a verdade!
- Quando?
- Hoje!
- Não acha melhor esperar mais um pouco? Ele chega daqui a pouco, cansado e estressado. – resmungou Christina
- Eu...
- São muitas “bombas” de uma vez só!
- Não acho que meu filho ser homossexual é uma “bomba” – disse Catarina
Nisso Carlos chegou.
- Que dia corrido – disse-lhe olhando para duas – Aconteceu algo? Vocês estão com uma cara séria!
- Precisamos conversar – disse Catarina virando o rosto para Christina
- Parece sério... O que aconteceu?
- Nada de mais – disse Catarina puxando uma cadeira para si e pedindo para que Carlos se sentasse no sofá.
- Pode falar.
Catarina gritou para que Pietro e André descessem. Quando eles chegaram ela pediu para que eles se sentassem.
Pietro entendeu o que estava acontecendo e tomou a palavra.
- Tio, vou ser curto e grosso. Sou gay e estou namorando André.
Nisso Christina olhou aflita para o rosto de Carlos que mudou para uma expressão que é uma mistura de surpresa com raiva.
- Carlos... – tensou dizer Catarina
- Shhhh... Então quer dizer que o sobrinho que eu ajudei a criar por 17 anos... É um... “viado”?
- Tio ...
- Cala a boca – disse-lhe se levantando e indo para o quarto de Pietro.
- O que você vai fazer? – perguntou Christina se levantando
- Fazer as malas! – disse-lhe Carlos com um olhar sério
- Você vai sair de casa? – perguntou Christina
- Eu? Não! Seu sobrinho gay vai
- Você vai expulsa-lo!? – perguntou Catarina segurando Carlos pelos braços
- Na minha casa, essa aberração não fica!
- Carlos. Não estou te reconhecendo... – tentou dizer Christina
- Se ele for embora daqui, eu também irei – disse Catarina soltando o braço de Carlos.
- Mãe, não! Eu vou...
- Vai pra onde? Pra rua?
- Tá, se a sra. for comigo, pra onde vamos? – perguntou Pietro olhando seriamente para Catarina
- ... – Catarina não conseguiu dizer
Nisso André entra na conversa
- Ele pode ficar na minha casa.
Nisso Carlos, subiu as escadas sem se importar com mais nada. Christina, puxou Catarina abraçando-a e dizendo:
- Não se preocupa ele vai ficar bem – disse-lhe limpando as lágrimas em seu rosto.
Catarina não conseguia dizer nada e agora chorava feito bebê.
- Mãe vai ficar tudo bem. – disse Pietro abraçando-a
Logo Carlos chega com uma mala pronta e jogando no chão.
- Toma! Agora some dessa casa – disse virando as costas e indo em direção a cozinha
Pietro com a ajuda de André recolheu as malas.
Christina com um ato de coragem disse-lhe.
- “Baby”, você não precisa ir! Carlos não é o único dono dessa casa
- Não tia, melhor não! Não quero causar confusões.
- Mas...
- Eu vou ficar bem – disse Pietro
Catarina resolveu dizer alguma coisa.
- Eu te amo, e não é por isso que eu vou deixar de te amar!
- O que você está falando mãe?
- Sobre o que ele disse. Você é precioso para mim e Christina, até para o Carlos. Você não é uma aberração e te amamos do jeito que você é.
Pietro a abraçou e disse.
- Eu sei.
- André, me prometa que vai cuidar dele!
- Claro Sogrinh... digo Catarina. – disse-lhe abrindo um sorriso
Fizeram uma longa despedida. E Pietro partiu para a casa de André, prometendo para Christina e sua mãe, leva-las lá no outro dia.
No meio do caminho Pietro comenta com André.
- Sabia que estava fácil de mais...
- Môr! Normal isso. Acho que é a reação de qualquer “velho” do século passado.
Pietro abriu um sorrisinho.
- Se não bastasse à sanguessuga, agora meu tio me abandona.
André parou de caminhar e olhou para Pietro.
- O que foi André?
- O mundo inteiro pode estar contra você, te abandonar... Mas eu vou estar do seu lado, porque... EU TE AMO!
Uma lágrima caiu do rosto de Pietro.
- Meu amor por você é puro, e nem a morte poderá nos separar... – disse André o abraçando no meio da rua.
Pietro se afastou um pouco e disse:
- Isso foi profundo. Mas não acha que é uma promessa... Sei lá... “Nem a morte”...
André o beijou ali mesmo.
- Eu te amo...
- Eu também te amo André.
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E agora? O que Natalia vai fazer? Será que ela já aceitou o fim do relacionamento ou vai tentar atrapalhar?