Amar contra o destino - 2ª TEMPORADA. Capítulo. VIII
Série ACD 2x08
- Paixão, Prazer e Pecado.
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Narração Bernardo:
Dessa vez tive uma noite sem sonho, acordei com o Guto abraçando minha cintura, pude sentir sua ereção matinal na minha bunda. Meu irmão tem um corpo muito desenvolvido para a idade dele, o que o torna muito gostoso, mas não estava com cabeça pra pensar nessas coisas, pelo menos não agora e não com meu próprio irmão, né? Levantei tirando a sua mão de minha cintura, o que foi difícil, ele abraça com aqueles abraços de urso, sabe? Ele abraça com o corpo todo. Levantei, fiz minha higiene matinal, como estava muito cedo ainda fiz o café da manhã do jeito que o Guto gosta, panqueca de doce de leite, fiz em agradecimento por todo o carinho e atenção que meu irmão mais novo estava dedicando a mim. O acordei, tomamos café da manhã e fomos pra escola. Era incrível, mas só te tê-lo do meu lado e poder fazer-lhe este agrado, já fez meu dia começar bem. Outra coisa que me animava era poder colocar meu plano de vingança contra o Guilherme em prática hoje, na hora do jogo, mesmo ele sendo do mesmo time que eu. Ele me pagaria, eu não deixaria mais ninguém me humilhar, me maltratar. Eu cumpriria a minha promessa para o Rick. Eu viveria e seria feliz por nós dois, o que incluiria: não permitir mais que ninguém me pisasse. Agora o Guilherme descobriria do que eu era capaz.
Chegando à escola, me despedi de Guto e fui pra minha sala. Quando estava passando pelo pátio percebi o Guilherme me olhando, tentava me encarar sorrindo, mas não dei muita bola pra ele, não.
− E aí Bernardo, tudo bem moleque?
− Melhor que você imagina Guilherme. – Falei quase rosnando pra ele e com ódio no olhar. Acho que ele percebeu, pois olhou pra mim com uma cara.
Subi até a sala e o João Paulo tava conversando com umas gurias. Fui até eles.
− E aí JP, tudo bem?
− Tudo Bernardo, tô vendo que tu também tá bem melhor cara. Tá superando bem, gostei de ver.
− Tô levando cara. Ei, podemos conversar rapidinho ali? Tô vendo que tu tá meio ocupado e não queria atrapalhar. – Falei olhando pra Marília que fazia tempo que eu e a sala toda sabíamos que eles estavam interessados um no outro, mas pareciam está em uma queda de braço pra saber quem provocava mais o outro e ganhava aquele que fizesse o outro se declarar primeiro.
− Claro, de boa. – Falou enquanto se dirigiu pro grupo de gurias com as quais estava momentos antes. – Vou precisar resolver um lance aí gatinhas, depois eu volto.
Nos afastamos das meninas e entramos na sala que ainda estava vazia pois estava muito cedo. Eu até me admirei de tê-lo encontrado na escola naquele horário.
− Manda, o que tu queria me dizer?
− Bem, estive pensando ontem à noite no nosso time e tive umas ideias, mas preciso do seu apoio e aprovação.
− Como assim?
− Cara, se tu me apoiar os outros meninos vão aceitar, mas se não... – Falei dando ênfase a importância de seu apoio, pois a maior parte do meu plano dependia da ajuda de João Paulo. – Então, acho difícil, além do mais, quero fazer uma tentativa e só com a sua ajuda pra dar certo.
− Ainda não to entendo nada, será que tu pode me explicar, pois ainda está muito confuso.
− É o seguinte João. – Falei olhando bem nos olhos dele. – O nosso time já estava completo mesmo antes de eu entrar, joguei com vocês naquele dia no intervalo, porque o Bruno tinha faltado. Mas agora com a morte do Rick, o time ficou incompleto e pensei em entrar na posição dele.
João Paulo nada disse, apenas analisava as minhas palavras e as avaliava calmamente.
− Sei que é pedir muito, afinal agora o Guilherme, o melhor jogador da escola, está no nosso time, mas não quero aquele idiota ocupando a vaga do Rick. O Rick me ensinou a jogar bola e ninguém acreditou que eu pudesse jogar bem, mas vocês viram que eu jogo, só peço uma chance. Se eu jogar bem, eu fico com a posição do Rick e aquele imbecil fica no banco. Se eu jogar mal, então quem fica no banco sou eu. Só peço uma chance.
− Bernardo, também não vou com a cara do metido do Guilherme, mas o moleque manda super bem com a bola. Seria até burrice deixa-lo no banco.
− Por favor JP, por mim, pelo Rick!
− Faremos o seguinte, se te incomoda tanto, podemos tentar, eu não gosto do Guilherme nem de seu jeito pretencioso e arrogante, mas sem o Rick ficou complicado, ele era nosso principal jogador de ataque, e o Guilherme se encaixa perfeito no lugar dele.
− Hoje na hora do intervalo tentamos, ok? Hoje pela manhã é meu estágio, se der certo, sou efetivado à tarde.
− Ninguém gosta do Guilherme na nossa sala, mas por que tanta raiva dele, é só pela posição do Rick no time, mesmo?
− Isso já é problema meu, falou? Só quero saber se posso contar com você, afinal só precisamos daquele idiota como plano B. Eles sempre foram e serão apenas nossa reserva.
− Joguemos então. Se você der conta, podemos fazer o que você disse, mas se você não jogar bem ou se nosso time estiver perdendo no campeonato, não pensarei duas vezes, o Guilherme vai entrar no seu lugar.
− Brigado JP, você é um máximo, carinha!
− Não me agradeça ainda, vamos ver quanto o Rick te ensinou e quanto você manda no futsal, aí sim, se você se der bem, me agradeça.
− Obrigado mesmo assim, valeu pelo voto de confiança cara.
