Amar contra o destino – 2ª TEMP. Cap. VI

Um conto erótico de Gustavo & Iky
Categoria: Homossexual
Contém 3818 palavras
Data: 12/01/2013 22:19:59

Amar contra o destino – 2ª TEMP. Cap. VI

Série ACD 2x06 - Paixão, Prazer e Pecado.

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Narração Bernardo.

Era muito bom está com o Guto ali, do meu lado, me sentia mais confortado. Não me sentia bem. Sentia-me confortado, acompanhado, até protegido. Mas eu sangrava, me faltava um pedaço, respirar era doído. E a todo momento eu me lembrava de Ricardo. De sua alegria, de seu otimismo. Como eu viveria sem ele Deus? Como?

Depois de chorar um tempo abraçado a Guto, sentindo da maneira mais fraternal que um irmão pode sentir outro, eu adormeci em meio às lágrimas.

Estava em um jardim, mas não sabia nem onde era nem como havia chegado ali, mas me sentia bem. Sentia uma luz cálida tocar minha pele, uma brisa doce e agradável tocava meu corpo até que viro e vejo... Rick?

− Rick, que lugar é esse? E o que você está fazendo aqui? – Falei meio surpreso por encontrá-lo naquele lugar, feliz por vê-lo, claro, como sempre fico quando estou com ele, mas com a impressão de que algo estava errado, de que ele não deveria está ali. Contudo sem saber explicar o porquê.

Rick não disse nada, apenas sorriu para mim, aproximou-se e abraçou-me de forma terna, carinhosa, como se não quisesse mais me soltar.

− Ei, vai ficar aí só se aproveitando de mim, ou vai me explicar alguma coisa?

− Por quê? Não está gostando de está comigo aqui não, é? Se quiser posso ir embora moleque. – Falou com um semblante triste.

− Claro que não, seu idiota! Adoro sua companhia. Mas só estou meio confuso e gostaria... – Então Ricardo me interrompe.

− Não confia em mim?

− Claro, mas não lembro como cheguei aqui? Pra falar a verdade, nem sei onde é aqui.

− Eu te trouxe aqui, queria falar com você. Não lembra que lugar é este?

− Não! Deveria? – Falei curioso.

− Talvez, ainda não. – Falou como se avaliando alguma coisa.

− Então, o que você queria me dizer? – Falei aproximando-me de seu corpo e enlaçando-o em um abraço.

Ele sorriu. Não foi um simples sorriso. Ele sorriu, estendendo o sorriso aos olhos.

− Sempre tivemos tão pouco tempo. Sempre alguma coisa nos afastava. A morte de seus pais, seu acidente, a morte de sua avó, a minha doença. – Falou pesaroso.

− Discordo. Acho que esses acontecimentos nos uniram mais, nos fizeram enxergar melhor um ao outro, nos amar mais. – Falei analisando o que ele dizia e estranhando o rumo daquela conversa.

− Você me ama?

− Passo. Vou pensar na resposta depois te aviso palhaço! – Disse fazendo graça. – Claro né? Que pergunta mais besta.

− Eu te fiz feliz? – Perguntou de maneira curiosa, como se minha resposta fosse algo muito importante. Decisivo até.

− Que tipo de perguntas são essas? Claro que sim! Você me salvou nestes últimos anos. Você e o Guto, mas você de um modo especial. Nunca me coloquei no lugar de vítima de minha própria história. Sei que todos enfrentam problemas e sofrem. Odeio assumir o papel de vítima, de coitadinho. Mas você! Você me salvou de diversas maneiras e formas que nem eu sabia que precisava ser salvo. – Falei encarando-o e dando leves selinhos ao final destas afirmações.

− Você está enganado. Eu não te salvei, você que me salvou. Primeiro de mim mesmo. Mostrou-me como as pessoas podem ser bondosas, gentis, amáveis. Mostrou-me o que é ser forte, mesmo quando tudo nos leva a não ser. Salvou-me de uma vida egocêntrica, fútil e sem sentido. E salvou-me da solidão de minha doença. Me fez feliz quando eu pensei não ser mais possível. Me deu um motivo para viver.

