Meus queridos... Super feliz por todos os comentários. Vindo do pai do Guilherme, pode-se esperar as piores coisas, já que ele traía a esposa, batia nela na frente do filho, e é contra a sua sexualidade. O segredo é algo bem sujo e que marca pra sempre a vida de um ser humano. Estou amando os palpites e já vou logo adiantando que nas próximas partes, o conto dará uma reviravolta. Continuem acompanhando. Iky, Guhhh, CrisBr, Hercky, Lena78@, Alanis, Dr. Romântico, Lipe, Kelly e todos os outros, eu curto muitoooo vocês. Um beijo bem gostoso a todos.
"QUANDO ESTIVERES ENTRE OS LOBOS, UIVA COM ELES".
Boa Leitura...
- Você vai se arrepender amargamente por me tratar assim cara.
- Não tenho medo de você filho da puta! Vai se fuder e me deixa ser feliz. Ah! E sabe por que eu estou com o Andrey? – Porque ele é o que você nunca vai ser: HOMEM!
O Bernardo arrancou o carro quase rasgando a pista. O seu ódio era incontrolável. Nunca se conformava em ser rejeitado pelo primo, o seu amor desde a infância.
Guilherme chegou em casa, tomou um banho e jantou com os pais da Lívia. Ele havia explicado os motivos de sua saída de casa, e foi confortado e amparado por eles. Após jantar, subiu para o quarto, fez uns trabalhos da faculdade que estavam pendentes e caiu no sono.
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Andrey acordou cedo, levou a sua mãe ao médico e correu para o escritório. Era um dia de muito sol e ele estava derretendo naquele terno. Aliás, ele odiava vestir este tipo de roupa, mas como era obrigado... Teria de esforçar-se ao máximo. No caminho, quase chegando, deparou-se com o Rafael e o Bernardo, ambos os primos do Guilherme. Fingiu não ter os vistos, pois não estava com saco pra papos, mas foi em vão, Bernardo o reconheceu naquela roupa.
- Oi Andrey! Como vai? – disse ele aproximando-se.
- Oi. Estou bem. – o Andrey apertou a mão do Rafael e do Bernardo. Ele conheceu os dois, na festa dos tios do Gui. E que festa! – pensou ele.
- O que faz aqui no centro, vestido desse jeito? – perguntou Bernardo.
Andrey respirou fundo pra responder. O Guilherme tinha razão... Ele era mesmo insuportável!
- Eu trabalho aqui perto. E estou completamente atrasado.
- Você se esqueceu de marcar a nossa cervejinha. Lembra?
Ele sinceramente não lembrava; na verdade o Andrey nem fazia questão da presença dele. O Rafael meio recuado, só observava o primo conversar.
- Não esqueci não, assim que eu puder te ligo e a gente marca ok?
- Tudo bem! E como está o meu primo Guilherme? Sinto muita falta dele. Apesar dos nossos atritos, eu gosto muito dele.
Como alguém pode ser tão hipócrita e sujo como ele? Dias atrás, o chamara de bandido e marginal, criando intrigas com a própria família, sobre o caráter do Andrey, inventando que ele era usuário de drogas e que estava metido com gente barra pesada. Agora queria agradá-lo de qualquer forma, para tentar separá-lo do Guilherme. O seu foco justamente era o primo, ao qual sente um amor reprimido e não correspondido por ele. Na verdade, quando o Gui tinha por volta de dez anos, sentia sim, uma enorme paixão por ele. Uma vez o beijou, mas assustado, correu para o seu quarto. Foi quando o Bernardo também percebeu que sentia algo pelo primo. Mas o medo e o seu jeito egocêntrico de ser, transformou todo o amor que o Guilherme sentia por ele, num ódio culminante, ainda mais depois de tudo que ele fez junto ao pai do Gui.
- Bom, eu já vou indo galera. Estou muito atrasado. Até mais. – Andrey se afastou ao máximo dali, não pelo Rafa, que parecia ser um cara super bacana, mas pelo Bernardo mesmo, que não era confiável.
Chegando ao escritório, o Andrey tratou logo de por o trabalho em dia, pois sabia que o seu chefe não gostava muito de atrasos.
- Demorou em Andrey?- disse o Otávio.
- Tive que levar minha mãe ao médico.
- E que cara é essa?
- Só um cara chato e idiota que eu esbarrei antes de vim pra cá. Mas está tudo bem.
- Como está o Guilherme?
- Muito bem. Nem te conto amigão. Ele conseguiu um emprego numa loja... Confesso que não gostei nada da idéia e ainda continuo não gostando, mas eu não podia barrar o primeiro emprego dele.
- Mas qual é o motivo de tanta desconfiança? – disso o Otávio meio confuso.
- É que o tal dono da loja, já ficou com o Guilherme e aí...
- Eles já foram namorados?
- Não. Só ficaram mesmo. Mesmo assim, eu não gosto. Acho até melhor eu esquecer este assunto, antes que eu mude de idéia e tire ele de lá. Vamos voltar ao trabalho.
Depois que o Andrey contou para o seu melhor amigo, sobre o seu relacionamento com o Guilherme, eles tornaram-se ainda mais amigos. O Otávio o apoiou em tudo e sempre entendeu a situação do amigo.