Sai de sala, ainda tinha uns minutos antes da primeira aula e fui para o banheiro. Chegando lá encontro o Guilherme que tava de saída, mas quanto me viu entrando ficou na pia, olhando pra mim.
− Nunca viu não, otário? – Falei seco.
− Bernardo, será que podemos esquecer o que se passou e começar do zero nossa amizade de novo?
− Claro que esqueço seu filho da puta, depois que eu te fuder todinho, eu juro que esqueço.
− Ber, sério! Esquece aquilo moleque, se tu soubesse como eu me arrependo.
− Pra você é Bernardo e não, não esqueço jamais! Você ainda vai me pagar por aquilo, escreve o que eu estou dizendo.
− Bernardo desde que aquilo aconteceu eu me arrependi, juro que se pudesse voltaria atrás e faria tudo diferente contigo, me perdoa, eu quero ser teu amigo. Na verdade, eu quero ser mais que amigo.
Não acreditei que estava ouvindo aquilo, quem aquele idiota pensava que eu era? Algum trouxa pra acreditar na ladainha dele de novo?
−Vai te fuder Guilherme. – Falei empurrando seus peitos, chegando bem perto, olhei bem fundo nos olhos dele e avisei. – Se eu fosse você eu ficaria bem longe do meu caminho.
− Também não é assim não viadinho.
−Viadinho? Mas quem era o viadinho que estava aqui há alguns minutos atrás dizendo que queria ser mais que um amigo meu?! – Falei com ar de escarnio e deboche.
Guilherme não disse nada, apenas respirou fundo.
− Cara não torne as coisas mais difíceis do que elas já são.
Não queria mais papo e saí do banheiro.
As duas primeiras aulas foram um saco, até que chegou a hora do primeiro intervalo. Como de costume fomos pra quadra jogar. Chegando lá, o Guilherme já veio todo cheio de marra pra cima dos meninos, sorte minha quanto mais ele os provocasse, mais facilmente eu os convenceria a me deixarem assumir a antiga posição do Rick.
− Agora vocês vão ter um jogador de verdade no time de vocês, gurizada! – Falou Guilherme todo debochado. Agora eu entendia por que os meninos não gostavam do Guilherme.
− Nós já temos e vai baixando a bola que não é assim que se chega no time alheio não, mais humildade aí, moleque, tá se achando muito. – Falou o João Paulo que veio até mim e falou baixinho. – Espero que não me decepcione.
− Pode deixar comigo.
Íamos jogar contra o 2º Ano A, a antiga sala do Guilherme. Nosso time era Wellington, Thiago, Bruno, João Paulo, Renato, Fábio, Guilherme e eu. Todos jogaríamos menos Renato, Fábio e o Guilherme lógico.
Fomos pra quadra e o Guilherme não acreditava que estávamos deixando-o de fora. Ele ainda tentou argumentar com o JP, mas este teve prazer em colocá-lo no seu devido lugar.
− Todos nas suas devidas posições, o Ber vai assumir a posição do Rick.
Logo o jogo começou, eles começaram com a posse de bola, mas foi fácil dominar o jogo, sem o Guilherme o time deles ficou muito mais fraco, agora só jogavam o Roberto, o Gabriel, o João Carlos, o Jeferson e o Müller, sendo este último o que jogava melhor. O Müller veio com a bola pra cima de mim, querendo me driblar, mas não ia ser fácil como ele pensava não. Fiz uma dividida de bola com ele e levei a melhor, passei pro João Paulo que dividia o ataque comigo que chutou certinho no ângulo do gol, sem dá chance do goleiro pegar. Nem acreditei que logo de primeira tava me saindo tão bem, pois não pensei que começaria com tanta sorte de já começar com gol.
Naquele dia estavam todos treinando pro jogo a tarde, então deixaram abertas as três quadras da escola, a descoberta, a coberta nova e a velha. Então não teríamos de jogar só os 5 minutos habituais, excepcionalmente hoje podíamos jogar 10 minutos.
A posse da bola voltou pro 2º ano A devido o centro. Começado o João Carlos foi pela ponta direita passou pelo João Paulo, que levou uma gaúcha, logo depois o João Carlos passou a bola pro Müller que marcou um gol e empatou a partida. Aí foi a nossa vez de bater o centro e reiniciar o jogo, fomos fazendo passes e toques eu e João Paulo, mas quando a bola estava com o JP o Gabriel, o zagueiro deles que é mais encorpado,
deu uma dividida com o JP e lhe roubou a posse de bola, tocando-a pro Müller. Aquele garoto já estava me dando nos nervos, eu não estava muito perto não, mas corri e consegui dividir a bola com ele, acabei levando a melhor só que estava de frente pro meu gol com o Müller atrás de mim, um pouco acima do meio de campo, então levantei a bola dei um lençol por cima do Müller, à bola quicou no chão umas duas vezes, foi o período de eu me aproximar e chutar com toda minha força em direção ao gol. E nossa, foi muito massa quando percebi que marquei o gol bem no finalzinho do nosso tempo e do nosso intervalo. Ganhei minha manhã e a vaga de atacante no time com essa vitória de 2 a 1. Todo mundo me elogiou e falaram que eu joguei muito, principalmente com este último gol, pois falaram que foi muito bonito.
O restante da aula foi normal, ninguém prestou atenção direito, todos estavam muito empolgados com o campeonato que se iniciaria à tarde. Logo que o sinal tocou, passei pelo Guilherme que me olhou nos olhos, mas dessa vez pude notar que não tentava mais me encarar buscando uma paquera, dessa vez era raiva mesmo. Eu consegui, eu estava tacando o dedo onde mais doía praquele pavãozinho, tava batendo na sua vaidade, ameaçando sua popularidade como melhor jogador da escola. Afinal, melhor jogador que não joga, não pode ser melhor jogador, não é?
