O fato que vou narrar aconteceu num passado distante, quando eu tinha apenas dezoito anos de idade.
Numa noite fria de junho eu havia acabado de chegar de uma igreja evangélica onde tinha ido pela primeira vez, a convite de uma amiga da faculdade.
A casa estava vazia, meu pai que era tenente do corpo de bombeiros, já devia ter ido trabalhar, pensei. Desde que minha mãe separou-se dele, morávamos apenas ele e eu naquela casa.
Liguei a televisão e procurei um canal que estivesse apresentando algum programa interessante, mas não encontrei nada que fosse de meu agrado. Deixei então a televisão ligada em um programa qualquer e fui para a cozinha preparar um lanche.
Enquanto preparava o lanche comecei a recapitular algumas palavras proferidas pelo pastor sobre a ocorrência do dilúvio bíblico e a saga de Noé e sua família.
Já tinha ouvido aquela historia dezenas de vezes, mas nunca me detivera sobre uma questão que martelava meu cérebro desde o momento em que sai da igreja:
Porque o incesto ocorrido entre Noé e suas filhas sempre foi aceito como uma coisa tão natural pela sociedade e pela igreja?
Enquanto refletia sobre isso outra duvida surgiu em minha mente: Teria encontrado nas escrituras a permissividade para meus próprios desejos?
Foi nesse instante de reflexão que algumas lembranças de minha infância começaram a se desenrolar como num filme.
Recordei-me do dia em que pela primeira vez, ao sair da escola, minha mãe não estava esperando-me no portão como sempre fazia. Naquele dia percebi que ela acabara de descer do carro de um desconhecido a uns vinte metros de distância e que veio quase correndo ao meu encontro. Ao perguntar quem era, disse-me que era um amigo da família que lhe dera uma carona e pediu que não contasse nada ao papai.
Em outras ocasiões percebi que quando estava quase na hora de ir para a escola, a mamãe começava a se arrumar como se fosse passear. Algo me dizia que ela estava escondendo alguma coisa de mim e do papai.
A desconfiança foi aumentando até que um dia logo após haver completado doze anos o papai e a mamãe me chamaram para conversar na sala e disseram que eles iam se separar.
Disseram também que eu poderia escolher com quem queria continuar morando. Recordei-me daquele momento como se fosse hoje: Como tinha sido difícil aquela escolha! Queria continuar morando com os dois, mas já possuía discernimento suficiente para saber que era com um ou com o outro. O semblante de tristeza estampado no rosto do pai foi crucial para minha decisão, respondi que ficaria morando com ele.
Os anos iam se passando, mas meu pai continuava cada vez mais triste. Parecia que aquela tristeza nunca teria um fim. Sabia o motivo de sua tristeza e na ânsia de vê-lo um pouco mais alegre, não foram poucas as vezes em que desejei ter nascido sua esposa ao invés de sua filha.
Aquele desejo foi se tornando cada vez mais frequente e mais forte até o ponto em que acabou virando uma fantasia.
No início minha fantasia se restringia a figura de uma esposa dedicada e responsável que cuidava da casa e dos filhos e que com o maior prazer preparava o jantar do esposo amado.
Com o passar dos anos fui incorporando a ela novos e perigosos desejos...
Comecei com os tradicionais beijos tipo “selinho” na saída e na volta do trabalho, depois avancei para os passeios de mãos dadas pelas calçadas da vizinhança e acabei desembocando na inevitável relação sexual.
Passei a Imaginar que tomávamos banho juntos, beijávamo-nos apaixonadamente antes de dormirmos e que fazíamos sexo todas as noites.
Desde a separação dos meus pais tive apenas três namorados, mas nada serio, depois de alguns meses não sentia a menor vontade de continuar o namoro. Quando completei dezoito anos assumi de vez a fantasia. Resolvi que não iria namorar mais ninguém e haveria de entregar minha virgindade para meu pai, meu único e verdadeiro amor.
Algumas vezes procurei seduzi-lo encostando meus seios em suas costas quando o abraçava por traz ou esbarrando minhas nádegas em seu pênis sempre que surgia uma oportunidade. No início parecia que ele não percebia minhas intenções, mas depois de algum tempo comecei a notar que ele ficava tenso e procurava se afastar de mim. Algumas vezes chegou a ter um inicio de ereção, sinal de que no fundo ele também me desejava.
