Amar contra o destino 2ª TEMP. Cap III
Série ACD 2x03
Paixão, Prazer e Pecado
... Não esperava essa atitude do meu irmão, realmente mexeu comigo. Me aproximei do Ricardo, que mantinha-se cabisbaixo. Levantei seu rosto para perto do meu. Seus olhos marejados, brilhavam ao ver os meus, sua respiração bem próxima a minha, mostrava tão quanto nervoso ele estava. Eu amo esse garoto, por mais todos os erros, defeitos que tanto ele, quanto eu tenho, nos dois nos amamos.
- Acho que meu irmão tem razão Rick. – Falei abrindo um sorriso para ele.
Aproximei meus lábios do dele, nossas línguas se encontraram, numa explosão de nossos sentimentos, agarrei sua cintura e um beijo calmo, lento, sem pressa alguma, simplesmente maravilhoso aconteceu. Parando com um:
- Eu te amo Bê, mas...
- Mas o quê?
- Nos não podemos ficar juntos
- Por que não? Ninguém precisa saber, nem seus pais, ninguém, só nos mesmos.
- Bernardo, você não entende, o problema não é esse.
- E qual é o problema então? Sua saúde?
- Não é minha saúde.
- É o que então Ricardo?
- É que...
- É que o que Ricardo? Fala logo porra! – Falei já meio exaltado.
- Para o seu bem, e para o meu bem, não podemos ficar juntos. Só posso falar isso. – Disse Ricardo saindo.
- Aonde você vai? Você que vai fugir agora?
- Interprete como quiser, não estou fugindo, já disse tudo o que eu tinha que dizer, nós não podemos ficar juntos para nosso próprio bem Bernardo, tchau. – Disse Ricardo já descendo as escadas.
Eu fiquei ali parado tentando entender essa atitude do Ricardo, o que estaria acontecendo? Perguntei-me, e não faço a mínima idéia, e a indecisão de se levo a diante e descubro e luto por esse amor, ou se desisto de uma vez do Ricardo e sigo minha vida. Opto pela segunda opção, chega, cansei e vou seguir minha vida, e que o Ricardo siga a dele, se ficar separados deve ser o nosso destino, separados ficaremos. Voltei para o pátio da escola e o João Paulo me avistou e veio correndo até mim.
- Cara onde você estava? – Perguntou-me meio ofegante.
- Por aí, por quê?
- Te procurei por todo canto e não te achei.
- Nossa virei um fugitivo pra ser procurado? – Disse rindo.
- Palhaço, não é que nos precisamos conversar com o diretor, estamos com muito pouco jogador, não temos nem banco, assim não vai dar.
- Isso é verdade.
- Sabe se o Ricardo vai jogar?
- Não quero nem saber do Ricardo, se ele não quer participar azar o dele.
- Nossa, brigaram feio mesmo. O que aconteceu entre vocês?
- Nada cara, não vamos falar disso.
- Susse, e aí vamos lá? Os guris tão esperando agente já.
- Tá.
Fomos para a sala do diretor para conversar sobre a falta de garotos na sala para montar o time.
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Narração Augusto
Refeitório:
- Augusto você vai?... Augusto?... AUGUSTOOO!
- Oi? Que foi Hugo? – Perguntei assustado voltando de meu transe.
- Credo vey, ta viajando? Haha.
- Não, não, fala ae.
- O Dan nos chamou pra jogar Xbox na casa dele hoje à tarde, você vai?
- Ah ta, vou sim. – Disse voltando a olhar para Luana, a culpada de meu transe, que garota linda que mexe comigo.
- Ah, então é esse o motivo de estar distraído? – Perguntou-me Dan também olhando para Luana.
- Haha, nada ver.
- Nada ver? Tá estampado na sua cara.
- O Guto tem uma quedinha básica por ela. – Falou Hugo.
- Percebi. – Disse Hugo se levantando do banco.
- Onde você vai? – Perguntei.
- Vou ali chamar a Luana.
- O quê? Não, senta ai Dan.
- Haha, to zuando, vo comprar um suco, você tinha que ver sua cara. – Disse o Dan indo para a cantina.
- Foi engraçado como ficou apavorado. – Disse Hugo rindo.
- Muito engraçadinhos vocês dois.
- Guto, vou tirar água do joelho.
E fiquei ali sozinho até o Dan voltar.
- Ficou sozinho aí?
- Não. Não esta vendo meus amigos imaginários?
- Não. – Disse Dan se sentando.
- Você acabou de sentar no colo de um, ta gostoso? Haha
- Uiui uma delícia haha.
O sinal tocou, mal deu pra ele tomar seu suco e fomos para sala, para enfim as duas últimas aulas.
