Amar contra o destino – 2ª Temp. Cap. X - Parte 1
Série ACD 2x10 – Parte 1 de 2
Paixão, Prazer e Pecado.
- ÚLTIMO CAPÍTULO PARTE 1 -
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Narração Augusto:
Estava atormentado com a notícia do Bernardo não ser meu irmão e muito nervoso e preocupado sobre seu estado de saúde. Queria notícias se a transfusão iria dar certo, se o Ber estava bem. Mas nada. Ninguém aparecia para me informar e ninguém que eu perguntava sabia me informar, eu estava ficando angustiado de tanta aflição. Passou alguns minutos e o João Paulo voltou ao hospital.
− Como está ele Guto?
− Não tenho notícias ainda. Já tentei saber, mas ninguém me informa nada. E o Daniel? – Perguntei querendo saber o que aconteceu com aquele filho de uma puta.
− Eu chamei a polícia, eles o levaram e iriam chamar seus pais. Eu disse tudo o que aconteceu e eles irão te chamar pra dar esclarecimentos.
− Tudo bem. – Falei suspirando e sentando no sofá da sala de espera.
− E o Guilherme, cadê?
− Está lá doando sangue para o Ber. – Falei desanimado e abaixando a cabeça.
− Como assim? – Perguntou-me assustado o João Paulo.
− Meu... Irmão – Disse meio que engasgado – Perdeu muito sangue, precisa de uma transfusão.
− Mas e porque o Guilherme e não você?
− Cara, eles tem o mesmo tipo de sangue e eu... – Travei, minha voz não saía, comecei a chorar.
− Ei, o que houve? – Disse ele, sentando ao meu lado do sofá e me abraçando.
− Eu descobri que Bernardo e eu não somos irmãos. – Lembrar-me disso doía muito e meu choro aumentou.
− Como assim vocês não são irmãos Guto? – Disse ele me soltando do abraço, e me olhando assustado.
− Fui fazer o teste pra ver se podia doar o sangue para meu irmão, e deu negativo. A vida inteira minha mãe nos dizia que tínhamos o mesmo tipo sanguíneo. Mas não, mentiram pra gente, o Bernardo não é meu irmão. Não tem compatibilidade o sangue do Ber com o dos meus pais. – Disse entrando em um estado de raiva.
− Nossa. – Disse ele surpreso. – Mas fica calmo Guto, não é por que não são irmãos de sangue, que deixaram de considerar um ao outro como irmãos, vocês cresceram juntos, um é o apoio do outro, um é a família do outro. – Disse o João Paulo me abraçando forte.
− Eu sei JP, mas é triste saber disso, assim. Como vou contar isso a ele? Que não somos irmãos?
− Você vai ter que se preparar e ter coragem para dizer. Ou esquecer isso, fingindo que nada aconteceu.
− Não posso fingir, não conseguiria esconder dele. De olhar pro Ber, sabendo que não somos irmãos de sangue e ele não sabe a verdade. Eu sofreria com isso dentro de mim.
− Então vai ter que ser forte e contar. – Falou ele olhando nos meus olhos.
Nesse momento, o médico entrou na sala de espera.
− A transfusão foi um sucesso. Seu irmão está bem. – Disse o médico.
− Posso vê-lo doutor? – Falei com um sorriso no rosto, fiquei feliz com a notícia.
− Ainda não meu jovem. A cirurgia foi um sucesso, mas ele ainda está muito fraco e se recuperando e em coma sobre efeito dos remédios.
− Mas ele vai ficar bem, não vai? – Perguntou JP.
− Vai sim, não tem mais riscos de vida não. A recuperação vai ser um pouco lenta, calculo duas semanas. Mas ele vai ficar 100% sim. Agimos rápido com a transfusão graças ao Guilherme. Aliás, ele está na Emergência se recuperando, ele passou mal, gostariam de fazer companhia a ele?
− Tudo bem. – Respondi.
O médico nos encaminhou até a emergência, o Guilherme estava deitado em uma maca, tomando soro. Não queria admitir, mas devia a ele a vida do meu irmão.
− Como você está? – Perguntou o JP. − Meio tonto só.
− Você viu ele? – Perguntei.
− Sim. – Respondeu-me com um olhar vago. – Foi uma das piores cenas que já presenciei. – Completou Guilherme começando a chorar. – O Ber mantido vivo por aparelhos, houve momentos em que ele não reagia, seu coração parava de bater. Aquela merda daquele monitor cardíaco insistia em fazer aquele barulho. – O Guilherme não controlava mais seu choro. – A Única ação que tive foi de me aproximar dele, a abraçá-lo. Tive medo de que ele morresse, a cada gota de sangue que das minhas veias saíam era uma esperança que ia junto. – Disse Guilherme me abraçando forte.
– Tudo bem Guilherme, se acalma, agora ele está bem. – Eu disse tentando o confortar.
– Está mesmo? – Perguntou-me desvencilhando do abraço e olhando-me com expectativa. – Eu não vi mais nada. Perdi as forças. Aquele monitor que insistia em contrariar, os médicos falando “Vamos perdê-lo”, tudo ficou tão escuro. – Disse ele limpando as lágrimas que escorriam por seu rosto.
