Boa noite pessoal. Achei que não iria conseguir postar hoje, esta atrasadinho mas esta ai. Bom, tudo acabou agora, todos os mistérios já foram revelados, a vingança feita, agra só nos resta acompanhar os últimos momentos do Fe do Fer e do João.
Pessoal só faltam dois capítulos, desde já começo a agradecer o carinho de todos vocês.
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luy95, pode ter certeza, o Fernando jamais iria comer aquela bundinha minguada, se ele tem um banquete em casa, pra que vai querer um prato feito né. Beijão meu caro.
sonhadora19, depende minha linda, o João atingiu o ego do Pedro, onde ele mais sente, o Fernando já resolveu atingir de outra maneira. O Pedro agora já era, O Fernando descobre nesse post.
Willyan, fica tranqüilo, ele não morre não, bom isso já não sei, agora ele não é mais personagem da minha história. Grande abraço meu caro.
grimm, hahahaha, certíssimo, quem bate esquece, mas quem leva sempre via lembrar. E o João lembrou e fez bonito e de quebra seu amorzinho foi la e vingou seu amado.
stahn, também adorei essa surra, e olha que por mim nem vingança teria, mas até que adorei. Bom, eu só precisava finalizar essa história de Pedro e bla bla bla para poder voltar aos personagens principais. Sobre com quem o João vai ficar, isso ainda é um mistério, mas nem tanto, acho que já esta claro desde sempre qual será o final. Beijos.
lena78@, pode ficar tranqüila, o Fernando só parece, mas não é loco não. Espero te ver na net, beijão lindona.
Silver Sunlight, fica tranqüilo, o Fernando só esta devolvendo o que o Pedro deu ao João, mas devolvendo em forma de murros, rsrs. Grande abraço meu caro.
Docinho21, claro que lembro de você minha querida, notei sim sua presença, mas que bom que voltou, espero que curta a parte final.
diiegoh', nossa doidão mesmo, e olha que ele nem é adepto a aquelas ervas mágicas, mas ele ficou doidassssso.rs
Cw, Obrigado pelo elogio, esse lance de algo a três é um impasse, tem a turma que quer e a turma que rejeita totalmente, ainda estou vendo como resolver isso, mas a três seria picante demais, rsrs.
wanderrrr, claro que sim, o que une todos eles é o amor, mas as vezes alguns sentimentos como esse aparece, mas o amor sempre vencerá. Beijão rapaz.
iurymarlon, hahaha calma garoto, não vamos ao extremo, mas a surra foi merecida.
Felipe RN, o Fernando pode parecer louco, mas de burro ele não tem nada, e outra, algumas vezes as coisas só se resolve no tapa mesmo, sem hipocrisia. Grande abraço.
MMBelém, nossa rs, isso não posso fazer, se não vira conto de terror, mas acho que as humilhações que ele sofreu já foram de bom tamanho, né?
C. T. Akino, dó? Ah leva pra casa, mas depois não reclame se levar uma punhalada nas costas, hehehe.
foguinho99, também não gosto de violência, mas algumas são um lavou a alma. Mas agora tudo volta ao normal, espero que acompanhe esses posts, são os últimos, você me ajudou a criar o ursinho, hehe, quero ver sua opinião final. Grande abraço. Ahhhh, o Felipe é do João, mesmo que não o use, rs se quiser pode ficar com o Pedro, o Alberto, Alex, rs
L.P, espero que tenha lido e gostado, corra amigo, o conto esta acabando, rs
Geo Mateus, calma, o Fernando não vai se meter em confusão, e sobre o Felipe, ainda vamos falar disso.
Ryuho, calma, o Fernando não é burro, ele sabe até onde pode ir. A Cíntia é the best mesmo, o mulher macho essa .
Alê12, sabe que você me deu uma ótima idéia, uma segunda temporada com assassinatos, e um misterio no ar, rs brincadeirinha, Posso ate pensar num homem para o Felipe, ele será ativaço, mas as vezes vai querer experimentar o outro lado também, hehehe.
