Boa noite pessoal,
A história esta numa parte muito triste, escrevendo esses capítulos fiquei pensando no rumo que a história estava indo, agradeço a paciência de vocês e por favor, me deem um voto de confiança. Obrigado por todos comentários.
grimm, obrigado pela leitura, bjos,
nicolas y bruno, obrigado pelo carinho, espero continuar agradando até o fim.
luy95, obrigado pelo comentário, João, Fernando, Felipe, Cíntia, e vários, todos deixarão saudades, gosto muto deles, sou suspeito pra falar, rs.
japa_boy, não fique assim, o mundo sempre da voltas.
Luca:), fico feliz que minah história consiga gerar esses sentimentos. Bjao.
MilkMan, acompanhe os próximos capítulos.
Geo Mateus, peço que acompanhe a história.
CARPE DIEM*, obrigado pelo elogio, fizo feliz que esteja gostando, gostaria de contar mais da história, mas na fase que esta, prefiro que vocês leiam durante os capítulos.
Mô, minah querida, posso lhe garantir que todos personagens terão um final condizente com a história apresentada até agora, Beijao minha linda.
jeeh*-*, que bom que retornou, adoro seus comentários, não suma hein.
Malura, ainda tem isso mesmo, o João ainda não enfrentou a família, não sei se isso será mostrado, afinal não posso estende rmuita essa história, uma hora o conto tem que acabar.
sonhadora19, o Fernando fez muito por João e vice versa, acompanhe os próximos capítulos.
Perola4069, não fique triste, o desfecho ainda não chegou, muita agua ainda vai rolar.
frannnh, não posso dizer, acompanhe os capítulos, obrigado pela visita e comentário, Bjaoo
lena78@, o João vai sofrer não só por causa do Fernando, ele ainda levara outras rasteiras, é a hora dele se mostrar forte.
stahn, você esta certo, não só o João, mas o Felipe também é muito dependente do irmão, quem sabe agora não será a hora dos doiscrescerem.
C. T. Akino, obrigado pela visita, espero que esta gostando.
Alê12, obrigado pela visita, que bom que esteja gostando, eu também adoro o Fernando.
foguinho99, ja estava sentindo sua falta, você criou o apelido ursinho e agora some?
Miguel Ferreira, todos nos estamos sujeitos a essas fatalidades, por mais triste que seja, temos que aprender com os obstaculos que a vida nos apresenta.
Bruno Del Vecchio, calma rapaz, suas perguntas serão respondias aos poucos, grande beijo.
Shot, seja o que for que acontecer, todos eles continuarao em busca da felicidade.
Ryuho, que musica você estava ouvindo? My Immortal? se for essa letra combina muito com situação, eu em qualquer situação que a escuto fico triste, pena que não é um filme, não tem musica de fundo, mas você me deu uma ideia, vou sugerir algumas musicas a vocês.
Willyan, não tem problema quanto ao comentário, mas fico feliz por estar curtindo a história.
Baby little, realmente fiquei muito mexido também quando escrevi essa parte, quanto ao Felipe, ele vai aprontar uma boa.
CrisBr, fofuxo, beijao pra vc.
Bom pessoal, conforme prometi, segue a sequência, adorei todos os comentários de vocês, até os que queriam me matar, rsrs. Bjos a todos.
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Naquele momento todo tumulto, gritos, confusão, cessaram. Por segundos pairou um silêncio que só foi quebrado pelo barulho do tambor daquele revolver que movia-se.
Fernando e aquele homem estavam cara a cara, até que o barulho do tiro ecoou no ar. Suas pernas ficaram moles e começou a cair no chão, seu peito foi atingido em cheio por aquela bala.
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Capítulo 42
Freitas – Foi um assalto a mão armada. Ele levou um tiro. O amigo dele estava em choque, só conseguimos achar você por conta desse boleto que estava no bolso dele.
Freitas – Por favor, precisamos que venha conosco.
João já nem escutava mais, já estava agachado no chão, chorando, com a garganta travada, processava milhões de informações no mesmo instante.
Seu peito parecia que ia explodir e sua cabeça doía de maneira absurda.
Freitas – Por favor, tente ficar calmo.
O único som que João conseguiu esboçar foi um grito de pavor.
Nesse instante entra como um furacão pela sala Cíntia e Leonardo, correndo em direção a João que estava num canto, no chão.
Cíntia – Meu querido tentei te ligar, queria eu te dar a notícia.
Com o rosto em lágrimas, João olhava para a amiga, que mal conseguia encara-lo nos olhos. Cíntia estava com uma expressão derrotada.
