Terminou seu cigarro olhou para o corpo que seus subalternos enterravam. Já não significava nada depois de tantos anos naquele grupo, apenas mais um membro traidor que por ordens superiores era obrigado a apagar. Vlad era apenas a mão daquela organização gigantesca que parecia um corpo vivo com cabeça, pés e tronco. Seu grupo os Cães da morte como chamavam só faziam o serviço sujo que vinha lá de cima, da Cabeça como chamavam. Aquele grupo era responsavel por distribuição de drogas e armas para ramificações que chamavam de Lojas. Vlad não queria saber disso, era pago para matar e era isso que fazia sem questionar. Não tinha familia ou amigos, era um sujeito frio que assustava quem olhava com seus crueis olhos negros, barba a fazer, cabelos pretos e seus ostentosos 1,95 de altura e seus 100 kg de musculos. Vlad era um sujeito frio, até conhecer Chris... Aquele maldito que poderia acabar com sua vida pelo simples fato de ser a criatura mais adoravel do mundo. As causas que o levaram a conhece-lo eram estranhas e até mesmo irreais; deveria mata-lo. Chris era um advogado jovem que estava no pé da organização (KC ela era apelidada) e as ordens eram tão simples que Vlad foi sozinho até a casa de campo dele. Facil como roubar doce, ele pensava.
Estava errado. Chris não era tão bobo quanto ele pensava e aquele descuido como profissional resultou em um tiro no abdomem, um cano apontado para seu rosto e uma forçada rendição. "Peguei vc, garoto" foi oque Vlad escutou antes de desmaiar.
Via relances da realidade depois disso mas nada claro; dois vultos, um quarto, dor, injeções, desmaio, vozes. Quando finalmente acordou meio zonzo viu-se deitado em uma cama num quarto de um chalé rustico, os pulsos algemados na cama. "Está surprezo matador?" disse uma voz suave aos pés da cama. Vlad sobressaltou-se e viu um sujeito louro, olhos azuis, porte atletico o olhando ironico; era Chris. Tentou soltar-se em vão, a barriga doia e havia um curativo."merda" pensou "Ele quer me interrogar"