- E agora? O que vamos fazer?
- Ta arrependido? – Ele me perguntou cheio de receio.
- Não, e você? – Devolvi a pergunta.
- Não, claro que não. Eu quis muito isso. – Ele disse fechando os olhos e abrindo um sorriso.
- Mas e agora? Como vai ser? Eu e Você? A vida? A..- Comecei a falar quando ele me interrompeu.
- Calma Fael, não pira errado. Nada precisa mudar. A gente vai continuar com a nossa vida, nossa rotina de sempre. Só não vou abrir mão do sentimento que rola entre a gente, mas isso pode ficar entre a gente. Ninguém precisa ficar sabendo. O que vc acha?
- Cara, acho uma boa. Não estou preparado pra mudar a minha vida de uma hora pra outra, e ainda to confuso. Mas não quero me afastar de você, nem me arrependo do que aconteceu entre a gente. Não quero abrir mão disso tbm, você sabe. – Disse sorrindo pra ele.
- Então, tá fechado. Agora vamos tomar um banho pq daqui a pouco minha mãe chega, e a gente tá todo grudando. – E foi indo pro banheiro. Obvio que eu não resisti e fui atrás. Entramos embaixo chuveiro, nos beijando, enquanto eu ia ensaboando ele, e ele a mim. A Mãos deslizando pelos corpos, uma delicia. Ainda rolou um boquete, e nem sei como conseguir gozar. Transar não rolou pq nossos rabos estavam em frangalhos rs. Saímos do banho, me sequei,coloquei a roupa e dei um beijo nele fui pra casa. Durante o caminho me pegava sorrindo,lembrando de tudo q rolou, sentia uns arrepios, e tinha que admitir: Estava feliz. Era fim de tarde, qdo cheguei em casa. Minha me perguntou aonde que eu tava, que a Bel tinha ligado, que o almoço tava no forno. Falei que tava na casa do Pedro e que depois ligava pra Bel e fui pro meu quarto. Liguei pra Bel, e ela tava chateada comigo, pq nesses últimos dias nem tinha dado atenção pra ela. Expliquei que tava com muita coisa na facu pra fazer, que tava correndo atrás de estágio e etc. Ela pediu pra q eu fosse na casa dela, eu disse que não, que precisava estudar, mas não teve jeito. Tive que ir. Ficamos lá vendo uns filmes que ela alugou, e qdo ela tentou passar a mão pelo meu pau para me atiçar, eu tirei logo. Disse que não ia rolar pq eu tava muito cansado, e com dor de cabeça. Ela não gostou muito mas teve que aceitar. Lá pelas 10 da noite fui para casa, tomei um banho e fui dormir. Naquela noite eu dormi q nem uma pedra.
Acordei me sentindo muito bem, como há tempos não me sentia. Tomei um belo café da manhã, bem reforçado, e fui resolver umas coisas na rua. Perto da hora do almoço, meucel toca, e vi que era o Matheus. Atendi:
- Fala Matheus!! Qual é cara, tudo na boa?
- Nossa, que empolgação. To ligando pra saber se você resolveu o seu problema, mas pelo tom da sua voz, vejo que foi resolvidíssimo – Disse rindo.
- É verdade. Nós conversamos e tá td de boa de novo. – Eu disse com tom alegre.
- Só conversaram? – Ele perguntou em tom sacana.
- Não fode Matheus. Não vou te falar sobre isso por telefone hahahahaha – Disse rindo
- Ok ok. Depois vc me conta então. Queria saber se vctava melhor, mas vi q ta muito bem. Vamos combinar algo essa semana, o q vc acha? –
- Por mim tudo bem. Na quarta eu to tranquilo, me liga e a gente vê o q a gente faz. Pode ser? – Perguntei.
- Tranquilo Leke. A gente se fala. Beijo na bunda -Ele se despediu em tom de brincadeira.