− Agora você está exagerando. Foi muito lindo o que você disse, mas eu não fiz nada, apenas deixei você me fazer feliz. Um cara sem graça, invisível aos olhos dos outros e totalmente deslocado. – Falei sério agora, não era possível que ele fosse tão cego.

− Você não se enxerga mesmo, né Ber? Você é lindo, talentoso, gostoso, cara você é o sonho de consumo de qualquer um. E ainda é o melhor ser humano que conheci.

− Agora chega de bobagem e me beija vai. – Falei fazendo cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança e pude senti seu beijo, não era algo faminto, necessitado, físico. Tava mais pra um encaixe, como uma peça de um quebra-cabeça. Estávamos completos.

Rick parou nosso beijo com selinhos, pegou meu rosto entre suas mãos, olhou fixamente em meus olhos e perguntou:

− Me promete uma coisa?

− Qualquer coisa! – Falei maliciosamente, sentindo uma leve excitação com as possibilidades, mas também sentido uma sensação estranha, uma sensação de déjà vu.

− Me promete que você vai ser feliz. Vai dar a volta por cima na sua vida como você sempre deu. Não importando as circunstâncias.

− Isso é fácil! Claro que prometo, pois sempre terei você e o Guto para me apoiarem.

− Não! Falo de você conseguir isso sozinho. Independente de apoio de seu irmão ou de seu namorado.

− Aí complica! Mas acho que consigo. Agora, por que este papo tão estranho de repente senhor Ricardo?

− Por nada demais. Só que as pessoas esquecem que sempre estamos acompanhados de quem amamos, mesmo sem a presença física deste alguém. Ela sempre está conosco aqui – Ele disse tocando de leve em minha cabeça – e aqui. – agora tocou em meu coração.

− Filósofo demais pro meu gosto pra um só dia. – Falei enfadando-me desta conversa, que pra mim naquele momento estava sem sentido.

− Anda, para de ser bobo e vem me abraçar. – Ele falou enquanto me aninhava em seus braços, sentando-nos embaixo da sombra de uma grande árvore. – Eu sempre estarei aqui pra você, vou sempre te esperar até podermos está juntos pra sempre, viu? Enquanto isso seja feliz, pois só serei feliz se você for feliz.

Não perguntei mais nada, um sono tão gostoso foi tomando conta de mim, eu sentia os braços de Rick me envolver, seu calor, seu carinho, mas aquelas palavras não faziam sentido. Me perturbavam. Então, lembrei-me de algo muito doloroso: Rick estava morto! Levantei de supetão chamando alto por ele:

− RICK! RIIIICCKKK!

− Calma Ber, eu tô aqui, foi só um pesadelo, calma! – Falava Guto tentando me acalmar me abraçando mais forte e beijando minha testa. Voltei a chorar naquela noite, não consegui mais dormir direito, apenas leves cochilos sempre acordando assustado, amedrontado.

No outro dia, levantei cedo, fui tomar um banho, fazer minha higiene matinal, tudo meio que forçado, aquele seria um dia longo e difícil, mas que difícil, seria doloroso. Seria o dia do velório e sepultamento de meu amor. Engraçado, não tinha a exata noção de que o amava, mas agora já não tinha dúvidas.

Cheguei ao quarto e o Guto já havia saído, estranhei ele levantar tão cedo também, mas não fiz caso, apenas procurei uma roupa pra ir logo cedo pro velório do Rick. Abri o guarda-roupa e procurei uma roupa adequada, e me deparei com certa camiseta preta com detalhes em prata e gola V, então a retirei do armário e a cheirei procurando algum resquício do cheiro do meu amor, mas foi em vão. Por fim, escolhi usá-la assim como a bermuda xadrez branca com cinza que ele me presenteou e a correntinha que, a partir de então, tornar-se-ia parte inseparável de meus looks, como se fossemos praticamente um, como um dia já o fui com o seu dono. Queria assim me sentir ainda ligado, próximo a ele, inseparável, como se não estivéssemos nos despedindo.