Ainda estava imersa nesses pensamentos quando meu pai entrou porta adentro e foi sentar-se no sofá em completo silêncio. Estranhei aquilo, pois pela manhã ele havia comentado que estava escalado para trabalhar no período da noite.
- O que houve papai, não disse que ia trabalhar esta noite?
- Sim, disse. Mas resolvi não ir, estou cansado desta vida monótona.
- Como assim papai?
- Sabe minha filha, sempre procurei fazer as coisas certinhas, fui um bom marido, procuro ser um bom pai e um profissional exemplar.
- Mas isso não está correto?
- Em parte está, mas acho que isso não é tudo que devemos esperar da vida.
- Concordo com você, mas sente falta de que?
- Falta de muitas coisas filha. Por exemplo, desde que sua mãe se separou de mim eu nunca mais sai para ir ao cinema ou jantar fora, nunca mais sai com os amigos para uma cervejinha, e, por incrível que possa parecer, nem uma namorada eu consegui arranjar nesse tempo todo!
- Com esse charme todo, acho que não foi por falta de pretendentes, brinquei.
- A partir de hoje pretendo mudar. Vou deixar de ser aquele quadradinho de sempre e usufruir das coisas boas que a vida pode nos oferecer.
- Então vamos comemorar essa mudança de atitude, falei. Para começar, vamos comer uma pizza fora!
- É pra já gritou meu pai.
Saímos os dois de mãos dadas e fomos comer a pizza numa pizzaria situada a quatro quadras de distância de nossa casa.
Lá chegando pedimos uma pizza quatro queijos e uma garrafa do melhor vinho tinto.
Tínhamos comido a metade da pizza quando a garrafa de vinho acabou, pedimos mais uma para o garçom que nos atendeu prontamente.
Quando estávamos quase terminando de beber a segunda garrafa de vinho percebi que meu pai já estava um tanto “alto”. Ele nunca fora de beber muito mesmo.
Naquele momento lembrei-me da história do Noé, objeto da preleção do pastor naquela tardinha: Noé não tinha sido embriagado pela filha para que tivesse relação com ela? Porque não usar o mesmo artifício e satisfazer aquele desejo que me acompanhava há tanto tempo?
Terminamos de comer a pizza e pedi ao garçom mais uma garrafa de vinho para tomarmos em casa.
Voltamos para casa abraçados e cantarolando. Fazia tempo que não via meu pai tão alegre e feliz.
No caminho resolvi colocar meu plano em prática. Peguei sua mão que estava na minha cintura e puxando-a por baixo de minha axila a coloquei sobre meu seio e fiquei segurando-a ali.
Senti que ele ficou tenso e que mudou o tom de voz, tinha adivinhado meu desejo, pensei.
Continuamos andando, agora mais devagar, mas ele não tomava nenhuma iniciativa, somente quando já estávamos quase chegando em casa foi que senti por duas vezes ele apalpar levemente meu seio.
Mal entramos em casa, decidi, é hoje ou nunca!
- Papai vamos tomar essa garrafa de vinho agora?
- Você que sabe meu amor.
Então tomei a direção da porta do meu quarto.
- vamos tomar no seu quarto?
Não respondi. Ele meio trêmulo e bastante tenso acabou me seguindo, com certeza já antevia o que ia acontecer.
Chegando ao meu quarto deixei a garrafa de vinho sobre a penteadeira e puxando meu pai pelo braço o fiz deitar-se na cama de costas. Nada mais me atemorizava naquele momento, estava decidida a abrir o jogo de uma vez por todas! Me atirei sobre ele e explodi:
- Amor da minha vida!
Ele pareceu tomar um susto, ia responder alguma coisa, mas eu não deixei, comecei a beijar sua boca rapidamente e enfiando minha língua nela o impedia de dizer qualquer coisa.
Ainda com a língua em sua boca, abri sua camisa e passei a beijar seu pescoço e seu peito! Um peito de atleta! Rígido e musculoso.
Senti que ele estava acanhado, não estava correspondendo aos meus carinhos, parecia arrependido.
Levantei-me da cama enchi uma taça de vinho e lhe ofereci. Ele a pegou e começou a beber em silêncio.
Então comecei a me despir. Primeiro tirei a blusa, depois tirei a calça jeans. Fui até a penteadeira e enchi outra taça de vinho. Em seguida, tirei o sutiã e a calcinha ficando completamente nua na frente dele. Então levei a taça à boca e a bebi de um só gole.
