No local onde trabalho a segurança é feita por empresa terceirizada, de modo que os vigilantes rodam muito, não sendo sempre os mesmos. Às vezes aparecem caras interessantes, mas sou muito discreto e adepto da teoria “onde se ganha o pão não se come carne”. Me chamo João, sou casado, 34 anos, branco, 1,78, corpo mediano quase liso, bissexual quando a situação favorece; não sou do tipo que sai com qualquer um nem a todo momento.
Há algum tempo, um vigilante despertou minha atenção: perto de 35 anos, alto e troncudo, um charme masculino todo especial, simpático e sorridente. Eu o vi perto de uma semana postado ali em seu local de trabalho e não fomos além do bom dia habitual e uma ou outra frase trocada ao acaso. Numa tarde de sexta saí com dois colegas para um bar próximo de nossa empresa para uma cerveja, quando entram dois vigilantes e encostam no balcão, não muito distante. Cumprimentaram-nos de longe e também eles se entregaram ao prazer da loira gelada. Um deles era o tal que eu achava interessante, que ficou bem em minha frente. A poucos metros, isso me permitia examiná-lo de alto a baixo e reparar que, de vez em quando, ele dava uma bela coçada. Mas o ambiente e a situação não permitiam o menor deslize.
Em certo momento fui ao banheiro mijar. O cara me seguiu e se colocou no mictório ao meu lado. Não ousei desviar o olhar, enquanto o ouvia dizer “tudo que entra em cima tem de sair embaixo”. Concordei com um “pois é” sem me virar, mas o cara terminou e não saiu do lugar. Quando me afastei para fechar a braguilha o cara estava ligeiramente afastado, de frente pra mim, e lentamente fechava sua calça. Me deu uma encarada fatal, mas eu, naquele local, resolvi não me abrir, e apenas pisquei para ele. No resto do tempo posterior ele discretamente dava umas olhadas, mas tudo não passou disso.
Em dias posteriores voltamos a nos ver na empresa, novas frases aqui e ali, até que um dia ele comentou “tá cheiroso hoje, vai ter reunião?” Eu sorri de volta e disse que sim, e ele completou “pena que nas minha reunião não aparece ninguém cheirando assim”. Achei engraçado o erro de português e fiquei todo gostosão ao perceber que ele notava meu perfume. Voltei a sorrir e entrei. No final da tarde, quando eu saía, ele me chamou: “aparece lá no bar amanhã depois do trabalho, vou pagar uma rodada... é meu aniversário”.
No dia seguinte, ao encontrá-lo na hora do almoço, lhe passei um pequeno pacote. Cumprimentei-o pelo aniversário e disse que não poderia ir, completando com a frase “espero que goste e fique cheirosão também. A colônia era dessas de redes de perfumaria, mas de odor muito bom. Na segunda feira eu o vi no final do expediente e ele se apressou “oh doutor, muito bom o perfume, hoje espero que tenha tempo para uma cerveja”. Pensei com os meus botões – é agora ou nunca -, e falei ok.
Rumamos para o bar, onde o papo correu sobre vários assuntos. Ele se chamava Antônio, me explicou que era policial militar, casado, e fazia bico na empresa de segurança. Após esvaziarmos a primeira garrafa, veio uma frase fatal “eu curto de tudo... acho que sexo a gente tem de aproveitar enquanto pode e o pau sobe”; seguida, dois minutos após, de outra “mulher muitas vezes é um saco... quando a gente quer mandar ver, elas fazem cu doce”. Algum tempo depois disse que ia ao banheiro e ele imediatamente veio atrás. Estávamos apenas os dois, lado a lado. Ele colocou a mão sobre meu ombro e disse ”muito obrigado pelo presente... não precisava... “. Eu o olhei e ele, também me olhando firme, deslizou seu dedão pela minha nuca. Era a senha. Nossos paus começaram a crescer e ficamos, num jogo mudo mas cheio de significados, olhando um para o outro, olhando para os paus e para os olhos. A situação não podia prosseguir, dado o risco de alguém entrar, razão pela qual retornamos para a mesa. Nada foi dito, eu aleguei que não podia mais beber porque tinha de dirigir. Ele concordou e pedimos a conta. Na saída, num canto da calçada, me falou que poderia sair na quarta, que era sua folga.