Desci e encontrei Guto na cozinha fazendo nosso café da manhã, me espantei, mas também percebi o carinho e o cuidado por parte daquele simples gesto. Realmente Augusto estava mudado, estava mais maduro, mais responsável, carinhoso e seguro. Seguro? Sim, esta era a palavra, pois agora ele tinha um ar mais maduro, como se ele tivesse envelhecido mais, parecia mais velho do que eu, pelo menos nesta manhã, com esse comportamento ele me parecia bem mais velho, mas podia ser apenas impressão minha. Minha percepção alterada de alguma forma. Então decidi interromper a cena inusitada na cozinha.

− Bom dia! Precisando de alguma ajuda?

− Não, está tudo bem. Pensei que fosse dormir até mais tarde hoje, não dormiu nadinha a noite depois daquele pesadelo.

− Não, eu resolvi levantar cedo, velório e enterro, dia longo. – Falei pesaroso.

− Eu te acompanho, acho que nossa família anda frequentando muito cemitérios nestes últimos anos. Mas e o pesadelo, foi mesmo tão assustador assim?

− Não foi um pesadelo! − Falei enquanto colocava meu dejejum e refletia sobre os acontecimentos daquela madrugada.

− Então?

− Acho que foi uma despedida. − Falei meio marejado, mas firme, manteria minha promessa. Se ele teve todo esse trabalho de me fazer prometer isso duas vezes era por realmente me querer bem e eu manteria minha promessa, embora, agora, ainda estivesse muito triste e abatido.

− Despedida? – Falou estranhando essa minha afirmação.

− Sim, mas deixa quieto, é difícil de explicar e mais ainda de acreditar.

− Então, vamos que horas ao velório, após a escola?

− Não vou pra escola hoje, vou para o velório pela manhã, volto em casa pra almoçar, tomar um banho, me arrumar e vou para o enterro.

− Então me espera, vou com você. − Falou enquanto terminava de tomar seu café da manhã e subiu para seu quarto pra se aprontar.

Vinte minutos depois, ele descia, com uma roupa um pouco mais formal do que de costume e nos dirigimos à casa de Rick. Não andamos muito, pois sua casa era próxima a minha e seu velório estava acontecendo ali mesmo. Estava um clima pesado e triste mesmo ainda a distância da casa. Chegamos e tocamos a campainha e esperamos pra ser atendidos. Por sorte dona Ana nos recebeu, fiquei receoso de ser o senhor Reinaldo, mas a providência estava a meu favor.

− Bom dia. – Desejei a ela por praxe ao cumprimentá-la, pois não sabia como me portar diante daquela situação − Como à senhora está esta manhã? – Perguntei tentando ser gentil e delicado com ela que estava com uma aparência abatida e triste.

− Suportando! ¬– Foi tudo o que ela limitou-se a responder.– Entre.

Logo que entramos fomos conduzidos até a sala onde se encontrava o caixão, com Rick deitado dentro. Sei que é muito clichê dizer isso, mais ele realmente parecia estar dormindo, com aparência tranquila e serena. Ele seria assim,eternamente jovem e lindo, cheio de vida, de energia, de... Senti um nó se forma na garganta com aquela simples visão. Mas não me entregaria, ele merecia que eu fosse forte por ele, por sua mãe, por mim, que seguisse o seu exemplo.

Ao me aproximar do caixão vi a figura de seu pai na porta da sala que conduz até o escritório. Sua feição era de puro ódio e ele vinha em minha direção como uma verdadeira avalanche, até ser barrado por dona Ana que se entrepôs na minha frente seguida por Guto que se colocou entre eu e dona Ana em uma postura ainda mais protetora.

− O que esse garoto faz na minha casa? – Falou o senhor Reinaldo entredentes.

