Olá, esse é o meu primeiro conto que escrevo. Espero que gostem.
Prólogo
Caia uma fina chuva e Leonardo observava dentro do seu carro a estrada e as gotas de água que insistiam em cair sobre a terra. Seus pensamentos se direcionavam apenas a uma coisa: “vida nova, cidade nova, será que terei um novo amor?”.
Léo como é comumente chamado pelos amigos é um homem alto, de pele morena clara, com cabelos pretos, lisos e um pouco alongados; seus olhos eram castanhos claros, quase mel. Tinha um corpo atlético, pouco musculoso, sem exageros, ele preferia assim. Aos 22 anos já era professor, o qual aos olhos de todos era um belo Educador Físico, afinal por onde passava chamava a atenção seja de mulheres ou de homens. Ele preferia os olhares masculinos. Léo é homossexual, embora não aparentasse ser gay. Assim também preferia que fossem seus parceiros, não por preconceito, mas por gosto mesmo.
Léo começaria uma nova vida, seria um novo começo...
Capítulo I
Mal percebeu já estava diante da sua nova casa. Léo já tinha estado ali antes, mas agora era diferente, embora fosse alugada, sentia que a casa era sua, e finalmente teria sua própria vida. Não que ele não tivesse, mas o fato de que morava com seus pais o deixava um pouco restrito a “leis” da casa paterna. Embora o apoiassem nas suas decisões ele se sentia um pouco preso. E agora em uma nova cidade poderia ser mais livre e voar na direção dos seus sonhos.
Ao sair do carro, ainda chovia, mas havia diminuído, quase não molhava. Léo abriu o porta-malas e retirou sua bagagem, olhou para os lados e observou que a luz da casa vizinha estava apagada.
― Será que não mora ninguém naquela casa? Não lembro de ter visto ela, será que o corretor não lembrou de me mostrar. Mas tudo bem, essa casa tá boa! ― Disse Léo.
Ao entrar na casa, acendeu as luzes da casa e foi guardar as malas no quarto, resolveu não desarruma-las deixaria pro outro dia. Tomou um banho, escolheu uma camisa gola polo, vestiu uma bermuda e calçou um sapatênis, se olhou no espelho que tinha na parede do seu quarto onde podia se ver dos pés a cabeça e falou pra si mesmo:
―Realmente, acho que tô bem assim! ― riu de si mesmo ― Será que hoje encontro minha alma gêmea? Até parece... ― Soltou uma gargalhada.
Pegou a chave do carro e foi procurar um lugar pra fazer um lanche rápido. Ao voltar pra casa percebeu que havia algo diferente, havia uma luz acesa na casa vizinha e Léo pensou: “é, a casa não esta vazia; bom pelo menos tenho vizinhos... espero que sejam legais”.
Mas já era tarde e Léo resolveu ir dormir, estava cansado da viajem.
Naquela noite Léo teve um sonho. Sonhou que estava na cama com uma pessoa, não foi um simples sonho erótico, mas sentiu que havia algo diferente, não conseguia ver o rosto de quem estava com ele, mas parecia que já se conheciam há muito tempo. Havia algo diferente entre os dois. No sonho não era apenas sexo, mas era amor.
Léo acordou excitado, seu pênis estava bem duro, sentiu vontade de se masturbar, não sabia quem estava com ele no sonho, mas foi nessa pessoa que ele pensou tocou no seu membro rijo e começou a fazer movimentos lentos e depois foi acelerando, estava se sentindo muito bem, já fazia um tempo que não batia uma e sentiu que gozaria rápido. Depois de chegar ao ápice do seu desejo dormiu pensando no sonho que teve, mas já não teve o mesmo sonho.
No outro dia acordou já era mais de 9 horas da manhã, ficou resto da manhã dentro de casa arrumando-a e também suas roupas no guarda-roupa. Já era mais de uma hora quando percebeu que estava com fome e resolveu pedir uma comida em um restaurante. Quando escutou o interfone tocar, era o entregador. Pegou a sacola com a comida, entregou o dinheiro ao entregador, antes de adentrar a casa pelo portão viu que estava chegado um carro na casa vizinha.
Ainda deu tempo do Léo ver quem estava nele, era um cara de estatura parecida com a dele, mas era de pele branca cabelos castanhos e olhos claros. O qual o deixou parado observando a beleza que parecia ter sido esculpida com a mais perfeita forma. Léo ficou parado sem reação quando ouviu ao longe:
― Tudo bem com você? ― Perguntou o rapaz observando que Léo estava paralisado.
Mas Léo não respondeu, seus pensamentos eram mais alto do que qualquer barulho externo.
― Olá, tudo bem? ― Insistiu o rapaz do carro.
¬― O...oi, sim, sim. Tudo bem e com você? ― Disse Léo.
― Muito bem! Então você que é o novo morador da casa?
― Sim, mudei ontem. Minhas coisas chegaram a tarde e eu cheguei de noitinha...
― A tá que legal. Seja bem vindo! Precisando de qualquer coisa é só pedir, pode chamar pelo interfone, que venho correndo lhe atender. Disse o rapaz com o mais belo sorriso que Léo já tinha visto.
― Ok! Obrigado. Olha que peço...
― É pra isso que serve os vizinhos... Vou indo, só vi aqui em casa pra buscar uns documentos que esqueci pra levar para o escritório ― ele era advogado e trabalhava em um escritório renomado da cidade ―, eu só não perco a cabeça porque ela tá grudada no pescoço.
Os dois riram. Quando o vizinho ia saindo Léo percebeu que não tinha perguntado o nome dele.
― Qual o seu nome mesmo vizinho?
― Desculpa; eu e minha falta de educação... ― disse rindo e voltando-se a se virar para olhar o Léo ― Meu nome é Rafael... ― e estendeu a mão para pegar na mão de Léo.
― Léo, quero dizer Leonardo...
― Prefiro chamar de Léo. Posso? ― Perguntou Rafael.
― Claro que sim, Rafa! Posso?
Os dois riram da situação. Ao mesmo tempo trocaram um aperto de mão. Mas foi algo diferente, Léo sentiu um calor diferente em seu corpo. Algo que não havia sentido até aquele dia. Rafa também sentiu, mas nenhum dos dois disse nada sobre isso. Apenas se despediram e ambos entraram nas suas casas.