A tarde fui para academia, e o Pedro tava lá. Agi normalmente pq não queria dar bandeira. Ele também segurou a onda. Ele tava terminando de malhar e foi nadar, enquanto eu comecei o meu treino. Depois de fazer minha série, fui tomar uma ducha pra poder ir pra faculdade. Entro no vestiário e ouço o barulho do chuveiro. Vejo a bolsa do Pedro no banco, e sabia que era ele q tava no chuveiro. Foi me dando um arrepio na medida em que meaproximava do box, qdo cheguei perto vi aquele monumento. Ele me olhou de modo sacana e disse: “Entra aqui comigo”. Meu pau ficou duro na hora, mas não podia fazer aquela loucura. “Tá loco cara, toda hora entra gente aqui. Fica na tua, q eu vou tomar meu banho sossegado. Ele fez um beicinho sexy, fechou o chuveiro, e com a toalha enrolada me pegou pelo braço me jogando dentro do box, e me tascando um beijo de tirar o folego. Na hora amoleci, e o beijei com vontade, mas depois me toquei do perigo e empurrei ele. Ele se afastou com aquele sorriso maravilhoso, e começou a pegar sua roupa. Eu tirei a minha rapidamente e entrei no chuveiro frio, pra ver se abaixava o fogo. Meu pau tava duro como rocha, mas ignorei pela situação. O Pedro terminou de se vestir, passou perfume e tava todo gatinho, enquanto eu terminava de me secar. Ele não tirava o olho da minha jeba e o tesão tava a mil, mas me controlei. Me vesti com uma calça jeans, uma camiseta de malha preta com umas estampas de marca, um Nike. Passei as mãos pelo cabelo só para acertá-lo e tava pronto. Ele se aproximou do meu ouvido e falou: “Vc de cabelo molhado ainda fica mais irresistível, vai ser gostoso assim lá na puta q pariu” e pegou no meu pau. Minhas pernas bambearam, mas fui enfático: “Para de putaria Pedro, vamos logo pra facu que tenho teste na primeira aula”. Fomos, mas antes ele ainda fez questão de parar numa rua bem tranquila, e o carro como tem insufilme foi o esconderijo perfeito pra dar uns amassos. Não consegui resisti ele cheiroso daquele jeito, e ele também parecia q ia me devorar com aquela boca. Me beijava, me apertava, puxava o meu cabelo, mordia o meu pescoço...uma loucura. Pagou um boquete, enquanto eu batia uma punheta pra ele, gozamos e continuamos o nosso caminho. Fiz minha prova e no intervalo fui pra praça de alimentação. Uma garota, q eu vi algumas vezes veio puxar papo comigo. Disse que me viu tal dia na boate, que pensou em se aproximar para batermos um papo, que ela sempre me ve na facu, mas nunca consegue falar comigo e fui respondendo se muita animação. A garota era bem bonita, não posso negar. Linda de rosto e de corpo, mas no atual momento, eu não tavaligando muito pra isso. O nome dela era Gabriela.
- Então, Fael, a gente podia combinar um Chopp um dia desses, pra gente conversar melhor, tenho umas coisas que quero te falar – Ela disse de forma sedutora.
- Coisas? O que seriam essas coisas? – Perguntei meio curioso pra ver até onde ela iria.
- Ah, não posso falar aqui, mas só pra adiantar, eu te acho muito gato. Há tempos q te reparo, e acho q essa conversa pode ser bem produtiva..- Ela foi falando se aproximando de mim.
- Gata, na boa, eu tenho namorada. Não vai rolar. Foi mal..- Fui dizendo qdo vi a Bel se aproximando. Ela viu tbm, e foi levantando pra ir embora.
- Por mim não tem problema lindo, não sou ciumenta. Depois nos falamos. Tchau – E saiu com um sorrisinho provocante nos lábios.
A Bel obviamente viue deduziu o q tava rolando. Colocou os livros na mesa e foi metralhando:
- Caramba, será q eu não posso te deixar sozinho um minuto que as galinhas já caem em cima. – Ela disse sentando com raiva.
- Calma Bel, nem aconteceu nada. Ela só estava de papo furado e eu nem dei muita importância – Disse tentando apaziguar a situação.