Cheguei em casa, fiz qualquer coisa pra mim, pro Guto e até pro parasita do meu avô comer, nossa ele não fazia mais nada naquela casa, se duvidar, já estava há tanto tempo naquela sala que já fazia parte da mobília. Guto não demorou pra chegar, devia está conversando com algum amigo dele. Almoçamos, tomamos banho, nos arrumamos e voltamos pra escola por volta das 14 horas. O campeonato estava marcado pras 14:30.
Meu time seria o segundo a jogar, o time do Guto o primeiro, eles encararam o 2º D. Cara, meu irmãozinho manda muito bem! Mal começou o jogo e já marcou um gol. Se jogássemos contra o time dele estaríamos em maus lençóis. Não que não pudéssemos ganhar, mas com certeza o time do Guto estava entre os melhores da escola neste campeonato, só tinha fera no time dele. No fim, o time do Guto ganhou o jogo de 5 a 3, meu maninho marcou dois dos 5 gols. Mas não acho que eles se esforçaram muito, não. Talvez estivessem escondendo o jogo. Pensei que talvez, fosse melhor tentar fazermos o mesmo e comentei com o João Paulo.
Depois do jogo do time do Guto, foi à vez do meu time. Jogaríamos contra o 2º Ano C. O jogo tava disputado. Nosso time estava segurando bem o jogo, mas não estávamos dando tudo de nós a exemplo do 1º Ano A de Guto. Estávamos empatados com o 2º Ano C, mas não estávamos preocupados, visto que ainda tínhamos todo o segundo tempo pra mudar isso. O jogo estava empatado em 2 a 2. Só que o infeliz do Júnior Cruz fez uma falta violenta contra o JP, deu um carrinho por trás, pegando logo no tornozelo dele e aí bichou o pé do JP, né? Não tinha mais como ele jogar, não neste campeonato, pois na mesma hora o pé dele já ficou super inchado, tiveram até que leva-lo pra enfermaria pra ver se ele não tinha quebrado nada. O jeito foi chamar o idiota do Guilherme. Pior que o desgraçado do Júnior Cruz só levou amarelo.
− Agora, cê vai ter de colaborar, oh belezinha! − Ele disse passando perto de mim.
− Guilherme vai à merda!
−Hahahaha – Parecia que me irritar o divertia.
O jogo recomeçou. Sentia meu rosto em fogo, só não sei explicar se pela raiva do Guilherme ou pelo esforço físico, mas sentia que devia está com o rosto com um tom rosado devido ao calor vindo dele. Depois disso, não dividi mais passes com meu novo companheiro de ataque, toda bola que chegava em mim ou eu finalizava a jogada sozinho ou retornava a bola para o Thiago, que jogava mais na área central do campo. O Guilherme até tentou diminuir nossa tensão, me passando algumas bolas, mas logo viu que eu não passaria nenhuma pra ele. Pior que eu estava jogando bem, sei lá se foi à raiva, a confiança do meu time depositada em mim, ou a minha promessa pro Rick, só sei que no final daquele tempo eu tinha marcado dois gols nos deixando bem a frente do 2º Ano C. O Guilherme ficou no vácuo naquele jogo, pois nenhum menino do nosso time lhe passava a bola. Parecia até que minha antipatia pelo Guilherme ganhara adeptos nos meninos da minha sala. Agora, o melhor de tudo foi quando o Guilherme tomou a bola do João Carlos e eu, já fulo da vida com aquele idiota, fui até ele e tomei a bola de seus pés. Nossa! A cara dele foi impagável. Mesmo os meninos do 2º Ano C não entenderam nada, pena que mal eu driblei a bola por entre as pernas do Jeferson o árbitro deu sinal de término da partida, 4x2 para nós, e estávamos nas semifinais. Fomos todos na maior algazarra pro vestiário, menos o Guilherme que passou na nossa frente com cara de poucos amigos.
Quando todos os meninos já tinham saído, o Guilherme veio falar comigo.
− Bernardo, eu pensei que pudéssemos ser pelo menos amigos, será que podemos tentar? Não tem cabimento esse comportamento seu comigo.
− Não tem cabimento? Pra começa eu não sou amigo de babaca como você não, nem sou obrigado a fingir algo como gostar de alguém do seu tipo.
Ele se aproximou de mim me segurou pelos ombros e falou bem sério.
− Bernardo, eu gosto de você, eu me arrependi muito de ter acontecido aquilo, acho que foi tesão reprimido, não sei. Mas se pudesse faria tudo diferente, eu acho que estou apaixonado por você!
− Vi bem como gosta. Então você costuma estupra quem você gosta, é?
− Bernardo por favor, me desculpa, já tô aqui me humilhando, não tô?
Nessa hora, eu não aguentei mais e empurrei-o que ainda se mantinha muito perto de mim.
− Qual teu problema, hein Bernardo? – Falou já irritado.
− Meu problema é você, mané? – Respondi elevando o tom de voz, já meio alterado, pois ainda estava com o sangue quente. – Eu sempre te tratei bem, sempre tentei ser seu amigo, já corri os maiores riscos por você, e tu só fez cagadas. Acha que vou esquecer o que fez comigo? O que fez com o MEU Rick. – Disse enfatizando a palavra meu para ele. – Você matou o Ricardo, por culpa sua ele passou mal aquele dia, por culpa sua eu não tenho mais ele. Acha que vou esquecer? Eu vou acabar com a sua vida seu desgraçado, assim como você acabou com a minha.
Quando a coisa já ia esquentar os meninos ouviram nossas vozes alteradas e nos separaram sem entender direito o que se passava, pois se eles demorassem mais um pouquinho teríamos saído na porrada ali mesmo.
− Isso ainda não acabou! Escreve o que eu tô lhe dizendo Guilherme, ainda tem volta.
Depois disso, nós não iriamos mais jogar naquela tarde, eu tava fulo da vida com o imbecil do Guilherme. Então fui atrás do Guto pra gente ir pra casa, quando o encontrei vi ele com o tal Dan. Não gostei do jeito que aquele garoto olhava pro meu irmão. Cheguei já passando o braço no pescoço do meu maninho.