Na quarta feira acordei com a cabeça a mil, quando rumava para o trabalho. O cagaço bateu e resolvi desistir do encontro, mas não o vi pela manhã. Eu estava nervoso e excitado ao mesmo tempo, mas também receoso em função daquela máxima “onde se ganha o pão....”. Ao voltar do almoço vi Antônio de longe. Muito rapidamente, e depois de estar seguro que ninguém ouvia, me falou que tinha vindo sem carro e me esperaria numa esquina próxima. Não deu para eu explicar nada. Pensei que não poderia simplesmente chutar o balde e deixar pra lá, pois não sabia o que ele estava pensando da situação e o que poderia comentar. De modo que achei melhor encontra-lo e termos uma conversa, a fim de deixar tudo esclarecido.
Ao parar no sinal, ele imediatamente entrou em meu carro. Trocamos algumas frases e segui até uma rua bem menos movimentada, onde parei, pois eu queria uma conversa com tempo. Antônio estava a paisana e ficou bastante desapontado com minhas explicações. Falei de minhas dúvidas e receios, com os quais ele concordou, mas esclareceu que a gente não ia mais se ver: ele estava mudando de empresa. Quando tudo parecia ter sido dito e esclarecido, ele deu uma olhada em volta e rapidamente pôs minha mão sobre seu pau. “Tô louco de vontade cara, toca prum motel vai...”. Senti imediatamente a solidez do cacete e seu calor me provocou uma onda erótica. Olhei em seus olhos, também conferi se não havia ninguém por perto, e dei novas apertadas, ao que ele colocou sua mão em minha nuca me fazendo carinhos. “Faz tempo que eu sei que você tá querendo... relaxa... vamos nessa”. Eu baixei os olhos, confuso, hesitante, quando Antônio fez o gesto que definitivamente me fez sucumbir: arrastou minha cabeça até ele e desferiu um beijo em meus lábios.
Eu sabia que tinha um motel numa travessa saindo da Marginal, mas nunca tinha ido lá. Foi o que me ocorreu na hora, foi o rumo que seguimos. O carinha da recepção disse que homens desacompanhados de mulher não poderiam entrar, mas bastou eu mostrar duas de vinte que a chave veio rapidamente.
Antônio tomou todas as iniciativas, rapidamente arrancando minha gravata, me despindo a camisa, me sugando nos mamilos e nas laterais do pescoço. Retribui apertando seus mamilos, percorrendo com as unhas suas costas, num abraço frenético. Ele colocou sua coxa entre minhas pernas, forçando minhas bolas, ao mesmo tempo em que sua boca se colava à minha e nossas línguas provavam o néctar do tesão. Terminamos de nos despir e fomos para baixo do chuveiro, onde o sabonete ajudou as mãos deslizarem pelos corpos. Antônio era peludo, seu pau encurvado para cima, um tarugo duro saltando de uma profusão de pelos negros. Sua bunda bem desenhada, em cima das coxas poderosas, denunciava que ele fazia ginástica ou academia. Nossas mãos se concentraram nos respectivos paus: enquanto eu ensaboava o dele, ele fazia o mesmo no meu. Depois me colocou de costas, esfregando seus dedos entre minhas nádegas: “faz tempo que estou a fim de foder contigo, João, você tem um corpo muito gostoso”, foi o que ouvi, ao mesmo tempo em que sentia seu pau deslizar pelo rego.
