Inocência - Parte 2

Um conto erótico de Gadeski
Categoria: Homossexual
Contém 1191 palavras
Data: 15/01/2013 15:05:06

Olá, espero que estejam gostando da minha história. Esse é o último capitulo que narra a infância de Dan. Eu sei que o último capítulo não contou nada sobre a história, mas era preciso. Espero que gostem da minha história, e não deixem de comentar e nem de votar. Antecipadamente, obrigado.

Parte 2:

O Fim do Começo e a Surpresa do Desconhecido.

O fim do verão de 2004 se aproximava e com ele as férias também. Já era hora de voltar para casa, mas Dan estava irredutível quanto a isso. Seus pais ligavam para ele quase todos os dias, e o resultado de todas as conversas era o mesmo: “Não irei deixar o vovô”.

Acabaram-se as férias, e os pais de Dan foram obrigados a leva-lo da casa de seu avô. Muita birra, e malcriação foi feito pela criança mas não adiantou. Depois de quase um mês e meio ele estava em casa. E teria que se arrumar pois no dia seguinte haveria aula já.

A manhã seguinte chegou e Dan não estava de bom humor, chateado com os pais, vestiu-se contra a própria vontade. Comeu pouco. Nada falou. Ficou apenas amuado no canto do carro. O veículo prata estacionara na frente da escola. Sem nenhuma outra opção, Dan desce do carro e manda um beijo sem graça para sua mãe.

“Eu não vou ficar aqui. Preciso voltar para a casa do vovô” – pensou levianamente. Por estudar vários anos na mesma escola, conhecia cada brecha do prédio. No meio da segunda aula, pegou as moedas que sua mãe havia lhe deixado para comer algo no intervalo, colocou as no bolso e pediu para ir ao banheiro. Certificando-se de que ninguém o via, seguia rapidamente para o pátio do colégio, bem do lado da cantina tinha um portãozinho que sempre ficava aberto, ali passava os mantimentos que serviam a cantina e por ali que iria fugir.

Acertou, o portão estava destrancado. Virou a maçaneta e saiu. Estava livre. Mas não poderia se dar ao luxo de andar, pegou o primeiro ônibus que tinha São Paulo no letreiro e entrou. Da casa de Dan até onde o vô morava, não levava muito tempo, mas Dan já estava há 3 horas dentro do ônibus e ainda não havia chegado. Estava perdido. Ficou um pouco aflito com a ideia de estar perdido na maior cidade do Brasil. Desceu num ponto qualquer e começou a andar sem direção. Sem prestar atenção ao atravessar uma rua quase é atropelado. A dona do carro, uma jovem mulher de cabelos ruivos presos num coque e um belo par de olhos verdes, sai de dentro dele e vai ao seu encontro:

- Menino, você é louco?! Poderia estar morto agora.

- Me desculpa, Sra. É que estou procurando a casa do meu avô e....

- Você está sozinho? – interrompeu o discurso do menino.

- Sim. Eu fugi da escola para vir vê-lo.

- Eu vou te levar até a casa do seu avô, estou atrasada para o trabalho mas eles podem esperar. Aonde o seu vô mora mesmo?

- Próximo ao Parque da Água Branca.

- Nossa, você está muito longe de lá. Vamos entrar no carro que eu te deixarei lá.

[...]

- Muito obrigado, Sra. Maris – dizia Alcides agradecido ao fechar a porta.

- Dan?! O que passava na sua cabeça ao fugir da escola para vir pra cá? Assim do nada. Você poderia estar morto agora. Ter sido sequestrado, estuprado, entre muitas outras coisas. Você não consegue entender a gravidade disso?

- Não, quem não consegue entender a gravidade disso são meus pais!

- Como? – indagou surpreso vovô Cid.

- Eu disse que não iria me separar de você. E hoje eu tornarei essa decisão maior ainda quando meus pais me ligarem: eu vou largar tudo para ficar aqui com você 24h do dia.

