Revanche - Cap. 4 (A)

Um conto erótico de Emmet Thorne
Categoria: Homossexual
Contém 1718 palavras
Data: 01/02/2013 03:15:42
Última revisão: 01/02/2013 12:53:43

Previously on Revenge…

— Nosso principezinho Daniel. Ele aprontava todas!a vez, bêbado, o príncipe matou uma pessoa.

Fui recebido secamente por Conrado.

— Eu contei a Victória que eu sou gay. Tinha que conquistar a amizade do DanielMas pelo visto a Rainha se zangou.

— Minha mãe detesta bichas!

Ele me entregou a Victória. Me fez passar toda a minha adolescência naquele lugar horrível.

— Você não pode ir ArmandoA Victória... Não te levará. Eu não tive escolhas, era isso ou... Você é apenas um piá.

— O seu pai acreditou em mimEu devo o que sou a eleVocê vai me tratar como uma mera piada ou me deixar pagá-lo?

Os que segredam em confiança voluntariamente adormecem.

— Tio Joãããããããããão! — berrei desesperado simultaneamente com o eco de um trovão.

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Certo dia, um menino do alto do telhado, tacava pedras em um lobo que passava. O lobo sabiamente parou e lhe disse: “Não se iluda, não é você quem me afronta e sim o local que você está”. Desconhecido.

— Get out of my home and my country! Do you understand me? Little faggot!

Meus olhos se encheram d’água. Queria avançar naquela mulher como fiz quando criança. Mas um grande impulso resulta em desastrosos tropeços. Mantive-me calmo. Victória com seu sorrisinho cínico. E Daniel assustado, indignado e acuado.

— Mãe... Por favor! O Emmet é um amigo que...

— Daniel, eu não admito suas interferências em minhas determinações! Eu te amo muito, meu querido filho. Porém sabemos que você não tem o domínio das consequências de seus atos e opiniões! E muito menos voz ativa para custeá-los.

— Você não tem o direito de me expulsar sem uma justa causa. — afirmei calmo.

— Engano seu, querido. Capeside tem um claro artigo proibindo libertinagens.

— Homossexualidade é liberdade, não libertinagem!

— Liberdade que você não terá para proliferar essa indecência aqui!

— Tanto quanto você insiste em proliferar suas imoralidades, porém as dissimulando?

Victória engoliu seco. Daniel me olhou assustado por enfrentá-la.

— Não há mais nada a ser dito. Até amanhã a noite eu quero você fora daqui. Considere generoso o tempo, afinal, sou grata por alguns de seus feitos. Mas não se considere privilegiado, pois não há nada de nobre no entulho que você escolheu ser. Recomendaria lhe uma boa terapia de choque. — afirmou sorrindo e saindo.

Olhei para Daniel e ele apenas sentou-se na cama, abaixando a cabeça.

— O fraco rei faz fraca a sua forte gente.

Saí do seu quarto, indignado. Devia impedir aquela mulher. Não havia chegado até ali em vão. Encontrei-a no alto da escada e quando ela ia descer, segurei seus braços e a virei para mim.

— Não seja minha inimiga pelo o que eu sou. E sim, pelo que posso fazer — Victória soltou-se dos meus braços e limpou-se com nojo — Como já presenciei, seu descontrole lhe enfraquece. Cuidado para que não caia do império e role escada a baixo.

— Eu aprendi a não temer a ameaças, menino. Então sugiro que você mantenha a cara de anjo que sempre simulou e não me mostre as suas garrinhas

— Não são garras. Apenas não me subestime para não ser atingida pela minha determinação.

Encarei Victória e olhei para os degraus que estavam atrás dela. Victória me olhou extremamente assustada. Sorri, apenas desviei-me e desci as escadas.

Fui para casa. Liguei para Nathan e lhe contei toda a situação, afirmando que precisávamos colocar um plano em prática no dia seguinte pela tarde. Deixei minha vingança de lado para alguns escalões que ajudaram os Grayson contra o meu pai e centrei-me na vergonhosa exposição que Victória passaria.

Anoiteceu e passei toda a noite pondo em prática o meu plano. E Victória bastante preocupada. Logo amanheceu e na mansão dos Grayson o clima parecia não estar nada bom. Victória passou pela sala e viu Daniel, deitado no sofá, cochilando, com uma roupa nada apresentável e um cheiro forte de álcool.

— Daniel, filho querido. Que estado é esse? Você é um Grayson. E porque não dormiu em casa ontem? E esse não seria o horário que você devia estar no treino?

Daniel apenas se levantou, encarou a mão no fundo dos olhos e saiu. Parecia estar bravo. Victória bufou de raiva e entrou no escritório de Conrado, esbravejando:

— Conrado, meu querido marido! O seu querido filho, que devia estar sendo preparado por você para interagir nos negócios da família, esteve por toda a noite de ontem fora afundando-se no álcool! E eu não preciso lembrá-lo da tragédia que tivemos que ocultar, quando o seu querido filho estava nesse estado!

— Nosso filho! — esbravejou Conrado, mas logo se acalmando — E talvez se você não tivesse decidido deportar aquele menino... Emmet não é? O Daniel estaria calmo e feliz como sempre fingiu ser. Ele era amigo daquele rapaz.

— Meu filho não tem amizades desse tipo! E me estranha você, defender aquele que te desmascarou e quase te levou pra forca! Portanto, proponho que você apenas tome as rédeas do seu filho.

— Só cuidado para eu não me empolgar e pôr rédeas em uma certa égua.

Victória deu uma furiosa bofetada no rosto de Conrado, que se assustou.

— Não ouse a me tratar como uma de suas vagabundas!