– Calma aí, vey. – Disse o João Paulo sentando na maca abraçando o Guilherme.
Eu estava surpreso com as atitudes do Guilherme, aquela raiva que sentia por ele, pelo que fez com meu irmão, parecia que tinha sumido, que tinha evaporado. Assim como eu ele estava apreensivo torcendo para que o Ber melhorasse. Eu tinha que agradecê-lo pelo que tinha feito, tinha que criar coragem para isso.
– Guilherme – Disse me aproximando dele. – Acho que te devo um muito obrigado por ter salvado a vida do meu irmão. – Disse estendendo minha mão.
– Augusto, eu não fiz mais do que obrigação depois de tudo que fiz com o seu irmão. Eu o feri de todas as formas e a minha culpa... – Disse abaixando a cabeça - A culpa que eu sinto não vai sumir só por ter doado meu sangue para ele. – Disse Guilherme voltando a se emocionar. – Eu dava a minha vida por ele. Eu amo o seu irmão. – Disse ele olhando no fundo dos meus olhos.
– É – Me viro de costas, tentando fugir de seu olhar. – Pelo jeito se arrependeu. – Completei.
– Sim. Mas arrependimento de nada vai adiantar se não tiver o Bernardo comigo.
Quando ele disse isso, não sei o que deu em mim, fiquei com raiva, ciúmes, só sei que me virei para ele e falei:
– Até a próxima vez que estuprar meu irmão, não é?
– Ei. Isso aqui é um hospital, não comecem a brigar. – Disse o João Paulo tentando impedir que alguma briga acontecesse, embora este estivesse visivelmente surpreso com as revelações daquela conversa.
Eu apenas fiquei olhando o Guilherme e decidi sair da Emergência, resolvi tomar uma água e voltar para sala de espera até liberarem para ver o Ber.
– Aonde vai? – Perguntou-me o João Paulo.
– Vou tomar água e voltar para a sala de espera até me deixarem ver o Bernardo. – Disse já saindo de lá.
Chegando lá, vi uma mulher alta, morena, que quando me viu veio me perguntar:
– Quem é Augusto? – Perguntou aquela mulher. – A enfermeira disse que eu o encontraria aqui.
– Sou eu mesmo. – Respondi olhando para ela.
– Oi Augusto, eu sou Andréia, mãe do Daniel. Será que poderíamos conversar?
– Tudo bem. – Disse-me sentando na poltrona.
– Eu lamento muito pelo que aconteceu hoje. Quando fiquei sabendo decidi vir aqui pra ter notícias. Antes de tudo. – Ela disse suspirando – Como está seu irmão?
– Ele está bem agora. – Respondi rispidamente.
– Que bom! – Ela disse de uma forma parecendo estar aliviada. – Augusto, o que meu filho fez... Foi algo lamentável, mas eu posso explicar.
– Pode explicar? Ele quase matou meu irmão e quase me matou também. Isso não tem explicação. – Disse irritado só de falar no nome desse filho da puta.
– Eu te entendo, entendo sua revolta e não tiro sua razão. – Ela me disse sentando na poltrona ao lado da qual eu estava sentado. – O Daniel é um garoto com problemas, na verdade ele enfrenta sérios problemas. Não é a primeira vez que isso acontece. – Disse ela já com olhos lacrimejando.
– Como assim? – Perguntei sem entender muito onde ela queria chegar.
– Antes de nos mudarmos para cá, o Daniel se apaixonou por um garoto, que não o quis. O Daniel surtou e chegou a ferir esse garoto. – Disse ela tremendo. – Nós tivemos de internar o Daniel, ele estava irreconhecível. Não era aquele garoto meigo e doce que críamos. – Ela disse já chorando. – Depois de um tempo em uma clínica psiquiátrica, ele estava bem melhor, recebeu alta e decidimos mudar de ares para o bem dele. Aproveitamos que meu marido teve uma oferta boa na fábrica daqui e viemos. O Daniel estava mudado, era aquele garoto que conhecíamos. – Disse ela com um olhar marejado e um leve sorriso no rosto. – Ele contou sobre um amigo que fez na escola, ele chegava rindo e cantando todos os dias em casa, ele dizia que estava sendo feliz, de um jeito como nunca foi. Eu e meu marido nos preocupamos de início. Mas ele sempre estava bem e nós estávamos felizes por ele. Mas agora, aconteceu tudo de novo, todo aquele pesadelo outra vez! – Ela disse com um olhar vago, fixo para uma das paredes.
– Eu não sabia disso, lamento muito toda está situação. – Disse com mais compaixão que pude, mesmo odiando ele naquele momento.
– Nós o internamos em uma clínica novamente, ele ter te ameaçado com uma arma, que ele roubou do pai dele, isso foi demais. – Disse ela me olhando. – Por mais que me doa muito isso, mas é para o bem dele.
– Eu não queria que as coisas terminassem assim. – Disse olhando nos olhos dela.
– Eu acredito. – Disse ela segurando minhas mãos. – Estou aliviada de que seu irmão esteja bem. Agora preciso ir Augusto. – Disse ela se levantando e me dando um aperto de mão.
– Tudo bem, obrigado por ter vindo me contar isso. Eu realmente precisava saber disso. Eu gostava muito do seu filho, como amigo. Mas infelizmente, ele não quis assim.