− Eu o convidei, pois tenho certeza que meu filho o queria perto dele até o último minuto. – Retrucou dona Ana se impondo diante do marido que parecia não acreditar no que ouvia.

− Tira ele daqui agora! – Falou ele já meio alterado.

− Rick amava esse garoto mais do que você pode imaginar. Repito. Ele a-ma-va. E, Deus sabe, o quão feliz esse garoto, como você o chama, fez o nosso filho em um período em que tudo na vida dele desmoronava. Eu sou testemunha de como ele saía ansioso de casa pra escola, só pra vê-lo e de como ele voltava triste, por ter de se afastar dele, especialmente nos fins de semana. Ele só encontrava paz perto dele, ele o amava. E EU preciso “desse garoto” pra me sentir viva, perto do MEU Rick. Perto do que ele amava. Esse garoto fez meu filho mais feliz do que nós com nossas vidas sempre conturbadas e assoberbadas. Então, nem ouse tentar destratá-lo de qualquer forma entendeu Reinaldo. Isso séria uma ofensa pessoal a mim e a meu coração de mãe ferido que sangra. E eu não sei que consequências isso lhe traria, entendeu?

Reinaldo nada disse, apenas virou as costas com ar de desprezo e se retirou do ambiente no qual me encontrava. Pelo menos por hora.

O resto da manhã foi como esperado, parentes chegavam chorosos, colegas da escola, amigos da rua, do futebol, afinal Rick era jovem e popular. Várias ex-namoradas, ficantes e peguetes, todos vieram se despedir. Eu e Guto sempre ali na sala, velando seu corpo. Na hora do almoço fui pra casa e fiz como o planejado. O enterro seria as 5 h da tarde, então tive tempo de me preparar. Almocei, meio a contragosto, mas Augusto realmente estava disposto a me forçar se não comece e não bancaria a criança teimosa. Tomei banho, tentei descansar um pouco para o enterro. Vesti aquela roupa maldita que só me trazia lembranças ruins e quando saí do meu quarto Guto já estava pronto me esperando. Fomos direto para o cemitério, pois na capela de lá haveria a missa de corpo presente, visto que a família de Rick é de católicos praticantes por parte da mãe dele. Se muita gente havia ido para o velório, para o cemitério então, nem se fala. Eu estava lá, como um zumbi, sem foco, sem vida, sem reação. Não parecia que vivia aquilo, parecia que assistia uma paródia de mim mesmo a me arremedar. Era já final de tarde, e, aos meus olhos, essa era uma tarde cinzenta, em tons monocromáticos de preto e branco. Podia até ser um dia bonito, mas, para mim, não parecia assim.

Na hora do enterro, a mãe do Rick pediu pra falar umas últimas palavras. Todos a observavam e ela os surpreenderam.

− Eu gostaria, de neste momento de dor, agradecer a Deus por ter me consentido a honra de ser a mãe de um garoto tão especial como o Ricardo Luís. Que durante estes 17 anos de vida, me ensinou a ser um ser humano melhor, a ser forte, a lutar, a amar, a sonhar. Ele, que mesmo em meio a sua doença, achou quem o ajudasse em sua jornada, ensinando mais uma última lição pra mim que é quem deveria lhe ensinar as coisas. Ele me ensinou que amar é libertar, é querer bem, é abdicar mesmo quando isso nos dói. E pra aprender tudo isso me doeu. Eu demorei pra aceitar meu filho como ele era, com suas incontáveis qualidades, mas também aprendi a amar seus muitos defeitos. Também me ensinou a respeitar o que a mim é diferente e a aceitar o amor nas suas mais diversas formas. Por isso meu filho, hoje eu trouxe aqui, diante de todos, o seu namorado. Pra que ele possa se despedir de ti. Pra que ele possa pelo menos te dizer o que não pode enquanto você ainda estava aqui conosco. Bernardo, por favor, fale sem receios meu querido.