Meu pai apenas me olhava, parecia incrédulo com o que estava acontecendo. Então terminou de beber sua taça e perguntou:
- Meu amor você tem certeza de que quer fazer isso comigo?
- Claro, respondi. Há meses que sonho com isso.
- Eu já vinha percebendo isso há algum tempo. Não vou dizer que nunca te quis, mas sempre achei isso uma verdadeira loucura.
- Eu também achava papai. Mas cheguei a conclusão que a minha felicidade esta acima de qualquer tabu ou preconceito.
- Então esta bem meu amor. É como te disse agora há pouco, não vou mais recusar as coisas boas que a vida pode me oferecer e entre estas coisas boas, você é a melhor de todas!
Nossa! Meu pai parecia um poeta falando daquele jeito.
Então, deitei-me ao lado dele que já começava a despir-se.
- Feche os olhos filhota, pediu. Obedeci sem saber por que me pedia aquilo.
Comecei a sentir o calor de sua língua primeiro em meus pés, depois foi subindo pelos tornozelos, pernas, coxas, desviando da vagina e seguindo pela virilha até alcançar o ventre.
Depois subiu mais um pouco até meus seios e seguindo mais para cima deu-me um longo e delicioso beijo na minha boca.
Ficamos ali nos beijando e trocando caricias por um longo período. Eu cada vez mais excitada segurava seu pênis e estava louca para coloca-lo na boca, mas aguardava pacientemente que ele conduzisse minha primeira noite.
Depois de algum tempo ele iniciou o trajeto no sentido inverso, começou beijando meus lábios e meus olhos, desceu pelo pescoço até chegar novamente aos seios, onde desta vez se deteve por um bom tempo chupando-os e acariciando-os. Logo após, aquela boca abençoada alcançou o ventre e desceu suavemente até a vagina que já chorava copiosamente pedindo para ser penetrada.
Começou beijando os lábios maiores, desceu até os lábios menores e em seguida depositou no clitóris aquela língua angelical. Bastou meia dúzia de chupadas e eu já comecei a gozar e a gemer de prazer.
Papai com sua formidável experiência lubrificou inteiramente minha vagina com meu próprio liquido e deitando-se sobre mim encaixou nela aquele pênis maravilhoso e iniciou a penetração. Começou enfiando bem devagar, com o maior cuidado, todo carinhoso perguntava a todo instante:
-Tá doendo filhinha?
- Não papai, pode enfiar mais.
- Tá doendo filhinha?
- Não papai, pode enfiar mais.
Foi então que senti uma forte fisgada. O hímem rompeu-se, deduzi. Não havia doido tanto como eu imaginava que fosse doer. Pudera! Minha excitação estava no auge, sentia que ia gozar novamente a qualquer instante.
- Estou inteirinho dentro de você filhinha.
- Estou sentindo papai, pode me comer gostoso.
Papai começou aquele movimento de vai e vem e eu ia ficando cada vez mais excitada.
Como meu pai era experiente! Subia e descia o quadril apenas apoiando-se na força de seus braços, praticamente não sentia o peso do corpo dele sobre mim.
Depois de poucos segundos comecei a gozar novamente.
- Vou gozarrrrrrrrrrrr papai, vou gozarrrrrrrrr.
- Goza meu amor. Gozaaaaaaaaaaaaaa. Também estou gozandooooooooo.
Exaustos e ainda um pouco tontos pelo efeito da bebida dormimos até o dia seguinte.
Pela manhã acordei com um gostoso beijo na boca... Me senti a mulher mais feliz do mundo!
A partir daquele dia meu pai parecia outro homem... Estava sempre sorrindo, sempre animado já falava até em prestar concurso na corporação para o posto de capitão.
Somente em publico nos tratávamos como pai e filha. Na intimidade vivíamos como marido e mulher.
Mas nossa felicidade durou poucos meses.
Durante o combate a um incêndio meu amor foi atingido por uma viga que caiu do teto. Foi levado ao hospital, mas estava muito ferido e acabou falecendo no mesmo dia...
Fiquei desolada, perdi meus dois grandes amores que era um só...
A vida tornou-se sem sentido para mim, mas continuava e depois de alguns anos acabei me casando com uma pessoa muito boa e compreensiva.
Mesmo assim, às vezes me sinto vazia e muito só e nessas ocasiões, não consigo evitar que meu coração voe para uma fria e distante noite de junho.