– Eu sei. – Disse ela alisando meu rosto. – Tchau Augusto. – Disse ela saindo.
– Tchau.
Eu não esperava por essa, mas suspeitava que o comportamento do Daniel não fosse normal. Fiquei mais um pouco ali e fui atrás de mais notícias do meu irmão, encontrei o médico que me autorizou ir a UTI vê-lo.
– Ele ainda está fraco, os efeitos dos remédios ainda vão levar algumas horas, assim que acordar veremos se temos condições de tirá-lo da UTI e levá-lo para um quarto normal. – Disse o médico, enquanto eu vestia aqueles roupões esterilizados e a máscara. – Você pode entrar agora, 10 minutos ok? – Disse-me o médico, respondi que sim acenando com a cabeça.
Entrei na UTI e o avistei, ele estava deitado naquela cama dormindo ainda profundamente. Aproximei-me, segurei sua mão e acariciei seus cabelos. – Você vai ficar bem. – Disse dando um beijo em sua testa. Fiquei alguns minutos e já estava na hora de sair. Segurei sua mão e disse:
– Melhora pra sair logo daqui maninho.
Quando disse isso, senti-o apertando forte minha mão, olhei para seu rosto e vi seus olhos abertos e me encarando. Ele havia acordado. Fiquei muito feliz e emocionado.
– Você acordou maninho. – Eu disse alisando seus cabelos.
– Para sua tristeza sim. – Disse ele com uma voz fraca e rouca e um sorrisinho de canto de boca.
– Para minha alegria você quer dizer, né? Nossa, cê não sabe o susto que me deu! – Disse beijando sua testa. – Preciso avisar o médico que você acordou. – Disse soltando sua mão e saindo da UTI.
Achei-o no corredor em frente à porta da UTI mesmo.
– Doutor, meu irmão acordou.
– Já? Nossa ele estava com pressa de acordar. – Disse o médico entrando na UTI. – E você espera aqui. – Falou-me o médico, quando estava indo atrás dele. – Precisamos fazer alguns exames com ele.
Voltei e decidi ir avisar o João Paulo e o Guilherme de que o Ber havia acordado. Fui até a emergência e não os encontrei. Perguntei para a enfermeira, que me informou que os dois foram para a lanchonete do hospital. Fui até a lanchonete e os encontrei.
– Gente, o Ber acordou!
– Sério? – Disse o Guilherme com os olhos brilhando de felicidade. – Vou lá vê-lo – Disse já se levantando da cadeira.
– Calma. Ainda não dá pra vê-lo, o médico me tocou de lá.
– Mas e como ele está? – Perguntou João Paulo.
– Está meio fraco ainda por causa dos remédios e da cirurgia.
– Vamos lá esperar por notícias. – Disse o Guilherme.
Concordamos e fomos até a frente da porta da UTI. Não demorou muito e doutor apareceu.
– Augusto, vou ter que te pedir um favor.
– Sim. – Respondi.
– Você pode buscar algumas roupas para seu irmão? Já vamos transferir ele para o quarto.
– Claro. Não demoro. Você vem comigo João Paulo? – Perguntei. Ele olhou para o Guilherme.
– Vai lá, eu fico aqui. – Disse o Guilherme.
Saímos do Hospital e fomos para minha casa buscar umas roupas para o Ber.
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Narração Bernardo:
Ainda estava confuso com tudo aquilo, lembro-me de estar descendo as escadas e sentir mãos em minhas costas me empurrando escadaria abaixo! Mas não, não podia ser, não havia ninguém que me desejasse mal, deveria ser um sonho, ou melhor, um pesadelo, alguma coisa provocada pela medicação que estava tomando. Provavelmente era isso mesmo, fora aquele sonho estranho que eu tive com o Rick, mas foi tudo tão real que eu poderia jurar que ambos aconteceram de verdade. Tudo isso era meio como flashes de uma memória muito antiga que tentamos trazer para o primeiro plano em nossa mente, mas que não conseguimos focar direito, ela se vai, foge, some diante de nossos olhos. Não tinha a precisão de uma memória recente, parecia mais uma memória antiga, como as minhas memórias de infância, de quando eu e Guto brincávamos com nossos pais no parque da cidade, algo impreciso, quase como em um sonho.
O médico que me atendeu foi muito atencioso comigo, explicou-me que eu havia passado por uma cirurgia um tanto quanto delicada devido a uma série de pequenas complicações que se sucederam desde a minha internação. Fez alguns exames e depois me mandou para um quarto. Ele disse que eu já estava melhor e estava reagindo bem, melhor do que o esperado para o meu caso.
Ainda me sentia tonto, sonolento com efeito da medicação que me deram, segundo o médico, mas eu ainda precisaria de alguns dias pra ficar 100%, de acordo com o Doutor Marcelo alguma coisa que eu não lembro, Smith. Engraçado, o nome dele, ou melhor, o sobrenome dele me lembrou daquele filme MIB Homens de Preto.
Escutei três batidas na porta do quarto e Guilherme entra:
– Posso entrar? – Indagou Guilherme, colocando praticamente apenas a cabeça pra dentro do quarto e olhando pra mim com um rosto calmo, neutro.
– Pode. – Falei surpreso. – O que você faz aqui?