Nisso chega o Pedro, coloca suas coisas na mesa, e percebe q o clima ta tenso.
- O que foi galera, aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou me olhando com certo receio.
- Aconteceu Pedro. O seu amigo aqui tava dando corda pra essas vagabundas que vivem se atirando em cima dele. Po, eu não tenho sossego, é só eu olhar pro lado, que já tem uma preparando o bote – A Bel disse enfurecida.
- Que exagero Bel! A garota só tava falando comigo, nada demais. E eu falei pra ela q tinha namorada, então não precisa surtar – Eu disse meio q sem paciência.
- Bom Bel, vc arrumou um namorado bonito pq quis, agora aguenta. Você tem q dar Graças a Deus q o Fael é tranquilo, senão..- Disse o Pedro em tom de brincadeira.
- Ah ta Pedro, não precisa falar mais nada ok. Amigos se protegem, eu sei. Mas eu tbm não quero brigar com o meu gatinho por causa dessas vacas. – Ela disse me dando um selinho. Na hora olhei pro Pedro, que mantinha um ar risonho, meio sexy.
Fomos de carona com Pedro, que deixou a Bel primeiro e depois dirigiu-se até a minha casa.
- Então quer dizer q foi assediado na facu. Tu não é fácil hein, quem era a gata?
- Eu não fiz nada. Ela que veio falar comigo. É aquela Gabriela, que faz educação física, a vi algumas vezes, mas nem sei pq ela veio falar comigo. – Eu disse sem dar muita importância pro ocorrido.
- Ah sei quem é. Porra, ela é gostosona. Eu mesmo já quis dar uns pegas nela, mas não tive oportunidade. – Ele disse sorrindo.
- Vc sem oportunidade? Essa é boa. No mais, falei pra ela q tinha namorada. E na boa, não rola, não quero mais confusão na minha vida.
- É bom, pq se eu tiver q dividir sua boca com mais alguém, eu surto. – Ele disse colocando a mão naminha perna. Chegamos na esquina de casa, ele parou o carro e disse:
- Dorme comigo hoje? – Ele pediu olhando bem nos meu olhos...ai quase cedi.
- Hoje não rola Pedro, tenho entrevista amanhã, e é bom eu dormir mais cedo. –Disse, com uma tentação irresistível de ir.
- Bom, eu não ia deixar vc dormir mesmo, então tudo bem, amanhã nos falamos.
Puxei ele pela nuca e o beijei. Começamos um amasso, e já estávamos sem camisa qdofiz ele parar. “Aqui não...pode ser perigoso.” eu disse tentando recobrar o folego. “Porra Fael, assim vc me mata ne? Minha calça vai estourar. Eu disse: “ A minha também, mas amanhã a gente resolve isso. Tenho q ir.” Dei um selinho rápido nele, para não cair em tentação de começar tudo de novo e fui.
Chegando em casa, jantei. Fui para o quarto, e durante o banho tive q tocar uma punheta pra dar uma aliviada no tesão. Porra o Pedro, me tira do sério...putz! Dormi com alguns livros na cama...