Miguel Ferreira, que honra hein, ser seu conto preferido. Obrigado pelo carinho, pode ficar tranqüilo, o Fernando não vai preso, até pq o Pedro nem merece esse sacrifício né?
Grande abraço.
Anjo ciumento, obrigado pelo carinho, mas acho que deixei muito satisfeitos. Calma, estou criando um final maravilhoso para os personagens. Adorei seu comentário, você acertou em cheio no que falou. Beijão.
Bruno Del Vecchio, tranqüilo meu amigo, quando tiver disponibilidade vc lê.
Lucas_Y, seja bem vindo meu caro, mesmo sendo no final, fico feliz por ter curtido. Grande abraço.
kle f., nossa, adorei o fodasticamente foda, rsrs, espero manter esse nível, hehehe. Beijão.
L.P, nossa, to com medo de vc, rs, tadinho do Pedro, mas o Fernando é do bem, ele tem muito amor pra dar, mas para o João. Rs. Beijão querido.
Velton, e ai rapaz, curtiu?
dandara28, obrigado pelo carinho, tento me superar a cada post por conta de vocês, leitores exigentes, hehehe. Beijão minha linda.
Sergipana, obrigado minha querida, Grande beijo.
Mô – Espero que tenha gostado minha linda.
CrisBR – Obrigado, que bom que gostou meu lindão.
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Pedro – O que você vai fazer?? O que você vai fazer?? Pedro já estava em pânico, imaginando os planos de Fernando.
Fernando deixou uma parte do pano para fora e acendeu o isqueiro na ponta daquele tecido, fazendo a chama espalhar.
Fernando – Hora de morrer desgraçado.
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Capítulo 59
Pedro – Pelo amor de Deus, me solta, por favor, não me mate.
Pedro – Socorro, Socorro.
Pedro estava em pânico, desesperado, se debatia na porta do carro, tentando em vão se soltar das algemas que lhe prendiam, enquanto via aquele pedaço de pano sendo tomado pelas chamas, prestes a entrar no tanque de combustível daquele veículo. Fernando assistia tudo friamente, como se tivesse apreciando o desespero de sua vítima.
Pedro – Não me mate, não me mate.
O fogo já tomava conta de todo tecido e antes de entrar no tanque de combustível, Fernando puxou aquele trapo, jogando no chão, apagando as chamas com seus sapatos.
Fernando – Te matar? Se enxerga. Você acha mesmo que vale tudo isso? Eu te matar?
Fernando – Olha, há muito tempo eu não me divertia tanto. Você é um covarde, olhe pra você, aí no chão, sujo, até mijou nas calças. Fernando dava gargalhadas enquanto humilhava Pedro.
Pedro já não tinha mais forças para brigar, se arrependia amargamente de ter fugido daquela viatura, quando tinha sido preso. Fernando se abaixou, ficando próximo ao seu rosto, apontando o dedo pra ele.
Fernando – Espero que você tenha aprendido a lição, ouse chegar perto do João novamente, ouse se aproximar de qualquer pessoa do meu meio, daí não vou brincar mais e pode apostar que eu cumpro minha promessa.
Fernando – Ah, tem mais uma coisa, vou guardar nosso videozinho. Pra ele não circular por ai, basta você sumir de nossas vidas.
Pedro – Me solta.
Fernando – Você não é tão esperto? Tente sair sozinho.
Fernando – Até nunca mais. Fernando cuspiu em Pedro, chutando suas pernas em seguida. Pegou seu carro e deixou aquele estacionamento. Virou a esquina, dando de frente com alguns carros da polícia que rapidamente entraram no prédio onde Pedro morava, o prendendo novamente.
Cíntia, João e Felipe estavam conversando animadamente, ainda comentando do barraco ocorrido mais cedo, onde Pedro foi humilhado, mas pararam de imediato ao ver o estado de Fernando.
João – O que foi isso Fernando? Fernando esta um pouco sujo, com uma marca verelha na face, por conta do soco que Pedro lhe deu, suas mãos também estavam muito vermelhas, de tanto socar seu inimigo.
Fernando – Nada demais, só um imprevisto no meio do caminho.
