Bom pessoal,
Pelos comentários que li, vocês abraçaram mesmo a história, espero que a leitura esteja prazerosa, mesmo tratando dessa questão delicada.
grimm, que bom que o conto atingiu você dessa maneira, sei que torce pelo casal. Obrigado pelo carinho, adoro seus comentários.
Mô, obrigado pela confiança, estou tentando ao máximo criar novos acontecimentos mas sem que isso prejudique a história, ela ja tem seu final escrito, mas até lá vamos nos ver um bocado aqui ainda. Quanto a descoberta do vição da história, acredito que ocorra daqui un 4 capítulos, provavelmente semana que vem, ficou bem legal mesmo, espero que atenda suas expectativas. Sobre o final feliz, isso não sei, todos terão apenas um final coerente pelo que foi apresentado até agora.
Perola4069, vai rolar sim água limpa, mas antes irá rolar muita água suja.
LucasGR, infelizmente não posso responder isso, se não perde a graça. Bjao.
luy95, obrigado pelo carinho, espero manter esse nível de emoçoes que tem agradado vocês.
lena78@, querida, essa parte da história será assim mesmo, por enquanto só posso informar que o sofrimento do João apenas começou.
MilkMan, não tenho mais história para uma segunda temporada, nem cogitei essa possibilidade quando comecei a escrever, caso contrário teria dividido a história, mas veja, o conto irá acabar com 50 e tantos capítulos, considere uma segunda temporada ja grudada na primeira, rsrs.
Baby little, se o Fernando morre ou não, só saberemos mais a frente, mas todo esse sofrimento com ceteza irá fazer o Felipe amadurecer.
stahn, não conhecia essa musica, mas procurei no you tube e se encaixa mesmo com a história. Você esta certo, vamos aproveitar todos os momentos, a felicidade não esta nos grandes acontecimentos, mas sim nas coisas coisas simples do nosso dia a dia.
Bruno Del Vecchio, obrigado pelo carinho, não tenho entrado muito no msn, escrever ja ocupa bastante tempo, mas pelo menos interajo com vocês por aqui.
frannnh, a pior parte ainda nem começou.
foguinho99, sinto lhe informar, mas o ursinho não terá paz tão cedo.
C. T. Akino, eu que agradeço sua visita, obrigado pelo carinho, bjoss.
Alê12, obrigado pela visita, sim, por mais dificeis que sejam algumas situações, algum aprendizado temos que retirar. Você é homem ou mulher?
jeeh*-*, calma, aguarde os próximos posts.
vivi_souza, será que o amor aguenta tudo mesmo? vamso ver como o João irá superar tudo isso.
Luca:), obrigado pelo carinho rapaz, fico feliz por estar gostando. Eu particulamente acho complicado sim escrever, penso em como vou poder agradar quem le, surpreender, emocionar, fazer rir, etc. Por isso gosto de ler as opniões de vocês.
kle f., que bom encontrar mais um que tenha gostado da história, sim é a reta final, mas ainda ira rolar muita coisa. Bjao.
Perola Negra, obrigado, fico feliz por estar gostando.
Miguel Ferreira, estou tentando postar com frquencia, no max um intervalo de 1 ou 2 dias.
Ryuho, Pode até parece novela, mas uam novela que nunca veremos na TV. Os gays na TV só servem para serem casal que não demonstram carinho, e são apenas o melhor amigo da vizinha, da prima, da tia, do cunhado, da protagonista ou então em papeis caricatos em tom pejorativo. Bom, fique a vontade para perguntar sobre o autor, no momento só uso msn ou interajo por aqui mesmo.
sonhadora19, O Alex vai ficar sabendo do estado do Fernando, e a sua volta na história será fundamental para algumas reviravoltas. O João irá descobrir jaja quem era a pessoa do telefone.
CrisBR, beijao meu lindo.
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Felipe – Tenho umas fotos pra te mostrar, você vai curtir. Falava e nada do irmão aparecer.
Felipe encarou João, perguntando:
Felipe – João, cadê meu irmão?
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Capítulo 43
Felipe olhava rindo para João, que mantinha a cara abatida.
