Querido Bruno [6]

Um conto erótico de Tommy
Categoria: Homossexual
Contém 1028 palavras
Data: 01/01/2013 20:39:28
Assuntos: Gay, Homossexual

Durante o almoço, ele não tinha tirado os olhos de mim um instante, ele tinha esse extinto superprotetor quando estava comigo, era normal.

Eu: - Então, hora do “papo reto”. Disse fazendo aspas.

Continuei.

Eu: - O que você fez durante esses anos?

Bruno: - Bom, eu entrei pro exército, fiz a faculdade de medicina veterinária que tanto queria, que foram 5 difíceis anos, segui carreira no exercito e hoje em dia sou tenente veterinário.

Eu: - Era exatamente o que você queria né? Era seu sonho.

Bruno: - Você ainda lembra. – Disse sorrindo. – Só faltou uma coisa nesse sonho... você ao meu lado.

Ignorei, porque era hora de papo serio, não de declaração.

Eu: - E como você veio parar aqui de volta?

Bruno: - Assim que tive oportunidade, pedi a transferência e cá estou. Mas e você? O que fez durante esses anos?

Eu: - Estudei psicologia como queria, hoje em dia eu faço atendimento com pessoas que tem problemas de abuso e violência na infância, como eu.

Bruno pegou minha mão por cima da mesa, eu tirei.

Bruno: - Caramba, sabia que você era um homem de grandes conquistas, fico muito feliz por você poder ajudar as pessoas.

Eu: - É, é bom poder sair daquela sensação de impotência.

Bruno: - E sua mãe?

Eu: - Tá bem, você deve saber, tem falado com ela.

Bruno: - Ponto seu.

Eu na verdade, não tinha muito o que falar, na verdade tinha, mas eu queria me manter sob controle, controlar meus sentimentos.

Bruno: - O que você tem? Você tá meio distante, não era exatamente o que eu esperava, esperava algo mais caloroso vindo de você.

Não aguentei, tive que soltar.

Eu: - Você esperava que depois de ter me abandonado, por 7 malditos anos, onde eu sofri sem você, não tive noticias, não sabia se você estava bem, não sabia nada. Até os 17 anos tudo bem, mas depois, você completou maioridade, você era dono do seu nariz e você não mexeu um músculo e não venha me dizer que é difícil, minha mãe o encontrou rapidamente.

Era evidente que minhas palavras machucaram ele, mas ele tinha um olhar compreensivo, como se concordasse com o que eu disse.

Bruno: - Vamos conversar em outro lugar, é melhor.

Pagou a conta e fomos no meu carro, entramos em um motel, mas apenas pra conversarmos sem interrupções e mal entendidos. Lá pudemos continuar de onde paramos, sem medo de exaltações.

Bruno: - Eu sei, de tudo isso, eu falhei com você, eu nunca vou me perdoar, mas eu queria voltar com algo, ter alguma coisa pra te oferecer, poder te dar uma vida, se você continuasse pobre, eu te tiraria, te daria uma vida boa, não imaginava que você estivesse bem assim, eu não tenho direito de te pedir perdão, por isso não o fiz.

Eu: - Eu não precisava que você me desse uma vida feita, eu precisava de você, o resto a gente conquista, juntos, nosso amor seria nossa motivação, seriamos nós contra os obstáculos, não só eu. Você sabe como eu sempre fui quebrado, defeituoso, você era tudo que eu sempre precisei.

Ele continha as lagrimas, eu já não mais, mas eu não chorava escandalosamente, as lagrimas cansadas de serem oprimidas, vinham naturalmente.

Bruno: - E agora? Eu não sei o que fazer, eu não sei o que dizer, eu não tenho o direito de cobrar nada de você, de pedir que você abandone seu namorado, mas eu quero você, eu não sei o que fazer, queria que fosse fácil.

Eu: - Eu não sei o que fazer. – Agora sim, eu chorava pra valer.

Ele me pegou e me deu um abraço, um abraço sem malicia. Eu me sentia bem nos braços fortes dele, ele como sempre, eu me sentia protegido, agora completo.

Bruno: - Não precisa decidir agora.

Eu: - Mas se eu não largar ele? E se eu demorar?

Bruno: - Eu não vou te perder de novo, eu vou estar aqui, pra sempre.

Eu: - Mas e se você conhecer alguém nesse tempo?

Bruno: - Eu já conheci, varias pessoas, não vou dizer que estou sozinho todo esse tempo, eu fiz sexo muitas vezes, sai com muitos caras, mas em todos, eu procurava você, eu pensava em você, então pode ficar seguro, eu vou te esperar.