Enquanto ela dizia isso, todos no cemitério voltaram sua atenção a mim. As pessoas da escola, alunos e funcionários, os que estavam ali presentes, os familiares e amigos de Rick, alguns estavam com um olhar condescendente, outros com um olhar de repulsa, nojo. Tirei forças até de onde não tinha, e caminhei até o lado de dona Ana em frente ao caixão onde ali sobre aquela cova, estava o amor da minha vida. E a dor de saber que seria a despedida, respirei fundo e falei:

− Quando a gente ama alguém de verdade, assim como eu amei o Ricardo, esse amor não se esquece fácil, o tempo passa, as feridas cicatrizam, mas no peito, esse amor permanece e dói às vezes, com saudade que o tempo vai ensinar a ser boa, mas que agora tá em carne viva. Sei que daqui pra frente a cada minuto essa saudade desesperadora me atormentará para o resto de minha vida. O Ricardo sempre foi uma pessoa digna e de muita importância para mim. Um grande amigo, um grande parceiro, e sim, um grande namo...rado. – Nesse momento, comecei a gaguejar, comecei a tremer, a chorar, as lembranças de uma vida, de momentos passados ao lado de Ricardo, passando em minha mente como um filme. Dona Ana e o Guto se aproximaram e me abraçaram chorando junto comigo, me sentia mais aconchegado, mais seguro e tive forças para continuar. – O Ricardo foi meu primeiro e único amor! Aprendi com ele a superar os obstáculos, encontrei o caminho da felicidade, foi com ele que tive meu primeiro beijo. Foi com ele que tive minha primeira noite de amor, foi com ele que aprendi o significado dessa palavra AMOR. – Falei amor do jeito mais convicto que pude, com a maior força que tirei de dentro pra fora, sabendo que era o meu sentimento maior por ele. Novamente chorei, pois lembrei que esse amor, em forma física, foi tirado de mim. Mas mesmo assim continuei. – Infelizmente nosso amor não foi muito fácil de viver, fomos barrados por pessoas e agora barrados pelo destino. Eu nunca imaginei que houvesse no mundo um amor desse jeito, como o dos livros e filmes, eu nem sabia que meu amor por Ricardo era desses, mas é. Hoje eu posso dizer que sei o que é ter um amor de verdade! E um amor assim eu sei que é para sempre, é para eternidade! Desses que ultrapassam todos os limites que o destino cruel nos colocou. Acredito que foi aí que Deus criou os sonhos, essa noite pude encontrar meu Ricardo nele, acredito que o sonho foi criado pra quem foi impedido de amar, dando uma segunda chance para dois corações cumprirem a promessa de se eternizar, de se amar, de esperar um pelo outro. Ele me pediu pra viver, e hoje diante de todos eu assumo esse compromisso com o Ricardo e com a vida, de viver e ser feliz por nós dois. Adeus Rick, eu te amo.

Após dizer isso, muitos dos ali presentes, me aplaudiram, muitos dos ali presentes, se emocionaram, não esperava pela aprovação de ninguém nesse momento. Eu não consegui mais me conter, caí ajoelhado no chão no exato momento em que o padre fala as condolências finais, no exato momento em que o caixão era abaixado para dentro da cova. Era a despedida, dona Ana e o Guto por nenhum momento deixaram de me abraçar, estava sem reação já, minha dor só aumentava, e eu queria agora só as lembranças boas do meu Rick, as dolorosas já estavam me martirizando. Apenas joguei uma rosa branca que segurava sobre o seu caixão tampado, me levantei e saí, seguido de Augusto que me cuidava, como se o irmão mais velho fosse ele. O carinho e a proteção de Augusto estavam sendo, e se tornariam cada vez mais cruciais em minha vida.

