• 23x04 – Tormentas
Segunda-feira, 14 de janeiro.
– De agora em diante, Eu, José Otávio, estou assumindo o posto de capitão, pois, aos desavisados, um grupo de ‘marginais’ atacou friamente o meu tio, o antigo Capitão Tuba, ou Tomás, como alguns os conhecem. Rezem para Eu não descobrir quem foram os culpados. – Falei cinicamente e prolonguei o meu discurso afim de logo o finalizar. – Para ocupar o meu lugar como sargento, escolhi meu novo amigo e braço direito, Bernardo, mas para vocês ele se chamará Sargento Júnior. Todos vocês as suas cabanas, as atividades serão retornadas amanhã. – Vi todas as pessoas saindo em direção a seus dormitórios. – Bernardo, vamos ao escritório do “peixinho”. – Falei sorrindo.
Bernardo me seguiu, e, ao chegarmos lá, logo sentamos e fomos tirando aquelas botas típicas de alguém que está no exército. Joguei-a para o lado e fiquei fitando Bernardo.
– Cara, Eu ainda não acredito no que você fez com o seu tio, como pôde? Sério, você é muito sangue-frio.
– Ele apenas mexeu com a pessoa errada. Ele merecia aquela surra. Lembro que aos quinze anos Eu já apanhava daquele miserável, mas o maior erro dele foi ter mexido com a pessoa que mais amo nesse mundo. Eu não podia deixar barato.
– É, eu sei. Não acredito que você deixou uma montanha daquelas desacordada. – Bernardo principiou a rir. – Eu imagino a cena: Você, batendo de cinturão na bunda dele e depois quebrando ele com murros e chutes. Cara, havia sangue por todo o lugar do nosso cômodo. Como ninguém desconfiou?
– Vai saber, vai ver eles têm medo de chegar a mim e me acusar. Eu disse a você, “esses caras são medíocres”, não sei o que estão fazendo aqui. – Pus meus braços para trás e apoie-os na cadeira juntamente com minha cabeça.
– Quanto a sua foto com o Walmir?
– Aqui tem impressora, então Eu só fiz comprar os papéis de foto e imprimi algumas de meu Orkut (R.I. P). Olha! – Falei abrindo a gaveta e entregando as fotos minhas com o Walmir.
– Nossa! Você tem no Orkut uma foto beijando ele? Cara, tu és muito corajoso mesmo. – Bernardo analisou algumas fotos apenas do Baixinho. – Devo admitir que ele é realmente lindo. E, tal como você disse, ele tem uma bunda muito linda, mas essas pernas dele...
– Está bom! Não precisa babar nas fotos. Aliás, você tem namorada. E até onde sei, ela é linda.
– Mas não tem uma bunda dessas. Como é que você consegue chegar “lá”? – Ele perguntava surpreso.
– Papai tem seus truques. – Falei apalpando meu pau. – Banho de piscina! – Gritei para ele e logo em seguida anunciei no microfone.
Todos se dirigiram ao Ginásio com seus trajes de banho e aproveitaram, como loucos, aquela piscina. O tempo estava favorecendo a tudo, naquele dia. Pedi para que os serviçais arrumassem um almoço de verdade, pois aquele que meu tio sempre mandava fazer era, digamos, apavorante. De sobremesa, tivemos sorvete e logo depois do lanche, enquanto alguns ainda estavam se divertindo no Ginásio, ora na piscina, ora nas quadras, eu fui ao meu antigo quarto dormir um pouco.
À noite, fizemos o mesmo ritual da fogueira, dessa vez com queijo e algumas carnes de churrasco. Avisei aos demais que os próximos treinamentos não seriam fáceis, pois meu tio já havia preparado um cronograma e Eu sabia que fazer aquilo não seria simples. Ninguém quis desistir.
– Vamos ver até onde eles aguentam. – Sussurrei no ouvido de Bernardo que apenas sorriu sarcasticamenteTerça-feira, 15 de janeiro.
– Walmir, você tem certeza que não quer ir à praça? – Perguntou-me Rita enquanto se olhava no espelho.
– E se por acaso eu me encontrar com aqueles trogloditas? – Falei ainda agarrado ao travesseiro.
– Está falando dos “homens de preto” ou dos “três mosqueteiros”? – Ele me perguntou sorridente.
– Ambos. Você sabe que não suporto o Fernando e a ‘racinha’ dele.