Nisso foi passando os dias. Fiz a tal entrevista e passei. Comeceia estagiar em uma empresa de Engenharia e arquitetura. Eu e o Pedro nos encontrávamos sempre que dava, quer dizer, todo o dia. Nem sempre dava para transar, mas mesmo assim era maravilhoso. Fui me acostumando com aquela situação, não me sentia mais tão culpado, confuso. O que eu sentia por ele era único, mas não precisava mudar totalmente a minha vida, não trazia grandes consequências, e eu podia viver aquele sentimento. Nossas fodas eram cada vez melhores. Ele era o Ás na cama, e eu acompanhava ele. Não existia passivo e ativo. Existia um desejo absurdo de satisfazer o outro. Uma loucura! As vezes voltava pra casa com hematomas, arranhado, com marca de mordida que na hora é obvio que eu nem sentia, mas depois me trazia problemas principalmente com a Bel. Nosso relacionamento esfriou, claro. O Pedro tirava toda a minha energia sexual, e ela sentiu que eu me afastei, que não queria mais transar com ela, embora eu fizesse de vez em quando, mais por obrigação do que por prazer. Não é q eu não sentisse mais atração por ela ou por qualquer mulher, mas eu estava completamente satisfeito sexualmente. Começamos a brigar com frequência. Ela sempre me perguntando o que estava acontecendo, o por que de eu estar distante, se tinha outra mulher na jogada...e eu sempre mentindo, dizendo que não tinha ninguém, que eu só estava cansado com a faculdade, estágio, academia...mas no fundo ela sabia q não era verdade. Toda vez que via uma marca pelo meu corpo, chorava dizendo que eu a traia, e eu sempre negava...mas comecei a me incomodar com o sofrimento dela. Não era justo, ela era muito legal, linda, merecia alguém que estivesse com ela 100%, o que não era o meu caso. Um dia, o Matheus passou na faculdade para tomarmos um chopp e conversar um pouco. Ele tava de rolo com um cara casado, e precisava desabafar. Não vi problemas, sempre fomos muito amigos. Resolvi mandar uma mensagem pro Pedro pra avisar, não queria confusão, embora não achasse que devesse satisfação a ele. Fomos pro mesmo quiosque que sempre íamos. Ele começou a contar que o cara era um gato, tinha 28 anos, mas não sabia o que queria da vida. Falava pro Matheus que iria ficar só com ele, largar a mulher visto que não se amavam e não tinham filhos e ao mesmo tempo não tomava uma atitude. Tinha medo de se expor, de se assumir, e o Matheus não tinha paciência pra aquilo.
- Cara, eu gosto dele. Ele é educado, sedutor, um cara bonito, bacana...mas eu não sou o tipo de pessoa instável. Gosto de tranquilidade, de paz...e o Alexandre parece uma bomba relógio – O Matheus ai falando – Eu não cobro nada dele, mas não vou ficar me escondendo, me encontrando com ele de madrugada, pq ele tem uma vida dupla, concorda? Eu tbm tenho a minha vida, meus amigos, minha rotina, e sou discreto cara, não ficar falando aos 4 ventos q sou gay, mas tbm não encano..não vou mudar isso pq ele não sabe o q quer da vida...
- Pow Matheus é complicado ne? O Cara tá com medo da mudança na vida dele. Ele usa a mulher de fachada, e tem medo de encarar isso de frente. – Falei, pensando que no fundo tava fazendo a mesma coisa com a Bel.
- Eu sei Fael, mas cara, não justo comigo entende? O cara surta se eu saio com algum amigo meu, se eu vou pra alguma festa...mas ele todo dia volta pra mulher dele, pra segurança do lar dele. Já falei pra ele: “Cara, não to te cobrando nada, mas não me cobra tbm. Quer levar uma vida dupla , o problema é seu, não meu”, mas não adianta. Ele fala que vai resolver e não resolve, e eu só quero viver a minha vida. Se for com ele, ótimo. Senão, tchau e bênção. – Ele disse chateado.
- Q foda. Situação braba mano. Mas te tu gosta do cara, da mais um tempo pra ele, sei lá. Vê a minha situação, eu to com a Bel, não to? E tem O Pedro...é complicado, quero resolver essa situação, mas confesso q tenho medo. Mas sei que não é justo com ela...complicado. –Disse tomando um gole de cerva.
-É complicado, eu sei..vou deixa rolar mais um pouco, até pq eu gosto dele. Só que eu gosto mais de mim, entende?
- Entendo, cara, claro q entendo.
Nisso meu celular toca, era o Pedro. Atendi:
- Fala Pedro.
- Oi, tá aonde? – Disse visivelmente irritado.
- To na praia, no posto X. Pq?
- To indo ai te pegar, precisamos conversar. – Ele falou.
CONTINUA...
Galera, valeu mesmo pelos comentários. Nem imaginava q vcs fossem gostar. Nem pensei q fosse postar mais q a primeira parte, visto a confusão q ta a minha vida agora, mas vcs fizeram eu mudar de ideia. Vou tentar postar tudo logo. VLW!