− Cara mandou muito bem no jogo, hein? Falei bagunçando o cabelo dele e aproveitando este momento de trégua que estávamos vivendo.
− Aquilo não foi nada. Mas você também não tem do que reclamar, viu? A nova estrela da escola. Não sabia que tu jogava tanto não maninho.
− Não viu nada ainda. E vê se ganha amanhã, viu? Quero jogar contra seu time na final e não vou pegar leve só por você ser meu irmão, não!
− Olha lá! Ganhou um jogo, marcou uns golzinhos e já tá se achando o Merci do colégio, é? – Guto falou fazendo graça pros amigos que nos observavam. Especialmente este aluno novo, este tal de Dan.
− E aí, vamo vazar? Amanhã temos que está aqui bem cedo e estou meio cansado.
− Claro, peraí.
Fomos pra casa, fiz uma janta caprichada, coisa rápida, macarronada, amo massa. Era pesada pra noite, mas com a fome que eu e Guto estávamos não ficou nada, além do mais ainda era cedo por volta de umas 19:30. Conversamos muito, fazia tempo que não ficávamos tão em paz assim. Fiz minha higiene noturna, e fui pra cama, combinamos de assistir um filme até dormir, Resident Evil 4, meu irmão é fissurado neste tipo de filme, não perde um capitulo de The Walking Dead. Estava quente aquela noite, então resolvi dormir só de cueca mesmo. Quando sai do banheiro que entrei no quarto tomei o maior susto, tava o Guto só de boxer preta, deitado na minha cama olhando pra tv com um braço atrás da cabeça lhe servindo de travesseiro, meu Deus ele
tava lindo! Pra falar a verdade tive de me controlar pra não ficar de pau duro ali, naquela mesma hora.
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Narração Augusto:
Foi um dia cansativo, foi maravilhoso ter passado para as semis. Coloquei o filme no DVD e esperei o Ber voltar para agente assistir. Desde a morte do Ricardo, meu quarto passou a ser no dele, eu sentia que tinha que protegê-lo. Me lembro muito bem de quantas vezes tive que aparecer em seu quarto de madrugada para acalmá-lo após a morte de nossos pais, seus pesadelos o atormentavam noite após noite. Fiquei com medo de isso acontecer de novo, e por isso resolvi dormir com ele, até ele se sentir melhor. Mas não estava sendo fácil, ainda desejo meu irmão, dormir abraçado com ele todos os dias me fazem sentir-me cada vez mais atraído por ele. Não demorou muito e ele voltou, apenas de cueca, ele não costuma dormir assim, ele nunca foi de exibir seu corpo. E o pior, depois que ele passou a ser adepto de academias e a praticar esportes, seu corpo mudou totalmente, aquele corpo franzino e magrelo, deu lugar ao um corpo forte e vistoso que o deixava lindo. Ele deitou ao meu lado e dei o play no filme, não falamos muito, no meio do filme ele já dormia, pude ver o quão lindo ele fica quando dorme, até parece um anjo e seu sono parecia tranqüilo. Alisei seu rosto com as costas da minha mão, sua pele era lisa, fina, beijei sua testa desejando boa noite, desliguei a tv e me virei para o outro lado e dormi.
Acordei abraçado com o Ber, com ele com sua cabeça em meu peito, não sei como isso acontecia, parecia que seu corpo atraía o meu, tirei meus braços lentamente para que ele não acordasse, ainda era muito cedo o despertador marcava 6:30 e o jogo era só a tarde. Quando acordo não consigo dormir mais, por isso levantei, tomei aquele banho para tirar toda a preguiça e fui preparar o café. Enquanto preparava o café, o Ber apareceu na cozinha.
– Bom dia maninho! – Disse ele com aquela cara de sono, coçando os olhos.
– Bom dia, por que levantou cedo assim? – Falei me aproximando dele, sujando seu nariz com um pouco do chantilly do bolo que estava em cima da mesa.
– Por que meu travesseiro saiu da cama. – Disse ele todo manhoso, passando o dedo em seu nariz e comendo o chantilly.
– Ai que dó. Você está muito manhoso para meu gosto Bernardo, acho que já pode voltar a dormir sozinho. – Falei rindo me virando para terminar de arrumar as coisas do café.
Ele veio por trás me abraçando, quer dizer, me encoxando, e disse:
– Não deixo. – Falou ele em meu ouvido.
– Vamos ver, então. – Disse isso dando um “coice” em suas partes baixas.
– Ahhhh seu filho da... – Não terminou de dizer.
– Haha, machucou? – Disse nem olhando para ele.
– Não, imagina. Termina essa merda desse café logo, já volto. – Disse ele todo nervosinho, saindo da cozinha.
Eu gostava de atentar ele, coisa de irmão mais novo. Sempre foi assim. Terminei o café e ele voltou logo o vovô também chegou para tomar café. Passamos a manhã jogando Xbox, e conversando muito. No comecinho da tarde fomos para escola. Chegando lá o Ber foi a encontro de sua turma e eu da minha. Nós jogaríamos por segundo hoje contra o 1º C e o time do Ber por primeiro contra o 2º A.
Antes de dar início a partida, o diretor Mauro deu um pronunciamento a todos presentes na quadra.
– Garotos, estamos aqui em mais um dia, para a disputa das semifinais do Campeonato de Futsal Interno de nosso Colégio dos alunos do ensino médio. Esse ano temos novidades para as finais. Nas finais, as meninas das duas turmas finalistas, irão participar como líderes de torcida, irão se apresentar antes do jogo, e o time que for campeão, será premiado com uma viagem de final de semana, para o Beto Carrero World. Toda a sala poderá ir. Meu pronunciamento era esse. Eu espero que os dois jogos de hoje, sejam limpos, que joguem por diversão, e não por agressão. Um bom jogo a todos. – Disse o diretor já saindo da quadra.
