Era o Pedro. Ele tava completamente fora de si, não sei como ele chegou ali, nem ha quanto tempo, q não devia ser muito pois foi td muito rápido. Ele segurava o Matheus pela camiseta, com o rosto vermelho, enquanto eu ainda jogado no sofá tentava reagir aquilo tudo.
- Seu viado filho da puta!!! – Pedro gritou enquanto acertava um soco com tudo na cara do Matheus. Ele caiu por cima do aparador da sala e foi pro chão. Tentei segurar o Pedro, mas era impossível, mesmo tendo quase o mesmo corpo q ele, ele tava fora de controle.
- Para com isso Pedro! Eu posso explicar, calma! – Eu gritava segurando ele pelo braço.
- Explicar o q Fael??? Eu Vi!! Eu vi vc e esse babaca se agarrando no sofá!!! E tira as mãos de mim – Ele esbravejava.
- Pedro, a culpa foi minha cara, o Fael não fez nada, eu juro. Eu não sei o q me deu... – Matheus tentava explicar, passando a mão no canto da boca q tava sangrando.
- Cala boca seu viado de merda!!! Sempre saquei qual era a tua!! Mas vc Fael? Eu confiava em vc cara, e é assim q vc retribui? Quem nem uma puta, se agarrando com os outros em casa??? -O Pedro disse totalmente alterado.
Nessa hora, eu sai de mim. Acertei um soco na cara dele, q fez ele cambalear pra trás. Ele me ofendeu de uma maneira q eu não imaginava. Puta? Q historia é essa?
- Nunca mais fala isso!!! Ta ouvindo??? Q porra é essa de puta? Ficou maluco??? Vc me respeita, que ate agora vc não deixou ngm aqui falar.. – Eu disse querendo quebrar a cara dele de vez.
- Respeitar? E vc por acaso me respeitou??? Eu não quero ouvir, nem saber mais de nada! Vc é um canalha!!! Eu te dei até o q eu não tinha Fael, e vc jogou td no lixo. Fica com o seu amiguinho, e vê se me esquece!! Nunca mais olha na minha cara, ta ouvindo!!! E vc, seu viado, se cruzar o meu caminho, eu acabo com vc!!! Ta avisado. – Ele falou aos berros, virou as costas e saiu.
Eu me sentia tonto....sentei no sofá com as mãos apoiadas no meu joelho segurando minha cabeça. Tudo rodava, e as cenas passavam frenéticas na minha mente. O Matheus se levantou e sentou ao meu lado. O rosto já estava inchado por causa do soco q levou, mas não conseguia dizer uma palavra. Ficamos mudos um tempo.
- Porra Fael, q merda!!! A culpa foi toda minha, eu não devia ter feito aquilo, desculpa..eu, eu não consegui me segurar..Q merda...fudi com a tua vida... – Ele disse.
- Não Matheus, a culpa não é toda tua..acho q foi de todos. Eu retribui ao teu beijo, e o Pedro estava descontrolado, acabou perdendo a razão...só não entendo, pq vc fez aquilo? – Eu perguntei olhando pra ele.
- Eu queria fazer isso há muito tempo...e agora q nos reencontramos, a vontade só aumentou. Qdo me contou o lance com o Pedro, até tive esperanças q algo pudesse rolar entre a gente, mas depois eu vi q vc só queria ele. Me conformei numa boa, pq vc é uma amigo muito especial, e te teria na minha vida de qq maneira, mesmo só como amigo, mas hj, não sei o q me deu.. Não foi nada premeditado eu juro...não vim aqui com essa intenção, nem nunca imaginei do Pedro aparecer aqui. É q eu... Foi mau cara, vacilei...- Ele disse chateado.