– Seu irmão teve de ir à sua casa e eu me ofereci pra ficar de seu acompanhante até ele voltar.
– Obrigado, não precisava, ou melhor, não era sua obrigação. – Disse meio sem jeito, pois não estava à vontade com Guilherme ali, do meu lado.
– Claro que era! – Disse Guilherme enquanto puxava uma poltrona pra sentar próximo a cabeceira de minha cama. – Depois de tudo o que eu já lhe fiz, fora o que eu sinto por você. Se tivesse acontecido alguma coisa com você... – Ele falou abaixando a cabeça e apertando as mãos, pude notar seus dedos muito tensionados, a força que era exercida sobre suas juntas e como Guilherme lutava pra se controlar.
– Guilherme também não é pra tanto, nós nem... – Guilherme me interrompe neste momento com um beijo que acabou me pegando de surpresa.
Senti sua boca esmagar a minha, senti tanta urgência em seu beijo que ele mais parecia mastigar meus lábios a principio, então percebi seu beijo se suavizar, buscar meus lábios, acariciá-los depois buscar minha língua de uma forma carinhosa, cuidadosa quase como se ele pudesse me quebrar. Foi algo diferente de todos os meus beijos com o Guilherme, que nem foram muitos na verdade.
– Desculpe, desculpe, eu sei que mais uma vez eu quebrei minha promessa, eu não esperei sua resposta, mas eu tive tanto medo de te perder, eu tive tanto medo de que você... – Ele parou de falar e olhou fixamente em meus olhos. Seus olhos estavam amedrontados, buscavam os meus.
– Acho melhor a gente parar por aqui, vamos deixar este assunto pra outra hora, essa não é a hora mais adequada, não acha? – Falei na tentativa de desviar do assunto.
– Claro, claro! Você tem razão. – Ele concordou.
Eu apenas o observei, ele sorria olhando pra mim o tempo todo, parecia feliz por estar comigo, mas sempre um ar de preocupação em seu rosto, uma expressão que eu nunca havia visto ou percebido antes.
– Quer alguma coisa? Água, comida, ir no banheiro, sei lá, qualquer coisa? – Perguntou Guilherme procurando manter aquele clima amigável entre a gente.
Quando o Guilherme falou em comida senti meu estômago revirar, um vazio o tomava e toda a minha atenção agora estava voltada pra ele, para o meu estômago vazio que não via nada desde, desde as 9h da manhã.
– Na verdade quero sim, qualquer coisa pra comer, estou me sentindo faminto! – Respondi.
– Vou procurar um médico e ver o que você pode comer e se pode comer, afinal você foi operado há poucas horas. – Guilherme disse saindo do quarto. – Não se preocupe, não vou demorar.
– Ok. Obrigado mais uma vez.
Recostei-me no travesseiro e fechei meus olhos para descansar um pouco enquanto aguardava o retorno de Guilherme. Foi então que ouvi o barulho baixo do trinco da porta sendo aberta.
– Já voltou Guilherme! – Falei admirando, pois ainda não fazia 5 minutos que este havia saído do quarto. Vejo a luz do quarto sendo acesa e aquele clarão a me cegar momentaneamente. Sem enxergar muito bem vejo a pessoa se dirigir até o armário do outro lado do quarto, onde ficavam meus objetos pessoais e as roupas de cama e banho limpas, quando minha visão volta ao normal, me assusto.
– VOCÊ...
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Narração Augusto:
Chegando em casa já dei de cara com meu avô me fazendo perguntas.
– O que era todos aqueles policiais de manhã Augusto? Cadê seu irmão? – Disse ele gritando.
– Ah vovô me poupe, o Ber está internado, vim buscar umas roupas.
– Internado? – Disse ele espantado. – O que aconteceu com ele? – Perguntou preocupado.
Contei por cima tudo o que tinha acontecido.
– Vô, vou te perguntar uma coisa, seja sincero na sua resposta.
– Eu e o Bernardo não somos irmãos?
– O QUÊ? – Disse ele gritando assustado. – Da onde você inventou isso garoto.
– EU FALEI PARA SER SINCERO COMIGO – Disse gritando.
Ele ficou calado, depois me encarou e disse:
– Não Augusto. Vocês não são irmãos. – Disse ele serenamente. – Seus pais poucas semanas depois de se casarem, enquanto faziam uma caminhada no parque, acharam um bebê abandonado e chorando dentro de uma cesta de piquenique. Eles levaram esse bebê para o Hospital, depois de alguns dias, não conseguiram achar os pais biológicos e seus pais decidiram adotar aquela criança. E apenas eu e sua avó sabíamos dessa história, para todos, Bernardo sempre foi filho biológico de seus pais.
Escutei isso e parecia não acreditar. Tudo parecia um sonho e que logo iria acordar de tudo isso. Mas infelizmente não era, era a mais pura realidade e uma coisa na minha mente me atormentava. Contar ou não a verdade para o Bernardo.
João Paulo olhava assustado, eu confiava nele, assim como o Ber também confiava.
– Eu vou voltar para o Hospital com vocês. Só vou me arrumar. – Disse meu avô.
Subi para o quarto para pegar as roupas do Ber, o João Paulo veio junto.