Seu Alcides olhava aquilo tudo incrédulo. E o menino tinha um gênio forte, seria impossível fazê-lo mudar de ideia.

8 ANOS SE PASSARAM...

Dan mal acreditava que hoje faria oito anos que se mudara da casa de seus pais e estava morando com o seu avó. No início seus pais não aceitaram a ideia, mas quando viram que o filho não ia mudar de jeito nenhum sua opinião, aceitaram que o menino largasse a escola, se mudasse de Barueri para São Paulo e passasse todo os dias de seus 16 anos com o avô.

E seu Alcides resistia bravamente, quando Dan tinha 12 anos eles foram juntos ao médico e foi descoberto que o tumor havia crescido mais e que não haveria muito tempo de vida para ele. No máximo 6 a 7 anos podendo morrer antes, mas seu Alcides continuava de pé. Nesse dia combinaram de que se ele tivesse que morrer logo, gostaria que fosse no seu lugar favorito: o Parque da Água Branca. Desde essa data, dia após dia, após o almoço Dan e seu avô iam para o parque, que ficava em frente à casa onde residiam. Era só atravessar a rua e lá estavam. Geralmente, seu Alcides sentava na mesa de xadrez e ficava observando o movimento, contava causos de quando era mais jovem (apesar de não haver um que Dan não soubesse) e simpatizava com quem seja que passasse. Todos no parque conheciam a dupla, e adoravam o vovô Cid.

Já Dan por sua vez, se sentava sobre as mesas ancorando seus pés nos bancos de concreto. E ficava lendo ou pensando sobre a vida. Desde muito pequeno via pessoas se beijando, se abraçando, e queria saber o que era aquilo. Uma das poucas coisas que nunca perguntara a seu avô, mas não por vergonha e sim por que gostaria de descobrir o que era isso sozinho. Queria saber o que era o amor por si próprio.

Dan estava sentado na mesa de xadrez como fazia desde seus 11 anos. Tinha o clássico Romeu e Julieta sobre seu colo, seu livro favorito que relia pela 3ª vez. Porém o livro estava fechado. Dan se concentrava ao observar as pessoas quando é surpreendido por um belo garoto carregando seu skate, aqueles olhos de um castanho muito escuro porém brilhante, um semblante alegre, cabelos pretos penteados e cobertos por uma toca preta com apenas uma franja lhe cobrindo parte da testa. Vestia uma calça skinny preta, um tênis iate azul marinho e uma camiseta também preta justa.

A visão daquele menino causou algo dentro de Dan, algo que ele não sabia explicar o que era e nem de onde vinha. Mas estava bem e feliz observando aquele menino. Era a primeira vez que ele aparecia no parque, mas apenas uma visão fora o suficiente para mexer com Dan.

Os olhos azulados de Dan ganharam vida e um intenso brilho ao apreciando aquele menino ao longe. Seu coração pulsava mais forte apenas pelo que Dan imaginava. Afagava seu cabelo ruivo-quase-loiro imaginando que sua mão fosse a daquele garoto. Um sentimento esquisito se apossara de Dan, mas era um sentimento muito gostoso. Era incompreendido e até infundado por que era a primeira vez que Dan o via, mas no fundo ele sabia que não era só isso. Aquele rapaz causava algo que Dan sempre quis sentir, mas nunca ninguém o fez que ele sentisse.

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Comentários

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Gostei bastante, a narração está bem suave e agradavel. Confesso que não gostei muito do seu conto anterior, mas esse está prometendo *_*

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Eu li a primeira parte e adorei, 10 pra vc, beijos e continue assim

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Oi pessoal, acabei de postar a quarta parte d'O Reencontro. Se vocês curtem histórias com romance, intrigas reviravoltas e sexo bem detalhado cliquem no meu nome e deem uma olhada. Por favor votem e comentem para eu saber se vocês gostaram. Beijinhos!

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