A ultima lembrança que tinha era, ver Bruno cair desmaiado e logo em seguida eu cai também. Agora, meus braços doíam muito como se alguém tivesse tentado arrancá-los, abri meus olhos, estava numa espécie de prisão ou coisa do tipo, meus braços estavam amarrados com correntes que saiam do teto, grandes, pesadas e frias, novamente eram feitas de um metal que eu não conseguia dominar, o local onde a corrente apertava estava machucado e um filete de sangue escorria até meu ombro, minhas roupas estavam um pouco sujas de terra, olhei para direita e vi Bruno, também acorrentado, numa situação pior que a minha, em seu rosto existiam alguns hematomas, mas ele ainda permanecia desacordado, mesmo estando naquele estado, ele ainda estava extremamente bonito. Olhei para minha esquerda e me surpreendi, a uns 2 metros de mim, também acorrentados estavam James e a rainha Sara. James estava sem camisa, seu peitoral estava marcado varias linhas, como se ele tivesse sido chicoteado, o sangue brotava vagarosamente de cada linha, já a rainha estava com seu corpo e suas roupas completamente intactas, porem em sua bochecha direita havia uma grande marca vermelha, ambos estavam desacordados.
Bruno geme baixinho e fala:
Bruno – Tom – ele tossiu, percebi que um pouco de sangue escorreu pelo canto de sua boca – você está bem?
Eu – No geral estou sim – ele esboçou um leve sorriso e mais sangue escorreu por sua boca – o que aconteceu com você?
Bruno – parece que... O sonífero não fez muito efeito em mim, quando eu acordei e vi você acorrentado comecei a gritar para que te soltassem, então uns guardas entraram aqui trazendo esses dois e me colocaram pra dormir de novo... Do pior jeito possível.
Eu – eles te machucaram muito?
Bruno – pra caralho, eles me bateram durante uns 5 minutos, eram 3 caras e eu estava acorrentado, ou seja, estou todo quebrado e acho que algo se rompeu aqui dentro. Mas você está bem né?
Eu – para de se preocupar comigo bruno, eu to preocupado é com você, que tá todo arrebentado ai.
Bruno – não precisa, eu aguentei isso por você, e por você eu aguentaria até o dobro.
Eu – como assim?
Bruno – um dos caras ia bater em você, então eu pedi para que ele batesse em mim e deixasse você em paz, e ele fez o que eu pedi – ele tossiu outra vez.
Eu – porque você fez isso bruno? Eu poderia aguentar...
Bruno – eu não deixaria que eles encostassem um dedo em você.
Eu – porque?
Bruno – você nunca percebeu né? Faz tanto tempo que... que eu...
A frase de bruno foi interrompida quando ouvimos o barulho das grades daquela prisão sendo abertas e o som de passos lentos e pesados era o único ruído que se ouvia. A sombra daquela figura se aproximava cada vez mais.
E quem apareceu? O rei Heldrick
Ele andou até o meio do local onde estávamos e parou de frente pra mim.
Heldrick – ora se não é você quem está por aqui novamente, nosso querido semideus – disse ele num tom sarcástico.
Eu – nos deixe sair daqui seu monstro.
Heldrick – há não, você só vai SAR daqui com a memória alterada.
Eu – você não vai apagar minha memória.
Heldrick – e quem vai me impedir? EIN SEU VIADO?
Eu – SAIA DE PERTO DE MIM – gritei.
Heldrick – acho que o senhor está muito nervoso, talvez seja preciso que eu traga alguém para acalma-lo. Quem será que eu trago? Há, vou trazer meu irmão, haha – lembrei do terror que senti ao ver aquele homem.
Eu – não, por favor, não...
Heldrick – agora é tarde demais.
Ele foi para o portão da “prisão”, falou com algumas pessoas e depois voltou.
Bruno – o que você vai fazer com ele?
Heldrick – creio que isso não seja da sua conta muleque.
Bruno – não me chame de muleque seu merda.
Heldrick – você está falando demais para quem está quase morto.
QUASE MORTO?
Eu – do que ele está falando bruno?
Bruno – bem, os guarda me bateram por mais tempo do eu te disse.
Heldrick – que lindos vocês dois até me emocionei... Quase. – ele se aproximou de Bruno e deu um forte soco em seu estomago, fazendo ele cuspir sangue.
Eu – PARE, PARE AGORA, eu faço tudo que você quiser, só pare de bater nele.
Heldrick – isso por acaso é uma proposta?
Eu – sim, deixe-o ir e eu faço o que você quiser.
Heldrick – você jura pela vida dele? E jura que se não fizer o que eu quiser eu posso mandar mata-lo?
Eu – sim...