Leonardo tratou de liberar os policiais e pegar mais informações.
João já chorava de soluçar, tremia demais.
Cíntia – Fique calmo, vai dar tudo certo meu querido. Cíntia falava, mas suas palavras já não tinham nenhuma credibilidade, nem ela acreditava no que estava dizendo.
Cíntia – Sente-se aqui. Colocando João sentando no sofá, que chorava descontroladamente.
Leonardo – Bebe isso João. Oferecia um copo com água com açúcar.
Leonardo – Sei que é difícil mas temos que tentar manter o controle agora.
João – Cíntia, o policial disse que ele levou um tiro, que foi um assalto, ele morreu?
Cíntia apenas deixou cair algumas lágrimas, virando o rosto, levantando-se, ficando em pé mas de costas para João.
João – Fale Cíntia, tenho direito de saber, quero vê-lo, onde ele esta.
Por mais forte que sempre fosse, Cíntia não sabia de onde tirar forças para enfrentar as perguntas do amigo.
João – Onde ele esta, eu quero vê-lo. Ele esta vivo não é Cíntia? Por favor, diga que ele não morreu. João já chorava desesperadamente, gritando com Cíntia.
João – Por favor, fale.
Cíntia virou-se com os olhos vermelhos, encharcado de lágrimas.
Cíntia – João, houve um assalto, ele...Interrompia suas palavras por diversas vezes.
Cíntia – Ele levou um tiro....no peito.
João já se revirava, sentia náuseas, suas mãos tremiam.
Cíntia de cabeça baixa, agora já chorando também, completava.
Cíntia – Ele foi assaltado, levou um tiro, atingiu o coração. Seu estado é gravíssimo.
João não parava de chorar, levantou-se descontroladamente.
João – Onde ele esta? E vou até o hospital, onde é?
Leonardo – João, tente se controlar, nós já fomos até lá, ele esta na sala de cirurgia nesse momento, esta sendo operado. Só vimos aqui para te amparar.
João – Ele esta sozinho lá?
Leonardo – Ele esta no centro cirúrgico, não tem nada que podemos fazer lá, nesse momento.
João foi até o banheiro, chorando, seu estomago revirava, só de pensar na hipótese de perder Fernando o deixava em pânico, não tinha forças físicas nem psicológicas de enfrentar isso, mas tudo era realidade, estava acontecendo e ele estava passando por isso. Passou tão mal que começou a vomitar.
João – Eu vou pra lá agora.
Cíntia – Nós vamos te levar.
O assalto foi algo covarde, Fernando e Maurício estavam desarmados, com toda a gritaria e tumulto que foi criado, um dos bandidos visivelmente descontrolado, apontou a arma para Fernando, achando que o mesmo estivesse tirando algo dentro da mochila e apontando para ele, não pensou duas vezes, apertou o gatilho atingindo o peito de Fernando em cheio.
Maurício – Não, não, Fernando. Falava já correndo em direção ao amigo que estava caído ao chão.
Nem se importou com os bandidos, que com aquela cena, pegaram os objetos roubados dos rapazes, e correram pra bem longe dali.
A camisa branca de Fernando rapidamente começou a mudar de cor, formando-se uma enorme rodela vermelha de sangue no seu peito.
Maurício – Fernando, Fernando. Alguém chame uma ambulância.
Maurício – Calma meu amigo, vai dar tudo certo.
Maurício estava sentado no chão, levantando o corpo do amigo, tentando mantê-lo acordado.
Maurício – A ambulância já esta vindo, por favor, não me deixe.
Fernando ainda estava com os olhos abertos, mexeu levemente a boca.
Maurício – O que? O que?
Maurício – Sim Fernando, sim. Respondia Maurício para o amigo.
Com muita dificuldade, disse as ultimas palavras para Maurício, até seus olhos fecharem de vez.
Maurício – Fernando, Fernando, acorda. Por favor, não faz isso comigo.
Nesse instante o socorro havia chego, recebeu todos os cuidados necessários da equipe médica, uma multidão já estava formada em volta daquela cena, algumas marcas do seu sangue estava na calçada, registrando a violência covarde e sem sentido que havia acontecido ali.
Mauricio foi em outra ambulância, esta visivelmente em choque, foi sedado e também encaminhado para o hospital.
Fernando deu entrada na emergência em estado gravíssimo, a bala havia atingido seu coração e por um milagre ainda estava vivo. De imediato a equipe médica já estava no centro cirúrgico dando inicio a cirurgia que seria realizada.