Não demorou muito e o time do Ber já entrou na quadra, o jogo deles foi muito disputado, só uma coisa era nítida, a rixa que tinha entre o Ber e o Guilherme, os dois jogavam no ataque, porém um não servia o outro, uma tentava ser mais fominha que o outro. O jogo estava chegando ao fim, mais exatamente 30 segundos para terminar e o time do 2º A com o Müller estava no ataque, em uma bobeada deles o Ber roubou a bola driblou um dos marcadores, ficando Ber, Guilherme e o goleiro deles, o Guilherme erguia os braços e gritava pedindo a bola, o Ber sequer olhou, foi pra cima, driblou o goleiro e finalizou. 1x0, na comemoração ele pegou a corrente que tinha ganhado do Ricardo e beijou várias vezes, e apontou os dedos ao céus, parecia agradecer à ele. As meninas da sala do Ber começaram a fazer coro. – Ei, Ei, Ei o Bernardo é nosso rei... Ei, Ei, Ei o Bernardo é nosso rei! Todos os jogadores foram abraçar meu irmão menos Guilherme, que enfurecido deixou a quadra com raiva, entrando outro em seu lugar. O jogo mal recomeçou e não teve tempo para mais nada, fim de partida. Nos últimos segundos o time do Ber com um golaço dele eliminou o 2º A, avançando para as finais.
Fui parabenizar meu irmão antes dele entrar no vestiário.
– Aeeee maninho, arrasooouu! – Cheguei abraçando ele.
– Valeu Guto. Agora é a vez de vocês, nos vemos na final amanhã. – Disse ele dando um beijo na minha testa e um cascudo em minha cabeça.
– Pode crer. – Disse já saindo, para se reunir com minha turma antes do jogo começar.
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Narração Bernardo:
Vestiário (Pós Jogo)
Eu estava eufórico com esse gol, ver aquele palhaço, de cara plantada me pedindo a bola na hora em que eu fingi nem ver e fui para as redes marcar me deixou muito feliz, minha vingança estava começando muito bem. Entramos todos gritando para dentro do vestiário, em minha cabeça me passa flashes da minha vida, da minha vida que o Rick me ajudou a construir, minha maior inspiração era de jogar por ele, ou melhor, jogar por nós. Não sei por que, mas sentia sua presença, me incentivando a todo momento. Prometi ser feliz por nós e, com certeza, de onde quer que estivesse, ele estaria feliz por mim. O JP veio falar comigo, ele usava aquelas botas depois de uma torção que teve no tornozelo no jogo de ontem
– Jogou muito parceiro. Parabéns. – Disse ele apertando minha mão e me puxando para o abraço. – Você teve o melhor professor que alguém poderia ter. Eu podia ter minhas desavenças com o Ricardo, mas ele sempre foi meu parceiro e só depois que ele se foi que pude perceber isso. E tenho certeza de que ele está muito orgulhoso de você, assim como eu estou também. O time inteiro confia muito em você. – Disse ele, fazendo algumas lágrimas cair de meus olhos e escorrer por meu rosto.
– Valeu brother! – Abracei-o mais forte ainda. – Pode ter certeza que amanhã vou honrar a sua confiança, de nosso time e a memória do meu Rick.
– Assim que eu quero ver. – Disse ele me dando um aperto forte de mão. – Agora deixa eu ir, tenho que bater um papo com a Marília.
– Quando que vocês dois vão criar vergonha na cara e começar a namorar, ta na cara que vocês dois se amam.
– Logo, logo, Berzinho. – Disse ele rindo e saindo do banheiro.
Fui tomar uma ducha, estava completamente suado, me sequei e coloquei minha roupa, logo o Guilherme, que foi o último a vir para o vestiário, chegou com uma cara vermelha, uma mistura de choro e de raiva, ele me fitou com seus olhos, passou por mim e não disse uma palavra sequer e foi para a ducha. Ficamos ali conversando, logo o pessoal saiu e eu fiquei ali esperando o Guilherme sair. Queria tirar uma casquinha dele, para minha vingança estar completa tinha que tirar um sarro dele. Logo ele saiu da ducha, só de toalha, olhou para os lados, viu que estava tudo vazio e venho em minha direção.
– Bernardo, você está querendo brincar com fogo mesmo, né?
– Com fogo? Não, quero brincar com sua cara mesmo. Cadê o Neymar da escola? Cadê? Hahahaha. – Disse debochando de sua cara e me dirigindo para a porta.
– Volta aqui. – Disse ele me segurando forte pelo braço.
– Solta meu braço seu merda. – Falei sacudindo forte meu braço, tirando sua mão de mim. – Não encoste um dedo em mim mais seu jogadorzinho de várzea. – Falei cuspindo as palavras em sua cara.
– Você fala todas essas coisas da boca pra fora, no fundo eu vejo que toda essa raiva por mim, não passa de uma paixão reprimida. – Disse ele se virando para pegar sua mochila que estava em cima da pia.
– Engula suas palavras. – Falei pegando ele pelos braços empurrando-o contra um dos armários. Ficamos olho a olho, pude sentir sua respiração, olhei bem pra ele e disse. – Eu não tenho amor nenhum por você, eu te odeio de um jeito que nem pena eu sinto de você, vai sofrer o que eu sofri. Ninguém mandou brincar comigo e fuder a minha vida, agora eu vou fuder a tua. – Disse dando um soco no armário, aqueles de alumínio, que fez um estrondo a hora que soquei. – Ta avisado. – Disse saindo daquele vestiário.
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Narração Augusto:
Jogo
Ficamos apenas esperando os últimos detalhes do árbitro para iniciar a partida. O time do 1º C que iria sair com a bola. O juiz apitou e o jogo começou. Os primeiros minutos foram muito truncado e de muitos passes errados, o time deles marcavam muito bem. Até que numa bobeada nossa, ou melhor, do Marcelo que não marcava bosta nenhuma, eles em uma roubada de bola surpreenderam e abriram o placar. 1x0 para eles. Nosso time parecia perdido em campo, o fim do primeiro tempo se encaminhava e não tínhamos dado um chute certo ao gol. Antes de encerrar, em mais uma falha do Marcelo, eles aproveitaram e ampliaram o placar, 2x0. Fomos para o intervalo e tivemos uma conversa no que dava para melhorar.