– Engole essa pelo Fábio, por favor?! Além do mais, você mesmo disse que pode se virar sozinho. Eu acredito em você, baixinho. – Ela falou se dirigindo a mim, na cama, e pegando em meus ombros. – Você é tão forte, um exemplo para mim. Então, por favor, quebra esse galho por mim, ham?
– Tudo bem, nós vamos à praça.
– Ainda bem! – Ela exclamou. – Vovó nunca me deixaria sair de casa sem você – Afirmou-me, dando-me um beijo. – E você sabe o quanto gosto de estar com meu namorado.
– Eu sei. – Falei abaixando a cabeça e indo ao banheiro.
– Ele não te ligou de novo, não foi? – Ela perguntou enquanto eu ligava o chuveiro.
– Vamos para de falar nele, Rita? – Ela soltou um suspiro e eu também. – Eu sinto saudades dele. E não sei nem o que está acontecendo. Ir à praça irá ocupar minha cabeça, ao menos isso. – Bufei no fim, mostrando meu cansaço.
Era incrível, agora eu havia me tornado dependente dele e ele nem me dava noticias. Agora eu posso sentir o que ele sofria enquanto estávamos separados por alguns dias. Por isso que, mesmo depois de nosso término, ele sempre ia à minha casa dormir comigo. E agora era eu quem precisava dormir com ele.
Sai do banho e vesti a minha roupa. Mais uma vez, Rita elogiou-me dizendo que agora eu tinha um pouco de “senso de moda”, mas, a meu ver, eu continuava o mesmo. Nunca me importei com aquilo que vestia, mas José fez questão de renovar todo o meu guarda-roupa, entãoFabinho veio nos buscar e levou-nos à praça. Mais uma vez eles me deixaram sozinho. E, para meu azar, com menos de uma hora o Fernando chegou para me azucrinar.
– Olha se não é o anão veado.
– Meu eterno silêncio para você. – Falei pondo a mão próxima ao rosto dele e fazendo um movimento circular como se estivesse lavando o vidro de um carro.
– Então quer dizer que você aprendeu a falar a minha língua? Conseguiu me entender, agora? – Ele sorriu e eu saí andando. Quando menos espero, sinto a mão daquele imundo tocar minhas nádegas. – Mas tu ‘tas um gostosinho, hm? Deves de estar dando muito por aí, né, seu merda?
– Isso não te interessa. Outra, não toque na minha bunda se tem amor a sua mão! – Falei em ameaça.
– Que medinho! – Ele falou sussurrando ao meu ouvido.
– Ai Fê, não faz isso! – Falei manhoso quase vomitando nele e ele entrando em meu jogo.
– Olha, eu não curto veadinhos, mas pra você eu abro exceção. Vai alí no beco próximo a Igreja. ‘Tô te esperando lá.
Assim que eu o vi entrando no beco eu parti em direção ao mesmo para por minha vingança em prática. Chegando ao local combinado, ele veio me agarrando e tentando me beijar.
– Calma, Fernando, não tem pressa! – Falei puxando seu cabelo para trás e dando uma mordida em seu maxilar. – Eu odeio você. – Falei com os dentes trincados e aplicando-lhe uma joelhada no meio de sua barriga.
Fernando caiu com meu golpe, porém aquilo havia sido pouco. Quando ele veio para cima de mim, dei-lhe um chute no meio de seu rosto que fez a sua cara virar e seu nariz sangrar. Fernando tentava levantar-se, mas a cada investida sua, eu acertava-lhe um golpe que o machucava ainda mais. Ele estava inválido e mal conseguia se mexer. Coloquei-o em pé, no meio da caixa de lixo e fui próximo a ele que soltou um gemido de dor.
– Por favor, não me machuca mais. Você é louco. Sádico. – Ele falou cuspindo sangue. Nojento!
– Calma, Fê! A gente ainda nem começou, eu nem dei a você. – Ele olhou com incredulidade para mim. – E nunca vou dar. Espero que tenha aprendido a lição, Fernando. Se contar algo a seus amigos, conte-os também que eu os machucaria se por acaso eles vieram para cima de mim. Eu tenho namorado. E nunca, nunca mesmo ousam tocar no que é dele. – Falei virando as costas e dando uma tapa em minha bunda.
Caminhei pela praça como se nada tivesse acontecido naquele beco. Logo depois, Rita e Fábio encontram-me e levaram-me à casa de minha avó. Mesmo por ter ganhado aquela briga com o Fernando eu me sentia mal, não por ele, mas, sim, pela falta que sentia do José.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o celular que havia me ligado aquela última vez.
