DESPEDIDA DE SOLTEIRO I– QUANDO COMEÇA A PAIXÃO
Sou Manolo Fernandes e este conto é inspirado em fatos (sonhos reais). Minha pretensão não é ter notas e nem estar no topo dos melhores escritores, mas, apenas escrever e fazer sonhar, pois sou um romântico sonhador. Espero aos poucos fazer vocês descobrirem e trilharem esse caminho comigo. Sempre o Romance será narrado pelos dois protagonistas Cristiano e Fernando. Terá momentos eróticos, mas minha pretensão não é excitar e sim causar uma sensação de romantismo. Depois a gente se conhece melhor...Espero que gostem e vamos ao conto.
Capítulo I - Narrado por Cristiano
Meu nome é Cristiano, tenho 22 anos, 1,77, 75 kg, tenho a pele morena clara, traços fortes (herança indígena e portuguesa), olhos cor de mel (iguais aos meus cabelos). Faço Curso de Turismo e Hotelaria em uma instituição de ensino em Manaus. Moro em uma quitinete próxima do centro da cidade, malho muito para manter minha profissão. O que eu faço? Dou prazer, sou um Garoto de Programa.
Naquela manhã de maio de 2009, o “Chefe” me ligou dizendo que tinha um trabalho muito bom para mim, um empresário riquíssimo tinha solicitado serviço e queria o melhor do ramo. Tinha pedido 3 horas e pagaria o triplo, ou seja, exatamente R$ 900,00. Caramba meu aluguel e minha moto estavam vencidos e eu iria receber numa só noite R$ 450,00. Sim isso mesmo, metade de tudo que fazíamos ia pra nossa agência chamada “Zênite”, que quer dizer topo celeste.
E tem mais uma coisa Andrew, se tudo der certo, ainda tenho mais dois serviços na madrugada para você, por isso, trate de descansar bem essa tarde. Falou o Chefe.
Tranquilo, pode deixar, to precisando colocar as contas em dia mesmo. Falei e desliguei o celular.
Deve ser um coroa desses casados que querem diversão, tomara que ao menos seja enxuto, pois esses dias estou meio sem ânimo. Pensei comigo mesmo.
Voltei pra sala de aula pensando que naquela sexta-feira eu não poderia malhar ou me divertir. A tarde apenas apaguei, pois teria que estar pronto para os três serviços à noite. Escolhi uma camisa de marca, tomei um banho daqueles e fiz uma higiene maravilhosa, não só por causa da minha profissão, mas modéstia a parte, adoro estar cheiroso, gosto de me vestir bem e estar sempre bem apresentável. Embora eu seja um duro, de família interiorana (tenho que mandar grana pra ajudar meus pais e irmãos menores), tenho sonho de uma vida melhor e aprendi que a aparência é fundamental (palavras de meu amigo João, que me levou pra esse caminho, rs).
Me sentindo maior gato, mas sem nenhuma animação, pois sabia que se tratava de um desses velhotes que costumavam frequentar esses hotéis para pagar por sexo, pois eram casados. Peguei minha moto e fui pro lugar indicado, que ficava no centro da cidade, um hotel luxuoso. Na recepção pedi pra ir ao apartamento 313, do Sr. Villa Verde. A recepcionista, uma moça séria, me olhou de um canto do olho, interfonou e mandou que eu subisse.
Mesmo depois de 2 anos nessa vida, eu sempre ficava imaginando o perfil do cliente, alguns coroas bonitos, outros, desculpem, horríveis, mas, trabalho é trabalho. Imaginava comendo algum ator de malhação ou da saga crepúsculo e pronto, mandava bala. Perdido em meus devaneios chego no terceiro andar e fico de frente para o número 313. Respiro fundo e toco a campainha. A porta se abre e eu tive simplesmente a maior surpresa da minha vida!!!!!
Um homem lindo, jovem, vestido de paletó cinza claro. Confesso que meu queixo caiu. Ele era maior e mais forte que eu, cabelos pretos lisos e bem cortado, um rosto másculo e perfeito, os olhos expressivos e de um tom cinza impressionantes. Ele me olhava fixamente e perguntou: - Então, você é o Andrew, da Zênite?
Si..Sim!!! Gaguejei. O Sr. É o senhor Villa Verde? Perguntei.