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Narração Bernardo:
– VOCÊ... – Falei espantando ao ver o Daniel no quarto, pois não entendia por que ele estava ali.
– Sim eu, meu caro. – Disse ele com um sorriso cínico no rosto.
– Mas o que você faz aqui, não me diga que o Guto colocou a escola toda pra passar a noite comigo? – Falei tentando entender o que ele fazia ali, Guilherme já era meu acompanhante.
– Não vim passar a noite com você, vim apenas me despedir de você Bernardo.
– O quê? Como assim? Eu não estou entendendo.
– Adeus, eu espero que você não me dê mais trabalho, e morra logo de uma vez! – Ele disse pegando um travesseiro, sorrindo de uma forma macabra e vindo de uma vez pra cima de mim, sem me dar chance pra reagir.
Senti todo o peso do seu corpo sendo colocado contra aquele travesseiro que me cobria o rosto por completo e não me permitia respirar. Debati com todas as minhas forças, mas não foi o suficiente pra me libertar daquele abraço sufocante, pois estava sem me alimentar a mais de 12 horas e recém-operado, não tinha forças nenhuma. Senti o pouco das minhas forças que restava se esvaindo e minha consciência já se perdia diante daquela situação, quando ouço a porta sendo aberta.
– Ber, não encontrei o médico, mas uma das enfermeiras me... Daniel? LARGA O BERNARDO AGORA SEU DESGRAÇADO!
Então senti finalmente o peso do corpo de Daniel deixar minha face, retirando o travesseiro me permitindo voltar a respirar. Não vi muito do que aconteceu. Só sei que houve barulho de briga no quarto, pancada nos móveis e depois o silêncio, em seguida estava Guilherme do meu lado.
– Você está bem? Ele te fez alguma coisa? – Ele falou ofegante.
– Não, eu estou bem, com um pouco de dor e sem folego, mas vivo!
– Meu Deus, você está sangrando, seus pontos abriram você precisa de um médico.
Ele interfonou pra enfermaria e minutos depois estávamos sendo atendidos. – Só então vi Daniel no chão com uma poça de sangue em torno da cabeça. O médico voltou para refazer o curativo, por sorte, apenas dois dos pontos arrebentou, e foi possível refazer ali no quarto mesmo. Após algumas horas o Gui me disse que durante sua briga com o Daniel, ele bateu com a cabeça muito forte no chão e desmaiou, a principio lembro que o Gui não lhe deu atenção, alguns enfermeiros logo chegaram e retiraram o Daniel do quarto, mas depois foi informado pelos médicos de que este havia sofrido traumatismo craniano seguido de morte encefálica, ou seja, ele havia morrido. Após saber de tudo o que havia acontecido, sobre o atentado que eu havia sofrido, duplamente diga-se de passagem, me senti mais aliviado com a morte de Daniel. Sei que é horrível, mas foi o que senti.
Meu avô e Guto passaram a revezar pra ficar comigo no hospital, me surpreendi, não por Guto, já sabia que podia contar com ele, mas com meu avô de está sendo tão AVÔ! Que bicho foi que mordeu ele? Acho que devia ter algum dedo do Guto no meio desta história.
A semana passou tranquila, sempre nesta rotina, o Guto ou o Vô comigo, o JP todos os dias vinha me ver, o Gui toda hora estava no hospital, sempre que era horário de visita e até quando não era. Eu percebia que Guto não gostava nem um pouco da presença do Gui, mas ele merecia algum voto de confiança depois de tudo o que eu soube que ele fez. Após uma semana, finalmente recebi alta e fui pra casa, mas notava sempre o Guto meio receoso demais comigo, parecia que me escondia algo, não sei.
– Guto, você tá estranho, quer me dizer alguma coisa?
– Não, é impressão sua. – Ele falou mais estranho ainda.
– Ainda estão investigando as circunstâncias da morte do Daniel, é isso? – Perguntei tentando entender o que acontecia. – Você ou o Gui ainda são suspeitos de alguma coisa, a polícia desconfia de vocês é isso?
– Não, não , nada haver! Disse ele desviando seu olhar de mim. – Na verdade tem um lance aí que eu quero te contar que é chato, mas que é bom, porém você pode não gostar ou pode gostar, sei lá!
– O que foi? Agora eu tô ficando preocupado caralho.
– Espera! Eu já volto. Mas lembre-se, antes que eu te diga qualquer coisa quero que fique bem claro o quanto eu gosto de você e que nada vai mudar, ok? – Guto disse isso me dando um beijo na boca, um beijo muito gostoso, era algo guloso, direto, másculo, mas foi rápido, contudo fiquei excitado na hora. Ainda bem que as cobertas desfaçavam meu estado. Além de excitado, fiquei um pouco assustado, primeiro por ele ter me beijado de surpresa assim e segundo, o que ele quis dizer quanto o que nada vai mudar?
Alguns minutos depois entram no meu quarto o Guto e o nosso avô.
– Ber, o vovô tem uma história pra te contar, eu só descobri quando você estava no hospital e... Escuta depois nós conversamos. – Falou o Guto sem saber muito bem o que dizer.
– Bernardo eu serei direto. Não saberia contar de outra forma e acredito que esta seja a melhor maneira mesmo.