Enquanto isso uma enfermeira revirava suas coisas, para encontrar algum meio de avisar a família, já que Maurício, estava sedado. Conseguiu encontrar nas coisas de Fernando o telefone de Cíntia.
João ia calado dentro do carro. Sentia como se um pesadelo tivesse tomado conta de sua vida. Tinha aprendido a ser feliz de verdade e agora tudo isso estava sendo lhe tirado. Por mais que tentasse ser confiante, otimista, algo lhe agoniava demais. De uma coisa ele tinha certeza, se acontecesse o pior, ele não iria suportar, morreria junto com Fernando.
João, Cíntia e Leonardo, entraram rapidamente na recepção.
João – Quero saber do paciente Fernando, ele deu entrada, levou um tiro, esta sendo operado. João falava transtornado.
Recepcionista – Peço que tenha calma e aguarde ali até que o médico responsável pelo plantão fale com vocês.
João – Calma?, como pede pra que eu tenha calma, exijo saber o que esta acontecendo,
Leonardo – Calma João, eu vou procurar o médico.
Já fazia algumas horas que a equipe médica estava realizando a cirurgia, Fernando ainda estava na sala de operações.
João – Cíntia, ele vai ficar bem né? Tem tanta gente que sofre algo pior e sobrevive, já cansei de ver na televisão, na internet, com ele também será assim.
Cíntia – Claro que vai João, ainda vamos lembrar disso tudo, rindo numa festa.
Cíntia falava e abraçava João, tentando confortar o amigo.
João – Cíntia, se ele morrer eu juro eu morro também, não vou agüentar ficar sem ele. João falava voltando a chorar.
Cíntia – Não fale dessa maneira João, temos que ser fortes e estarmos preparado para tudo.
João – Você não entendeu, não quero ser forte, não quero me preparar para tudo, eu quero ele inteiro ao meu lado. Eu já fui forte minha vida inteira, enfrentei uma depressão sozinho, me martirizei por toda minha vida por conta de ser diferente, não quero ser mais forte, já estou cansado.
João – O que eu fiz de tão errado para merecer um castigo desses?
Cíntia já não tinha mais como confortar João, temia realmente que o pior acontecesse, tinha muito medo de como seria a reação de João.
Cíntia – João vamos fazer o seguinte, tem uma capela aqui, vamos rezar?
Leonardo – João, preciso que você venha comigo, a polícia esta ai, como foi uma tentativa de latrocínio, eles precisam fazer umas perguntas, preencher alguns dados.
Cíntia – Que dados Léo? Agora não é hora para isso.
Leonardo – Cíntia, isso é procedimento padrão, como o Maurício que foi a testemunha ainda está desacordado eles querem os dados do Fernando, até mesmo para ajudar na busca dos bandidos.
João – Tudo bem, eu vou até lá, espero que peguem esses marginais e que eles apodreçam no meio dos ratos, dentro de uma cela.
João começou a responder as perguntas do policial, passou todos dos dados de Fernando, até que recebeu uma pergunta difícil de responder.
Policial – Você disse que mora no mesmo apartamento da vítima, qual seu grau de parentesco com ele?
João respirou fundo, esse tipo de confronto sempre lhe deixava em saia justa, mas não pensou duas vezes, dizendo com muito orgulho.
João – Eu e ele somos casados, ele é meu companheiro.
Cíntia – Essa demora é uma agonia.
Já fazia um bom tempo que estavam ali aguardando, esperando notícias. João estava quieto, no fundo queria acreditar que aquilo era mais um dos pesadelos que tinha voltado a ter recentemente, esperando ansiosamente a hora de acordar e ver que sua felicidade estava intacta e Fernando sorrindo ao seu lado, na cama.
Dr. Fábio – Boa noite, vocês são parente do paciente Fernando?
João – Sim, somos nós, como ele esta Doutor, posso vê-lo? João falava, antes mesmo de o médico terminar a frase.
Dr. Fábio – Sim, a cirurgia acabou.
Cíntia – E como foi?
João – Ele já esta no quarto, podemos vê-lo?
Dr. Fábio – Olha vejam, o caso dele foi bem delicado, preciso que vocês me acompanhem até a sala do médico responsável, o Doutor Rui.
O peito de João começava apertar novamente, involuntariamente suas lágrimas caiam de seus olhos, pressentia que as cosias não havia acontecido como esperado.
Dr. Fábio – Por favor me acompanhem.
Subiram mais dois lances de elevador, viraram mais um corredor até chegar à sala de Dr. Rui.
Dr. Rui – Por favor entrem.
João – Doutor, o que aconteceu, porque não podemos vê-lo?