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Narração Bernardo
Sala do Diretor:
- Garotos eu entendi a reivindicação de vocês. Realmente ouve uma falha ao montar a classe de vocês, mas vocês devem gostar não é? Um oásis para jovens com nervos a flor da pele como vocês. – Disse o diretor Mauro.
- E como, não queríamos mais macho na nossa turma, mas fazer o que. – Disse João Paulo.
- Vou conversar com a coordenação, para fazer algumas mudanças, parece que algumas garotas da sala de vocês querem mudar de sala, então resolveremos isso agora, e vocês podem voltar para a sala.
Saímos da sala do diretor, com tudo resolvido, precisávamos de mais garotos em nossa turma para o Campeonato. Voltamos para nossa sala, o professor de Química já havia chego, e fomos para nossos lugares, sem antes perceber, que Ricardo me olhava na medida em que me dirigia à minha mesa. Apenas fiz com balançando a cabeça sinal de negativo. A aula foi extremamente chata, matéria e mais matéria. No intervalo de uma aula e a outra, por sorte a última do dia, o diretor Mauro apareceu na sala.
- Atenção meninos e meninas, em uma conversa hoje com a Coordenação, e a pedido de alguns alunos, será efetuado uma troca de 3 alunos de classes. As alunas Rebeca, Luciane e Valéria, a partir de amanhã, já podem ir para o 2ºA. E 3 alunos de outras turmas a partir de amanhã se juntaram a turma de vocês. Ok? Boa aula professora Carla – Disse o diretor Mauro saindo para a entrada da professora de Espanhol Carla.
Todos ficamos naquela, quem será os três alunos novos que viriam, mas só amanhã mesmo. A aula passou rápido e logo sinal batia para o término de mais um dia exaustivo de aula. Sai da sala com a Fernanda e o João Paulo gritou de dentro ainda.
- Ber, não esquece, as 3 no clube.
- Tá, eu vou, até depois.
- Até. – Disse já saindo da sala.
A Fernanda estava estranha, seu olhar estava vago, evitava me olhar, parecia esconder alguma coisa de mim.
- Fernanda, você ta estranha, ta tudo bem?
- To sim, por que não estaria?
- Sei lá, você ta calada hoje.
- Impressão só Ber.
- Então ta. – Disse não muito convincente.
- Ah Ber, esqueci que tenho que pegar um livro na biblioteca antes de ir embora, tchau lindo, até amanhã. – Disse ela me dando um beijo em meu rosto, saindo as pressas sem ao menos me deixar dizer tchau. O mais esquisito, ela não estava indo em direção a biblioteca, e que segundo também não estava aberta mais, pois as bibliotecárias deixam a escola às 11 da manhã e so voltam à tarde. Realmente a Fernanda estava me escondendo alguma coisa.
Saí da escola e o Augusto já me esperava para irmos embora.
No caminho fomos em silencio até ele me perguntar:
- E aí como foi lá com o Ricardo?
- Nada, esquece Augusto, Ricardo não existe mais para mim.
- Juro que não estou entendendo vocês dois.
- E nem queira, chega de falar nisso. – Disse irritada, acelerando meus passos.
- Ok, ok. Não falo mais. E o que você vai fazer a tarde?
- Vou treinar com a rapaziada no clube.
- Meu irmão virando um jogador e tanto. Já pensou se agente se enfrentar no campeonato?
- Seria ótimo, e não darei moleza só por que é meu irmão.
- Digo mesmo querido irmão. – Falou Guto dando um soco em meu braço. – Eu vou a tarde na casa do Dan, ok ditador?
- Pare de me chamar de ditador.
- Tá bom Hitler. Haha – Disse Guto debochando da minha cara.
- Me diz, e esse Dan. Estão muito amiguinhos já não? Não ta indo muito rápido?
- Esta com ciúmes?
- Não, só perguntei, se vai vim falar bobeira, melhor ficar quieto.
- Credo Bernardo, só estou brincando, deixa de ser mau humorado. Vou eu e o Hugo lá.
- Tá, pode ir. – Disse já abrindo o portão de casa.
Entramos, meu avô, como sempre vendo televisão na sala, eu já fui logo para meu quarto tirar o uniforme. Voltei para sala e estava os dois sentados me encarando.
- Por que estão me olhando assim?
- O almoço Ber. – Disse o Augusto com uma carinha tão meiga, até parecia um cachorrinho que caiu da mudança.
- Acho que já conversamos sobre isso. Estou sem fome. Ou seja, se vocês querem almoçar, se virem. – Disse isso convicto do que estava falando, sentei-me no sofá, estiquei minhas pernas e comecei a assistir tv.
Augusto e o vô Zeca me olharam, eu fiquei do mesmo jeito. O Augusto falou:
- Vamos lá vovô, por que desse aí, não da pra esperar mais nada.
