OVERDOSE - Parte 02

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1916 palavras
Data: 13/01/2013 23:20:17

Meus queridos leitores, fico muito feliz por está de volta, com um novo conto, espero que vocês curtam cada momento dessa história que promete muita coisa. Alanis, Cris, Realginário, valeu meus lindos por estarem comigo de novo. Um beijo a todos e boa leitura... Quem quiser bater papo comigo, MSN: ale-daring@hotmail.com

“AS PESSOAS ENTRAM EM NOSSAS VIDAS POR ACASO, MAS NÃO É POR ACASO QUE ELAS PERMANECEM.”

Guilherme voltou para casa, precisava descansar, ainda sentia dor de cabeça. E logo mais, ia para o tal Baile Funk com os seus melhores amigos. – Guilherme, Guilherme... Hum, deixa pra lá. – disse ele pensativo, acelerando o carro.

De volta em casa, foi para o seu quarto dormir um pouco, só que por mais que tentasse o sono não vinha. Viu-se parado, diante daquele porta-retrato, onde estampava uma foto dele, quando criança, junto aos seus pais.

- Porque você fez isso com a gente hein? Éramos tão felizes... Eu nunca vou te perdoar por isso, nunca! – disse ele, com os olhos cheios de revolta, encarando para a imagem do pai. – Um segredo Sr. Alberto, um segredo que eu não sei se vou guardar por muito tempo. Mas não é pelo senhor que eu faço isso não viu? E por minha mãe, que já sofreu demais em suas mãos. – uma lágrima escorria do seu rosto, com aquelas palavras ditas. Deitou-se na cama, meio de lado, abraçou-se ao travesseiro, até que ser vencido pelo cansaço... Sua mãe, a dona Sandra, o observava entre a porta aberta.

- Ah meu filho... Como eu queria que fosse diferente, que você tomasse jeito na vida, eu só brigo com você, porque te amo e quero o seu bem. – ela deu um suspiro, fechou a porta e saiu.

Depois de quase seis horas de sono, o Gui era interrompido pelo celular que não parava de tocar.

- Oiiiiiiiiii – ele falou arrastando a voz, meio sonolento.

- Tava dormindo amore? Desculpa eu ter te acordado, é que já estou quase pronta, e daqui a pouquinho passarei aí.

- Nossa, eu dormir por muito tempo. – ele verificou em seu relógio. – Tá bom pilantrinha, te aguardo. – aquela era a forma carinhosa ao qual ele chamava a grande amiga Lívia.

- Um beijo gostoso meu gatão. Te amo viu?

- Também te amo pilantrinha. Agora vai terminar de se arrumar, porque eu vou tomar um banho, você sabe muito bem que o Dinho odeia esperar né?

- O Dinho é um viado do mal. Hahahahahaha... Que ele nunca me ouça falando isso.

- Ah, ele sabe que é uma donzela malvada. – os dois caíram na risada, pois sempre zuavam o amigo, quando ele tinha tentativas frustrantes de conseguir um cara na balada.

Despediram-se, e ele foi para o banho. Não demorou muito, e já estava escolhendo uma roupa pra vestir. – Como será que o povão do morro se veste pra ir num Baile Funk? – bom, ele pegou uma calça jeans, uma regata preta e após meia hora, já estava pronto, olhando-se no espelho e aprovando o look.

- Agora é só aguardar aqueles dois chegarem. – enquanto esperava, o Guilherme abriu o seu computador, pra ouvir um pouco de música. – Pera aí, que porra é essa? Quem mexeu em meu computador? – isso ele ia querer saber agora, indo em direção a sua mãe que estava em seu quarto.

- Mãe, por acaso a Maria andou limpando o meu quarto?

- É obvio que sim Guilherme. Ela limpa periodicamente todos os cômodos da casa. Por quê?

- Teve alguém aqui em casa quando eu saí?

- Sim. O seu primo Bernardo, teve aqui, ele veio me vê. Vieram ele e sua namorada. Que tanta pergunta é essa hein?

- Mexeram no meu computador mãe. Ele entrou no meu quarto?

- Ele havia me dito que esqueceu um cd em seu quarto, e pediu para pegá-lo, daí eu o mandei subir até lá.

- Eu sabia. Poxa mãe, eu não gosto que ninguém entre lá sem minha permissão.

Ele saiu reclamando e falando uns palavrões. Não quis estender o assunto com ela, mas com que direito aquele idiota tem de escrever aquelas coisa? – o Bernardo havia posto várias frases do tipo: “Você é a vergonha da família”, “ Seu pai não te suporta porque ninguém suportaria um filho drogado e homossexual” , “Você é a causa da doença da sua mãe”.

- Quem ele pensa que é? Ahhh... Mais isso não vai ficar assim não. Invade o meu quarto, mexe nas minhas coisas e ainda me insulta? Você me paga Bernardo.