Ele esboçou um sorriso e disse um sim. Me convidando para entrar na suíte. Entrei e vi um ambiente agradável, espaçoso, luxuoso e modesto ao mesmo tempo. Ele em um tom sério me perguntou se eu gostaria de tomar alguma coisa e eu respondi: “uma vodca”, Ele sorriu e disse “boa escolha, pegarei para nós dois”. Me servindo e se servindo. Quando ele me entregou nossos dedos se tocaram eu eu senti um frio na espinha. Eu estava realmente nervoso e nem sabia o porque. Talvez pelo fato de me sentir feio na frente daquele homem homem tão lindo e charmoso. Estava viajando em pensamento quando ele me falou “Andrew, hoje é minha despedida de solteiro, amanhã a esta hora serei um cara casado e eu tenho algo a te pedir”.
Pode falar, estou aqui para servi-lo. Só não beijo na boca e só transo com proteção. Respondi.
Eu nunca estive com um homem antes e peço que você tenha paciência comigo, pois sempre tive uma vida sexual ativa e heterossexual, você me entende? Falou.
Entendo. Falei pegando em suas mãos.
Ele simplesmente me puxou para perto dele e eu pude finalmente sentir seu perfume e perceber como ele era realmente maior que eu. Olhou em meus olhos e chegou sua boca perto da minha, virei meu rosto ele fez um sim com a cabeça, me puxou mais perto e me abraçou. Uma energia tomou conta do meu corpo, uma loucura tomou conta de mim, que eu, eu esqueci do profissionalismo e lasquei um beijo em sua boca. Meti minha língua, suguei a sua e me entreguei aquele momento. Foi um beijo profundo, como nunca tinha dado em ninguém, que durou uns três minutos. Fomos parando e nos olhando até que ele falou.
Tenho uma fantasia e quero que você realize para mim!
Putz, me ferrei, sabía que era muito bom pra ser verdade, um cara lindo desses contratando um garoto de programa, só poderia mesmo ser um tarado, ter alguma coisa anormal, deve ser mais que um pervertido. Pensei comigo mesmo. Mesmo assim revidei.
Qual sua fantasia?
Ele foi até o guarda roupa e pediu pra eu vestir um paletó, com direito a sapatos (o número era maior que o meu), roupa social e gravata. Pedi para ir ao banheiro e fui me trocar. Confesso que fiquei aliviado e falei “ufa”. Me vesti e quando entrei do quarto, meu empresário lindo estava deitado na cama (ainda vestido) e tinha tirado seu terno. Quando ele me viu ele soltou um “uau” e percebi em seus olhos saírem faísca, não sei se de surpresa ou se de tesão. Estava tocando uma música brasileira chamada Todo Azul do Mar, de Flávio Venturine, comecei a dançar suavemente ao som da música e a tirar peça por peça.
“Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar
Quando eu dei por mim nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar
Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo da vida que eu quis pra mim
Tu...do que eu fiz foi me confessar
Escravo do seu amor, livre pra amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar”.
Simplesmente vi nos olhos dele muito encantamento. É eu realmente estava seduzindo aquele homem que me olhava sem piscar e com um belo sorriso. Ele se levantou da cama e me puxou pra junto dele, dando-me mais um beijo de tirar o fôlego. Disse baixinho em meu ouvido “você é lindo”. Eu rapidamente comecei a tirar sua gravata, sua camisa, sua calça. Sentia seu perfume de macho e me perdi em seus pelos negros (sem exageros, mas abundantes) que eram presentes em seus braços, pernas e peito. Comecei a delirar vendo seu corpo, estava claro que aquele homem malhava e muito pra ser tão forte e viril. Em um gesto brusco ele unicamente me pegou pelo colo e me deitou na cama, ficando em cima de mim eu delirei, o beijei e comecei a arranhar de leve suas costas.
Eu e ele não tínhamos tirado as cuecas, mas estávamos visivelmente excitados. A sua era branca e dava pra ver que já estava lubrificada com aquele líquido originalmente masculino. Peguei em seu pau e vi que era realmente potente, uns 22 cm, apertei e tirei sua cueca. Aquele cheiro de macho exalou minhas narinas e eu baixei minha cabeça e engoli. Chupei a cabeça, lambi, e passei minha língua em toda a base, chegando aos seus testículos. Chupei muito e ele começou a forçar a minha cabeça e eu deixava.