Cíntia – Você não sabe o que o seu ursinho fez hoje. Ele acabou com o Pedro, humilhação total e ainda por cima conseguiu coloca-lo na cadeia. Você perdeu.
Fernando – Como assim?
Felipe – O João deu uma rasteira no Pedro, pena que ele conseguiu fugir da polícia.
Fernando começou a rir, deixando todos com cara de tacho, mal sabiam eles que esse dia também foi seu dia de ir à forra.
Fernando – Vou mostrar um videozinho pra vocês. Fernando entregou seu celular, deixando todos de boca aberta.
João – Porque você fez isso Fernando? Não precisava, eu já tinha dado uma lição nele.
Fernando – João, ninguém mexe com você e fica por isso mesmo, eu to aqui pra que? Se alguém fizer algo com você, alias, com vocês, eu vou até o inferno pra acertar as contas.
Cíntia – Gente, estou chocada. Nossaaaaa, da próxima vez que vocês armarem uma mega vingança, me chamem, tenho ótimas idéias. Agora guarde esse vídeo direitinho, pra essa peste não voltar a te importunar.
João – Deixa comigo, não vou fazer igual a Nina da novela, vou guardar no pen drive. Melhor, vou guardar nos meus e-mails.
João – Vem Fernando, vamos cuidar dessa mão, fazer um curativo.
Felipe – Deixe comigo João, afinal o doutor aqui sou eu, deixe que eu dou um jeito no meu irmão herói.
Fernando – Bom pessoal, agora o assunto Pedro acabou de vez.
João já estava deitado, apenas esperando Fernando chegar. O dia tinha sido agitado demais, não esperava um atitude dessas do Fernando.
Fernando – Pronto, agora posso descansar.
João – Não gostei nada dessa história viu. Então você ia comer o Pedro? Fernando começou a gargalhar ao ver a cara séria de João.
Fernando – Ah então é isso? Meu amor, jamais eu tocaria em outro cara, ainda mas num nojento como aquele.
João – Sei.
Fernando – É bom saber mesmo, agora pare de falar e vem me dar beijinho porque estou dodói, minhas mãos estão doloridas.
Fernando já subiu em João, dando beijos em suas costas, até ficar agarrado com seu ursinho.
João – Obrigado por me defender viu. No fundo eu gostei, apenas fico preocupado com você.
Fernando – Meu ursinho, adoro te defender, cuidar de você. Fernando enchia João de beijos, caricias, o fazendo rir com suas palhaçadas.
João – Eu te amo, meu herói. Ficou bem gay isso né? Fernando ria do seu ursinho.
Fernando – Ficou nada, eu sou seu herói mesmo.
João – E é mesmo.
Mesmo com o convite de Rubens e Mônica para voltar a trabalhar no escritório, João preferiu continuar com sua amiga Cíntia, recusou um ótimo cargo pois acreditava que sua felicidade estava em ter seu próprio escritório. Nos últimos dias Fernando chegou cheio de novidades, estava procurando um apartamento maior, mais confortável, até porque não dava mais para Felipe ficar dormindo no chão da sala.
João – Bom dia.
Felipe – Bom dia João.
Felipe – João, quero falar com você.
Felipe – Não quero que o Fernando encontre outro apartamento só pra me deixar mais confortável. Eu não pretendo me mudar com vocês.
João – Como assim? Você é irmão dele, nossa famíia, te considero como sendo da minah família.
Felipe – Eu ia falar com ele agora, enquanto ele tomava café, mas ele estava muito atrasado.
Felipe – João, tudo isso esta me fazendo muito mal, não consigo me sentir verdadeiro com meu irmão e isso me machuca muito.
Felipe – Eu só não fiz nada até agora porque você disse que ia resolver, mas tenta entender meu lado.
João escutava o desabafo e entendia perfeitamente a angustia do cunhado, pois sentia esse mesmo tipo de sentimento. Tudo estava maravilhoso demais, mas toda vez que Fernando o abraçava, declarando seu amor, sentia um grande incomodo.
João – Não fique assim Felipe, eu também me sinto muito incomodado com isso, me dói em pensar fazer o Fer sofrer mas eu tenho que ser sincero.