Logo Felipe foi se dando conta do clima diferente e pesado que habitava aquele apartamento.
Só assim percebeu o estado deprimente que João estava, e a presença estranha de Cíntia e Fernando naquela manhã em sua casa.
Felipe já estava com a expressão mais séria, olhando para João.
Felipe – Cadê meu irmão João? O que esta acontecendo aqui?
João abaixou a cabeça, não conseguiu encarar aquele rapaz nos olhos, não bastasse toda dor que tinha passado aquela noite, agora teria que dar a notícia para Felipe, que seu irmão estava entre a vida e a morte.
Cíntia – Felipe, melhor sentarmos. Falava já se aproximando.
Felipe – Não quero sentar Cíntia, o que esta acontecendo aqui?
Felipe – Responde João. Seu tom de voz já estava forte.
João respirou fundo ia soltar uma frase, mas uma lágrima caiu primeiro.
Felipe foi para cima de João, fazendo com que sua cabeça se levantasse e ficasse cara a cara.
Felipe – O que esta acontecendo aqui?
Cíntia – Você precisa se manter calmo, o Fernando vai precisar muito de nós.
Felipe soltou João, olhando agora para a Cíntia.
Cíntia – Seu irmão... Foi interrompida por João.
João – Deixe Cíntia. Felipe olhou novamente para João.
João – Felipe, o Fernando sofreu um assalto, ele estava vindo do trabalho, foi abordado. Nesse momento João fez uma pausa.
João – Deram um tiro nele. Não se conteve e começou a chorar novamente.
Felipe – Se ta brincando? Isso não é verdade.
Cíntia – Ele passou por uma cirurgia, esta na UTI. Felipe, você precisa ser forte, a situação não esta nada fácil.
Felipe começou a respirar mais rápido, inflando seu tórax a cada palavra pronunciada por Cíntia, esmurrando a parede com muita fúria, começando chorar em seguida.
Leonardo – Calma rapaz, vamos ter fé.
Felipe grudou no colarinho de Leonardo, com raiva e os olhos já vermelhos.
Felipe – Porque vocês estão inventando isso? Isso não é verdade.
Olhava para JOÃO que estava de cabeça baixa, chorando e para o rosto agoniado de Cíntia.
Felipe – É mentira né João?
Vendo o desespero daquele rapaz, só aumentava ainda mais a dor de João, sabia que Fernando sofreria muito em saber que o irmão estava passando por aquela dor.
Felipe – Eu quero ver meu irmão, onde ele esta?
Cíntia - Estamos voltando pra lá, mas ele não pode receber visitas.
Felipe - Que se foda se não pode receber visita, quero ver quem vai me impedir.
Cíntia queria que João ficasse mais um tempo em casa descansando, mas voltaram para o Hospital, Felipe estava desesperado para ver o irmão.
Chegaram à recepção e deram de cara com Maurício, que já havia se recuperado.
Cíntia – Como você esta? Alguma novidade?
Felipe – Quero ver meu irmão.
Mauricio – Ele esta na UTI, não podemos visitá-lo.
Felipe – Vamos ver se não pode.
Felipe entrou corredor adentro, procurando a UTI, não demorou e invadiu aquele lugar.
Felipe – Fernando, chamava pelo irmão.
Enfermeira – Por favor, saia, você não pode entrar aqui assim.
Felipe – Eu vim ver meu irmão e não vou sair daqui sem vê-lo.
Enfermeira – Você pode matar alguém entrando aqui dessa maneira.
Felipe começou a andar por aquele local, mas foi interrompido por um segurança, quase duas vezes seu tamanho, que o arrastou para fora.
Felipe – Me largue seu filho da mãe, me solte. Se debatia, esmurrava, sem sucesso.
João – Por favor largue ele.
Foram levados a uma sala, até que o garoto se acalmasse completamente. Felipe suava muito, suas veias estavam saltadas e sua face lisa estava vermelha.
Dr. Rui entrou na sala, nervoso apartando aquela confusão.
Dr.,. Rui - Mas que diabos esta acontecendo aqui?
Dr. Rui – Não posso acreditar que você entrou aqui, invadiu uma UTI colocando a vida de outras pessoas em risco.