– Fala logo, assim vocês só pioram a situação. – Disse já apavorado.
– Você é adotado! Seu pai e sua mãe te adotaram quando você ainda era um bebê, um recém-nascido de poucos dias. Eles eram recém-casados e se apaixonaram por você como todos nesta família! Mesmo eu, com esse meu jeito tosco, gosto muito de você, mas não espere nenhum tipo de demonstração, pois isso já é querer demais. Só sei gostar do meu jeito e não tenho mais idade de mudar minhas manias por causa de dois moleques feito vocês dois, entenderam?
– O quê? – Falei sem acreditar no que meu avô me disse.
– É verdade, você é adotado, poucas pessoas sabiam disso, apenas eu, sua avó, seus pais e a assistente social que cuidou do caso, que nem mora mais aqui nesta cidade. Quando seus pais e sua avó morreram eu jurei pra mim mesmo que essa história morreria comigo, nunca fiz distinção entre você e Guto, ambos são meus netos, não havia por que ressuscitar essa história, mas por causa do acidente e de umas questões com sua transfusão de sangue, Guto descobriu e não parou de me infernizar até eu lhe contar. Bem, a história é essa, você continua sendo da família, o Guto ainda é seu irmão, eu ainda sou seu avô, nada mudou. Então, não espere que eu vá bancar o avô babão que corre atrás dos netos não, que eu não fazia isso nem com os meus filhos quando eram pequenos, então por que faria isso com você? Vê se fica logo bom, pois estou sendo torturado com a gororoba que o seu irmão faz na cozinha. – Meu avô disse se levantando da cama e indo pro seu quarto deixando eu e Guto no quarto sozinhos. E assim dessa forma cuidadosa e gentil eu soube da verdade, Guto não sabia se ficava aliviado por eu saber a verdade ou se ficava chateado com nosso avô por me contar assim, como só um ogro contaria.
– Ber, desculpe o mau jeito que o vovô te contou, eu deveria ter te contado tudo sozinho! Também que ideia chamar a sensibilidade em pessoa pra dar uma noticia dessas!
– Não tem problema man... digo Guto. – Me interrompi sem saber como agir.
– Ei, para com isso, nada mudou, você ainda é meu irmão, eu te amo!
– Eu também te amo, mas é tudo tão novo. – Falei sem saber o que dizer.
– Como eu disse, nada mudou. Eu sou teu irmão, continuo sendo seu irmão, ainda te amo como irmão, mas tem uma coisa que mudou, viu?
– O quê? – Falei curioso.
– Agora te desejo sem culpa alguma, agora posso sentir o que sinto por ti, sem medos, receios ou quaisquer coisas do tipo. – Ele falou malicioso e me beijou de novo.
– Ai é que tá Guto – Falei separando-o de nosso beijo. - O que é isso que sentimos um pelo outro? O que você espera desta relação?
– Bem, só sei que te amo, como irmão e um pouco mais. Sei que te desejo e te quero e que não vai passar, pois já faz tempo que sinto isso. Sei que tenho ciúmes de ti, mas sei que não poderemos ter uma relação monogâmica, pois também gosto de outra pessoa, é diferente do que sinto por você, mas gosto. Você sabe que nunca fui certinho, nunca me apaixonei de verdade, mas o que sinto por você e pela Luana, não sei explicar. Eu poderia tentar te enganar, pois assim seria mais fácil te convencer a ficar comigo e mandar aquele imbecíl do Guilherme pastar, mas prefiro te contar a verdade.
– Então, você me quer, mas que ter uma relação aberta pra ti, é isso?
– Sim. Você aceita?
– Não.
– Não? Mas eu sei que você me deseja, que você me quer. Não negue, que não é de hoje que eu manjo como você me olha, e nunca vou me esquecer de 15 dias atrás.
– Não nego, eu te quero e desejo, acho que mesmo se quisesse não conseguiria ficar longe de ti, mas não aceito que você tenha uma relação aberta, não!
– Como?
– Eu também quero ter uma relação aberta, se quiser ficar comigo será assim, você fica comigo e com alguém que você goste e o mesmo vale pra mim, topa? – Falei já com um pequeno sorriso no rosto pela cara de desagrado que o Guto fez, desde pequeno ele odiara dividir seja lá o que fosse. Quando ganhei meu quarto, ele obrigou nossos pais a fazerem logo o dele, pois não queria dividir o quarto comigo. Mas no fim, ele cedeu a minha proposta.
– Não sei.
– Está é minha única e última oferta, até por que eu não nasci pra ser o outro e é até bom, pois assim ninguém desconfiará da gente.
– Tá bem, mas não me diga que você já está pensando...
– Guto, nestas áreas de nossas vidas, nós não nos meteremos na vida um do outro, se for pra esse nosso relacionamento, ou seja, lá qual for o nome disso, funcionar.
– Ok, ok, ok! Mas agora me da um beijo, pois quero dormir aqui contigo, abraçadinho neste meu irmãozinho gostoso. – Falou já subindo na cama.
Passamos o resto da noite a fazer carícias um no outro e o Guto me contou toda a história de como ele descobrira que não estávamos a cometer nenhum incesto.
No outro dia o Guilherme veio falar, comigo. Guto havia saído providencialmente de casa.
– Bom dia! – Exclamou todo sorridente Guilherme.