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- Igor, eu recebi estes documentos e queria que você desse uma olhada. – Guilherme estendia uma pilha de papéis pra ele, mas o foco do Igor era outro: os olhos verdes esmeraldas do Guilherme. Em meio a um transe, ele o chamou mais uma vez.
- Igor, Igor.
- Hã? O que foi?
- Você quer, por favor, prestar atenção no que eu digo? Eu queria que você desse uma olhada nestes papéis, pode ser? – ele repetiu a frase.
- Claro! Ponha-os em cima da minha mesa que eu dou uma revisada depois.
Guilherme obedeceu e encaminhou-se para sua mesa. O Igor tinha o dom de irritar ele, quando este não lhe dava atenção.
- Você nunca mais saiu... Não curte mais baladas. Este relacionamento está lhe deixando com o pensamento de velho hein? – Igor o encarava.
- Estou mais maduro Igor. E engano seu pensar que eu não saio mais. É que ainda não pintou oportunidade.
- Não seja por isso. Você quer sair comigo hoje?
- Hã? – Guilherme fez cara de surpresa.
- Claro que você pode levar o seu namorado. É só pra gente tomar uma bebidinha, curtir uma música...
- Acho melhor não. Deixa para outro dia.
- Ahhh... Qual é Guilherme? Hoje é sexta-feira, e pelo que vejo você já adiantou bastante o seu trabalho.
- Hoje não dá. Eu não estou no clima pra balada. Fica mesmo para outro dia. Acho que já deu minha hora. Eu já conversei com o fornecedor de malhas, a respeito daquela nota fiscal de valor acima do previsto e já está tudo resolvido.
- Você é impecável. – o Igor lançou o olhar fatal que só ele tinha, deixando Guilherme sem graça.
- Obrigado pelo elogio. Até segunda-feira.
Guilherme saiu, e o Igor ficou observando-o. Tava na cara que ele queria algo mais, além dos serviços profissionais do Gui, e estava cada vez mais difícil controlar o seu desejo pelo seu ex-ficante. O Guilherme por ser muito bonito, atraía vários olhares e com ele não era diferente. Sem contar que na cama... Já chegou a dizer para o próprio Guilherme, que nunca transou tão gostoso e maravilhoso com alguém, como foi com ele.
Realmente o Igor vai dar muito trabalho ao casal...
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Guilherme chegou à rua da casa da Lívia, e já ia entrando quando se deparou com a sua mãe. Ela estava abatida e com o rosto meio triste. Já havia dois meses que eles não se viam.
- O que a senhora está fazendo aqui?
- Eu vim conversar com você meu filho. Não vai me dar um abraço?
Guilherme ficou meio paralisado. Ainda estava magoado por dentro, depois de ela tê-lo expulsá-lo de casa. Mas acima de tudo ele a amava muito. Aos poucos suas lágrimas foram caindo. Morria de saudades da mãe, e só não ia visitá-la, pelo seu orgulho que falava mais alto. Foi se aproximando aos poucos, e jogou-se nos braços dela.
- Que saudades eu senti de você meu filho. – disse ela emocionada.
- Eu também mãe. Senti muitas saudades.
- Você está mais magro. – ela o olhava de cima a baixo.
- Quê isso? Estou me sentindo um gordo e feio mãe.
- Nem se você quisesse seria feio meu filho.
- O que a senhora quer falar comigo? Se for para...
- Eu vim pedir para você voltar pra casa filho.
Guilherme olhou sério para ela, antes de responder.
- Não mãe. Eu não quero voltar pra lá. Eu amo muito a senhora, mas não esqueci o que fez comigo.
- Guilherme... Você estragou a festa do seu tio. E eu estava de cabeça quente meu filho.
- Estou muito magoado por dentro. Depois que aquele homem viajou para o exterior, tudo estava em paz entre a gente mãe. E a senhora me prometeu que nunca mais voltaria pra ele. Mas nos últimos meses, tudo tomou outro rumo.
- Eu peço que me perdoe filho. Volta pra casa, por favor! Eu me sinto tão sozinha... Semana passada, eu tive um princípio de ataque cardíaco, e achei que ia morrer sem vê-lo.
Quando ela disse aquilo, o coração dele disparou. Guilherme sempre cuidou da saúde de sua mãe. E foi exatamente por este motivo, por ela ter uma vida tão fragilizada, que ele escondeu por tanto tempo um segredo que o fez sofrer e sentir-se sujo por muito anos. Ele sabia que o Sr. Alberto não parava em casa. E que a sua mãe ficava sozinha sempre, pois ele ligava para a Maria, a empregada, e tinha todos os detalhes do que acontecia m sua casa.
- Volta filho. – ela começou a chorar. O coração dele estava partido. A sua mãe e o Andrey, eram as únicas razões de sua vida e ele não podia perdê-los por nada.
- Eu volto mãe. Mas estou fazendo isso pela senhora... Mas vou logo avisando, que eu não vou me separar do Andrey, e se eu ouvir naquela casa, qualquer piadinha ou calúnia contra ele, eu saio de novo e não volto nunca mais.
Na verdade, a dona Sandra, o queria por perto, para protegê-lo do Andrey, ao qual ela achava ser um bandido e drogado.
CONTINUA...