Nos enxugamos muito rapidamente e rolamos na cama, onde uma sucessão de beijos se seguiu. Suas mãos não saiam de minha bunda e seus dedos se intrometiam sem parar. Começamos um 69, ele deitado e eu de quatro por cima, onde pude sorver boa parte daquela jeba grossa e tesuda, cuja dimensão não me permitiu ir além da metade. Ao mesmo tempo, ele colocava sem dificuldades meu pau todinho em sua boca, lambia minhas bolas e me deixava trincando de desejo. Num movimento rápido, estava sobre mim. Cuspiu grande quantidade de saliva na mão e a dirigiu para meu cu, onde seus dedos brincavam. Um primeiro entrou e eu fiz cara de incômodo. Ele riu e sorveu meu mamilo: “pode ir relaxando que hoje vai ter sova de cacete...”.
Comigo deitado, Antônio pode calmamente introduzir dois dedos em meu ânus e puxar um para cada lado. Era muito excitante e a dor se misturava ao prazer, mas aquilo me provocou um raio subindo pelo corpo e meu quadril ganhou vida própria, dançando entre seus dedos. Eu uivava com essas carícias, o que parecia agradar meu parceiro, que cada vez mais alargava meu anel. Finalmente encapado, seu pau começou a forçar a entrada. Antônio me virou de lado, ficou de conchinha comigo, começou a me punhetar devagar, o que fez sua jeba ir deslizando inteiramente em meu reto. Apesar do incômodo, meu corpo rapidamente reagiu ao prazer da penetração e o vigilante, ao perceber, passou a apertar meu saco: “não sabia que gostava tanto de pica.... safado.... faz pose macho mas curte mesmo é caralho atochado no cu.... feito cadela.” E deu uma cravada funda, seguida de outras, a cada vez que eu grunhia de tesão.
“Puta cu gostoso... vou me acabar hoje... você não sabe como eu gosto de foder um cu guloso”, foi o que ressoou em meus ouvidos antes de sentir uma saraivada de arremetidas fundas de seu pau que parecia perfurar meu estômago. Deitando-se sobre mim, seu corpo se balançava e ele dizia: “esse cu merece com bola e tudo”, e, em nova bateria de enterradas, tinha como resposta meus uivos e gemidos, minhas palavras perdidas: ”me fode cara... me fode.... rasga meu cu, macho tesudo... me dá pau”.
Aos poucos novas posições surgiram: frango assado, de joelhos, cavalgada, alternando momentos mais calmos com outros de socadas firmes. Gozei quando o cavalgava, melando seu peito com meus jatos. Ele pegava a porra com o dedo e me fazia chupar, a cada vez dando um leve tapa em meu rosto. A última posição foi de quatro, ele de pé fora da cama e eu de quatro na beirada. Antes de iniciar sua conhecida bateria de arremetidas, me falou que queria que eu gozasse de novo, agora sem punheta. Creio que se seguiram uns dez minutos de penetração intensa, suas coxas estalando contra as minhas, suas bolas batendo contra as minhas, seu corpo debruçado sobre o meu, seus dedos apertando meus mamilos, até eu sacudir num novo orgasmo a que se seguiu um tapa em minha bunda: “não falei que ia gozar sem por a mão.... cadela do caralho.... piranha...”.
Rapidamente Antônio me virou na cama, subiu sobre mim e, punhetando-se sobre meu rosto, chegou ao ápice jorrando esperma abundante em meus lábios, nariz e testa. “Com puta, eu gosto de gozar na cara... é o que você merece..... mama.... limpa meu caralho, cadela.” Embora de olhos fechados, abri a boca e deixei Antônio introduzir seu pau, sorvendo as últimas gotas de seu gozo, mentalmente agradecido por ter sido tão bem comido.
Fui tomar um banho, pois não tínhamos muito tempo. A água foi me recompondo e eu me sentia lavar o corpo e o espírito de cadela que me move as entranhas. Saí do banho e ele também tomou o seu. Já no carro, ele me pediu desculpas por qualquer coisa e disse que fica sem noção quando bate o tesão, mas que tudo ficava normal entre a gente. Deixei-o num ponto de ônibus e sumi na noite escura.
(continua)
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