A Montanha Russa da Vida XVII
Continuando...
- Boa Noite a todos. Nós somos a “Banda Try”. – Uma voz masculina saiu dos altos falantes.
Não ?! Claro que isso não é possível !!! Olhei para Marcela e ela retonou o olhar em minha direção e neles estavam escrito: É ele mesmo.
Voltei a minha atenção para o palco (Tive que virar já que estava de costas) e pude constatar que estava certo. Quem estava encima do palco se apresentando era o crápula do Felipe.
Em questão de segundos nossos olhares se encontraram e ele parou de falar, para logo em seguida sorrir (Um sorriso tão perfeito) e prosseguiu:
- Vou cantar um música especialmente para uma pessoa que aqui estar – Senhoras e Senhores esta é Happy by Secrets In Stereo.
Este música eu já conhecia de longa dado por ela ser trilha sonora de uma série da TV americana. A tradução da mesma é simplesmente a maior declaração de amor que alguém pode receber. Senti meu coração bater mais forte por cogita que ele estaria cantado para mim.
Foi aí então que Thiago percebeu quem estava cantado. Percebi que o clima mudou rapidamente.
Thiago: Perdi a fome. – Disse ele com a voz firme.
Marcela: Nem sabia que ele cantava.
Tom: E canta muito bem por sinal.
Eu: Pois é. Somos obrigados a ficar, já fizemos o pedido.
Marcela: É mesmo.
Felipe acabou de cantar a música e foi aplaudido por todos que ali estavam exceto Thiago. Neste momento sentir uma vontade louca de ir ao banheiro. Levantei – me e afastei a cadeira quando Thiago pegou o meu pulso com certa força.
Thiago: Vai aonde ?!
Eu: Ao banheiro.
Thiago: Mesmo ?!
Eu: Claro que sim. E se for para ficar me vigiando e monitorando os meus passos é melhor a gente acabar por aqui.
Sua expressão mudou totalmente e ele pediu desculpa de forma mais humilde que já vi.
Parece que é coisa do destino ao sei lá. Ao sair da cabine do banheiro, Felipe estava lavando as mãos em uns dos lavabos. Aproximei – me e comecei a lavar as minhas mãos ao seu lado.
Eu: Você cantou muito bem. Parabéns.
Felipe: Obrigado.
E de repende ele estava rindo:
Eu: O que foi ?!
Felipe: É que eu estava lembrando que sempre nos esbarramos nos banheiros.
Eu: Pois é. Não sei o porquê.
Felipe: Eu sei.
Eu: Então fala.
Felipe: É melhor não. Você deveria voltar para a sua mesa, daqui a pouco o seu homem de papel vai bater aqui e criar uma situação.
Eu: Homem de Papel ?! Ele estar mais pra Playboy.
Felipe: Não. O único Playboy que você vai ter sou eu.
Ele aproximou – se e beijou – me a força (Não foi propriamente a força).
Quando nos soltamos dei – lhe uma tapa na cara e disse:
Eu: Cafajeste.
E sair do banheiro. Enquanto ele dizia por cima dos meus ombros.
Felipe: É por isso que eu gosto de você.
Instantes depois eu estava de volta à mesa tentando esconder qualquer sinal de demonstrasse o que havia acontecido no banheiro.
Quando finalmente pedimos a conta, Felipe que tinha desaparecido da pizzaria desde o encontro no banheiro, apareceu trazendo do nada na nossa mesa:
Felipe: Eu gostaria de agradecer a vocês por estarem aqui e avisar que o jantar de vocês é por conta da casa.
Eu: Como assim por conta da casa ?! Geralmente quem faz isso são os proprietários dos lugares e não os participantes da banda que tocou na noite.
Olhares de espanto percorreram a mesa e voltaram em direção do Felipe quando ele retornou a falar:
Felipe: Hum... Acho que você não sabe que eu sou filho do proprietário.
Eu: Mentira. Eu conheço o dono e ele é muito amigo do meu pai.
Aparentemente nos fomos pego de surpresa, será que nossos pais são amidos e nós não sabíamos ?!
Um clima meio tenso percorreu o pequeno espaço que estávamos. Dos quatro que estava na mesa eu era o único a estar de pé, acredito que por extinto Thiago levantou – se e se pôr ao meu lado, passando um seus braços na minha cintura fazendo com que nossos quadris se unissem.
Percebi a reação de deboche de Felipe e imaginei que ali iria começar uma disputa de quem mija mais longe e provavelmente o prêmio seria eu. Mas para que isso não aconteça tive que tomar as redias da situação:
Eu: Você só pode ser o filho do proprietário se seu pai se chamar Fernando Maximu’s.
Felipe: Meu pai é o Fernando Maximu’s. E acredito que seu pai seja o Dr. Alberto Carvalho.
Eu: Isso mesmo. Mas como ficamos sem saber que nos pais se conhecem e são amigos por tanto tempo.
Felipe: Talvez por que nos não usamos os sobrenomes dos nossos pais.
Eu: Faz sentido.
Sentindo um clima que intimidade, Thiago interveio na conversa:
Thiago: Amor já estar na hora de irmos. E se ele estar insistindo em que a conta fica por conta da casa é melhor não discutir.
Aquela foi a segunda vez que ele me chamou de “Amor” e a sensação de ouvir esta palavra em sua boca foi pior que a primeira vez. Talvez o meu relacionamento com o Thiago não fosse dar certo.
E não deuPs.: Esta ainda não é a última parte.