Dr. Rui – è uma pena conhece-los numa situação difícil dessa. O paciente Fernando chegou em estado gravíssimo ao Hospital.
João já começava a chorar, sendo amparado por Cíntia.
Dr. Rui – A bala atingiu o coração, comprometendo demais o órgão. Por um milagre ele conseguir chegar vivo até aqui.
Dr. Rui – Não havia outra alternativa alem de uma cirurgia imediata, por mais arriscada que fosse.
Dr. Rui – Tentamos o possível, fizemos tudo o que a tecnologia ao nosso alcance poderia nos auxiliar, mas durante a cirurgia o paciente teve duas paradas cardíacas.
Dr. Rui – Tivemos que reanima-lo diversas vezes.
Cíntia também já não controlava o choro. João já nem prestava mais atenção no que o médico falava.
Dr. Rui – Podemos dizer que a cirurgia foi um sucesso, conseguimos reanima-lo, ele estava morrendo.
João – O que? Ele estava bem então Doutor? Posso vê-lo?
Dr. Rui – Não é simples assim JOÃO, o ferimento que ele teve foi gravíssimo, a parada cardíaca que ele teve piorou sua situação. Ele estava vivo, mas inconsciente, não sabemos exatamente quais seqüelas ele poderá ter e nem a gravidade de tudo isso.
Dr. Rui – João, vocês tem que ser fortes, ele esta em coma profundo.
Dr. Rui - Não temos a menor idéia de quanto tempo ele ficara assim e de quais seqüelas ele poderá ter.
Nesse instante João caiu aos prantos, sendo acolhido por Cíntia.
João – Não, não, por favor Doutor, salve ele, não deixe meu Fernando ir embora.
Dr. Rui apenas olhava e abaixava a cabeça.
Leonardo – Doutor, quais as chances dele? Podemos vê-lo pelo menos?
Dr. Rui – Ele esta na UTI, as próximas 48 horas serão fundamentais para termos uma idéia da real situação dele, um neurocirurgião esta acompanhando de perto.
Dr. Rui – No momento ele não pode receber visita, a cirurgia foi delicada, peço que aguarde esse tempo.
Cíntia – E se o quadro dele não evoluir?
Dr. Rui – Infelizmente como disse a vocês, se ele não apresentar melhora nas próximas horas.... Dr. Rui respirou antes de prosseguir.... Não saberemos o que irá acontecer.
Aquelas palavras entraram como uma faca afiada no peito de João. João saiu em disparada correndo até o jardim do hospital, ali desabou de vez, chorava de soluçar, não entendia como a vida poderia ter sido tão cruel com ele.
João – Meu Deus, por que isso? Por quê?
João – Eu não vou agüentar ficar sem ele, por favor, meu Deus, salve ele.
Cíntia também chorava desesperadamente, sendo abraçada por Léo. De longe assistiam João chorando.
Já amanhecia, desde que chegaram a noite naquele lugar, foi um golpe atrás do outro.
Cíntia – João, vem vamos te levar pra casa.
João – Não vou sair daqui Cíntia.
Cíntia – Eu sei meu amor, mas não vamos poder vê-lo.
João – Cíntia, nem que eu tenha que ficar o resto da vida na porta desse hospital, daqui eu só saio com o Fernando.
Cíntia – Meu querido, o médico disse que só vamos poder vê-lo em dois dias, até ele se recuperar melhor da cirurgia, vamos até sua casa, você troca de roupa, pega algo pra trazer pra ele.
Cíntia – Quando ele acordar, ele vai precisar de nós e teremos que estar firmes e fortes aqui para poder apóiá-lo.
Aos poucos os argumentos de Cíntia foram surtindo efeito e João aceitou ir para casa.
Cíntia não quis alertar o amigo, mas ele teria outro abacaxi para descascar logo em breve.
João sentou no sofá, enquanto Leonardo pegava algumas roupas e Cíntia preparava um café.
João estava num estado deplorável, abatido, com olheiras, não sabia de onde estava tirando forças para enfrentar tudo aquilo.
Logo a porta da sala se abriu, chamando a atenção de todos.
Felipe – Bom dia galera, que recepção hein. Falava sorrindo, carregando sua mochila.
Felipe – Que cara de velório é essa João?
Felipe – Nossa foi muito bom lá no Rio. Fernando, cadê você? Gritava já a procura do irmão.
Felipe – Tenho umas fotos pra te mostrar, você vai curtir. Falava e nada do irmão aparecer.
Felipe encarou João, perguntando:
Felipe – João, cadê meu irmão?