Não tínhamos mais o que falar, tudo estava dito, por enquanto. Fomos no meu carro até o restaurante, para que ele pegasse a moto. Na hora de se despedir foi meio difícil pra mim.

Ele me puxou e me envolveu em um beijo, muito gostoso e muito difícil de sair, eu não queria sair, nem ele, depois de uns dois minutos, minha mandíbula não aguentava mais e tive que parar.

Eu: - Eu te vejo de novo?

Bruno: - Sempre. Eu volto a trabalhar amanhã, mas a partir das 18 horas to livre.

Eu: - Ok.

Fui embora, era muita informação, eu precisava de uma luz, saber o que fazer. Mas eu não tinha amigos, não tinha com quem conversar, esse era geralmente o papel do Luiz, mas é obvio que eu não podia falar com ele sobre isso, ainda. Só que eu precisava, queria ser sincero com ele, minha intenção era de tomar uma decisão sem precisar magoar o Luiz mas ficando com o Bruno.

Decidi: Iria conversar com o Luiz, mas não agora.

Por volta das 20 horas, o Luiz chegou do trabalho e ficou todo sorridente ao me ver.

Luiz: - Oi amor, você por aqui essa hora?

Eu: - É, me senti mal e vim embora.

Luiz: - Porque não me falou? Quer ir no medico?

Eu: - Não, to melhor agora.

Ele me beijou.

Luiz: - Sabe que eu to com saudade de fazer amor com você? – Disse já tirando a roupa.

Eu apenas sorri, como pude. Fomos nos beijando até nosso quarto, ainda bem que nossa transa não dependia da minha ereção, se não estaríamos ferrados, então fizemos amor durante uma hora mais ou menos, não era igual com o Bruno, mas eu tinha que comparecer com o meu namorado. Eu não consegui dormir naquela noite, minha mente estava a mil, iria ver até onde eu aguentava.

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Fala meus amigos, espero que a leitura esteja agradando, continuem comentando e votando sempre que possível.

Até o próximo

Feliz ano novo a todos

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Comentários

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Perfeito! Ansioso para os próximos capítulos! 10 Claro.

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O privilégio de amar

Olá meu nome é Roni tenho 16 anos 1,80 de altura 60 kg branco olhos castanhos escuros, cabelos loiros abaixo da orelha, o conto não e muito erótico nas primeiras partes, porque é um conto mais romântico e verdadeiro. Bom a historia começa no primeiro grau quando eu tinha 15 anos, sempre fui um garoto super na minha de boa mesmo, digamos que eu era popular, mas não gostava, meu estilo era mesmo passar sem que ninguém me notasse, mas com as amigas que eu tinha e tenho ainda impossível a Aline, Luciana, Milena, Maria, AMO ELAS DE PAIXAO são as irmãs que não tive muito gente boa com personalidades diferentes, mas sempre me apoiavam e me ajudavam em tudo que precisava e vise versa.

Primeiro dia de aula do primeiro grau tem coisa mais constrangedora que primeiro dia aula? Tenho certeza que não, começaram as apresentações a professora queria fazer uma dinâmica diferente, juntou duplas na sala para nus conhecermos melhor ela escolheu par para todos eu fique por ultimo e sem par, a professora foi da dá uma olhada na lista de chamada pra se tinha alguém tinha atrasado ou, que respectivamente faltou, e uma pessoa tinha faltado ou estava atrasado, então a professora optou por desistir da nova dinâmica e ir para modos convencionais de apresentação por eu ter ficado sem par, mas quando todos voltavam para os seus lugares bate alguém na porta a professora vai abrir não ligo mas escuto a tal pessoa perguntando se pode entrar a sala de aula a professora permite e manda todos voltarem pra seus pares e manda o garoto sentar do meu lado. Olho para traz e um garoto lindo muito lindo mesmo alto muito malhado parecia ter uns 16 anos com um jeans justo e o uniforme personalizado, ele era lindo.

A professora começou a explicar a dinâmica ate ai o garoto nem eu não tínhamos falado absolutamente nada, a dinâmica era um jogo de perguntas pessoais em que você e seu par tinham que responder, a professora distribuiu as perguntas numa folha de papel, dai ouve o primeiro dialogo com o garoto que futuramente seria o amor da minha vida:

Danilo- oi, meu nome é Danilo, tudo bom?

Eu- oi Danilo, tudo ótimo, me chamo Roni.

Danilo- prazer

Eu- prazer, você não é daqui da cidade, a cidade é muito pequena conheço praticamente todos.