— E nem você como seus escravos! Cometemos erros, Victória, mas somos craques em fazer de erros acertos. Porque se estamos onde estamos hoje foi graças ao meu pulso firme e liderança! Por isso, as decisões sobre Capeside você não as toma sozinha.

Victória acenou negativamente com olhos cheios d’água.

— O Emmet ficará! Palavras do próprio. Ele mandou um recado dizendo que não sairá de Capeside.

Conrado saiu e num ímpeto de raiva, Victória saiu empurrando todos os objetos que estavam na mesa. Pobrezinha.

— Ellen! Ellen! Maldito Conrado! Maldita bicha! Elleeeeeeeeeeeeeen!

Ellen surgiu na porta, com seu bloco de anotações, calma e indiferente.

— Me chamou dona Victoria? — perguntou secamente.

— Sim, sim! Eu quero que você organize uma festa! Uma grande festa para hoje à noite. Convide a todos! E convide especialmente o seu querido amigo, Emmet Throne. Pois o tema dessa gloriosa festa será a humilhação da sua deportação.

— Se quiser isso... Faça a senhora.

— Como é que é, garota?

— Eu não farei festa alguma e muito menos me prestarei a algo tão sórdido vindo da senhora. A Rainha que desça do seu trono, caminhe como uma súdita e use sua pervertida mente para fazer o que tanto deseja.

— Então estão todos contra mim? Que seja. Mas você... Sua lacaia. Você está demitida.

— Eu não despediria alguém que sabe tanto e falaria por tão pouco. Você sabe como é que o Daniel fica quando bebe, não é? Conta segredos. Faz besteiras. Não faça nenhum mal para o meu amigo! Porque realmente prefiro que as sujeiras de casa fiquem embaixo do tapete do governo.

Ellen deu um sorriso, similar aos que Victória dava, e depois fechou a cara, encarando-a por alguns segundos. Victória saiu do escritório, extremamente descontrolada, indo para garagem e entrando no carro. Ela parecia determinada.

Assistia todas as cenas narradas acima ao lado do meu mais novo cúmplice: Nathan. Foi ele que deu a ideia e conseguiu, através de seus contatos, instalar câmeras por toda a mansão dos Grayson a fim de melhor monitorá-los. Fechei o laptop e o encarei.

— E então? — perguntei preocupado — O que o advogado lhe disse? A Victória pode realmente me expulsar mesmo não estando claramente na lei que é proibido assumir-se ou ser gay?

— De decreto de Rainha, basta apenas vontade, para legislar e pôr em vigor, meu caro vingador impulsivo — ironizou.

Para bom entendedor, meia ironia bastava. Shit!

— Mas e o plano que você tinha em mente e até agora não quis contar? Quando vai executá-lo? Aposto que o protesto do Conrado em manter você aqui tem a ver com isso.

— Maybe. Mas estava esperando que as coisas fossem para outro caminho.

— Espero que não dependa dos seus fracassados aliados. Ellen, Daniel, Conrado. Quantos! Sendo que apenas um, euzinho aqui, poderia encaminhar a Victória para um caminho bem interessante. Só por você...

Nathan deu aquele sorriso cafajeste e me vi tentando. Não só pela proposta, mas por ele. Essa nossa relação de cão-e-gato... Aquele corpo branco magrelo cheio de sardas. Como aquele galego era insuportavelmente atraente. Meu telefone tocou. Parei de encará-lo e ele sorriu enquanto atendi ao telefone.

— Hello? (...) Yes, Daniel? (...) My Gosh! Você tem certeza disso, Daniel? (...) Não, não, ela não esteve aquiNão, nãoEu estou indo para aíDaniel, ela era sua mãe e sei que está sendo difícil pra você, eu estou indo! (...) Bye, baby.

Desliguei o telefone e o Nathan me olhava, cobrando explicação.

— Baby?

— A Victória foi sequestrada. — desconversei indo ao ponto que interessava.

— Novos caminhos? Planejava em meus pensamentos caminhos piores. Mas você hein... Me surpreende! — insinuou rindo.

— Eu não sequestrei a Victória! Nem mandei sequestra-la. Acredite, isso seria um péssimo caminho. Eu preciso ir dar consolo aos Grayson e você ficar aqui! Hackeie as câmeras de segurança da sede do governo, computadores, tudo, mas encontre a Victória!

— Ok, chefinho. Só que antes de ir...

Nathan aproximou seu rosto de mim e me deu um sensual beijo na bochecha muito perto do canto da minha boca. Ele gostava de me provocar. O empurrei e fui para a mansão dos Grayson.

Ao chegar lá, o clima não podia ser dos piores. Também pudera. Todos ali podiam ser suspeitos. Afinal ninguém sequestraria Victória por dinheiro. Capeside era um país-estado equilibrado socialmente. Existiam apenas os milionários, os ricos e de classe média. A pobreza era zero e a educação dez. Por isso, os Grayson eram tão honrados. Sendo assim, era óbvio que o motivo do sequestro era minha possível deportação. E mesmo sem trocar acusações explícitas, todos se acusavam silenciosamente. E eu, tratava de dar o total apoio para Daniel, afinal ela é sua mãe. Ou era. Porém o que percebi é que Ellen não gostou nenhum pouco do meu zelo exagerado com o Daniel.

Meu telefone tocou. Era o Nathan. Pedi licença e atendi nervoso, num local reservado.

— Espero que você tenha descoberto afinal eu mandei você ligar apenas se...

— Calma, calma! Capeside já teve muitos terremotos desde que você chegou.

— Nathan, diz logo se...

— Eu descobri o paradeiro da Rainha. E sim, alguém a sequestrou. Tum, tum, tum, tum! Não dispare assim o seu s2 coraçãozinho.

— Quem foi?! — gritei já exaltado, mas me contive — Quem foi, Nathan?

CONTINUA...

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