– Nosso time não liga o jogo, eu e o Guto estamos isolados na frente, a bola não chega, e se agente vem buscar a bola, erramos muito os passes. – Disse o Hugo.
– Eu tenho uma solução, precisamos que tenha um mais centralizado, eu acho que o Dan pode entrar no lugar do Marcelo e trocar de lugar com o Ygor, nisso o Dan fica na defesa e o Ygor avança um pouco mais pra ajudar na criação. – Disse gesticulando para que todos entendessem.
– Mas eu não quero sair. – Disse o Marcelo já irritado.
– Não é questão de querer Marcelo, você foi um fiasco no jogo, além de falhar nos gols, não deu um passe certo, vai sair sim! – Disse o Hugo concordando com tudo o que eu disse. – Vamos fazer como o Guto falou. Dan você fica um pouco mais atrás, e o Ygor avança mais um pouco. – Finalizou ele.
Voltamos do intervalo disposto a matar esse jogo. Logo no apito inicial já movimentamos bastante a bola, os passes estavam mais certos, em uma ótima oportunidade o Ygor me lançou a bola em profundidade, rolei para dentro da área e o Hugo pegou de primeira rasteiro para diminuir o placar, 2x1. Poucos minutos depois, o Dan avançou com a bola e arriscou um chute de longe, com efeito, ela acertou a trave e no rebote ela sobrou pra mim, que no reflexo chutei de volta para o gol, a bola desviou no joelho do goleiro deles e foi para os fundos da rede, 2x2. Vi na arquibancada meu irmão batendo palmas e com sinal de positivo para mim. Fiz um coração com as mãos de agradecimento e todos fomos dar um abraço coletivo no Dan, já que o chute foi dele. Nos posicionamos de volta para a continuação da partida. O jogo esfriou um pouco, era mais chutões de todas as partes, quase se encaminhando para o fim da partida, o Dan passou a bola para o Ygor, que tocou para o Hugo, rolou para mim, fui driblar o goleiro para marcar, mas ele foi com as mãos em minhas pernas, me derrubando na área. Pênalti marcou o árbitro. O Hugo chegou perto de mim e disse.
– Vai lá vey, bate você. – Disse ele me entregando a bola e dando um tapa em minhas costas.
Fiquei até surpreso, por que sempre quem bate pênaltis é ele. Ele deu uma piscada para mim, todos vieram me abraçar e passando energia. Fiquei confiante. Peguei a bola e coloquei na marca do pênalti. Tomei distância, o juiz apitou autorizando a cobrança. Corri para a bola, fechei os olhos e meti uma bomba na bola. Foi tempo de abrir os olhos e ver a bola rodopiando dentro da rede. 3x2 de virada. Todos correram em minha direção e me abraçaram. Novamente meu irmão na arquibancada eufórico, isso me passava uma energia e uma alegria. Nos posicionamos para dar a continuação. Eles até tentaram empatar, mas fechamos bem a marcação, o Dan estava fazendo uma excelente partida, marcando muito bem, fiquei até surpreso com sua atuação. Escutamos o suar do apito, sinalizando o fim da partida e nos classificamos para a final. Todos nos encontramos no centro da quadra e vibramos muito. Uma virada heróica, na raça. Logo o pessoal invadiu a quadra para comemorar com a gente. Meu irmão também veio. Chegou já me dando um abraço e parabenizando, ele cumprimentou um por um de nosso time, quando chegou ao Dan, percebi um cumprimento seco. Era claro o ciúmes que o Ber sentia dele. Logo a Luana também entrou na quadra e veio me parabenizar.
– Parabéns Guto. – Disse ela me abraçando.
– Brigado, mas eu to suado Lu. Vai ficar cheirando mal. – Disse a ela.
– Depois desse jogo que você fez, colocando nossa sala na final, vamos poder fazer a nossa apresentação de líderes de torcida, graças a você. Você merece tudo, até isso. – Ela disse sem me soltar do abraço um instante sequer, olhando nos meus olhos e
aproximando seus lábios dos meus e me dando um beijo. Eu fiquei surpreso, há tempos eu esperava por isso. Ela agarrou minha nuca e eu segurei sua cintura beijando-a. Fomos parando aos selinhos, ela segurou meu rosto com suas mãos e disse:
– Sempre quis fazer isso com você, só me faltava coragem. – Disse ela com aquele rostinho branco ficando corada.
Eu fiquei meio sem palavras, ela me pegou de surpresa e isso só bagunçou mais minha cabeça. Aliás, de quem eu gostava da Luana ou do Ber? O que era diferente entre meus sentimentos por eles? Não sabia explicar. Olhei bem fundo nos olhos dela e disse:
– Eu também sempre quis te beijar e também me faltava coragem.
– Eu sei. Hahaha. Eu sabia que gosta de mim. Mas não fica animadinho não, foi só um beijo de agradecimento e de presente para você. Agora, se vocês ganharem amanhã e a viagem para o Beto Carrero sair mesmo. Aí é outra história amorzinho. – Disse ela me dando um selinho e saindo da quadra.
Interesseira, filho de uma... – Eu pensei comigo.
O Dan e o Ber me olhavam, um com cara de espanto (Ber), outro com cara de raiva o (Dan).
O Hugo chegou me abraçando com seus braços em volta do meu pescoço e dizendo:
– Ahhhhhhhh muleque... Ganhou uma bitoca do teu amor de presente, é? Hahaha – Disse ele rindo.
– Que amor o que? – Disse tentando disfarçar.