Felipe – Quero ver meu irmão Dr.
Dr. Rui – Seu irmão esta em coma, o estado dele é gravíssimo, não pode receber visitas, ainda.
Dr. Rui – Mantenha o controle meu rapaz, tudo que o seu irmão não precisa é de alguém desesperado como você.
Nesse momento, finalmente a ficha de Felipe caiu, não agüentou e caiu aos prantos.
Cíntia chamou todos para fora da sala, ficando apenas João e Felipe sozinhos.
Felipe – Porque João? Porque meu irmão? Ele nunca fez mal a ninguém, o que será de mim sem ele?
João sentou ao seu lado, o abraçando. Felipe não se conteve e tomou o corpo de João para si, envolvendo sua cabeça no peito dele, chorando muito.
Felipe – Meu irmão não. Já perdi meus pais, porque o Fernando?
João o abraçava, chorando em silencio, deixando suas lágrimas caírem sobre a cabeça de Felipe.
João – Chora meu querido, chore bastante, mas vamos ter fé, ele vai sair dessa, ele não vai nos deixar não.
Ficaram por longas duas horas naquela posição, abraçados, em silêncio.
Cíntia – Com licença, trouxe algumas coisas, vocês precisam comer.
João deixou Felipe e Cíntia sozinhos e caminhou por aquele imenso prédio, até que entrou na capela do Hospital.
Estava tudo silencioso, com uma luz mais baixa. Apesar da turbulência que estava passando, ao entrar por aquela porta sentiu uma paz reconfortante. João era católico, mas não exercia sua fé, achava-se fraco, sem fé. Embora acreditasse em Deus, sentia-se um não privilegiado quando passava por apuros, por achar que sua fé era fraca.
Não pensou duas vezes, sentou em um banco, olhando para o altar e as imagens em sua frente, as lágrimas voltaram a cair do seu rosto.
João – Meu Deus, sei que não sou um bom filho, mas o Sr. nunca me deixou na mão, nunca deixou de atender um pedido meu. Eu sou um fraco, ingrato, mas por favor, salve o Fernando, não o deixe sofrer, eu o amo tanto.
João – Meu pai, esta doendo tanto, me de forças para suportar tudo isso, eu lhe imploro, salve a vida da pessoa que eu mais amo nesse mundo.
João ajoelhou-se, ficou orando por alguns minutos de olhos fechados. Agarrou do seu peito a correntinha de outro com crucifixo, que fora presente de Fernando no ultimo Natal.
Sentou-se novamente, apenas contemplando aquele lugar, tentando abastecer sua alma com um pouco de paz e forças, para voltar encarar o mundo fora daquelas portas.
Ao retornar para a recepção, ficou assustado, estava cheio de pessoas, parentes do pai de Fernando, que foram avisados por Felipe e correram direto para lá.
Alguns ele conhecia de vista, já tinha visto em outra situação triste, no velório dos pais do seu amado.
Cíntia – O Felipe que ligou pra eles, avisando.
João – Tudo bem, é a família dele.
Cíntia – O Léo foi até a delegacia saber notícia do caso.
Cíntia – João, o Fernando ira ser transferido para o quarto logo mais, vamos ate sua casa, descansar, comer algo, e depois voltamos.
João – Tudo bem, não vejo à hora de poder vê-lo novamente.
Maurício – Se vocês quiserem fico aqui até você retornarem.
João – Maurício, o que aconteceu? Porque tudo isso?
Maurício – Foi horrível João, fomso surpreendidos, não tivemos tempo de fazer nada, nem reagimos.
João – Roubaram alguma coisa de vocês? Tem como fazer um retrato falado?
Maurício – Minha carteira, o relógio do Fernando, mochila.
Cíntia – Não se preocupe com isso agora João, vamos focar só no Fernando, esses criminosos ainda irão pagar caro pelo que fizeram.
Cíntia e João se afastaram, estavam indo embora. Discretamente Maurício coloca a mão no bolso, retirando a caixinha preta com as alianças que Fernando havia lhe mostrando pouco antes daquela tragédia. Analisou as duas alianças e voltou a guardar no bolso.