“Eu sinto sua falta.” – Por incrível que pareça, demorei bastante tempo para redigir isso, pois queria uma mensagem perfeita e que exprimisse tudo o que estava sentindo naquele momento. E essa foi a coisa mais sincera que soouQuinta feira, 17 de janeiro.
– Puta merda! Isso está gelado! – Um dos recrutas reclamava da água da piscina e do gelo posto nela.
– Eu apenas sigo as ordens de meu tio. Agradeçam por Eu ser “bonzinho” e ter deixado o restante do gelo para outra ocasião. Além do mais, isso ainda nem começou. Agora vão umas regras básicas desse exercício: Não ponham os pés no chão, apenas flutuem na água. Boiem! Não toquem na borda da piscina, caso contrário, serão dispensados do treinamento; E, como regra de segurança, se por acaso sentirem seus músculos atrofiarem, peçam para que a equipe de bombeiros – Mostrei a equipe aos recrutas. – os tirem da água. Sargento Júnior supervisionará vocês. Boa sorte!
Sai do Ginásio ouvindo apenas reclamações, mas, mesmo assim, ninguém se atreveu a sair da água, o que Eu achava engraçado. “São mais fortes do que imagina”, pensei.
Na tarde daquele dia, fui realizar uma visita “especial” ao meu tio. Ele estava a poucos dias de receber alta e, graças ao meu dinheiro, ninguém havia descoberto quem fez aquela barbaridade para com ele. Sim, subornei os peritos.
– Como vai, titio? – Falei, direcionando a ele um sorriso doentio.
– O que faz aqui? – Ele falava entre os dentes.
– Não está feliz por me ver aqui, titio? – Falei pondo a mão em sua garganta e fechando-a aos poucos.
Meu tio tentava pronunciar algo, mas sempre ficava entalado em sua garganta. Suas palavras saiam em meio a chiados e Eu gostava de sentir o cheiro de nervosismo vindo dele.
– Late! Late! Late! – Eu exclamava como um sádico.
– Miserável – Ele falava, sufocado.
De repente comecei a rir de toda aquela situação. Talvez, quem visse por fora a cena diria que possivelmente Eu estava ficando pirado. Soltei minha mão de sua garganta e ri com os meus braços envoltos a minha barriga.
– Você lembra, titio, hãm? Você lembra que aplicava esses mesmos castigos em mim? Você lembra? – Eu sorria, para não chorar, lembrando-me da cena. – Você é um monstro, Tomás! – Falei virando minha atenção inteiramente para ele.
– Me perdoe, filho! Eu não sabia...
– Xiiiiiiii! Cala a merda dessa boca. – Pus o dedo indicador em meus lábios. – Quer mais uma surra de cinturão, seu bosta? – Imitei o tom de sua voz e me aproximei de seu ouvido, sussurrando. – Quer? – Titio começou a chorar compulsivamente e Eu não sabia se aquela cena era cômica ou infeliz. – Eu posso até entender esse ódio que o senhor tem por mim, mas não engulo o desprezo que o senhor tem pelo meu Baixinho.
– Eu invejo vocês. – Ele falou entre lágrimas.
– O que? – Perguntei incrédulo.
– Eu invejo vocês; jovens, bonitos e não tem medo de mostrar para a sociedade o que são. – Ele fez uma longa pausa, respirou e soltou todo o ar que tinha em seu pulmão para prosseguir: – “Eu sou o filho mais velho de seu avô; para ele, Eu tinha que representar a masculinidade, o pivô da família, tal como Eu te criei. Mas o destino prega peças em nós; Eu conheci um garoto em meu tempo de ginásio e nós tivemos uma história, mas nem tudo são rosas. Papai descobriu que namorávamos escondido e além da surra... – Ele fez uma pausa e continuou chorando. – Além da surra que ele me deu... Ele castigou meu parceiro da pior forma: Levou-o para o meio de uma mata e atacou-o com pauladas, logo em seguida, meu pai o amarrou em uma árvore e arrancou-lhe seus órgãos genitais. Por fim, ele enfiou uma faca direta no seu ânus, levando-o a uma morte imediata. O pior de tudo foi a maneira a qual o meu pai narrou a história e ainda me levou à mata para ver meu companheiro naquele estado deplorável.”
– Então é por isso...