De repente, chegam Lívia e Dinho, sendo recebidos pela empregada.

- Sente-se, eu vou chamá-lo.

- Obrigada Maria.

- Vocês vão sair? – disse dona Sandra, os pegando de surpresa, invadindo a sala.

- Pois é... Vamos sim. – o Dinho ficou meio sem jeito.

- A gente vai dar um passeio, a senhora pode ficar tranqüila ta? – Lívia tentou explicar-se pra ela.

- Engraçado, o Guilherme não comenta nada comigo, às vezes nem me sinto mãe dele. Nunca me dá satisfação de nada, sai e volta quando quer, na hora que quer. – eles ficaram em silêncio, pois não queriam se posicionar em assuntos de família.

- Até que fim vocês chegaram, e depois sou eu quem demora né? – Guilherme apareceu mais lindo que nunca. Ele não precisava de muita coisa pra ficar bonito, a sua beleza natural era o suficiente.

- Você está linda pilantrinha. Tá uma verdadeira periguete. Kkkkk...

- Para de palhaçada hein mocinho.

- Eu disse a mesma coisa pra ela Gui. Rsrsrsrsrs...

- Dinho eu vou dar na sua cara. Olha que eu desço do meu salto e já viu né?

- Vamos, hoje eu quero descer até o chão e beber tomar todas.

Ele deu um beijo em sua mãe e na Maria e saiu junto com os amigos. Como o carro dele estava na revisão, foram no carro do Dinho. Ligaram o som no último volume e faziam muito barulho no percurso. Logo o Guilherme ascendeu um cigarro, oferecendo também um a Lívia; o Dinho era o único não fumante dos três.

- Hoje à noite eu quero beijar muito. Prepara-se Lívia, vamos pegar geral. – dizia o Guilherme.

- Tomara que nesse baile tenha muitos gatinhos ou gatinha também, o que vier é lucro. Kkkkk... – disse Lívia rindo alto.

- Arrasou bonita. – o Dinho também estava empolgado.

Enquanto dirigiam iam cantarolando um sucesso do Funk, já pra entrarem no clima.

“Louuuucaaaa... Louquinha

Dá uma empinadinha, dá uma agachadinha

Você tá soltinha, tu tá louca hein?”

- Hoje a noite é nossa e ninguém vai nos segurar. – Guilherme estava muito eufórico, aliás, os três estavam super empolgados. Apesar das loucuras que faziam, sempre foram unidos. Estavam sempre ali, um perto do outro. Conheciam-se desde a infância, e estudaram sempre juntos. A ligação do trio era muito forte e causava inveja em muita gente, principalmente na turma da faculdade.

- Bom, temos que parar aqui e ir a pé. – o Dinho observou que não havia possibilidades de entrar na rua, pois era muito estreita, cercada por pequenas casas uma em cima da outra, bem típico de uma favela.

- Nossa esse lugar é meio assustador. – disse Lívia, analisando cada detalhe do ambiente.

- Para de frescura pilantrinha. Já estamos na chuva, agora vamos nos molhar, ou melhor, beber, pois eu estou louco pra tomar alguma coisa. – disse o Guilherme.

- Então vamos galera, é logo ali.

Encaminharam-se para o lugar onde ocorreria a festa. Na entrada, havia muita gente do lado de fora; alguns rapazes mal encarados, encostados na parede fumando. Meninas com roupas curtíssimas, praticamente nuas conversavam entre si. E outros formavam fila para entrar. Logo chamaram a atenção pela presença, pois os moradores perceberam por suas roupas de marcas caras, que eles não eram dali.

- Viu só gente? Olham como o povo nos observam? Tô me sentindo uma celebridade. – disse Lívia, jogando o cabelo pra trás, fazendo graça da situação.

- Gui, aquele gatinho tá olhando pra gente. Já tô começando a gostar daqui.

- Que fogo é esse Dinho? Controla-se garoto! Venha, vamos entrar na fila.

Eles se guiaram para entrada, e após a identificação, entraram. Começaram a observar o ambiente, e em seguida ficaram num canto.

- Uau! Nossa, adoro esse som. Vai galera, desce, desce, desce... – a Lívia já entrou no ambiente no clima, mostrando o seu jeito funkeira.

- Eu só saio daqui, depois de beijar na boca. – falou Dinho, rindo para os dois.

- E você acha que eu também não bonito? – Bora começar a beber, pra animar tudo.

Não demorou muito e os três se acabavam na pista. O Dinho era o mais animado, dançava sem parar e a cada música tocada, ele ficava mais eufórico e dava umas investidas. Apesar do lugar não ser GLS, ainda sim, tinha alguns rapazes que curtiam outros caras, o que fez a noite do Guilherme e o amigo, ficarem ainda melhor.