Cíntia e João foram para casa. Maurício também foi logo em seguida, ficando apenas Felipe e alguns parentes.
Alberto era primo de Jair, pai de Fernando e Felipe, desde que ficou sabendo do que tinha acontecido com o sobrinho, não desgrudou um instante de Felipe.
Alberto – [Você fez muito bem de ter nos avisado, deveriam ter nos falado logo na hora, teria vindo no mesmo instante.]
Felipe – Tio, cheguei de viagem hoje de manhazinha e já vim pra cá, só agora a tarde que lembrei de avisar vocês.
Alberto – Mas aquele rapaz que seu irmão se envolvia, poderia ter nos avisado ontem.
Felipe – O João? Ele nem deve ter lembrado disso tio.
Alberto – Seu pai estava tão triste com essa situação. A ultima vez que conversamos, ele estava aborrecido demais por Fernando ter saído da casa de vocês.
Felipe – Antes de morrer, ele e o Fernando já tinham se acertado.
Alberto – Sim Felipe, pode até ser mais no fundo no fundo, não era verdade, nenhum pai realmente ficaria feliz com um filho assim. Mas se Deus quiser tudo vai dar certo e seu irmão ira sair dessa.
João e Cíntia se aprontavam para retornar ao Hospital.
João – Cíntia, estou com muito medo.
Cíntia – Não João, não pense assim.
João – Cíntia, e se ele não agüentar? Se ficar para sempre em cima de uma cama?
João – Estou com medo de voltar lá, estou com muito medo mesmo. Falava desesperado, com os olhos vermelhos.
Cíntia beijou sua cabeça, dando um abraço.
Cíntia – João, tudo pode ser possível, mesmo que o pior aconteça, eu estarei aqui ao seu lado, eu o Leo, o Felipe, iremos superar tudo isso juntos. Mas eu tenho certeza que nada disso irá acontecer.
Cíntia e João logo voltaram para o Hospital, Leonardo já estava lá.
João foi até Felipe, que estava com seu tio Alberto.
Leonardo – Preciso falar com você Cíntia.
Cíntia – O que foi? Você parece nervoso.
Leonardo – Se prepare para uma bomba.
Leonardo falava com Cíntia que ouvia suas palavras ficando chocada.
Cíntia – Mas isso só pode ser brincadeira? É um absurdo, o João não merece uma apunhalada dessa, é cruel demais.
Cíntia – Você não vai falar nada disso para ele.
Leonardo – Ele vai saber de qualquer maneira Cíntia, mais cedo ou mais tarde.
Cíntia – Então que seja mais tarde, agora não, já não basta o que ele esta sofrendo.
Nesse momento pararam de conversar, Dr. Rui chegou até eles para dar notícia de Fernando.
Dr. Rui – O paciente Fernando ainda permanecerá na UTI, mas poderá receber a visita de apenas um de vocês.
João – Eu vou Doutor.
Alberto – Acho mais adequado alguém da família ir, vai você Felipe.
Cíntia indignada com a atitude daquele velho arrogante não deixou por menos.
Cíntia – Doutor, deixe então o João e o Felipe, afinal os dois são a única família que o Fernando tem. Dizia olhando para Alberto.
Dr. Rui – Tudo bem, pode ser assim.
João – Felipe, vai você primeiro, eu posso esperar mais um pouco. Disse dando um abraço no rapaz.
Felipe colocou a mascara, a roupa adequada e visitou o irmão. Minutos depois saiu da sala, visivelmente abatido, chorando.
Dr. Rui – Vamos?, Falava para João.
João entrou dentro daquela sala, com diversas divisórias, onde tinha vários pacientes.
A enfermeira foi guiando-o até onde Fernando estava.
João foi se aproximando, as lagrimas já caiam do seu rosto como uma cachoeira, sentia suas pernas ficarem moles, suas mãos já suavam e tremiam ao mesmo tempo em que o coração começava a acelerar.
Chegou próximo a cama, Fernando estava nu, coberto por um lençol até a altura da cintura, ligado a vários fios e aparelhos.
João foi se aproximando até ficar próximo ao grande amor de sua vida, agora chorando compulsivamente.
João – Meu amor!!!
Continua...