Felipe – Se você não contar a ele o que aconteceu entre nós, da vez que ficamos, em que nos beijamos, da atração que chegamos a sentir um pelo outro, das carícias e tudo mais, eu vou contar João.
Felipe – Eu nunca quis traí-lo, eu nunca pensei em ficar com um homem, mas sei lá, quando vi eu já estava envolvido.
João – Eu lhe entendo completamente, eu também senti atração por você. Eu também retribui o carinho que você me deu.
João sentou-se ao lado de Felipe, segurando sua mão, olhando em seus olhos.
João – Felipe, seja o que for que acontecer, eu vou enfrentar. Mesmo que eu perca o Fernando, eu vou ser sincero com ele, devo isso a ele e também a você.
João – Hoje à noite quando ele chegar do trabalho, vou abrir o jogo, vou contar tudo o que aconteceu enquanto ele estava naquela cama de hospital.
Felipe abraçou João, o agradecendo por seu gesto.
Felipe – Obrigado mesmo cara, depois que você fizer isso, eu vou falar com ele.
Felipe – Eu só não queria perder o amor do meu irmão.
Os dois selaram o acordo e desceram juntos para trabalhar, João iria para o escritório e Felipe para o Hospital. Mal apagaram a luz da sala e fecharam à porta e Fernando saiu de dentro da área de serviço.
Fernando saiu de dentro da área de serviço que ficava ao lado da cozinha. Tinha saído atrasado de casa mas ao chegar à portaria lembrou que tinha esquecido um documento, voltou pelo elevador de serviço, já estava saindo novamente quando a conversa de João e Felipe chamou sua atenção.
Fernando andou devagar até chegar à sala, sentou-se no sofá e ficou naquela escuridão pensando em tudo que tinha acabado de ouvir.
Fernando estava com o rosto triste, não conseguia raciocinar, achava que já tinha se reiterado a vida normal, que já soubesse de tudo que fosse relevante enquanto ficou dormindo, mas não esperava por uma notícia dessa.
Fernando colocou as mãos no rosto, abaixando entre as pernas, começando a chorar. Não sabia qual era seu sentimento naquele momento, sentia um misto de perda, raiva, mas raiva da vida que o privou de viver por mais de um ano ao lado das pessoas que tanto ama. Tentou colocar-se no lugar de João e de seu irmão mas por mais que quisesse, não conseguia sentir raiva deles.
Fernando – Meu Deus, porque isso?
Fernando – O João e o Felipe não.
Fernando saiu do apartamento, andou sem rumo pela cidade, pesando em tudo que tinha acontecido. Pensou em conversar com os dois, mas isso seria desnecessário, como escutou, João iria contar tudo a ele mesmo.
Fernando nem foi trabalhar naquele dia, ligou dando uma desculpa e no fim da tarde foi até o parque onde conheceu João, ficou ali vendo outros casais, algumas crianças, alguns velhinhos. Em sua mente só vinha a imagem de João, seu sorriso, seu jeito tímido e esses pensamentos só mudavam quando vinha à imagem de seu irmão Felipe que era sua outra paixão na vida.
Ficou horas ali, refletindo, colocando as idéias no lugar, precisava conversar com alguém, desabafar, confidenciar suas angustias, seus medos. Não pensou duas vezes, sabia onde deveria ir.
Cíntia estava chegando em casa, já era noite, quando ficou surpresa ao ver Fernando na porta do seu prédio.
Cíntia – Fernando!!! Que surpresa você aqui.
Fernando – Como vai? Cíntia logo percebeu o jeito cabisbaixo do amigo.
Cíntia – Estou bem, mas pelo jeito você não muito, né meu amigo?
Fernando – Pois é, posso te alugar um pouquinho?
Cíntia – E você precisa pedir? Vamos subir.
Cíntia – Vou fazer um cafezinho pra nós.
Fernando ainda permanecia pouco a vontade, não sabia por onde começar.
Cíntia – Se você veio até minha casa e não foi ao escritório, é porque é algo com o João né? Fernando afirmou com a cabeça.
Fernando – Você sabe de tudo né?
Cíntia – Tudo o que?
Fernando – João, Felipe...
