Esta é uma das minhas passagens por este mundo das emoções.
Aconteceu pelos idos dos anos 90 quando ainda era um garoto no ensino médio. Estudava em Escola Técnica Federal e pegava dois ônibus para chegar em casa. Não é necessário dizer que trata-se de uma idade energética e hormonalmente "sem noção", aos 17 anos, tudo do gênero feminino provoca uma ida ao campo das homenagens palmatórias, no mais claro do idioma, delírios no banheiro do colégio.
Tambem venho de uma época em que não tinhamos internet. Revistas eram compradas às escondidas e quase sempre ficavam com as páginas coladas pelos jatos incontroláveis frutos de homenagens às musas da época como Maitê, Brunet, Vera e tantas outras.
Algumas coleguinhas de sala sempre impressionam. Temos as recatadas, quase sempre sonsamente deliciosas. Temos as espivitadas, que dão pra outros e não dão pra mim e temos as que são confidenciáveis. Explico melhor, são aquelas com as quais temos uma relação amigável com momentos de indiretas, de sondagens sobre até que ponto podemos chegar, estas são ótimas mas, podem tambem ser a pura enganação.
Vamos então à ocorrência. Aconteceu com uma garota de outro curso, a conhecia dos corredores e de breves papos na biblioteca, eu no segundo ano e ela no terceiro, prestes a terminar o seu curso. O seu perfil era o da sonsa, aluna exemplar, sempre impecável em seu uniforme, os cabelos muito bem cuidados e uma pele maravilhosa. Pouco ou nada de ousadia ela dava aos colegas mas, por mim tinha apreço e sempre me cumprimentava ou se aproximava para um papo naqueles tradicionais banquinhos de jardim. Nunca a vi pegando um ônibus, sempre era levada pela mãe em um daqueles carros de burguês. De longe sempre observei o seu caminhar e seu corpo de adolescente com indicativos de perfeitas curvas. Jamais alimentei qualquer expectativa de romance ou mesmo de flerte para um namorico casual. O que na verdade sempre alimentei foi a vontade de tocar naquele corpo com a liberdade de explorá-lo em todos os seus milímetros, por vezes senti seu cheiro me atravessar o cérebro e me colocar em outra dimensão do espaço-tempo e não saber responder a uma pergunta feita por ela, ficando como um perfeito idiota procurando chão. Ela era, de fato, muito gostosa.
Os seios, ah os seios!! Que desenho, que perfeição!! Algumas vezes os vi apontando para os céus em momentos de vento frio ou de outro sentimento, sei lá... Os cabelos, quando soltos, eram muito bem manuseados, provocativamente bem manuseados, quando presos deixavam à mostra um pescoço sem marcas e davam destaque ao seu belo rosto. A sua bunda, mesmo não sendo o padrão da mistura brasileira, tinha a proporcionalidade e a firmeza exatas de uma potranca em início da fase de acasalamento. Este conjunto em movimento era a própria imagem do convite ao prazer, confesso que perdi as contas de quantas vezes lhe dediquei homenagens.
Eis que um belo dia, voltando para casa em um ônibus abarrotado. Neste dia, por sorte, consegui sentar na ponta da cadeira do coletivo. Ouvi uma voz familiar me pedindo para segura a mochila, era ela. Surpreso, fiz um movimento para lhe dar o lugar e recebi um suave empurrão para baixo, ela sussurrou: -Não levante.
Como disse antes, o ônibus estava lotado e ela me disse que a mãe não pode ir busca-la. Achei estranho porque ela estava com a blusa do colégio mas, estava de saia. Naquela época não era permitido o uso de saia no colégio, brinquei dizendo que a saia era linda e ela disse que trocou de roupa no colégio na hora da saida.
Bem, na posição em que eu estava (sentado) e com o ônibus cheio, estando ela ao meu lado de pé,não havia como não nos tocarmos. E aí começou a mais deliciosa "viagem de ônibus lotado" da minha adolescencia (não é da vida porque tenho outra história em ônibus). Iniciou-se um maravilhoso e providencial roçado em meu ombro que logo se transformou em uma pressão que me fazia sentir a protuberante montanha de prazer escondida por aquela saia. Já não havia mais espaço para o volume que surgiu entre as minhas pernas, foi uma dureza de pau das mais doloridas. Senti perfeitamente que o que estava ali acontecendo era proposital e para ter certeza cruzei os meus braço e com a mão direita por baixo do meu braço esquerdo acessei com os dedos aquela deliciosa saia. Como que por mágica, em movimentos que não sei onde aprendi, discretamente a levantei o suficiente para tocar entre as suas coxas e aí veio a mais maravilhosa das surpresas: Não havia calcinha. Não havia calcinha. Quase gozei. Alcancei então aquilo que é o objetivo de todo hétero do sexo masculino, não encontrei resistência, encontrei leves e suaves movimentos indo de encontro à minha mão e em seguida se afastando para novamente se encaixar. Durante aguns minutos assim ficamos, em um ritual de cumplicidade e tesão a cada freio e a cada arrancada. Olhei para o seu rosto e vi que seus olhos estavam quase fechando e os lábios sendo mordidos, foi quando senti seu corpo tremer e pressionar contra o meu ombro encaixando a minha mão em suas pernas, foi um orgasmo fenomenal para aquela jovem. Mais adiante, ela acionou a cordinha, pegou a mochila, beijou minha cabeça e sussurrou em meu ouvido: - É só o começo.
Aquelas palavras ficaram em minha mente pela eternidade. Foi a razão imediata para uma pressa de chegar em casa nunca antes sentida.
E foi um dos mais demorados banhos que tomei...