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Narração Augusto:

Realmente não estava sendo nada fácil para meu irmão tudo isso. A morte do Ricardo o abalou, admiro sua força de vontade de não se abater, mas infelizmente ele sempre foi assim, com a morte de nossos pais, depois com a morte da vovó, agora o Rick, Bernardo é tudo na minha vida e dou a minha vida por ele, pra ver ele bem, feliz, o ver sorrindo de novo, é assim que o Rick gostaria de vê-lo com certeza. Voltamos para casa em silêncio. O Ber subiu para seu quarto, entendo que ele queria ficar um pouco sozinho naquele momento. Fui para meu quarto também me trocar. Coloquei uma roupa mais a vontade e desci para arrumar as coisas para o jantar, não estava muito animado, então apenas esquentei sobras do almoço. O vô Zeca apareceu na cozinha, com aquela cara rabugenta de sempre e criticando:

− Garoto, acha que virou festa agora saírem o dia inteiro?

− Que festa vovô? Acha que o enterro de uma pessoa é uma festa?

− Você e seu irmão são muito dramáticos, eu vou me deitar que isso é contagiante, e não irei comer essa nojeira que você chama de comida.

− Não vou falar nada, porque a última coisa que eu quero é um velho nojento pra acabar, mais ainda, com nosso dia.

Ele saiu bufando da cozinha para seu quarto. Não era nada fácil aturar ele, mas fazer o quê? Somos menores de idade e ele é o nosso“responsável” legal. Desliguei as panelas, não estava com vontade alguma de comer, subi até o quarto do Ber. Ao abrir a porta, percebi que ele não estava lá, fui até o banheiro e a porta estava trancada, escutei barulho de água, um barulho da banheira enchendo. Chamei por ele que não me respondeu:

- Ber? Tá tudo bem? – Perguntei novamente sem ter respostas.

- BEEEEEERRRRRR! Responde caralho. – Novamente nada.

Então, lembrei-me da chave de segurança do banheiro atrás do quadro no corredor, peguei a chave e consegui abrir a porta. A banheira já transbordava água e vi o Ber afundado nela, corri em direção à banheira, desliguei a torneira e o puxei em meus braços já desacordado para fora da água.

... TO BE CONTINUED

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Série ACD 2x06 - Paixão, Prazer e Pecado.

E ai minha gente, esta aí mais um capítulo de ACD pra vocês. Quero comunicar que novamente que esse capítulo escrevi em parceria com o Iky. Ele começou com um estágio e foi contratado e promovido para me ajudar até o final da série, que volto a frisar já está em seus últimos capítulos. Ele possui um grande talento para escrever, e essa foi à forma que encontrei de incentivá-lo a escrever aqui na Cdc também, tenho certeza que assim que acabar ACD ele irá postar seu próprio conto, ou ele vai ser ver comigo kkkkkkkkkkkkk. Eu quero agradecer também a cada comentário que fez do último capítulo empatado com o Capitulo II o mais lido. Quero agradecer um por um de vcs, Diginho, luy95, o amigo mais chatinho que tenho nesse mundo, mais um dos que mais gosto Realginário <3, hahahaha. Luuis Fillipe, My Way concordo com você, estou tentando fazer ele criar vergonha na cara e fazer seu próprio conto e ele vai fazer hahaha. Alanis, frannnh, FabioStatz, FábioCwb esse paranaense igual eu parceiro que tive o prazer de conhecer aqui na CDC e que hj tbm é um dos meus grandes amigos, Alê12, meu amor Alexandre!!! estou de mal com vc, não irei me declarar aqui hahahaha, caamilaa, hyan, Perola Negra, Nequinho, Thi Costa meu mor <3, Alex20, Jonas 33, lena78@, neto lins e por ultimo e não menos importante dois leitores que me add no MSN e tive o prazer de conversar nesses últimos dias, Garoto96 e xXpedro95Xx gostei muito de vocês garotos. E quero puxar a orelha ai de 2 leitores que adoro que não apareceram no ultimo conto hahaha: minha amigona grimm e meu amigo CrisBR. Então meus queridos e queridas, é isso, até o próximo capitulo que será segunda feira. Beijos e abraços a todos!!!

Contato:

> Gustavo: guhhh_ufc@hotmail.