– Sim, é por isso que sou assim com você... “Fiquei em depressão por anos. Naquela época, não havia pessoas o suficiente especializada na área de psicologia. Aos 20 anos, papai arranjou um casamento para mim. E hoje, levo a vida medíocre que tenho. Ainda tenho medo de ser feliz ao lado de alguém que amo. Alguém como Eu.”. O mundo é cruel, José. Eles nunca irão entender o porquê de você amar outro homem. E se eles não conseguem te derrotar, eles derrotam a pessoa que você mais ama. “Eu queria fazer você sentir metade da culpa que Eu senti aquela época”.
– Eu não sei se te odeio por isso ou se começo a te compreender por esse desabafo, mas, por favor, não tente mais nada com o Walmir, caso contrário, sabes muito bem o que poderá acontecer.
– Mais uma vez, me desculpe, por tudo.
Levantei-me, respirando fundo, ainda tentando digerir aquela história. Por extinto, virei na posição de meu tio e dei-lhe um soco que o faria dormir até ele ter alta. Aquela história era demais para mim.
Cheguei ao antigo gabinete do Capitão e comecei a bulir nas gavetas para achar algum tipo de meio de comunicação. Por fim, encontrei o celular que titio usou no dia em que ele atirou na foto em que estavam Walmir, Acácio, Marcos e Eu.
“Boa tarde!” – Respondeu uma mulher do outro lado da linha.
“Walmir está?” – Em alguns instantes, ouvi a mulher começar a gritar o nome de meu Baixinho.
“Quem deseja?” – Ouvir sua voz fez com que meu coração aliviasse toda a tensão que meu tio ali deixou. – “Tem alguém na linha?” – Ele perguntou impaciente.
“Sou Eu, bebê, o seu Grandão” – Eu falei choroso, ouvindo seu pranto do outro lado da linha. “Você está bem, Walmir? Alguém tentou mexer com você?”
“Eu estou bem sim, meu amor. Eu sei me defender das pessoas, está bem? Não precisa ficar preocupado. Quando você volta para o seu Baixinho? Onde você está?” – Ele perguntava deixando no ar a sua preocupação.
“Não fica preocupado comigo, Eu estou no treinamento militar – Ouve-se um suspiro rápido do outro lado da linha – e volto o mais rápido possível. Você nem vai sentir minha falta.”
“Eu já sinto”
“Eu te amo. E voltarei o mais depressa que puder. Por você.”
“Eu também te amo, tchau, tchau.”
“Guarda essa bundinha pra mim.” – Tentei fazer uma piada para amenizar as tensões.
Fim de ligação
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Sexta-feira, 18 de janeiro.
Estávamos, Eu e Rita, sentados na mesa esperando para o café-da-manhã. O dia anterior havia sido exaustivo, pois fomos fazer um passeio por entre a floresta e depois tomar banho de açude.
– Quem foi que conversou com você, ontem, pelo celular, Walmir? – Vovó perguntava, curiosa.
– Meu noivo, vó. – Falei sorrindo, lembrando-me da ligação.
– Começo a desconfiar que esse noivo não exista. Nunca o vi. Onde ele está? – Nessa hora, bateu-me uma preocupação.
– No treinamento militar, em algum lugar do mundo.
– Ah, que lindo! Quem sabe a minha história não se repita com você. – Ela falou como se estivesse tendo um flashback.
– Como? – Perguntou Rita, até então calma.
Trecho escrito por José e narrado por mim: “O meu primeiro namorado foi convocado para participar do tiro de guerra de uma cidade próxima a nossa. Ele precisava alistar-se e comparecer ao treinamento militar, pois queria pegar sua reservista. Mas... Depois de seis meses de serviço, ele não mais voltou para casa. Sempre me mandava cartas dizendo que se sentia bem, novo e feliz no lugar onde ele estava, mas não era bem isso o que ocorria. O treinamento era algo assombrador, torturante. Recrutas passavam por castigos que iam de chibatadas até banho de água fervente, quando não eram fuzilados ou exilados por terem descoberto algum podre de seus superiores”.
– Imagina se o José sofresse algo como esse? – Ela falava na maior tranquilidade enquanto meus olhos se enxiam de lágrimas. – O que há, Walmir?
– Perdi a fome. – Falei afastando meu prato e levantando-me de minha cadeira.
Corri ao quarto e tentei me trancar por lá, porém Rita adentrou pela porta e veio me consolar enquanto eu me encolhia em seus braços.
– Ele não vai voltar, Rita. – Eu chorava e ela me abraçava fortemente. – Ele mentiu para mim, ele não vai ficar bem.
– Walmir, fica calmo! – Ela ordenou pondo a minha cabeça em seu ombro. – Você acha mesmo que um homem daquele tamanho seria subordinado por uma pessoa qualquer?