– Bom dia. – Falei seco.
–Você me chamou, então eu vim. Acredito que já tenha minha resposta, não é? – Falou em um tom meio apreensivo, já esperando o pior de minha parte.
– Sim, tenho. – Falei ainda mantendo o mesmo tom de antes.
– Pelo sua cara já sei qual vai ser. – Ele falou abaixando a cabeça. – Bernardo, por favor, me perdoa, eu , eu... – Ele estava atordoado, não sabia o que falar e o que fazer, estava tão fofinho, mas me mantive firme. – Eu faço qualquer coisa por você, o que você quiser pra provar que eu mudei, eu me arrependo do que fiz, me da uma chance de provar, de te fazer feliz, de ser feliz! Eu só serei feliz se for com você, Bernardo eu te amo!
– Olha, eu lamento, mas não dá, desse jeito não dá!
– Eu mudo, eu faço o que você quiser.
– Olha pra andar por aí comigo o cara nunca poderá levantar a mão pra mim, vai precisar me tratar muito bem, respeitar, ser carinhoso, afetuoso, entre outras coisas. E... namorar com você, não dá! Falei de forma calma, com uma expressão vazia.
– Por favor, repense eu...
– É claro que eu aceito.
– Ber eu te amo, não me deixe assim, eu faço qualq... Você aceitou? – Guilherme perguntou meio sem acreditar – Você aceitou! – Agora ele já me abraçava e beijava completamente eufórico, acho que nunca o havia visto assim. Ele beijava meu pescoço, minhas bochechas, testa e boca de forma descontrolada, me abraçava e apertava de um jeito que nossa, ele era a felicidade em pessoa.
– Guilherme, me escuta. – Falei em meio aquela euforia dele. – Me escuta Guilherme.
– Sim, sim, meu amor, diga, o que você quiser!
– Olha, eu não vou te enganar, eu ainda amo o Rick, não tem um dia no qual eu não pense nele. Eu me sinto atraído por você. - Na verdade, pelo Guilherme e por meu irmão, pensei comigo mesmo. – Mas eu não sei se te amo ainda, eu tinha raiva de você, tinha ódio, mas tudo isso passou, e eu sinto... Não sei o que sinto por você. Eu acho que estou aprendendo a te amar.
– Tá bom meu amor, eu entendo, eu garanto que não vai se arrepender.
– Assim espero. – Falei passando minha mão em suas pernas.
– Agora me deixa matar a saudade vai! Deixar eu aproveitar o dia mais feliz da minha vida, depois daquele dia no hospital.
– Que dia?
– O dia que eu soube que o meu amor estava bem, que não corria mais risco de vida. Aquele foi o pior e o melhor dia da minha vida. – Ele falava já se aproximando de mim.
– Ei, calma aí, eu ainda estou me recuperando da cirurgia.
– Eu sei, mas com calma nós podemos brincar um pouco. – Disse-me ele com uma cara de safado.
– Não Guilherme, nós não... – Mas Gui me interrompeu me beijando de uma forma delicada, carinhosa, amorosa, essa era a palavra, pois eu podia sentir o quão o Gui me amava através daquele beijo, que embora calmo, suave, estava me excitando muito.
– Tem certeza de que ainda não acha que devemos “brincar”? – Ele falou provocativamente no meu ouvido.
– Não! Agora acho que podemos brincar um pouquinho sim. – Gui me abraçou devagar e me conduziu até a cama devagar, nos deitamos, despimo-nos e de repente eu senti a boca de Gui passear por todo o meu corpo, de uma forma calma, como a memorizar cada pedacinho dele. Ele pegou meu pau e o abocanhou por inteiro, sem receio, ou medo, ou qualquer coisa do tipo.
– Huuuuuummmmmmmm... Gui... Assim... Vai... – Ele passeava com sua mãos por minhas pernas, cochas, bunda, cintura, e continuava subindo até o pescoço.
– Hoje você vai ser meu! – Ele falou com o olhar queimando de desejo. Ele manteve o olhar fixo em mim. Retirando seus olhos dos meus apenas pra me preparar pra penetração.
Após alguns minutos eu já não me aguentava mais.
- Anda Gui, me come vai.
– Não!
– O quê? – Falei assustado. – Como assim?
– Hoje eu não vou te comer, vou fazer amor contigo! Eu não vou ser teu macho, eu vou ser teu homem, entendeu?
– Sim! – Fiquei surpreso com o que me disse. Ele me tratava da forma mais carinhosa possível, eu estava amando, porém muito excitado, louco pra sentir seu pau dentro de mim. - Mas anda logo.
– Olha pra mim.
– Hã?
– Olha pra mim, vai! – Ele pediu enquanto me dava um beijo delicioso.
Eu olhei e ele fixou os olhos em mim. Durante toda a nossa transa ele manteve os olhos fixos nos meus, mesmo quando nos beijávamos ele não me permitia fechar os olhos. Eu sentia suas estocadas, lentas, calmas, mas fortes, fundas, era uma sensação nova pra mim, sentir o prazer se aproximando de maneira lenta, provocativa, quase torturante.
– Mas rápido, vai Gui, com força. – Eu implorava.
– Não!
