Bruno estava escondido no jardim, ele queria ficar só. Ele sabia que o que tinha feito foi arriscado e perigos. “Mas quem nunca se deixou levar pelo estado de espirito?” Mesmo Bruno repetindo para si mesmo essas palavras, a culpa não diminuíra.
_ Viado?
Rafael tinha ido ao jardim ver se Bruno estava bem, nunca havia o visto naquele estado, nunca tinha conseguido essa façanha.
_ Brutamontes? _ Bruno diz do seu cantinho.
_ Ah, você está aí! _ Rafael se senta ao lado de Bruno. _ Sempre te achei maluquinho, mas não a ponto de destruir um prédio.
Bruno solta um olhar severo para Rafael, que empalidece na mesma hora. Bruno estava com os olhos vermelhos, então estava chorando. Rafael nunca havia visto Bruno chorar. Chris sim, Rodrigo sim, Bruno nunca!
_ Será que só eu que tenho uma família normal? Você e eu temos sorte, sabia mano? _ Bruno se surpreendeu com Rafael, este nunca havia sido tão “educado” com ele. _ Chris e Rafael perderam os dois pais, você ficou pelo menos com um.
_ Preferia ter perdido Victor também! _ Bruno diz com indignação.
_ Tá bom... viado.
_ Viado é a...
_ Pense duas vezes antes de falar da minha mãe! _ Rafael o interrompe mostrando os punhos para Bruno.
Bruno bufa, ele desejava não ter nascido. Todos nós, seres humanos, temos esses momentos.
_ E outra você não acostumaria se eu parasse de te chamar de viado.
_ Como você sabe? _ Indaga Bruno.
_ Porque você é! Pensa que eu não saquei o seu lance com Felipe? _ Bruno olha para Rafael com surpresa.
_ Eu não sei do que tu tá falando! _ Desconversa Bruno.
_ Qual é a tua? Você deve ser daqueles que curte ser dominado, né? _ Rafael dá uma risada sacana.
Bruno não acreditava como a conversa tinha ido para esse rumo, ele tenta se levantar, mas é puxado por Rafael.
_ Fica mané, temos muito o que falar. _ Rafael diz subindo em cima de Bruno.
_ Rafa, sai já de cima de mim!
_ Me obrigue. _ Rafael diz calmamente enquanto segura os pulsos de Bruno. _ Aqui ninguém vai ver a gente, que tal um sexo bem hardcore? Sabia que sempre fui gamadinho nessa bundinha e nesse seu jeito rebelde? Agora eu resolvi ser o peão e vou te domar.
Bruno estava gostando da situação, mas aquilo estava repentino demais.
_ Rafael eu vou gritar.
Rafael se abaixa até o ouvido de Bruno e sussurra:
_ O que é que o Lipe tinha que eu não tenho? Porra, eu sou mais bonito e meu pau é três centímetros maior. _ Bruno se espantou e deixou transparecer isso. _ Achou que eu não tinha sacado? Eu não sou idiota não viado.
_ Rafael você está louco? _ Quem estava louco era Bruno, já tinha até esquecido os problemas. Estava inebriado pelo cheiro de Rafael. _ Já pensou se alguém nos pega?
_ Foda-se!
Em seguida Rafael lhe beija com voracidade, enchendo o mais ainda de tesão. O coração de Bruno foi a mil quando sentiu a língua grossa de Rafael invadir a sua boca. Mas tudo tem fim, não é mesmo? E esse beijo também teve.
_ Hum, até que tu não beija mal, mas as mina beija melhor! _ Rafael diz rindo.
Ele sai de cima de Bruno, que fica sem entender.
_ Eu tava te devendo uma pelo café da manhã, mas veja pelo lado bom agora tu tem mais inspiração na hora da bronha, tchau viadinho! _ Rafael vai embora deixando Bruno no chão.
“Lógico!” pensou Bruno, tinha que ser brincadeira e pior... ele caiu. “Droga” e outras palavras de baixo calão passaram em sua cabeça. Ele ficou ali um bom tempo, até que humilhado resolveu ir para dentro da casa.
Ao passar pela biblioteca um “psiu” lhe chama atenção. É Caio, ele lhe diz:
_ Pelo amor de Deus, não coloca fogo na casa! _ Ele volta a ler e Bruno dá as costas, mas é interrompido. _ Ah, e vocês precisam de Rafael então nada de fogo nele também, tá bom?
Um “GRRRRR” sai da garganta de Bruno, Caio acabou com a ideia dele.
- Rafael -
Rafael deitou-se rindo consigo mesmo da sua “performance”, conseguiu enganar Bruno direitinho. Mas isso foi estranho.
_ Bruno beija melhor do que qualquer menina que eu já peguei! _ Ele se espanta com o próprio comentário. _ Que que é isso Rafa? Tá virando viado, porra?!
Rafael sempre tirava a camisa para dormir, ele era calorento e sempre liga o ventilador na hora dormir. Agora, ar-condicionado.
Bruno já estava dormindo quando acorda com frio. Muito frio! O quarto estava até nevando.
_ Puta que pariu! _ Exclama Rafael.
- Bruno -
_ Vingança, vingança, vingança. _ Repetia Rafael na frente do espelho. _ Sem fogo. E sem raios, raios iriam destruir a casa. O que fazer Bruno?
O espelho treme e Bruno dá um salto para trás. Ele já se prepara para usar um feitiço caso seja um inimigo, mas, entretanto começa uma cena: “Na cena tem um rio e depois aparece uma mão. _ Icedust. _Uma voz grita, uma voz parecida com Bruno e as águas congelam.”.
_ Huumm! Isso é um aviso.
Bruno teve sorte de ficar ao lado do quarto de Rafael, assim as coisas ficariam mais fáceis.
_ Tomara que de certo! _ Bruno coloca as mãos na parede e pronuncia: _ Icedust!
Suas mãos ficam azuis e essa cor é logo irradiada para toda a parede. Serviço completo...
Continua...