Politicamente Incorreto - Capítulo 1

Um conto erótico de Mr. Characters
Categoria: Homossexual
Contém 1045 palavras
Data: 01/01/2013 22:00:04

Buenas pessoal,

Bem, eu sou novo aqui. Novo aqui publicando contos, pois já sou leitor de algum tempo. Porém agora resolvi compartilhar com vocês um pouquinho da minha imaginação.

Espero que gostem, feliz 2013!

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Capítulo 1

Saindo do trabalho.

Adoro meu trabalho, mas obviamente, gosto mais quando o dia termina e posso sair dele. Aproveitar o dia, curtir meus amigos, meus passatempos, enfim, sempre prezei pelas pequenas coisas na vida. E sair do trabalho na sexta-feira era uma delas. Uma coisa mais que boa, até meu iPhone tocar e o mundo real me acordar. Era Vic, ela além de uma assistente era uma grande amiga, me ajudou a construir a equipe eficiente que tenho hoje. Foi direta:

_Estão atrás de você.

_Grande novidade_ Arrisquei uma ironia. _É isso que espero dos meus clientes.

_É a prefeitura de uma cidade bem conhecida, parece que o prefeito andou se metendo em encrenca e precisam de um bom trabalho._ Ela enfatizou a palavra trabalho e eu odiava quando ela fazia isso, dava a impressão de ser algo sujo.

_Sabe que não trabalhamos com política!_ Confrontei-a.

_Não é política, é o político. E isso seria bom pra você e pra equipe.

_Droga, Vic! Eu sou o gestor de imagem, eu sei o que é bom pra gente.

_Ok._ Ela disse sabendo que já havia ganho.

_Qual é o caso?_ Questionei.

_Parece que o excelentíssimo senhor prefeito andou frequentando umas festinhas fora do mundo de Nárnia, se é que você me entende, e a oposição foi pra cima dele.

_Certo, prepare as coisas e a equipe que vamos viajar._ Respondi.

_Mais uma coisa_ Ela disse subitamente._ Você precisa ir sozinho, sem equipe. Sabe, não é?

_Sim, discrição total. E Vic?_ Ela apenas balbuciou algo que não entendi._Isso é política, e é um caminho sem volta.

Como sempre Vic já tinha um dossiê a respeito do caso, que recebi em meu iPad instantes depois de terminar a ligação com ela – cretina, sabia que pegaríamos o caso! Não era nada mais que já tínhamos tratado com grandes empresários, ou figurões da televisão e dos esportes. O prefeito jovem e com uma grande carreira pela frente resolveu fazer festinhas fora do armário e tinha sido estúpido o suficiente para se deixar flagrar. A única diferença era que desta vez estaríamos entrando no mundo da política, e esse é um lugar cruel, pra se usar a artilharia mais pesada de todas.

.

Aproveitei para examinar os detalhes no avião, nunca me senti confortável dentro deles, mas aprendi que o trabalho não escolhe lugar. Duas horas depois desci no aeroporto, da forma mais discreta possível, e esse era o ônus do meu trabalho, ninguém nunca poderia descobrir que eu estava trabalhando porque senão a crise vinha à tona de verdade. Todos saberiam que as coisas não andam bem, e mais uma rachadura em uma viga que está comprometida, pode ser a ruína. Enfim, a única coisa que pude reparar enquanto descia do avião foi o quão bonita aquela noite de sexta-feira estava, passavam das oito horas e o céu parecia fazer uma apresentação de estrelas. Como disse antes, gosto das coisas pequenas da vida. Na porta do aeroporto um carro discreto já esperava, parecia até que estava em um filme, eu, pelo menos, senti obrigação de parecer estar.

_Direto para o gabinete do prefeito!_ Disse ao engravatado que acompanhava o motorista, provavelmente fosse um dos milhares de assessores que um político tem.

_Desculpe, mas agora temos ordem de levar você para o hotel._ Ele respondeu.

_A partir de hoje, eu sou o responsável. Vamos para o gabinete._ Falei para pausadamente para me fazer entender claramente.

Alguns minutos depois chegamos ao gabinete. Olhei o ambiente. Para um bom entendedor, meia palavra basta. O escritório tinha um mar de indícios indicando a homossexualidade do senhor Prefeito – e eu confesso que nessa hora, minha curiosidade falou mais alto: será que ninguém teria notado antes naqueles objetos estereotipados ou o prefeito sabia ser muito discreto? E o que mais me intrigava, como se deixaria flagrar saindo de uma balada GLBT com um gogo-boy qualquer? Ah, isso eu descobriria! Mas agora era hora de agir, mandei que reunissem todos que conseguissem para que fizéssemos uma geral no gabinete, transformar aquele lugar no mais comportado e aconchegante possível deveria ser o primeiro passo. Enquanto supervisionava e orientava o que deveria ser feito, avisei o assessor que marcasse uma entrevista coletiva para o início da noite de sábado, reunindo todos os jornalistas possíveis e, até mesmo, os representantes da oposição. Era hora de usar os inimigos como forma de ataque, afinal, ao menos o prefeito festeiro tinha sido inteligente o suficiente para não fazer nenhum pronunciamento sobre o caso, que ocorrera há alguns dias.

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As horas passaram rápido, e quando dei por mim, o gabinete estava como deveria estar e um reboliço tomou conta do local. Eram 8h30 e o prefeito estava chegando. Quando cruzou a porta, em meio aquelas pessoas que o cercavam, pude perceber que, mesmo sob aquelas roupas sérias, seu rosto denunciava um jovem festeiro, e mais gay do que eu poderia imaginar em uma pessoa só. Nem eu conseguia tanto. Minha segunda percepção deixou de lado o trabalho: por Deus, como poderia ser tão bonito? Já o tinha visto por fotos e ouvido a respeito de sua beleza, mas pessoalmente – ah – era intimidante. Entretanto nada de animação, afinal, meu senso de separar trabalho de vida pessoal nunca falhou, e no mais, o encanto durou menos que o da Cinderela, logo pude perceber sua tolice. Apesar de termos praticamente a mesma idade, ele parecia ser o meu oposto: inconsequente e estúpido!

_Quem autorizou essa palhaçada no meu gabinete?_ Questionou em um grau tão alto de arrogância que era assustador para qualquer um, menos pra mim, já sabia jogar esse jogo.

_Prazer, Felipe Gutiérrez, gestor de imagem._ Respondi firmemente.

_Vou corrigir a pergunta._ Ele fez cara de deboche. _Quem autorizou você a fazer essa palhaçada no meu gabinete?

_Acredito que você..._ Deixei a deixa para que ele se apresentasse, afinal, se discutiríamos, teria que ser com o mínimo de dignidade.

_Bernardo Brandão, mas pode me chamar de senhor Prefeito._

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Até o próximo capítulo!

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Comentários

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Gosto quando as pessoas me surpreendem. Devo dizer que não é fácil isso acontecer. Dentro que se pode esperar dos contos eróticos, vc foi uma grata doce surpresa. O texto leve, com tons sutis de humor, são um estímulo para almejar os próximos episódios. Aguardo ansiosamente.

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Muito bom! História super envolvente e bem escrita. Tem tudo para ser um grande sucesso aqui! Parabéns!

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Uau, gostei! Muito bem escrito, parabéns.

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Oi pessoal, estou escrevendo uma série de contos hétero. Quem curte contos não só com sacanagem, mas também com uma história beeem detalhada com muito romance, intrigas, reviravoltas e sexo é claro, não pode perder... As partes um e doisjá estão aí.Por favor votem pra eu saber se estou indo bem ou não... Beijos!

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