Sem aguentar, eu já rebolava feito um louco no pau dele, que em meio aos meus beijos apenas sorriu.
– Você quer mesmo, que eu faça com mais força né?
– Sim, por favor!
– Então você vai ficar querendo? – Disse-me sem tirar seus olhos de mim.
– Por quê? – Perguntei sem entender.
- Pelo jeito não se lembra, da cirurgia que fez, dos pontos que ainda está aqui. – Ele disse passando a mão de leve nos pontos, me causando um leve incômodo, e até cócegas.
- Hahaha, para, dói e faz cócegas.
- Nós vamos apenas nos amar hoje Ber. Não quero força, quero apenas te amar. – Ele disse me beijando. Eu não queria admitir, mas o Guilherme estava conseguindo me conquistar.
O Gui voltou a dar leves estocadas, mas sempre mantendo o contato visual, ele estocava com o máximo de cuidado que conseguia, eu sentia o gozo se aproximando a cada estocada, a cada gemido até que finalmente gozei. Gozei horrores, com ele ainda bombando dentro de mim, com as minhas contrações anais provocadas pelo meu orgasmo ele logo gozou também. Ele tirou seu pau de dentro de mim, ele usou camisinha, então não fez sujeira alguma em meu cuzinho. O Gui deitou-se ao meu lado, repousei minha cabeça em seu peito e disse:
- Eu quero fazer isso dar certo, eu estou gostando de você. Ou melhor! Eu estou amando você. – Disse dando um beijo nele.
- Estou muito feliz com isso Ber, sempre esperei por esse momento. Eu te amo. – Ele disse beijando minha testa.
Ele foi se lavar, e depois ajudou-me a me vestir. Deitamos e acabamos dormindo abraçados.
*
*
*
Eu estava correndo por um lindo campo, repletos de tulipas, das mais diversas cores, era uma paisagem única e incrível, um sol forte e brilhante radiando, avistei uma árvore com uma enorme sombra e caminhei até lá. Avistei um balanço, e alguém sentado nele. Na medida que me aproximava, a imagem dessa pessoa ia ficando mais nítido. Não... Não pode ser!
– Rick? – Era o meu Rick sentado ali naquele balanço.
– Oi, meu amor! – Disse ele com aquele sorriso mais lindo do mundo.
– Rick, por que sempre aparece, e não fica comigo? – Falei quase em desespero.
– Meu amor, eu sempre disse que ia cuidar de você. Que sempre estaria com você, eu estou te esperando, eu sou só teu... – Disse me ele com uma voz serena, que me acalmava.
– Rick me perdoa, eu não estou sendo certo, eu tô namorando com o...
– Shiii! – Ele me interrompeu, colocando seu dedo em minha boca – Não importa com quem você esteja, vamos aproveitar esse momento. Vem cá, vem. – E ele me puxou para um abraço e me beijouTO BE CONTINUED
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Série ACD 2x10 – Parte 1 de 2
Paixão, Prazer e Pecado.
Último Capítulo 1/2
Olá minha gente, esta aí a Primeira Parte do Final de ACD, espero que todos tenham gostados. Já estou sentindo falta desse conto e de vocês, mesmo ainda faltando a parte 2 pela frente hahaha. Antes de agradecer a vocês, quero falar algumas coisas a respeito desse capítulo. Desde o início de ACD sempre falei da existência de um triângulo amoroso, vários candidatos surgiram, e agora vocês já sabem como ficou o tão esperado triângulo. A preferência por Guto e Gui é muito acirrada entre vocês, isso eu sempre percebi, o Guilherme mudou, mudou pelo Ber, o Guto continuou o mesmo, por alguns momentos tentando tirar, em vão, o Ber de sua cabeça, mas ele ama a Luana, a qual ele é apaixonado desde pequeno. Na parte 2 vocês entenderam melhor tudo isso. Espero que tenham gostado. Quero agradecer primeiramente meu parceiro Iky o qual escreve esse conto também. Meu namorado Herck/Realginário o qual me critica muito, mas não ligo, kkkkkkk te amo meu chato <3, Luizinho 2 obrigado por ler meu conto, é um grande autor que admiro, meu parceiro FabioCWB, minha miga chata que amo caamilaa <3, grimm te adoro Isa :D, Alanis entendi suas perguntas agora, só não respondia elas para o bem dos leitores, gosto de guardar as emoções para o fim kkkkkkk bjs, CrisBR valeu cara, estou sentindo falta de seus contos aqui na Cdc, quando volta? Hahaha, JiilValentinee, Jonas 33, kle f., Jhonny', João Ricardo, Sergipana, JoNaThAs, Alex20, Luuis Fillipe, lena78@, FabioStatz e frannnh. Muito obrigado a todos.
> Gente, quanto ao meu novo conto que vou fazer com o Real, agradeço a todos que votaram para escolher o titulo, foram vários votos entre os 3 possíveis. Porém decidimos por um titulo que tem mais a ver com o enredo, e a estória que passará no conto. Vai se chamar Paraíso Sombrio. E final de semana que vem, vocês poderão curtir o primeiro capítulo dessa série.
Beijos e abraços a todos. Até a parte 2 da Grande final de ACD.
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> Gustavo: guhhh_ufc@hotmail.
> Iky: iky.01@hotmail.com
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