- Ele tá piscando pra mim amigo. Será que eu vou até lá? – o Dinho se referia a um rapaz alto e muito simpático, que não parava de observá-lo.

- Se joga donzela malvada. Rsrsrsrrs... Brincadeirinha amigo. Vai sim seu bobo. Mas ó, usa camisinha tá?

- Pode deixar.

- Vai lá gostoso. – disse Lívia dando um tapa na bunda do amigo.

Ficaram apenas ele e a amiga. O lugar era uma mistura de vários tipos de gente. Pessoas típicas da favela, com linguagem estranha e muitos palavrões falados. A noite corria bem animada, com a Lívia grudada na boca de um, e o Gui conversando sem parar com um grupo que acabou conhecendo. Logo todos estavam reunidos, e fazendo passos de Funk, o que chamou a atenção de muitos. Algumas mulheres davam em cima do Guillherme, sem nenhum sucesso. De repente ouviram um barulho.

- Bora invadir esse baile PORRAAAAAAAAAA! – e ouvia-se os tiros para todos os lados. – uma facção rival vizinha, invadiu a festa. O que será dos três agora? Num lugar onde não conheciam ninguém?

- Vamos Lívia, corre, vem vem... – o Guilherme puxou o braço da amiga desesperado.

- Ai meu Deus! E o Dinho Gui?

- Temos que acha-lo e sair daqui. Estes caras são barra pesada, e a gente pode morrer com essas balas perdidas.

Começaram a correr no meio da multidão que fazia o mesmo. O tumulto estava armado. Vários caras armados iam plantando terror, atirando pra cima, mostrando que mandavam na área.

- Ali ele. Vem. – localizaram o Dinho, que estava na porta do banheiro, no maior amasso com o cara.

- Anda Dinho, depois você beija na boca. Vamos sair daqui.

- Mas já?

- Se você quiser ficar pra morrer? – disse Lívia impaciente.

Eles saíram dali. E entraram numa rua totalmente deserta. Viu que estavam sendo seguidos, e o desespero tomou conta deles. Lívia por está de salto, tinha dificuldades pra correr.

- Vem Lívia, corre. – dizia Guilherme, segurando em sua mão.

- Pera aí, deixa eu tirar essa droga de sapato.

Corriam sem parar, até se afastarem da favela e entrar no bairro próximo. Quando avistaram um homem abrindo o portão de casa pra entrar, não pensaram duas vezes.

- Moço, por favor, deixa a gente entrar, tem uns caras atrás da gente, e eles estão armados. Por favor moço. – falava Lívia apavorada.

O homem olhava para os três, e após alguns instantes pensativo, os ajudou.

- Vamos, entrem. – os guiaram para dentro de uma casa, que não era luxuosa, mas bastante aconchegante.

- Antônio você demorou. – uma voz saiu do fundo do quarto, e quando apareceu na sala... O ENCONTRO!

Um negro perfeito. Alto, másculo, a pele parecia um chocolate nobre derretido. Os olhos pretos transmitiam mistério e charme e a boca carnuda dava um ar de sedutor. Era Andrey o seu nome. Um belo negro de sorriso branco e envolvente, que de imediato deixou Guilherme paralisado. Apenas o observava.

CONTINUA...

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Comentários

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Cara já ia perguntar por que não fez mensão ao meu nome no inicio do capitulo de hoje, voltei no capitulo anterior e me assustei ao notar que não havia comentado, mas já sanei esse problema. E como você disse, “AS PESSOAS ENTRAM EM NOSSAS VIDAS POR ACASO, MAS NÃO É POR ACASO QUE ELAS PERMANECEM”, e eu estou aqui, não estou. Amando o seu conto, e não se esqueça de mim agora, viu. Te acompanho como sempre e espero que me acompanhe também, se o conto te agradar é claro! Muito bem narrado seu conto. Abraços e até o próximo conto.

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Tô com tantas dúvidas... A estória tá ótima, espero que continue logo. 10

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Pra que inimigos se já se pode ter um primo desse em, priminho diabólico esse mais enfim eu não acredito muito não em amor a primeira vista mais nesse caso ai do Guilherme e do Andrey não tenho dúvidas, é amor, e o melhor é a primeira vista.

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amei sensacional estou ansioso pela continuaçao

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maravilhoso ,nota 10 espero próximos. esse primo do GUI merece e uns tapas pra deixar de ser idiota cont logo

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to adorando continua logo 10

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Nossa quanta emoção hein. Tu escreve muito bem e esta deixando muitas pontas para serem respondidas. Esse primo do Guilherme ama ele? O que o pai do Gui fez de tão grave? e esse Andrey será o grande amor da vida do Gui? 10zzzzzzzzzzzzzzzzzzz

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Romance
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