Bruno – você é idiota por acaso? Eu não vou deixar você aqui sozinho com esse monstro
Eu - vai sim e vai embora daqui, e esquecerá q eu existo.
Bruno – você está pedindo uma coisa impossível.
Heldrick – vocês são realmente ridículos, essa raça de vocês deveria ser extinta.
Bruno – cale essa sua boca de merda seu maldito.
Heldrick – E QUEM É VOCÊ PRA ME MANDAR CALAR A BOCA? VOCÊ NÃO PASSA DE UM VERME PERANTE A MIM – ele gritou e deu mais um soco no estomago de bruno.
Eu – eu já disse pra parar, solte-o.
Heldrick – muito bem – disse ele se recompondo – mas antes disso – ele fez uma pausa – pode vir.
Então mais uma vez eu vi aquela figura encapuzada, ele adentrou a sala e caminhou vagarosa e silenciosamente na direção do rei.
Heldrick – então você já sabe o que tem que fazer não é? E dessa vez tente não falhar. – disse em tom de desprezo.
O irmão permaneceu calado, olhou na nossa direção e tirou o capuz revelando mais uma vez o rosto deformado e sem vida, que por sinal alem de causar medo em mim, também amedrontou bruno.
Irmão – creio que falar dessa maneira comigo não seja o mais sensato, ou será q você esqueceu dos poderes que tenho.
Heldrick – execute sua tarefa.
Irmão – muito bem.
Ele estendeu as mãos em minha direção, olhei para bruno e vi que ele estava chorando, minha vontade foi de desabar no choro também, mas para que o rei cumprisse sua promessa eu teria que aguentar firme.
O irmão colocou as mãos nas laterais da minha cabeça e tudo ficou claro, comecei a ver coisas do meu passado, apareciam como se fosse bilhões de fotos e algumas iam de desfazendo em pequenos pedaços, uma por uma, até que um dos “retratos”, se evidenciou, nele estávamos eu, bruno e um garoto de cabelo preto e curto, todos quando éramos crianças e de repente me veio o nome “Valentim”. Tudo ficou escuro, senti uma dor intensa no coração, abri meus olhos, vi que o irmão estava caído no chão com o corpo fumaçando olhei para bruno, este estava boquiaberto, meus olhos ardiam, um ruído chamou a atenção de todos, James e a rainha Sara haviam acordado.
Heldrick – desde quando você sabe dominar o elemento raio?
Eu – como assim?
Heldrick – você acabou de eletrocutar o irmão.
Eu – eu não.
Bruno – foi sim Tom...
A atenção de todos foi chamada novamente quando ouvimos James tossiu alto e sangue também escorreu pelos cantos de sua boca.
Sara – você esta bem?
James – não.
Então ele olhou pra ela da mesma forma que bruno olhou pra mim, com ternura, mesmo estando numa situação critica.
o rei se dirigiu aos 2, olhou para James, olhou para a rinha e desferiu um sono tapa em sua bochecha esquerda.
Sara – por deus nos solte,
Heldrick – claro que não minha querida rainha – disse o rei com a boca cheia de sarcasmo.
Eu – porque você esta fazendo isso com eles? – será que ele havia descoberto seu segredo? O.o
Heldrick – isso não é da sua conta garoto, agora quero que esperem ansiosos pelo que aguarda vocês – ele se virou e caminhou para os portões dizendo – eliminação da memória para o semideus e execução para os demais, hahahahaha – e saiu.
Bruno – o que ele quis dizer com isso?
James – que nós vamos morrer gênio.
Bruno – fecha essa sua boca porque eu não tava falando com você cara.
Eu – chega, estamos todos no mesmo barco pessoal, devemos nos unir para sair daqui e não brigar.
James – só na sua imaginação que eu vou me juntar a você de novo.
Bruno – você pode ficar aqui, seria bem melhor.
Sara – James! Fica quieto, nós queremos sair daqui, lembra?
James – sim lembro.
Eu – você também bruno, devemos pensar num modo de sair daqui.
Ficamos todos em silencio, pelo menos eu estava procurando uma forma de sair dali o mais rápido possível, até que me veio uma duvida.
Eu – então James o rei descobriu o seu segredo? – na verdade eu queria dar uma surra nele pelo que ele tinha feito comigo.
James – irônico né? – ele fez uma pequena pausa – eu não sabia que isso poderia ser tão prejudicial como foi, e a tantas pessoas.
Eu – como vocês se conheceram?
James – pra que você quer saber?
Sara – não seja mal educado James, bem, quando criança eu sempre gostei de acompanhar meu pai , o antigo rei da nação do metal, para as reuniões dos reis das 10 nações e em uma delas eu o conheci James, não sei se você sabe mas ele é filho do conselheiro do rei da nação do fogo.
Eu – então você também é da nobreza James?
James – tecnicamente.