– Mas, Rita, ele anda estranho. Sempre me diz que está bem, mas quem garante que ele esteja? Eu me sinto, tão mal, Rita! – Comecei a desesperar-me e espernear na cama.
Porém Rita foi forte, e consolou-me até eu agarrar-me em um profundo sono.
...
À noite, fomos, mais uma vez, visitar a praça. Parei em frente à igreja e contemplei a beleza a qual ela se encontrava. Toda decorada para a celebração da sexta.
– Você se sente melhor? – Perguntou Fábio, em um abraço terno.
– Mais confortável, eu diria, porém ainda tenho medo.
– Não fique! Já servi ao exército, Walmir. Não estamos mais na época da ditadura, por favor!
– Fábio, eu realmente queria acreditar que ele vai estar bem, mas eu não sei.
Fábio beijou-me a testa e direcionou-se para a barraca de pastel, onde Rita se encontrava. De repente, meu celular começou a tocar. Era o número de telefone cujo José sempre me ligava.
“Oi?” – Falei, nervoso.
“Eu já disse que vou ficar bem, não precisa estar nervoso.” – Reconheci aquele tom de voz, dominador.
“Onde você está?”
“Em seu coração.” – Ele sorriu e eu sorri, mas deixei uma lágrima escapar. – “Não chora! Você está tão lindo, hoje. Nem acredito que está com a calça que te dei em oito meses de namoro. Você realmente ama essa calça, né?”.
“Como sabe o jeito que estou vestido?” – Perguntei incrédulo.
“Desliga o telefone e olha para trás!”.
Meu coração se encheu de esperança quando apertei a tecla vermelha e virei-me para trás. Mas... Ele não estava lá, no entanto, mandou a mim meus dois anjos, Marcos e Acácio. Corri ao encontro deles já em prantos e joguei-me em seus braços.
– Seu homem nos mandou te fazer uma visita. – Acácio falou sorrindo. – Que cara de puta infeliz com o trabalho é essa? – Ele falou me examinando.
– Ele vai voltar? – Perguntei, ainda chorando.
– Por você. – Respondeu-me, Marcos. – Não pense que ele vai morrer só porque ele está em um treinamento militar, já vi aquele grandão passando por poucas e boas. Acredite em mim, ele vai voltar. – Marcos sorria e me enxia de esperanças.
Sentamos em um banco da praça e começamos a conversar sobre essas férias bastante conturbadas. A maior coincidência foi a história em que todos nós falamos que fomos abordados pelos dois homens misteriosos, Daniel e Bruno (Nota: Aos que pensaram que Daniel, por ser mais cortês, é o mais simpático, está enganado. Bruno é um doce de pessoa. Fora ele quem me/ nos incentivou a relatar a história no site. Informações mais a frente. José).
Voltamos, Eu, Rita, Acácio e Marcos, para a casa de vovó e os meninos dormiram no mesmo quarto que eu. Uma pena que voltariam para suas respectivas casas no dia seguinteDomingo, 20 de janeiro.
Eu já não suportava mais as saudades que sentia de meu Anão. Estávamos a completar 11 meses de namoro. Marcos e Acácio ainda passaram dois dias na casa da avó do Walmir, mas depois foram embora. E, mais uma vez, ele estava desprotegido. Titio havia recebido alta e já executava suas tarefas de Capitão. Bernardo e Eu voltamos aos nossos postos, e, por fim, ninguém havia desconfiado de nada. Titio chamou-me ao gabinete dele e dispensou-me do serviço. Pediu-me desculpas e falou que nada mais aconteceria a nós dois. Explicou-me a história de Bruno e Daniel e, mais uma vez, desculpou-se.
Despedi-me de Bernardo e dirigi ao aeroporto. Peguei o voo das 14h30min, chegaria a Pernambuco às 17h30min.
Aproveitei o tempo que me restava para fazer todos os bagulhos pedidos no aeroporto, e liguei para papai. Mandei encomendar-me uma moto, pois não queria pegar trânsito de Recife até Colônia.
O avião não se atrasou, logo, tudo saiu da maneira que eu havia planejado. Peguei minha moto e fui direto a Colônia. Liguei para a casa da avó do Walmir e quem me atendeu foi Rita, informei-a que era a caixa econômica federal e que precisava atualizar os dados do endereço que logo, a mim, foram passados.
