Era meu primo, e quando olhei para seu corpo, meus olhos iluminaram, para ver ser era verdade mesmo. Ele estava de toalha, tinha acabado de sair do seu banho. Seu corpo bateu todas minhas expectativas, era todo perfeito, sua barriga tinha vários gomos, seu peitoral era forte e largo. Resumido era um Deus grego.
Eu ainda estava parado, só olhando para seu corpo e ele percebeu isso e falou.
-PRIMINHO! Acho que você não leu o aviso na porta né?
Eu sabia que estava ferrado, tinha entrando na toca no leão. Eu já tinha acordado do transe, agora estava branco, pensei que ia ter um treco.
-A foi mal...
- Foi mal o caralho, seu moleque. Sair agora do meu quarto. E nunca mais entra aqui.
Ele chegou perto de mim, dava para ver que estava muito irritado, fiquei com medo de ele me bater. Com a sua aproximação sentir meu corpo ficar quente, estava mole e respirando muito fundo. Ele chegou tão perto que sentir seu cheiro recém-saído do banho, cheirava sabonete, era delicioso.
Não falei nadam e sair de lá quase correndo. Sentir-me um idiota. Aliás, eu era um idiota por ter que me permitido entrar naquele quarto. Fui para o banheiro para esfriar a cabeça, estava muito nervoso. Minha vontade era de chorar, e ir
embora para minha casa. Por que eu estava tendo esse sentimento por meu primo? Por que ele era tão intrigante e misterioso. Sabia que de trás daquela família, existia um segredo que envolvia o Douglas. E aquilo estava me matando.
Sentei no chão do banheiro e fiquei por alguns minutos, mas tive que sair para me trocar e ir para a faculdade, talvez isso fosse me distrair.
Quando sair do banheiro, fui para meu quarto e me troquei de roupa. Estava me sentindo melhor com a ideia de sair um pouco daquela casa, indo para a porta pronto para ir para a faculdade, alguém bate nela. Achei que fosse minha prima em avisando que estávamos atrasados, e abro a porta terminado de me arruma e falo.
-Prima, já to indo, só falta-me...
Parei quando olhei para aqueles olhos me avaliando.
-Desculpe te informar, mas sou o Douglas... e se usa a palavra primo para o sexo masculino.
A que bom que ele tem senso de humor, mas será que ele tinha indo para escola algum dia? Pensei em fala, mas ele deu um belo sorriso, que me desarmou. Pela primeira vez, tinha visto um sorriso dele de verdade, não aqueles irônicos que ele sempre usa. Parecia que era sincero aquele.
Na hora eu corei, e fiquei em silencio.
-Vi só te pedi desculpe pelo que te falei antes, e que não gosto mesmo que entre no meu quarto, e mexam nas minhas
coisas.
Puts, ele estava perdido desculpa? Era isso mesmo que eu ouvi? Fiquei indignado com isso, à supressa foi tanta que não consegui fala nada, a não ser um “não foi nada”.
Mas ele ainda continuava na porta, me encarado, seu sorriso tinha indo embora, mas ele não estava serio. Seus olhos me avaliava a cada movimentos mínimo meu.
-Olha, mais tarde queria conversar com você - Ele parou um pouco e continuou- Quero conhecer meu primo.
Nessa hora saiu estranho o que ele disse, e me confundiu ainda mais, será que eu iria aguentar isso.
-Sim, mais tarde nós conversamos- Consegui falar sem gaguejar.
Então ele me olhou e mordeu o lábio inferior e saiu da minha porta. Deixando-me lá igual um otário parado, pensando se acreditava ou não no que tinha acontecido.
Até que minha prima chegar e para na porta.
-O que aconteceu? Esqueceu que começa 8 horas as aulas? Vamos que estamos atrasados.
Eu acordei da hipnose, e ela deu um sorriso e saiu. Rapidinho peguei minha bolsa e a seguir.
