Acordar, significado: ato de despertar do sono. Para minha pessoa significar a pior coisa do mundo, exagero não a pior mais empata. Estava de férias, alias não tenho mais aula, terminei a escola. Ok, mas tenho que levantar. Esse será meu ultimo dia aqui nessa casa, nesse quarto e nessa cama.
Será mesmo que eu quero ir morar com uma família desconhecida? Certo que eles são meus tios, mais não os vejo já faz muito tempo. Lembro-me que eles eram estranhos. Minha mãe tem receio de eu ir morar com eles, coisa de mãe. Mas
essa foi uma decisão muito pensada.
Minha tia Clara é irmã dela, ela é uma pessoa boa, apesar de me lembrar pouco dela. Mas o que sempre me intrigou foi o marido dela, o tio Ronaldo. Ele é estranho, parece que saiu de uns daqueles filmes de terror. Eles têm dois filhos, desses não me lembro, sei que é um casal, a Sofia, e o Douglas.
- Filho vem ajudar a mamãe- grita minha mãe da cozinha.
Minha mãe é minha heroína, sou filho único. Meu pai morreu quando eu tinha dois anos. Ele teve câncer. Então ela teve que ser virar sozinha, entre o trabalho e o serviço de casa. Mas sempre achei que minha mãe se dedicava demais para me criar. Nunca arrumou um namorado, e nem queria, ela fala que o único homem na vida dela era eu. Mas agora eu iria embora, e ela ia ficar sozinha, e não sabia como ela iria fazer.
Eu nesses últimos dias ando depressivo, ela também estar. Sempre fomos nós dois. E agora eu estava mais uma vez chorando, ando fazendo muito isso.
- Se não me ouviu...
Ela falou ao entrar no quarto, mas parou quando me viu chorando. Sua expressão mudou para preocupada.
- Meu amor, por que estar chorando?
Eu odiava que ela me visse chorar, caramba, era só 500 km de distancia dela. Eu tinha que me foca na ideia que ganhei
uma bolsa, que vou entrar numa ótima universidade, e que apesar da saudade nós teríamos que enfrentar isso.
- Desculpe mãe, mas eu não sei se vou conseguir – falei entre as lagrimas.
Ela sentou na cama, e me abraçou. Molhei seu ombro com meu choro, e percebi que ela também estava chorando.
- Eu te amo mãe.
- E eu te amo mais meu anjo.
E nos abraçamos mais forte ainda, nessa hora queria desfazer todas minhas malas e nunca mais sair de perto dela.
- Meu amor eu te falei que você pode voltar à hora que você quiser, aqui tem faculdade boa perto. Fica assim não, todo feriado e férias você vai vir para me ver.
Ela me falou numa voz calma, que sempre usava para me acalmar, e como magica abrir um sorriso.
- Agora vem me ajudar com as compras.
Eu a ajudei, e depois passamos o dia junto, aproveitei cada segundo que tinha com ela. À noite meu telefone toca.
- Alou?
- O Luizinho, vem aqui na casa do Fernando, vamos comer um churras.
Era meu amigo André no telefone.
- Ah André, amanha eu viajo, sei lá se vou em.
- Larga mão doido, vem aqui logo. Estamos te esperando.
E desligou na minha cara. Tive que ir, avisei minha mãe e fui.
A casa do André era pertinho de casa, alias onde eu moro tudo é perto. A cidade tem somente dois mil habitantes, sempre vivi lá, estava acostumado com o ritmo de interior, e sair para ir morar em Campinas seria muito complicado.
Chegando à casa de André, entrei. Eu era de casa, nós somos amigos dês do primário. só que entro e vejo todas as luzes apagada, acho estranho, mas depois que adentro a casa levo um susto imerso quando as luzes acendem, e um monte de gente grita surpresa, e tinha uma enorme faixa escrito, BOA VIAGEM LUIZINHO.
Achei uma graça colocar o LUIZINHO na faixa, meu nome é Luiz Antônio, mas como tenho o mesmo nome do meu falecido pai, todo mundo me chama de Luizinho.
Minha expressão ainda estava de supressa, lá estavam todos os meus amigos, e tinha um enorme bolo, e varias bexigas decorando o local.
- Puts! Vocês querem me matam de susto?
A festa continuo, todo mundo me abraçou, conversamos, rimos, foi muito bom passar esses momentos com eles, até que alguém chega.
- Então o playboynho vai para a cidade grande?
Era Mônica, minha ex-namorada, namorando dês da oitava serie. Mas a nossa relação não estava mais dando certo, muita briga e ciúmes, resolvemos terminar, e virar amigos.
- Eu sei que você vai morrer de saudades- eu falo
Ela veio e me abraçou, o que me deixou levemente excitado. Nós perdemos a virgindade junto. E ainda sentia saudade do seu corpo.
Quando ela soltou de mim, vi que ela estava chorando. Peguei uma mecha do seu cabelo loiro que estava no seu rosto e o coloquei atrás da orelha, com o toque na minha mão em sua pele ela fechou os olhos e deu uma respirada mais forte. Segurei-me muito para não a beijar. Mas sabia que para nosso bem isso teria que ficar no passado.
- Sim eu vou sentir muita saudade seu idiota- ela murmura.
- Se sabe que eu sempre vou te amar – eu falei para ela. A deixando levemente corada.
- Eu também. Mas agora para de tristeza, é seu ultimo dia aqui, vamos nós diverti.
Ela me levou ate os meus amigos e assim ficou até de madrugada.
Voltei para casa, e fui dormi, amanha eu iria sair cedo para a rodoviária.