– Aham, sei! Vamos lá tomar uma ducha e depois vamos pra sorveteria comemorar. – Disse ele puxando a turma para o banheiro, eu me despedi do Ber e mandei ele me esperar para que fossemos todos os dois times para a sorveteria, até porque tínhamos motivos para comemorar.
Tomei aquela ducha gostosa, me troquei e saímos todos para a sorveteria, o Ber esperava já com seus amigos, reunimos algumas das gurias das salas também e lotamos a sorveteria. O dono chegou a brilhar os olhos ao ver tanta gente entrando. Nos servimos no Buffet e sentamos, ficamos conversando muito, o clima era agradável antes da decisão de amanhã. Não será um jogo fácil, isso eu tenho certeza. Percebi que o Dan estava muito calado, tentei puxar papo com ele, mas ele permanecia calado, ou respondia com uhum, ou apenas movimentando a cabeça, concordando ou não. Ficamos um pouco lá e decidimos ir embora, depois de me despedir de todos, eu e o Ber estávamos já indo para casa e o Dan veio me chamando.
– Augustoo!
– Que foi Dan?
– Quero bater um papo com você?
– Claro, fala aí.
– Pode ser lá em casa? Vamos comigo?
Olhei para o Ber, que meio que me fuzilou com os olhos, mas concordou.
– Vai Guto, eu vou indo lá pra casa do JP antes de ir pra casa também. – Disse ele esboçando um sorriso, porém não muito convincente.
– Tá, não demoro pra chegar em casa. – Disse para o Ber.
Eu e o Dan fomos para sua casa. No caminho, pouco conversamos, o clima estava meio tenso. Chegando fomos para seu quarto, sentei na sua cama, ele sentou na cadeira do computador e ficou me olhando.
– E aí, quer conversar ou apenas me olhar? Se quiser me olhar pega uma foto minha e fica olhando. – Disse rindo, tentando amenizar o clima tenso que pairava no ar.
– Haha bobo. Quero conversar sim. E serei direto. – Disse ele me encarando.
– Hum. – Foi à única coisa que consegui falar.
– Guto, eu gosto muito de você, eu estou apaixonado por você. Eu já sofri muito por amor e prometi pra mim mesmo que nunca mais me apaixonaria. Mas desde o primeiro momento que te vi, meu coração pulsou mais forte. Eu durmo pensando em você, eu acordo pensando em você. – Disse ele se aproximando mais de mim. – Eu conto os minutos para te ver na escola, eu olho suas fotos todos os dias, eu choro pensando em você, tentando imaginar eu e você juntos. – Disse começando a chorar. – Só te peço uma chance, uma chance para te mostrar meu amor. Pude perceber isso quando a Luana te beijou, meu sangue ferveu, eu chorei, queria estar no lugar dela e te beijar, isso é o que mais quero, eu não consigo esquecer aquele nosso beijo. Eu... Eu... – Ele começou a engasgar emocionado. – Eu te amo Augusto.
Eu fiquei emocionado com suas palavras, ao me dar por mim me via lagrimejando com as palavras que ele me disse, nunca alguém havia feito uma declaração para mim. Eu não o amava e disso tinha certeza. Mas o admirava, achava o muito bonito e atraente. Minha cabeça era uma confusão só e eu continuava a chorar. Eu não me admitia chorar, não sou de chorar. Sequei minhas lágrimas, recuperei meu fôlego, olhei para seus olhos que ainda lagrimejavam em minha direção e falei:
– Dan, eu gosto muito de você cara, mas eu não sei se posso corresponder seu amor.
– Fica comigo Guto, eu sei que você não me ama como eu te amo, mas fica comigo, aprende a me amar. – Disse ele segurando minhas mãos.
– Não é simples assim cara. Não é só ficar com você e esperar o amor vir. E se não vir?
– Como saberemos se não tentar?
Ele estava certo, mas eu ainda estava muito confuso. Ele pegou meu rosto e disse:
– Eu faço tudo o que você quiser Guto. Por você, eu faço tudo, eu quero que você seja meu amor, meu namorado, meu homem, meu macho. Eu te amo Guto. – Disse ele aproximando seu rosto do meu. Senti seu hálito, sua respiração e o toque de seus lábios no meu.
Eu estava paralisado, minha cabeça parecia não fazer a digestão direito de tudo o que ele me disse. Não neguei o beijo, retribui. Ele beija muito bem, ele levantou da cadeira e sentou no meu colo sem parar de me beijar. Ele começou a tirar minha camiseta, eu fiquei meio nervoso, uma parte de minha empurrava-o de meus braços e outra parte o puxava mais ainda contra o meu corpo. Ele percebeu e disse em meu ouvido.
– Não negue, eu sei que você quer. Eu também quero. Eu estou louco por você. E faço o que quiser para ter você. – Disse ele sussurrando e mordendo minha orelha.
Ele estava sentado em cima do meu pau, que já começava a mostrar sinal de vida.
– Daniel, não faça isso. Eu não posso.
– Você pode, você quer isso. Não tente lutar contra algo que você está desejando. Você me quer, me use, me abuse, sou seu.
Eu já não sabia mais o que fazer, já estava excitado. Que se foda tudo, peguei ele pela cintura e joguei-o na cama. Comecei a arrancar sua roupa e a minha. Já estávamos completamente nus e excitados, ele começou a punhetar e chupar meu pau. Que delícia, e que boquinha gostosa. Ele subiu por meu corpo, chupando cada parte de minha barriga, meus mamilos, meu pescoço, até chegar a minha boca. Ele me deitou em sua cama, pegou uma camisinha em sua carteira e colocou no meu pau e foi sentando em meu colo, posicionou minha rola, bem na entradinha de seu cu. Foi descendo devagar e gemendo. Quando entrou tudo ele começou a subir e descer, cavalgando em minha rola.
– Ahhhhhhh como eu queria isso Guto. Me entregar todo para você, ser sua putinha e você meu macho.
Peguei-o pela cintura e joguei de frango assado na cama.
