Já se passavam das 13:30 e nós estávamos chegando no teatro, o que não me animava muito era melhor do que passar a tarde no meu quarto chorando e me culpando pelo minha vida estar assim, quando entramos no teatro a Bia já nos acompanhava com os olhos atentamente. Eu sabia que ela mexia com o Fabio mais também sabia que ele não mexeria um dedo pra se aproximar dela, o que me deixava extremamente irritado com essa atitude então como uma forma de distração tentaria fazer com que eles ficassem. Mais meu professor resolve que seria interessante aparecer alguns minutos antes atrapalhando toda a minha artimanha, ele parecia eufórico, pelo menos mais que o normal e ele começa a gesticular e falar coisas sem nexo até que enfim chega ao ponto onde acredito que fosse o motivo de tanta euforia.
-Meus caros lindos alunos e aspirantes a atores. Eu tenho uma noticia estupendamente boa. Bom nosso patrocinador, ele aquele lindo, conseguiu que alguns de seus sócios que também tem grandes empresas viessem aqui para ver se a futuro em nosso teatro, se vale a pena investir na carreira de você jovens atores, então para nos ajudar ele quer que façamos uma peça romântica cheia de efeitos especiais que serão financiados por ele. Então eu preciso de um jovem ator e uma jovem atriz perfeitos, maravilhosos e lindos. Que vocês mesmo eram escolher.
Como em um passe de mágica todos passam a me olhar e olha para uma garota, se não me engano se chamava Marina. Eu e ela nos entreolhamos e sem duvida nós meteram nessa sem ao menos nos perguntar se queríamos.
-Bom acho que deram o veredicto, Jhonny e Marina serão nosso casal apaixonado.
Novamente nos entreolhamos enquanto ele distribuía os demais papeis, o que realmente eu fiquei impressionado foi que eu nem ao menos sei atuar e mesmo assim já estou estrelando uma peça teatral com uma garota, e agora que parei para pensar nela, que garota, seu corpo era esplêndido, com a sua pele pálida e suas sardas no rosto davam um ar de menininha, seus cabelos castanhos caídos abaixo dos ombros entravam em equilíbrio com seu rosto fino e atraente, seus olhos azuis extremamente claros me afogavam em pensamentos, sem que eu notasse ela se aproxima de mim, jogando o cabelo para trás com uma das mãos como se tentasse me seduzir.
-Então é com você que eu terei que me relacionar nessa peça, bom você é gato já é um começo.
Eu abaixei minha cabeça e fiquei vermelho, estava sendo elogiado, então iria apenas a me limitar a agradecer mais o Fabio me empurra na direção dela e acabamos nos abraçando com nossos rostos colados um no outro, eu fiquei cara a cara com aqueles lindos olhos e ficamos assim um bom tempo sem nenhum dos dois esboçar qualquer tipo de reação. Mais somos interrompidos pelo Ricardo que nos olhava com uma cara de aprovação.
-Vejo que você vão dar um belo casal apaixonado nessa peça. HAHAHA boa escolha pessoal.
Nos afastamos, eu devia estar muito vermelho de tanta vergonha que eu estava de tudo aquilo, mais ele nos passou o roteiro e nos dois ficamos ensaiando até que eu olho para o relógio e noto que já se eram 17 horas, me despeço de todos e puxo Fabio para longe da Bia para ele me levar embora, ela apenas riu da cena, eu realmente estava me soltando nas aulas de teatro, e realmente esperava que eu não fizesse nenhum vexame no dia da apresentação na frente dos nossos futuros patrocinadores. Chegando em casa minha mãe já havia chegado o que eu estranhei, e ela se senta, ela segurava uma xícara de acredito chá, e se sentou e fez sinal para que eu me sentasse ao seu lado dando umas palmados no sofá ao seu lado. Estranhando eu fui até o lugar indicado, ela parecia estar preocupada, mais eu não sabia com o que exatamente.
-Filho, porque o Lucas veio aqui chorando querendo falar contigo?
-Como eu vou saber mãe?
-Jhonny, o que aconteceu?
-Eu terminei com ele.
-Mais filho se ama ele porque fez isso?
-Porque eu to confuso mãe, eu não agüento mais essa pressão que estão botando em cima de mim, por causa desses outros caras que me agarram e...