- Não mesmo. – Disse pegando o controle que estava com meu avô, trocando de canal.
As horas passaram, apenas comi uma barra de cereal juntei minhas coisas e fui para o clube, enquanto o Augusto foi para a casa desse tal de Dan fazer sei lá o que. Cheguei ao clube um pouco antes das 15hs, dei uma volta por tudo até ir para a quadra e já avistar João Paulo e Bruno. Ficamos conversando até o resto do pessoal chegar. Logo estávamos todos lá e começamos a treinar. Ensaiamos algumas jogadas, alguns chutes, eu realmente me sentia melhor ali na defesa, onde me saía bem.
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Narração Augusto
Casa do Dan:
- Eu sempre disse que você é um péssimo piloto – Disse isso ao Hugo após derrotá-lo, como sempre, no Need for Speed.
- Eu que deixo você ganhar garoto, cala a boca. – Disse Hugo estressadinho.
- Ah vai da o cu Hugo. Dan quero saber agora, se és páreo para mim.
- Muito confiante você, agora aprenda com o mestre. – Disse o Dan para o Hugo que apenas deu com os ombros, do tipo... Duvido.
Nós jogamos a tarde inteira, vários jogos, PES, Guitar Hero, GTA, Doom. Comemos pipoca, falamos muita merda, conheci o Dan melhor e me encantei um pouco com esse garoto, falamos de garotas, baladas, músicas, realmente foi uma tarde divertida com o novo parceiro Dan e o velho parceiro Hugo.
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Narração Bernardo
Clube:
- Cara, quem será que vai ser os zé ruelas que vão vir pra nossa sala. – Disse o Thiago.
- Poutz vey, sei lá. Não sendo frutinha ta ótimo. Nada contra Ber. Tu é gay, mas pelo menos se comporta como macho – Disse João Paulo, sem perceber a cagada que tinha falado. Apenas fitei ele com os olhos.
- Como assim, gay? – Perguntou Bruno.
- Haha, só zuera, ele não é gay. – Tentou concertar João Paulo
Eles não ficaram muito convictos, mas não falaram nada mais. Voltamos ao treino mais um pouco, até dar 18hs. Me despedi e fui para a academia, quanto ficar forte e musculoso não era brincadeira. Faz parte da minha mudança e estou levando a sério. Sai da academia por volta das 21h e voltei para casa. O Augusto já tinha chego e o vovô já estava dormindo. Comi uma coisa, sei lá o que era aquilo que o Augusto tinha feito, mas até que estava bom. Tomei um banho e fui para meu quarto, tinha alguns deveres escolares a serem feitos e fiz escutando música. Terminei e fui deitar. Apaguei num sono profundo.
...
Acordei cedo, fiz minha higiene pessoal, e fui ajudar o Augusto a fazer o café da manhã.
- Teve piedade de mim? Vai me ajudar?
- Piedade não, você não teve de mim, porque terei de você? E sim vou ajudá-lo, ou esse café não sai hoje.
Logo o vovô apareceu, tomamos o café e fomos para escola. Não trocamos uma palavra sequer, o Augusto parecia irritado comigo, mas não estou nem aí, a criança está sendo ele. Chegamos à escola e subi direto para minha sala. Todos praticamente já haviam chego. Fui para minha mesa e fiquei conversando com o Bruno e a Fernanda. Até o professor de Matemática e o diretor Mauro entrarem. Sentamos todos, e ele começou a falar.
- Então, como disse ontem, foram efetuadas algumas trocas, as meninas já foram para o 2ºA, agora recebam seus novos colegas de classe. Renato, Fábio e Guilherme.
GUILHERME? Não, não pode ser. Isso é um pesadelo. Mas infelizmente era verdade, ele entrou na sala, e a primeira coisa que fez, foi de procurar alguém pelo olhar, e quando encontrou, ou melhor, me encontrou, deu aquele sorriso falso.
... TO BE CONTINUEDSérie ACD - 2T
Série ACD 2x03
Paixão, Prazer e Pecado
É muito bom estar de volta. Espero que todos tenham tido excelentes festas nesse fim de ano, e quero dizer que eu estava morrendo de saudades de vocês. Não deixei de ler alguns contos aqui na CDC, muito menos dos quais sou fã. Conversei com alguns pelo MSN durante essa “férias” que tirei como escritor aqui na CDC, em especial meus grandes amigos Fábio, Iky, Realginário e Thi Costa e minha amigona grimm. Quero agradecer a todos os comentários do ultimo conto e de todos que vem acompanhando de que é por vocês que estou voltando com força total para essa reta final da Série ACD, que tem muita coisa para acontecer, aguentaaa coração haha. Bjs meus queridos e queridas até o próximo post.