Acordei, fui para o banheiro. Parecia um zumbi, olhei no espelho. Meu cabelo é castanho liso, uso ele caído até a orelha, me fazendo parecer um menininho. Certo que fui um pouco mimado, todo mundo fala que eu sou o filho perfeito, mas sentia que algo em mim não era perfeito, eu não sou perfeito.
Penteei meu cabelo, fiz minha higiene. Olhei minhas sardas que decorava minha pele branca lisa igual de bebe. Coloquei uma roupa qualquer, nunca fui de usa roupa de marca, alias odeio isso. Gosto do meu jeans surrado e uma camiseta polo.
- Filho vamos que estamos atrasado.
Minha mãe me grita, e eu vou a sua direção, pego minhas malas e olho mais uma vez para aquela casa. Eu ia sentir muita falta.
Quando eu entro no ônibus, vejo minha mãe lá fora acenado para mim, eu não ia de avião, tenho pavor de altura, e o que era 7 horas de viagem? Não ia correr o risco de morrer de infarto dentro daquelas maquinas voadoras.
A viagem foi ótima, passamos por varias cidade, liguei meu celular e ouvi musica a viagem toda. Ate que o motorista avisa.
- Campinas, embarque e desembarque.
Desço no ônibus e me deparo com um formigueiro de gente, o combinado era dos meus tios me esperar aqui, mas como eu ia acha-los. Comecei entrar em um leve desespero, ate que lembro que minha mãe salvou na agenda o numero de todo os membros daquela família, ate dos vizinhos eu acho que ela pediu, minha mãe às vezes era um exagero.
Procuro na agenda e vou para o nome da tia Clara, coloco no meu ouvido, mas antes escuto alguém chamado meu nome, e olho e lá estão eles.
- Luizinho, vem aqui.
Fala minha tia Clara, ela estava meio diferente do que eu lembro, era gordinha e baixinha, tinha o cabelo preto amarrado, mas sua expressão era meio forçada, chegava ate ser falso.
Junto com ela estava meu tio Ronaldo, ele era magro e alto, cabelos castanhos e seu rosto ainda me transmitiu medo.
E também estava a minha prima, Sofia, nela sim vi simpatia. Parecia ser muito legal, seu sorriso era sincero.
- O meu Deus, como você estar lindo. Nossa! Olha seu tamanho, vem aqui.
Minha tia fala e me puxa para um abraço, sentir uma proteção de mãe.
- Eai, está grande mesmo em homem.
Meu tio me cumprimenta, me deixando um pouco de vergonha e medo com seu aperto de mão.
- Você deve ser meu priminho?
Minha prima fala com sua voz meiga, eu gostei dela de primeira, sabia que íamos ser muito amigos.
Mas não vi o irmão dela, mas deixei isso para lá e formos para o carro.
Na ida para a casa dele, nós conversamos de boa, sobre tudo. Nunca fui tímido, sempre fui bom em comunicação. Eu fiz um comentário idiota sobre a cidade, e todos começaram a rir.
Vi que o clima estava bom e soltei.
- Onde estar o Primo Douglas?
Na hora todos pararam de rir, olhei para meu tio, ele fechou a cara irritado, minha tia ficou com um sorriso forçado na cara e falou.
- Ele estar em casa te esperando.
Não toquei mais no assunto, o clima estava muito tenso, estava muito vermelho e envergonhado, sabia que era um assunto proibido, então minha prima de salvou da saia justa.
- Primo que curso se vai fazer?
- Engenharia civil.
- Luizinho, meu amigo tem uma empresa de construção, quando você começar a estagiar, só me avisa que te arrumo um
lugar lá.
Meu tio falou, me deixando alegre, ele não era um cara ruim.
Paramos na garagem da casa, e descemos, quando eu olhei para a casa, me assustei. Era uma mansão, não sabia que eles eram tão rico assim, era enorme, mas algo nela era tensa, e quando entrei na casa confirmei isso, a energia era pesada.
- Olha fica a vontade, a casa agora é sua também.
Fala minha tia com um sorriso, minha mãe insistiu que ajudasse das despesas, mas meus tios não queriam, mas de tanto ela fala, eles resolveram a deixar pagar um valor simbólico.
Minha prima me levou ate meu quarto que era no segundo andar. Entrei lá, ele era branco, tinha uma cama de solteiro e um guarda-roupa, uma escrivaninha com um computador, e as cortinas eram marrom, com uma janela-porta, que dava para uma sacada. Tinha um banheiro no meu quarto.
Ela me deixou sozinho, sentei na cama e respirei fundo. Agora tinha começado minha nova vida.
Sair do quarto, de frente com minha porta, tinha um outro quarto, mas a porta estava fechada, e tinha um aviso, escrito com tinta preta com letras maiúsculas: NÃO ENTRE!
Achei estranho isso, quando eu já estou indo embora, a porta se abre, e de lá saiu uma pessoa que eu nunca vi, sua beleza era algo divino, não era nenhum galã de novela, mas não era um ser humano qualquer.
Tinha os cabelos arrepiados negros, sua pele era branca, seus olhos era na cor preto, algo muito hipnotizante, o meus eram verdes, mas os pretos dele afundaram totalmente minhas defesas.
Ele era alto, devia ter 1,80m seu corpo era todo trabalhado com braços forte, vestia uma camisa regata branca e um short de futebol. Eu estava parada olhando para ele coisa de 1 minuto, mas pareciam horas. E podia ficar anos ali, ele era perfeito. Eu me assustei com a minha reação, o que estava acontecendo comigo?
- Qual é cara? Quem é você? – ele fala num tom grave, me despertando do meu encanto.
Continua...
GENTE MINHA PRIMEIRA PARTE, OLHA QUERO VER SE VCS GOSTAM, AI POSTO A SEGUNDA PARTE, BJS E DESCULPA PELOS OS ERROS.