Bruno – com licença, acho q temos coisas mais importantes com as quais nos preocuparmos agora.
James – seu amigo tem razão.
Eu ainda nutria uma raiva enorme de James, mas o momento pedia calma e uma estratégia de fuga.
Eu – o que vamos fazer pra sair daqui?
Sara – você e seu amigo são dominadores de metal certo, não podem tirar a gente daqui?
Bruno – se pudéssemos nós não estaríamos mais aqui.
James – olha o jeito que você fala com ela.
Eu – parem vocês dois, parecem duas crianças, vou ver se eu consigo puxar meus pulsos pelas correntes e sair.
Aproveitei o sangue eu escorria e forcei meu braço pra baixo, ainda doía, mas era um esforço necessário, puxei e puxei, até que meu punho passou pelas algemas, fiz a mesma coisa com o outro braço e com minhas pernas.
Bruno – assim. Se der pra me soltar também eu não acharia ruim.
Eu – eu vou te soltar, calma, só não sei como.
Sara – os guardas usam armaduras de metal, você pode pegar eles de surpresa e coloca-los para dormir, pegar uma das espadas e usar para quebrar as correntes.
Eu – boa ideia.
Caminhei silenciosamente na direção do portão da prisão, e pude ver 2 guardas sentados conversando de costas para o portão, e como disse a Rainha eles estavam usam grandes armaduras de metal, senti que era um metal q eu conseguia dominar, então fiz com que eles atingissem o teto e dois o chão repetidas vezes, até q os dois desmaiaram, eles poderiam ser os que bateram no bruno, tinha que vinga-lo.
Um dos guardas carregava um grande machado, peguei e levei até onde estavam bruno, James e a rainha.
Bruno – que bom trabalho você fez ein?
Eu – eu sei eu sei.
Usei a dominação para lançar o machado na direção das correntes de bruno que prendiam bruno, que se quebraram facilmente.
Sara – é... Você poderia nos soltar também?
Bruno - Tire a rainha das correntes, mas deixe esse verme ai, ele merece pelo que fez com você.
Sara – se for pra deixar ele aqui nem precisa me soltar.
Aquilo sim era amor verdadeiro, lancei o machado e libertei os dois.
O bruno se aproximou de mim.
Bruno – o que vc fez? Você lembra o que ele te fez?
Eu – sim lembro, mas vc sabe q eu já perdi um amor uma vez e não desejo isso pra ninguém, nem mesmo pra ele.
Bruno – eu te entendo...
Viramos pra ver se os dois aguentavam ficar de pé, e vimos que eles estavam se beijando calorosamente, bruno segurou minha mao e disse no meu ouvido “vamos”.
Quando já estávamos chegando ao portão James disse:
James – obrigado.
Eu – por nada.
Ele veio até mim, segurou no meu braço e disse:
James – Tom será que, você poderia me perdoar? – ele olhava nos meus olhos.
Eu – eu...
Bruno – eu acho...
Sara – que nós deveríamos sair daqui o quanto antes certo? – bruno lançou um olhar agressivo para a rainha.
Bruno – isso mesmo.
James – você conhece algum tipo de passagem secreta meu amor? – disse James para a rainha.
Sara – infelizmente não, heldrick nunca me deixou andar por ai no castelo.
Bruno – e agora Tom?
Eu – mas você pelo menos sabe dizer se tem alguma saída dos fundos?
Sara – segundo os criados, eles não são permitidos de entrar pelo portão principal, então deve haver outro lugar pelo qual eles entram no castelo.
James – faz sentido, agora só precisamos achar essa saída.
Bruno – e deveríamos ir rápido.
Passamos pelo portão da prisão, passando pelos guardas desacordados, e começamos a subir as escadas. Eu e bruno em silencio e James e Sara um pouco mais atrás conversando algo bem baixinho.
Andamos por alguns corredores que estavam vazios até que encontramos um onde no final deste vários guardas conversavam. Combinamos de passarmos um por um. Eu, Bruno e a rainha Sara, passamos com facilidade, mas quando James foi passar ele derrubou um dos vasos decorativos, o que chamou a atenção dos guardas, que logo pararam a conversa, empunharam suas lanças e começaram a correr na nossa direção.
Bruno – fudeuContinua#ressuscitando... A pedido de uns amigos.
Eu sei q quem acompanhava meu conto, deve estar morrendo de vontade de me matar né, me desculpem, eu passei por um momento ruim na minha vida e isso sugou minha inspiração (para os curiosos de plantão, foi o termino do meu namoro q me deixou mal), então me perdoem e agora tentarei postar com mais frequência. Prometo q os proximos vao ser melhores do que esse.
Bjs e se quiserem conversar já sabem: bruno_pessoa_lima@hotmail.com