Ao chegar à cidade, confirmei o que o meu Baixinho sempre dizia: “Pequena demais para uma cidade, deveria ser um bairro.”. Perguntei aos moradores onde ficava o endereço da casa da avó do Walmir e direcionei-me até lá. Bati na porta duas vezes até que uma versão feminina do Walmir atendeu-me a porta.
– Quem...? – Fiz um sinal para que ela se calar-se e saísse de minha frente.
Assim ela o fez. Entrei na casa, passei pela sala e vi uma entrada que dava direto a cozinha. Walmir lavava os pratos com apenas uma camisa regata branca e fina, que molhada ficava transparente, e uma cueca Box, também branca, seus cabelos estavam amarrados em uma espécie de liga.
– Quem estava à porta, Ritinha? – Ele perguntou e continuou lavando os pratos.
Estava a poucos metros de distância dele e como ele estava a minha frente, encostei-me a seu corpo já grudando a minha boca em sua nuca. Walmir soltou um suspiro e tentou virar para trás, mas minha fome por seu corpo o impediu de fazê-lo. De repente, ainda com nossas roupas, comecei a encoxar o Walmir de uma forma tão intensa que parecia que estávamos fodendo na sala. Walmir segurou-se numa prateleira que estava em cima de sua cabeça e algumas panelas começaram a cair em cima de nós. Em um momento que desgrudei minha boca da dele, tiramos, simultaneamente, nossas blusas e voltamos onde estávamos. De repente, minha boca já estava no meio da bunda dele, sugando, explorando, mordendo, constatando que ninguém havia mexido ali.
Walmir jogou-se em cima de mim e pôs a beijar-me intensa e loucamente. Fomos ao quarto, e ele só deu-me tempo de encaixar a camisinha em meu mastro para que, de costas para mim, introduzisse em si a minha vara. Não houve gemidos, não houve lágrimas. Apenas o cheiro do sexo e a zoada do atrito de nossos corpos. Enquanto ele gozava pela terceira vez em duas horas, Eu gozava pela primeira, mas continuávamos grudados, nos beijando.
De repente, a porta do quarto se abriu e só deu tempo de abrirmos os olhos para vermos Rita pulando em cima de nós.
– Meu Deus! Ele existe. – Ela falou me tocando. – Walmir que sorte a sua.
– Rita, por favor, sai daqui! – Walmir pedia, corando.
– Vocês ainda estão engatados? – Ela falou levantando o lençol que estava em cima de nossos corpos e vendo algo como: meu pênis no ânus do Walmir. – Meu Deus! Ele é grande mesmo. Deixem-me participar, por favor?!
– Rita! – Exclamamos em uníssono. Rita aproveitou para dar uma pegada em meu pau e logo depois se retirou do quarto.
Um silêncio formou-se entre nós, mas palavras, naquele momento, não eram suficientes. Então voltamos a nos beijarPerdoem-me, mais uma vez, o atraso, mas vocês sabem o quão é difícil (Será?) fazer o Walmir escrever esse conto.
Respondendo aos comentários:
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Nick&Lipe - Obrigado pelo comentário. Em relação à foto, alguns leitores que me tem no MSn já receberam fotos minhas com a dele, mas quando ele descobriu que Eu passava fotos, ele ficou muito bravo comigo. Logo, sinto muito, mas você pode pedir à alguns leitores como a Kel... Ela foi a primeira a receber fotos nossas.
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Niinuuh - Desculpas, mas Walmir é assim mesmo. Pode não parecer, mas ele é muito cabeça-dura. Quanto ao começo da história... Aqui: http://romancegay.com.br/grandaobaixinho/agarre-se-aos-16/agarre-se-aos-16-parte-1
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Edu19>Edu15 - Surpreeda-se com o decorrer da história :D.
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little monster - Respondido :D
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O que um piru não faz, hein meu amigo Guuh18? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK É o jeito. E dessa vez tive de fazer outras coisas, mas nem vou comentar aqui...
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grimm - Sua história que é linda. Não me canso de ler.
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Chris O. - Lembrando que eu queria uma vingança mais psicológica. Sei que muitos esperavam mais sangue, mas Eu não sou assim. Posso até aparentar por ser um monstro em forma de pessoa (Digo isso em relação a minha estatura), mas não sou assim.
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Jhoen Jhol - Eu faço ligações completas, Okay? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Ainda mais agora que tenho um Beta :D
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will(Wy) - Sim, uma vez só. O resto ele só terminava quando ficava desconfiado, ou algo parecido (Vê se pode?)..
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L.P - Pedi a história por e-mail, mas não recebi. Por favor, envie-me: joseotavio.cdc@hotmail.com