O caminho demorou uns 30 minutos, não estava acostumado com o transito assim. Minha prima falou a viagem toda, eu fingia que escutava, mas meus pensamentos estavam no que tinha acontecido mais cedo. Ele me intrigava
profundamente, não sabia o porquê. Ele era assustador, não sua beleza, ela era perfeita, mas por dentro dele, tinha medo
de olhar demais em seus olhos e eles secarem minha alma.
Fiquei nervoso com aqueles pensamentos, nunca me vi assim. Queria que fosse diferente, que fosse mais fácil. Mas não era.
-Chegamos- disse minha prima parado o carro no estacionamento.
-Posso assumir que estou com medo?
Falei dando um sorriso torto para ela, eu não estava com muito medo, seria normal o primeiro dia de aula, nunca tive
problemas com isso. Amava fazer amizades.
-Pode, mas lembre-se que eu to no seu lado.
Ela falou segurando a minha mão.
-Você é uma fofa, se precisar eu te chamo.
-Cuidado com os trotes, é proibido aqui, mas eles sempre dão um jeito de fazer você pagar algum mico.
Nós rimos e cada um entrou em seu pavilhão. Eu só não sabia qual era minha sala, mas era só olhar o número que era 27, e iria descobri fácil. Mas esses números ficavam em cima da porta, o que fez eu fica andando olhando para cima, o corredor estava um pouco cheio de gente, fiquei olhando para achar minha sala.
-Cuidado!
Alguém gritou, mas era tarde demais, trombei com um bebedor de água. Fazendo-me cair no chão, na hora eu fiquei morrendo de vergonha. Todo mundo estava olhando para mim. Lindo, no primeiro dia e já pago um micão desse.
Olhei ao redor e algumas pessoas estavam rindo de mim, outras tinha voltado o que estavam fazendo, mas e um ficou observando serio.
Era um cara, bonito, mas não tanto, devia ter uns 19 ou 20 anos, loiro, de olhos verdes, corpo médio, um pouco alto. Ele chegou mais perto de mim, me ajudando a levantar e falou.
-Na próxima se ouvi o aviso, e para.
-Você que gritou?
Ele me deu uma olhava de tédio e continuou.
-Bom, você deve ser calouro né? Seja bem-vindo, meu nome é Eduardo, e to no 3ª ano.
-Meu nome é Luiz.
Nós nos cumprimentando, e ele perguntou qual era minha sala e me ajudou a achá-la.
-Vai ter um churrasco depois da aula para vocês bichos, aqui o endereço.
-Vai ter trote?
-Claro que não, é proibido.
Ele me olhou com um sorriso, eu retribuo e falei.
-Prazer em te conhecer Eduardo.
-O prazer é meu, e cuidado com os bebedores de água.
Ele falou dando uma gargalhada, eu rir sem graça para ele. Filho da mãe rindo da minha desgraça, mas o achei gente boa, sabia que iríamos ser bons amigos.
Entrando na sala de aula tudo àquilo era novo para mim. Para começar a sala era enorme, me assustei com tantas pessoas assim.
Escolhi um lugar no meio da sala, e esperei o povo entrar. Tinha gente de tudo que era tipo, muitas meninas, varias delas olhavam para mim e ria, sabia que iria me dar bem.
Ai que entra um cara, ele usava óculos e era todo atrapalhado, baixinho e magro, um típico nerd. Sentou na minha frente.
-Eai cara- Falei em um tom amigável.
-Eai, bom- ele olhou para mim serio.
Começamos a conversar alguma coisa, mas ele não era muito de papo e logo o professor chegou. Começou aquela
mesmice de sempre, todo mundo se apresentou e depois de todos os professores passam os planos de ensino, o sinal
toca, e vamos todos embora.
Encontro minha prima e falo sobre a festa. Ela ficou meio em duvida, mas falou que ia comigo.
-Vai ser divertido- Ela disse com um sorriso em um tom misterioso.
Continua...