Eu não consegui terminar a frase, comecei a soluçar lagrimas escorriam sem parar pelo meu rosto eu já estava me sentindo um lixo em relação a tudo, já estava virando um habito as coisas darem errado na minha vida. Eu não conseguia ficar ali olhando minha mãe me ver naquele estado então peguei minha mochila e subi para o meu quarto, quando fecho a porta me encosto nela e vou deslizando até o chão, sem abrir os olhos, eu não tinha motivos para mim continuar com tudo isso engoli o choro, me levantei, como primeira atitude fui até meu mural e arranquei a nossa foto deletando ele totalmente da minha mente, chega disso tudo eu quero ter uma vida normal agora, sem ninguém me magoando, sem pressão, sem culpa. Aquela noite eu realmente pude dormir sem pensar em nada apenas deitei e relaxei. Mais a rotina me vez levantar novamente às 5 horas da manhã, mais não me importava com isso era gostoso a sensação liberdade, então peguei meu Ipod e sai caminhando pelo bairro, fiz uma rota nova, já que tudo ia mudar na minha vida a partir de hoje porque não começando com uma nova rota, me deparei com uma cafeteria, estilo anos 90, eu sempre gostei de cafeterias, e eu nem sabia que tinha uma no meu bairro. Voltei meio empolgado embora, chegando em casa, tomei banho e me arrumei para ir pra aula, pedi pra minha mãe me levar por mais que eu que eu tentasse esconder eu ainda não estava preparado para conversar com o Lucas. Então no chegar à escola apenas fui direto para a sala e fiquei lá ouvindo musica que afinal era a única coisa que me mantinha calmo lá, via as pessoas entrando na sala sem me dar a mínima importância o que era uma sensação tranqüilizadora, até que ele entra na sala com a Manu e o Gustavo e me encara, como eu ele tentava parecer feliz, pelo menos eu achava isso, não fiz questão de olha muito para ele apenas foquei no meu celular que já havia três mensagens da Marina, as primeiras perguntas que me veio a cabeça como? e porque? Eu não me lembrava de ter pego o numero dela e muito menos ela o meu, mais ai me lembrei do Fabio, ele sempre dava um jeito rápido nas coisas, devia ter sido ele, eu me limitei a prestar a atenção na aula aquele dia, apenas troquei sms com a Marina, eu não conseguia sentir a mesma atração que eu sentia por homens isso era evidente, mais mesmo assim ela conseguia me deixar excitado com algumas coisas que ela me dizia, mesmo que por brincadeira, eu sentia o Lucas incomodado atrás de mim, acho que era por não saber que estava me fazendo rir na aula de matemática, realmente a Marina estava se tornando algo para mim mesmo eu não sentindo nada por ela. Ela era uma boa pessoa e eu não pretendia usá-la. Então no recreio eu me afasto de tudo e de todos na escola fico em um lugar onde estava apenas eu, não queria ser incomodado, para evitar que pessoas chegassem perto contei com o bom senso delas e leguei para a Marina.
-Oii, fofucho.
-Para que coisa de criança me chama disso, parece minha mãe quando eu tinha uns sei lá 3 anos.
-Ata desculpa. Então que tal meu amorzinho, não esquece somos agora um casal apaixonadíssimo.
-A sim, super apaixonados mesmo hahha.
-Porque acha que nos escolheram?
-Eu porque sou lindo e tu eu já não sei.
-NOSSA. Nem se acha o guri.
-Não né eu sou simplesmente eu, hahah não preciso me achar né.
-Sensacionalista, mais fazer o que né vou ter que te amar até a peça acabar hahaha
-Isso mesmo, olha já vai bater o sinal ta, mais tarde te ligo de novo, pessoa que me ama.
-Ta bom beijos, sensacionalista que ME ama.
Depois que eu desliguei o celular fui até o bebedouro quando ergo minha cabeça e me deparo com o Lucas ali me olhando com uma expressão enfurecida.
-Nós precisamos conversar.
-É... acho que não.
-Jhonny nós precisamos conversar e vamos.
-E quem vai me obrigar? Você? Ahahah tenha dó né Lucas?
-Porque tu ta assim tão tirano, chega a ser ridículo para tua cara.
-Que bom né, agora some.
Peguei e o deixei resmungando e voltei para a porta da sala, quando finalmente toca o sinal e vem o professor de Ed. Física, subimos para o ginásio, todos os terceiros anos tinha aula de Ed.Física juntos, depois de todos estarem no ginásio e depois das chamadas, ele anuncia que jogaríamos hadebol, era um esporte que eu particularmente adorava, mais não estava afim de querer resolver nada nas quadras então como já havia sido feita as chamadas sorrateiramente fui para os banheiros que ninguém usava porque preferiam o do vestiários que eram mais sei lá usáveis. Pretendia ficar lá até o final da aula, porque eram tantos alunos que ele se quer notaria a minha ausência lá. Me enfiei na último cabine e fiquei lá com a porta trancada quando me vem na memória o meu beijo com o Lucas ali naquele mesmo banheiro, aquilo mexeu um pouco comigo então quando eu fui sai dali. Saindo praticamente dês costas quando sinto alguém dar a volta na minha cintura me abraçando com força, foi uma abraço muito acolhedor, então me viro para ver quem era e sou surpreendido com um beijoCONTINUADesculpa a demora para publicar mais eu estava hospitalizado por causa de uma virose, =S ainda to um pouco mal mais já to em casa então vou tentar continuar as publicações o mais rápido o possível.
- Serejo : Muito Obrigado por acompanhar o conto, e ainda bem que não é só eu hah.
- stahn : Mais não é só pelo Lucas é por tudo que ta acontecendo com eles sabe, muito complicado manter uma relação assim.
-Will16 : Eu sei que isso choca muito mais vai ser bom para os dois esse afastamento, acho que eles não estão prontos para ter um relacionamento serio ainda.
-Digo123 : Enfim alguém do contra, todos querem Lucas e pelo menos um o João.
- O Recifense: Acho que vai ser bom sim, pelo menos assim o Jhonny vai poder pensar um pouco em tudo isso e estabelecer suas prioridades.