Cíntia entendeu onde o amigo queria chegar, confirmou o que ele queria saber. Fernando contou a ela tudo que escutou de manhã, da conversa entre João e Felipe.
Fernando – O João e o Felipe ficaram enquanto eu dormia.
Cíntia – Calma meu amigo, não é assim.
Fernando – Não sei o que eu vou fazer, sinceramente não sei. Se fosse com outro cara, seria muito mais fácil, mas com o meu irmão?
Cíntia – Não quero defender ninguém, mas não culpe o João, nem mesmo seu irmão.
Fernando – Culpar? Lógico que não vou fazer isso Cíntia, esse é o grande problema, eu não sei o que pensar, não sinto raiva deles.
Fernando – Eu amo demais o João, amo demais o Felipe, pra culpá-los por qualquer coisa.
Cíntia – Fernando, desde que você levou aquele tiro, o João não fez outra coisa alem de se enterrar naquele hospital ao ponto de querer entrar em coma junto com você.
Cíntia – Não bastando todo sofrimento em te ver naquele estado, ele foi suspeito do seu atentado, o Felipe brigou com ele por influência do seu tio Alberto, ele foi demitido por conta das armações do Pedro, ele comeu o pão que o Diabo amassou.
Cíntia – Não quero defendê-lo, mas ele nunca foi leviano, nunca foi volúvel, eu tenho certeza que ele jamais iria fazer algo para te magoar.
Fernando – Eu sei Cíntia, eu sei de tudo isso, eu confio nele, imagino sim o tanto que ele deve ter sofrido.
Cíntia – E o Felipe, coitado, ele já tinha perdido os pais, perdeu você que era tudo pra ele, caiu nas garras daquele tio dele. Os dois só tinham um ao outro, eles preencheram o vazio que sua ausência dava, confortando um ao outro.
Fernando – Eu não sei o que fazer.
Cíntia – Mas não há nada a ser feito, você esta aqui conosco novamente, voltou para o João. É continuar tocando suas vidas e se amando.
Fernando – Não é assim não Cíntia. E se eu tivesse morrido? Ou se nunca mais saísse daquela cama?
Nesse instante Cíntia começou a entender onde seu amigo queria chegar.
Fernando – Se eu não voltasse nunca mais, eles teriam vivido algo juntos, teriam se amado e estariam juntos até hoje.
Cíntia – Mas você voltou. Assuma seu lugar.
Fernando – O João e o Felipe são as pessoas que mais amo nessa vida. Se eu tivesse morrido, com certeza a melhor pessoa para estar ao lado dele, para amar o João, seria meu irmão, da mesma maneira que o João seria a melhor pessoa para fazê-lo feliz.
Fernando – Eu abro mão do meu amor pelo João, para vê-lo feliz ao lado de quem ele escolher, abro mão do meu amor, se for pra ver ele e o Felipe juntos.
Cíntia – Você esta confundindo tudo Fernando, o João não precisa escolher nada porque simplesmente ele já escolheu. Escolheu você.
Fernando – Será? A minha volta foi como se fosse um mandato para ele me escolher. Não quero isso, quero que ele se sinta livre para escolher quem ele quiser.
Fernando – Eu jamais o colocaria nessa posição de escolha, força-lo ele a escolher entre um e outro.
Fernando – Eu o amo tanto Cíntia, que abro mão de tudo, em troca da felicidade dele.
Cíntia – Não faça isso Fernando, ele é o cara da sua vida.
Fernando – Por isso mesmo, ele é o grande amor da minha vida. Quando amamos, fazemos de tudo para ver essa pessoa feliz, mesmo que essa felicidade não seja ao nosso lado.
Cíntia colocou Fernando com a cabeça deitada em seu colo, acariciando seus cabelos, escutando o amigo falar. Fernando estava tão frágil, tão vulnerável, mas ainda assim, mantinha a serenidade e sua imagem de homem forte.
Fernando – Fiquei pensando no João. Hoje a tarde andei atoa, quando vi tinha ido parar no parque onde nos conhecemos.
Fernando – Nunca pensei que um dia amaria alguém assim.