Ele me puxou pra cima e tascou um beijo molhado e disse que também queria experimentar, tirando de uma vez a minha cueca. Foi pegando e olhando meus 20 cm e encostando seus lábios. Aos poucos foi lambendo e colocando a boca no meu pau. Se soltando paulatinamente. Eu delirava, sentindo sua língua quente estrangulando meu cacete. Cadencialmente o virei na cama e começamos um delicioso 69. Nossa, foi a sensação mais linda que já tive naquela noite. Chupava e era chupado, mordiscava e era mordido levemente, beijava e era beijado. Ele começou a ir subindo e chegando em meu anelzinho, e eu delirei. Me abri todinho pra sua língua e ele me fez ver estrelas, metendo o que podia dento do meu anelzinho. Ficamos nessa delícia por tempo, até que ele disse “Não aguento mais, preciso te comer agora” e eu respondi “Vem”. Ele pegou uma camisinha e eu dei um gel (parte do meu instrumento de trabalho) para ele que passou no meu cuzinho e na camisinha e foi metendo devagar. Ele me comeu de comeu de frango. Quando entrou tudo ele delirou e disse que estava adorando. Eu passei minhas pernas por suas costas e o prendi, rebolando e pedindo para ele meter mais, o que ele fez prontamente, com força. Meteu sem piedade e cada metida eu delirava com aquele macho suando e urrando em cima de mim. Eu rebolava muiiiiiito e dizia que eu era dele, que ele era meu macho. Minhas palavras parece que causaram um furor em sua cabeça pois ele meteu mais forte ainda por uns 15 minutos, até que anunciou “aaaaaaaah! Vou gozaaaar”. Ele gozou dentro de mim e eu gozei sem me tocar. Senti nossos corações palpitando e ele ficou em cima de mim por uns 5 minutos.
Caiu do outro lado da cama e disse que foi a melhor foda que ele teve em toda sua vida. Confesso que me senti orgulhoso e feliz, principalmente por que que a recíproca era verdadeira, nunca tinha gozado tanto e com todo prazer em minha vida.
Já estávamos há duas horas desde que eu tinha chegado no hotel. Tínhamos transado e ficado pertinho um do outro. Até que ele quebrou o silêncio e falou “Fernando, meu nome é Fernando Alberto Villaverde” e eu disse “Cristiano, meu nome verdadeiro é Cristiano Buzaglo, Andrew é meu nome de guerra”. Ele disse “posso te chamar de Cris?”. “Adoraria” respondi.
Cris, queria te fazer uma proposta. Fica comigo hoje a noite toda, dorme comigo? Perguntou.
Eu não sei, tenho que consultar o chefe. Ele tinha marcado mais dois serviços!!!! Respondi.
Bem, vou ligar pra ele agora!!! Ele disse
Fernando falou com ele e disse que pagaria pela noite toda, oferecendo R$ 3.000,00. Claro que o chefe topou na hora e arrumou outro garoto pra ficar no meu lugar e aquela noite foi uma noite de descobertas para ambos. Jantamos, sorrimos, cantamos, transamos mais duas vezes, bebemos, sorrimos e falamos sobre a vida.
Descobri que ele tinha 27 anos, que era filho de um rico fazendeiro do interior do Amazonas, que sua mãe morreu quando ele tinha 12 anos e foi morar com os tios em Manaus, para prosseguir nos estudos. Disse também que não se dava bem com o pai, que queria que ele estudasse agronomia e Fernando tinha se formado em engenharia Civil, aos 22 anos. Que vendeu um apartamento que tinha herdado de sua avó materna e começou sua empresa de construção civil juntamente com dois sócios. Que em 5 anos tinha trabalhado bastante e construído uma firma bem sucedida e em franca expansão na Região Norte. Ou seja, Fernando era um homem completo, muito jovem ainda, mas profundamente inteligente e bem sucedido, a ponto de ser rico sem precisar do pai para nada. Falou que seu sonho era ser pai e poder dar ao filho toda a atenção que ele não teve e que por isso, logo depois do casamento iria encomendar seu filho, que não queria esperar para realizar o sonho de sua vida. Senti que quando ele falava do seu filho futuro seus olhos brilhavam e seu rosto se iluminou. Percebi que o grande sonho dele era ser pai e que ele tinha nascido para isso.