- Vc podia ter me contado desse teu desejo. . Vc tem razão qdo fala q não iria rolar nada entre a gente. Eu acho vc um cara bonito, bacana...mas meu tesão por homens se resume ao Pedro. Agora não faz mais diferença, a merda já foi feita. E não fique se culpando, aconteceu e pronto. Eu não to com raiva de vc, vc só cedeu a um impulso...e eu retribui, nem sei pq. – Eu disse, tentando pensar no q fazer. – Seu rosto tá inchado..isso dai vai ficar roxo. Tá doendo muito? – Disse eu tocando de leve o ferimento.
- Não mais do q a vergonha q to sentindo. Cara, eu vou falar com o Pedro. Ele vai ter q me ouvir. Vou desfazer essa merda q eu fiz.
- Melhor não Matheus. Eu conheço o Pedro..ele é estourado. Vai te meter a porrada, e não vai ouvir uma palavra q vc disser. Eu falo com ele. – Disse pegando o celular e discando pra ele. Obvio q só caia na caixa postal. Deixei um recado: “Pedro, vamos conversar. Me escuta, pelo menos. Me liga.” . Fiquei o resto da tarde tentando, mas nada. Em casa ele tbm não estava, pq além de ligar eu fui lá.
O Matheus não saia do meu lado. Ele tava se sentindo muito culpado, e falou que não ia descansar enquanto nós não conversássemos. Até me esqueci da Bel no meio daquela confusão. Já eram 9 da noite qdo lembrei da choppada. Do jeito que o Pedro é, provavelmente iria lá para esfriar a cabeça.
- Já sei aonde posso encontra-lo. Vai ter uma choppada hoje lá na Gávea. É bem provável q ele vá. Eu vou lá pra conferir. – Eu disse já indo pro banheiro tomar um banho.
- Será? Ele deve estar tão aborrecido q nem vai se lembrar disso. – O Matheus me dizia do quarto.
- Cara, eu conheço o Pedro. Ele qdo fica puto, ele não fica em casa remoendo as coisas...com certeza ele vai, e eu vou pra tentar conversar com ele, se deixar eu me aproximar..- Fui falando enquanto tomava banho.
- Eu tbm vou. Não vou deixar vc passar por isso sozinho. A culpa foi minha, e nem adianta falar q não. Se ele quiser me bater, ele q bata. – ele disse decidido.
- Eu não vou falar nada. Se vc quer ir, vamos. Até pq eu não vou me afastar de vc por causa disso. Foi um vacilo, o Pedro tem q entender. – Disse já procurando no armário uma roupa com a toalha amarrada na cintura. O Matheus foi pra sala pra me dar privacidade para me trocar. Achei bacana da parte dele pq não geraria constrangimentos. Acho q se ele sentia algum tesão por mim, morreu com aquela confusão toda. Melhor assim. (será?)
Fomos no carro do Matheus. Chegando lá, entramos no bar e depois de um tempo localizei o Pedro. Eu estava certo, ele foi. Assim q nos viu, ele fechou a cara, demonstrando muita raiva. Ele não se aproximou. Estava na mesa com alguns amigos q eu tbm conhecia. Resolvi na minha e não me aproximar tbm. Fui pro balcão, acompanhado do Matheus e pedi uma cerveja. O Local estava bem cheio, mas eu não tirava os olhos da mesa dele. Ia esperar o momento certo pra falar com ele. A noite foi passando, e ele fingia não olhar pra gente. Matheus estava apreensivo, mas nada falava. Uma hora percebi o Pedro olhando pra um cara, que por sua vez não tirava os olhos dele. Era uma cara bonito, alto, devia ter uns 25 anos, e parecia bem interessado no Pedro. Não demorou muito o Pedro se levantou e foi falar com o cara. Eles sorriam, e conversavam como bons amigos. Ele sorria pro cara, e olhava pra mim. Depois de poucos minutos, foi andando em direção ao banheiro, e o cara o seguiu. Na hora não aguentei e me encaminhei pro banheiro tbm. O Matheus ainda tentou me segurar, mas eu tinha q ver o q tava rolando. Chegando no banheiro, eu vejo a seguinte cena
CONTINUA.....