– Minha putinha é? – Falei dando uma mordida em seu lábio inferior.
– Éé... Sua putinha – Disse ele gemendo.
– Minha putinha vai é levar rola no rabo pra deixar de ser safada.
– Hum, então mete meu macho, mete. – Disse ele sussurrando em meu ouvido e mordendo minha orelha.
Meti minha rola em seu cuzinho apertado, devagar e depois mais rápido, a cada metida era uma expressão que ele fazia. Ficamos nisso uns minutos até ele gozar sem sequer encostar em seu pau, não demorei muito e tirei meu pau de dentro dele, tirei a camisinha e comecei a punhetar meu pau.
– Quer engolir minha porra, quer? – Disse batendo com meu pau em seu rosto,
– Quero seu leitinho, quero tomar e mamar tudinho.
Comecei a punhetar mais forte meu pau até vários jatos com minha porra lambuzar todo seu rosto e sua boca, ele começou a chupar meu pau, a mamar, deixando limpinho sem vestígios nenhum da minha porra. Olhei em seus olhos que lagrimejavam e perguntei:
– O que foi Dan?
– Nada. Estou feliz, como imaginava isso com você. Parece um sonho sendo realizado.
– Não exagera haha. – Falei tentando não entrar nesse joguinho de amor dele.
– Não é exagero.
– Tá bom, mas agora eu tenho que ir embora, amanhã temos um grande e importante dia pela frente.
– Dorme aqui comigo hoje.
– Não posso Dan.
– Por favor. – Disse ele com aqueles olhos que pareciam que me hipnotizavam.
– Tá, tá e seus pais?
– Eles vão chegar só mais tarde e nem vão ligar. Eles não ligam quando trago amigos pra dormir aqui.
– Tá, sou vou ligar para o Ber avisando.
– Ok
Peguei o celular e liguei para o Ber.
– Oi Guto.
– Oi Ber, só liguei pra dizer que vou dormir na casa do Dan hoje, tá?
– Sério?
– Sim.
– Então tá, né? Durma bem, até amanhã.
– Até, você também, amanhã vou cedo para casa.
– Tá, tchau. – Disse ele desligando o telefone...
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Narração Bernardo:
Desliguei o telefone sem acreditar direito que meu irmão ia deixar de dormir comigo pra dormir na casa daquele idiota do Dan. Tava na cara que aquele garoto andava se oferecendo pro meu irmão. Não bastasse eu já ter de aguentar aquela oferecida da Luana beijando o meu irmão daquele jeito, ela não tinha o direito!
Nossa eu tava com a cabeça cheia, mas pensando melhor eu não poderia está daquele jeito, não pelo meu irmão, meu Deus isso era errado! A verdade é que desde aquele beijo, eu nunca o tirei da cabeça, não completamente. Mas não daria vazão a esses pensamentos. Afinal, cabeça vazia oficina do Diabo. Melhor eu pensar na minha vingança contra o imbecil do Guilherme. Quanto ao resto eu pensaria despois. Esses eram meus planos para aquela noite, pena que fazer seja bem mais complicado que pensar. Dormi super mal a noite toda, sentia falta do Guto, do seu cheiro, do seu abraço, do seu corpo, de sentir seu p... E pra completar, tive pesadelos a noite, com o Rick, que estava transando comingo, mas de repente sumia seu rosto e de uma hora pra outra não era mais o Rick era o idiota do Guilherme. Acho que era coisa demais pra minha cabeça. Só sendo um pesadelo mesmo. Despois dessa, se o Guto falasse em dormir fora de novo eu ia fazer manha, tentaria deixa-lo comigo, só assim pra ter uma noite tranquila de sono, só assim.
Acordei super cedo, não consegui pregar o olho direito à noite. Estava contando os minutos pro Guto chegar em casa. Precisava dele ali, mais do que eu gostaria de admitir. Mas nada dele chegar, 6h, 7h, 8h, 9h e nada! Cara, já estava explodindo quando...
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Série ACD 2x08
Paixão, Prazer e Pecado.
Gente aí mais uma parte dessa reta final de ACD para vocês. Quero agradecer primeiramente meu parceiro Iky, que mais uma vez esta ai se dedicando nesse conto. Ele que é um grande escritor e vem mostrando isso, não so no meu conto, mas no conto que ele escreveu com o My Way também, que tive a oportunidade de ler e ficou muito bom. Quero agradecer a todos os leitores, luy95, meu "amigo" do coração Realginário kkkkkkkk <3, frannnh, FabioStatz muito obrigado pelo apoio e seus comentários sempre, agora estou 100% e vamos com tudo haha, CrisBR desculpa Cris de ter te esquecido nas citações, mas não te esqueço não, caamilaa brigadão minha linda, sabe que te amo né minha loira? haha, Alanis muito obrigado pelo apoio e pelas palavras me ajudou muito e já encontrei essa pessoa *-*, , lena78@, Alê12, Garoto96 meu parceiro, que sei que não vai ler tão cedo, mas ta ai a lembrança, hahaha, Luuis Fillipe, Jonas 33, meu parceiraço FábioCwb, Sergipana, Luiz Dudu e neto lins seja bem vindo de volta =) grimm miha querida que não leu eu acho o último capitulo kkkkk e Thi Costa meu amigo mineirinho. Muito obrigado a todos vocês.
Quero dizer que durante essa semana postei um conto em parceria com meu novo namorado. Muitos de vocês leram, mas vi que alguns dos leitores também não leram, então vou postar o link pra quem quiser ler esse conto, que conta, a minha estoria de amor, com meu amor Herckzinho ou mais conhecido aqui na CDC como (Realginário). <3
http://www.casadoscontos.com.br/texto/Contato:
> Gustavo: guhhh_ufc@hotmail.
> Iky: iky.01@hotmail.com
Perguntem, tirem suas duvidas sobre o que quiserem:
www.ask.fm/gubbastos