Também contei minha história para ele. Disse que tinha 22 anos, que vim do interior do Amazonas (Parintins), que sou fanático pelo Boi Vermelho Garantido (ele nem ligava pra essas coisas mas me dava atenção), que tinha ido morar numa periferia da cidade e que cheguei em Manaus com o sonho de estudar, mas a única coisa que consegui foi morar de favor com um tio meu (numa pobreza grande) e que trabalhei por dois anos no Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus e que não dava pra pagar faculdade e se manter ao mesmo tempo. Contei que foi aí que conheci numa boate um carinha que me contou como ganhava a vida e fez parecer uma maravilha, me apresentou para o chefe e comecei essa vida de GP. Mudei de casa, aluguei um pequeno apartamento, comprei uma moto e venho mantendo minha vida com essa profissão clandestina.
As horas foram se passando e tínhamos cada vez mais assunto, até que questionei sobre a despedida de solteiro. Ele disse que eu tinha dado a ele a verdadeira despedida de solteiro, que seus primos, amigos e sócios tinham fechado uma casa de eventos para terem uma despedida convencional, mas que ele tinha em mente mesmo era o que tinha acontecido entre ele e eu. Que sempre sentiu desejo por homem, mas que nunca tinha aceitado isso em si mesmo, porém não queria casar sem ter ao menos experimentado esse lado que atiçava sua curiosidade. Falou que tinha sido melhor do que esperava e tinha me achado perfeito. Conversamos, transamos, bebemos... Até que o sono veio e fomos tocados por Morfeu (deus do sono).
Às 06 horas da manhã do dia seguinte sinto uma mão acariciando meu rosto, abro os olhos e vejo Fernando sorrindo, já pronto me dizendo “bom dia dorminhoco”, respondi “bom dia”. “Então, está na hora de voltarmos as nossas vidas normais”, ele falou com um sorriso. Eu apenas respondi “que pena”. Levantei, escovei os dentes, me vesti e Fernando olhou bem fundo nos meus olhos, deu um suspiro profundo e falou “Cris, você é lindo e obrigado por ter me feito tão feliz por essas horas. Infelizmente está na hora de voltar a minha realidade, não queria perder o contato com você, mas, não poderei te ver novamente, senão eu correria grande risco” . Minhas lágrimas começaram a cair e eu respondi “eu nunca colocaria tua reputação em risco, desejo que você seja feliz Nando, você não corre risco comigo se me encontrar de novo” . Ele falou “Corro sim. Corro o risco de me ver completamente apaixonado por você e não levar adiante meu casamento. Você foi o meu primeiro e vai ser meu único homem. Adeus”. Disse puxando um bolo de notas de R$ 50,00 e me entregando. Quando ele ia abrindo a porta eu parei na frente, o puxei pra mim, olhei em seus olhos e vi minhas lágrimas correrem, o beijei. Foi um beijo de desejo, despedida, paixão. O melhor beijo da minha vida até então. Fernando apenas me olhou e disse “Adeus”.
Caramba, abriu uma torneira em mim e eu chorei, chorei uns 10 minutos. Olhei o dinheiro e me amaldiçoei. Eu estava completamente apaixonado por aquele homem. Tomei coragem e desci, eram 7 horas da manhã de sábado, saí do hotel e procurei um lugar para tomar café, meus olhos marejados e meu coração apertado. Passei na banca de revista e comprei o jornal do dia. Fui a lanchonete, pedi uma porção de pão de queijos e um café com leite. Fui folheando o jornal, quando numa página central do jornal eu vejo a foto de Fernando e uma moça linda, era a parte de coluna social, que anunciava o casamento “Hoje nossa cidade está em Festa, pois dois jovens lindos e amados estarão se casando, às 19:00 na Paróquia São Sebastião e Euzinho estarei lá” . Dizia o colunista social, uma biba famosa na cidade.
Olhei fixamente aquela notícia e falei para mim mesmo “Vou ao casamento, tenho que ver Fernando de novo, nem que isso seja a única coisa que eu faça em minha vida!!!!”.
Continua