Fernando – Eu sempre gostei de mulheres, depois descobri que gostava de homens também. Eu só curtia, sem compromisso algum, sabia que nunca iria ter algo sério com mulher nenhuma, pois passei a curtir cada vez mais outros caras. Também achei que algo sério com outro cara nunca iria acontecer.
Fernando – Até que naquela tarde, esbarrei no João, sei lá, quando vi aqueles olhos castanhos, não sei explicar, mas senti algo. Mas achei que tudo acabaria ali, até encontrá-lo novamente, naquela balada, e ainda descobrir que você também era amiga dele.
Fernando – Ele era tão fechado, tão desconfiado, sempre armado, sempre se protegendo das pessoas.
Cíntia – Isso era mesmo, hehehe. Ele sempre foi meio bicho do mato.
Fernando – É, mas isso que deixava ele ainda mais fofo. Aos poucos fui derrubando aquelas armaduras dele, se aproximando cada vez mais, achando que eu estava no comando da coisa, mas quando vi eu estava de quatro por ele. Achei que esse tipo de coisa nunca iria acontecer comigo, mas a cada dia eu o queria mais, queria vê-lo, ver seu sorriso, escutar ele falar, sentir o cheiro dele.
Cíntia – Você ainda tem duvidas que não foram feitos um para o outro?
Fernando – Eu estou fazendo os dois sofrerem. Meu irmão fica sempre pelos cantos, não consegue me olhar nos olhos, o João sempre travado, mesmo tendo momentos maravilhosos eu percebo que algo prende ele.
Cíntia – Não toma nenhuma decisão sem pensar. Promete?
Fernando – Vamos ver. Fernando deixou no ar, mas já tinha tomado sua decisão, sabia o que iria fazer.
Fernando chegou em casa e Felipe e João já estavam lá. Jantaram os três juntos e já no quarto João começou a falar.
João – Fernando, precisamos conversar.
Fernando – Hoje não João, tive um dia muito difícil.
João – Mas é que... Antes de João completar a frase, Fernando o agarrou, dando lhe um beijo.
Fernando – Me de um abraço?
Fernando estava com uma cara caidinha, deixando João sem reação.
João abraçou seu amado, que o apertou em seu peito, se entregando totalmente naquele gesto de carinho.
Fernando – Amanhã a gente conversa, fica comigo hoje, preciso sentir você, te abraçar, beijar.
Por mais que João quisesse encerrar de vez aquele assunto, não conseguia dizer o que queria. Acabou se rendendo aos pedidos de Fernando, o abraçando também, aceitando seus beijos.
Fernando tirou a camisa de João, o deixando só de cueca, em seguida fez o mesmo, se abraçando novamente. Fernando acariciou todas as partes possíveis do corpo de João e de maneira carinhosa, lenta e com muito amor, os dois transaram, ou melhor, fizeram amor.
João acabou adormecendo nos braços de Fernando, que o agarravam, segurando seu ursinho bem forte em seu peito. Naquela noite Fernando mal dormiu, ficou o tempo todo olhando para o seu príncipe.
Fernando – Bom dia. Fernando estava deitado ao lado de João, de frente para seu rosto.
João – Bom dia. Fernando o acariciou, beijando sua face.
João foi tomar um banho e quando retornou Fernando estava sentado na beira da cama, o esperando.
Fernando – Ontem você queria conversar. Fale João, conte tudo o que esta lhe afligindo.
João sentiu aquilo como se fosse uma porrada no estomago, mas não tinha mais como prolongar esse assunto.
João – Fernando, você sabe que eu te amo tanto. João ajoelhou-se ao seu lado, segurando suas mãos.
Fernando – João, fique calmo, não existe nada que você possa me dizer e que irá me magoar. Apesar de estar sendo muito difícil pra si, Fernando tentou fazer de tudo para confortar João.
João – Fernando, eu e o seu irmão, nós dois...
João – Enquanto você estava em coma, eu e o Felipe, nós nos envolvemos, nos beijamos, sentimos atração um pelo outro. João contou tudo o que aconteceu entre eles, chorando muito. Fernando permanecia calado, sério, olhando para João.