Danilo- verdade, eu sou de salvador, me mudei por que meus pais se separaram, e a família da minha mãe é toda daqui da cidade, então ela resolveu vir pra cá.

Eu- lamento pelos seus pais, mas seja bem vinda à cidade e pequena, mas é muito legal.

O papo se estendeu de um jeito que não fizemos a dinâmica passada pela professora, nem mais nada em todas as outras aulas. Fiquei sabendo de muita coisa sobre ele, gostava das minhas bandas favoritas, dos meus filmes favoritos, livros, programas de tv, tínhamos praticamente tudo em comum. Ele já tinha mim conquistado com aquele jeito fofo dele, e já estava me dando medo dele me rejeitar de algum jeito quando descobrisse que eu era gay. Continuamos conversando até o sinal de saída tocar, fomos até o portão do colégio, como ele não morava na mesma rua que eu, e a rua em que ele morava tinha o caminho oposto da minha, me disperso dele:

Eu- cara foi um prazer enorme te conhecer, eeeeeeeeee, tchau até amanhã.

Danilo-tchau... É, é, é... Ele gagueja e tenta falar alguma coisa, mas a voz não sai.

Eu- quer me falar alguma coisa?

Danilo- não, deixa pra lá.

Confesso, fiquei muito curioso...

Eu- então tá bom tchau... Viro-me pra ir embora, dou dois passos, e ele me chama.

Danilo-Roni! Você, você quer sair comigo hoje?

Meu Deus... fiquei tonto, minha cabeça girava e meu corpo estava imóvel, me viro, e ele tá me olhando com um sorriso lindo esperando a minha resposta.

CONTINUA...

Gente desculpas por quaisquer tipos de erro, peso que me alertem com criticas construtivas, que serão muito bem vindas. Beijos. Só publico a segunda parte se gostarem dessa.

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ADOREI seu conto dá uma olhada lá nos meus ( O Privilégio de amar) , ( O Pedreiro me pegou de jeito) e (O Cobrador me pegou de jeito/ e o negão também quer). agradeço desde já. beijos

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Situação complicada... Alguns vão ficar magoados. Uma hora você vai ter dizer a verdade para Luis... Esse conto é muito emocionante! Estou amando...

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Estou amando sua estória, mas gostaria de saber, se este conto é ficção ou realidade. Nota 10.

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Tadinho do Luiz, mais ele deve saber que você não é completo com ele....

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gosto muito dos seus contos tommy, agr estou me arriscando a contar o lance do meu primeiro amor se alguem quiser acompanhar esse é o link www.casadoscontos.com.br/perfil/176794

obrigado e muito sucesso tommy e feliz ano novo.

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Ahh menino, que lindo vcs dois juntos, espero q vc se acerte com o Luiz, nao quebre o coração dele please! Virei seu fã, aumenta mais o conto gatinho, fora isso o conto esta perfeito! Fico feliz pela sua felicidade como Bruno de volta!

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Bom comecei a ler seu conto hj e gosteii muito ja na primeira leitura deu pra perceber que o bruno ti ama muito e vc a ele mais eu fikaria com o coraxcao doendo ja que e um casamento de muitos anos mais estou torcendo pra vc escolher o bruno.

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Numa situacao dessa, é quase improvavel que ninguem saia magoado ou ferido. Parabens pela historia.. Bastante envolvente

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Oi pessoal, estou escrevendo uma série de contos hétero. Quem curte contos não só com sacanagem, mas também com uma história beeem detalhada com muito romance, intrigas, reviravoltas e sexo é claro, não pode perder... As partes um e dois já estão aí.Por favor votem pra eu saber se estou indo bem ou não... Beijos!

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Agora apertou hein! Qual a manha que irá usar para não magoar o Luiz? Não adianta ele vai fica revoltado, e vai te dizer: Depois de anos sem te dar notícias ele aparece e você volta de quatro pra ele? Bom, espero que Luiz seja compreensível. Ótimo, continua rápido

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a seguranca do casamento n pode ser ignorada. jogar anos d convivencia e quebrar emocionalmente outro deve ser especialmente dificil para um psicologo, contudo ficar eternamente em duvida com a memoria d um amor inprocedido deve ser igualmente torturante. creio q preferiria quebrar-me a viver incompleto. agradeco a leitura e asseguro-o q fico mais q ansioso pela proxima postagem. abraco.

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coitado do Luiz, nao é que eu esteje te julgando, mas é melhor vc resolver isso logo, antes que seja tarde demais. continua

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