> Iky: iky.01@hotmail.com

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Comentários

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Iky meu amigo lindoooooooo, vc pra mim é o meu leitor favorito. amo os seus comentários, que são muito bem expostos, e essa parceria arrasou!

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Bem... o que dizer deste conto? E dessa parceria? Espetacular... Iky sabe que sou suspeito para falar de vc, mas vamos lá... cara não é todo mundo que tem esse sensibilidade e a veia de dramatizar as coisas (rsrsrss). Agora to com ciúmes de vcs dois... brincadeira. Desejo todo sucesso para você... deveria começar a apostar em histórias suas... sei que tem capacidade para isso... além de escrever bem (apesar de ser neurotico) deve ter alguma coisa guardada... nos surpreenda... faça-nos sonhar... afinal este espaço é para isso... uma mistura entre o sonho e a realidade... parabéns ao Guhhh e a vc meu amigo... até a próxima!!!

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Guhhh! como já disse no msn pra vc, está perfeito! Tenho o coração de pedra, mas, como no conto anterior, deu um nó na garganta de novo! haha! Parabéns a vcs dois! E publiquem logo U_U Abraçoosss =D

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Mais um captulo perfeito, parabens aos dois. Me emocionei com as palavras do Ber, e a atitude dele no final? Será que ele não pensou nem um pouco no Guto antes de fazer uma coisa dessa? hehe está perfeito Guh, continua logo, 10

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Meninos parabens o que era perfeito agora se tornou mais ainda com a parceria de vcs amoooo d mais esse conto abração para os dois

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Ultimamente estou chorando horrores lendo esses capítulos super emocionantes .Seja bem vido Iky.

Volta assim que puder.

abraços.

Bom Dia.

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Ultimamente estou chorando horrores lendo esses capitulos super emocionanres olha Guih e Iky vocês estão de parabéns o conto cada vez mais esta ficando excelentíssimo e muito mais muito mesmo bem emocionante esta servindo como uma reflexão de pensamento a mim ; voltando ao conto; esoero que o Ber não tenhe se suicidado mesmo e que o Guto tenhe salvado ele mesmo afinal o Guto esta sempre o salvando.

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Bom... As minhas críticas e dicas continuam as mesmas que disse aos dois no msn. Não chorei e nem achei emocionante. Mas adoro a parceria de vocês, meus dois amigos. E você guhhh! É um dos amigos mais safados e que mais gosto *-* kkkkkk Iky apoio guhhh e my way... Crie vergonha nessa sua cara de santo e escreva o seu logo! Kkkk E esse final tem características do último capítulo do "O estranho" que postei... Como a cena da banheira. Só espero que a continuação de vocês não fique igual a minha. Para não me acusarem de plágio se eu não postar antes. Eu não vou ler o próximo. Kkkkkkkkkkk 100000!

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Ah e pra você também Iky, parabéns e obrigado pela leitura.

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Gugão, não tenho o que falar, você é excepcional, ainda bem que te conheci, obrigado mesmo por me ajudar do jeito que você ajuda. E seu conto, sinceramente não tenho palavras, chorei, chorei e chorei. E como não tenho mais o que dizer vou deixar a minha filosofia bíblica que você gostou, para os outros também hehe"Somos como a flor do campo, de manhã nasce e floresce e tarde murcha e seca, e o vento vem, a leva e nunca mais ninguém a vê". Por isso, viva sua vida!

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Muito lindo e triste, faço minhas as palavras da grimm, que por sinal está sumida do msn, chorei muito, ansioso pelo próximo, agradeço pela historia

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showww dimais esse capitulo, muito triste e linda ao mesmo tempo a parte do enterro. parabens aos dois.. cont logo

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Vey, tu vai acabar me fazendo chorar como já disse ú,u kkkk Parabéns esse conto é ótimo, estou ancioso para o proximo capitulo.

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perfeitoooooooooooooooooooooooooooo, chorei horrores aqui com esse depoimento do Ber, muito emocionante, continua logo Guh e Iky essa parceria de voces já é um sucesso. bejinhus

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