João – Teve um momento que até pensei que você não voltaria mais, eu já estava perdendo as esperanças. Quando eu estava perto do seu irmão, de alguma maneira eu sentia como se tivesse perto de você também.
João – Eu já estava cansado, sentia como se minhas forças estivessem se acabando. Não planejamos nada, só Deus sabe o quanto tentei lutar contra esse sentimento, mas a presença dele nessa casa me dava tanta força, me dava tanta segurança.
João – Me perdoe meu amor, por favor. João já estava chorando inconsolável.
Fernando se levantou, indo até ele, sentou-se ao seu lado, limpou as lágrimas do seu rosto e o abraçou. João se agarrou ao peito de Fernando, chorando.
João – Me perdoe Fernando.
Fernando – Não fique assim, não chore. Parte-me o coração em lhe ver assim João. Fernando o olhava nos olhos.
João voltou a abraçá-lo até seu choro cessar de vez, não queria mais soltá-lo pois não sabia o que iria acontecer, mas Fernando foi soltando seus braços.
João – Me perdoa?
Fernando – Não tenho do que lhe perdoar.
João – Me perda? João insistia.
Fernando – Te perdôo, mas fique calmo.
Fernando – Eu tenho que ir trabalhar, fique bem. Fernando deu um beijo na testa de João, mantendo uma postura um pouco distante, que foi percebida por João.
Fernando trabalhou o dia todo calado, falou apenas o necessário. Nem mesmo seu grande amigo Maurício conseguiu consolá-lo.
Fernando chegou em casa e só encontrou Felipe, João ainda estava no escritório.
Fernando – Boa noite Felipe.
Felipe – Boa noite. Felipe respondeu de cabeça baixa, como se tivesse com medo de encarar o irmão. Fernando permaneceu em pé, olhando para ele, até que Felipe olhou em seus olhos.
Fernando – Vamos conversar?
Felipe – Sim.
Fernando – O João me contou tudo, mas nem precisou, eu escutei a conversa de vocês ontem de manhã.
Felipe escutava tudo de cabeça baixa, sempre teve o irmão como um segundo pai, estava se sentindo muito mal com aquela situação.
Fernando tocou de leve no queixo do irmão, levantando sua cabeça de leve, olhando em seus olhos.
Fernando – É por isso que você esta assim? Com esse olhar angustiado? Se isolando? Se distanciando de mim?
Felipe – Eu fui um canalha. Felipe começou a se culpar, derrubando uma lágrima dos olhos.
Fernando – Meu irmão, meu irmão querido. Não fique assim, eu te amo, me dói em lhe ver com essa culpa.
Felipe – Eu te trai Fernando.
Fernando – Não repita mais isso.
Felipe – Eu ajudei a destruir seu relacionamento com o João, não vou me perdoar nunca.
Fernando – Eu te perdôo cara, esta tudo bem.
Fernando abraçava o irmão, o consolando. Felipe sentia um alivio fora do normal, era como se um peso tivesse saído de cima de suas costas.
Fernando – Me prometa que nunca mais você irá se culpar por isso. Fernando beijou lhe a face, voltando a abraçá-lo.
Fernando – Você é meu irmão querido, nunca iria te julgar, brigar com você.
Felipe – E como fica agora?
Fernando – Eu amo você e o João, vocês dois são os maiores amores da minha vida. Eu nunca iria brigar com vocês.
Fernando – Eu tomei uma decisão. Pode ter certeza que não foi fácil mas é a mais sensata.
Fernando – Eu vou embora dessa casa. Todos nos precisamos pensar, refletir.
Felipe – Não Fernando você não pode fazer isso.
Fernando – É o certo meu irmão. Talvez você e o João estivessem vivendo um grande amor, se eu não tivesse voltado.
Felipe – Não Fernando, não quero um grande amor, dinheiro, carreira, nada. Eu só queria meu irmão de volta.
Fernando – Eu vou deixar vocês para pensarem, pode acreditar, não estou triste. Vou deixar vocês refletirem e vamos deixar o tempo decidir o que é melhor.
Fernando – Eu vou embora dessa casa.
João – Você o que???
Continua...