Gente, muito feliz pelos comentários e por saber que estão curtindo a história. Beijos meus amores. Guhhh, você não é mais ingrato não, kkk... Dedico este post a todos vocês e aos anônimos que também curtem o conto. Xeroooo!
"ADORO OS ESCÂNDALOS DOS OUTROS, OS MEUS NÃO ME INTERESSAM, NÃO TÊM O ENCANTO DA NOVIDADE."
Boa leitura...
Após entrarem, os dois ficaram próximos dos amigos dele, e logo, o tio Flávio, a tia Laura e o Bernardo, juntaram-se próximo a uma mesa gigantesca, reunindo todos os convidados. A Lívia lançou um olhar para o Guilherme, que retribuiu rindo.
O tio do Guilherme começou o discurso, agradecendo a presença de todos, falando da família, o quanto era importante a união, enfim, um assunto meio maçante e sem novidades.
- Vai lá bonito. É hora do seu discurso. – disse Lívia, rindo pra ele.
- Chegou a hora família querida. – ele respirou fundo, e encaminhou-se em direção aos tios, para que todos pudessem vê-lo melhor.
- O que ele está fazendo Dinho? – o Andrey perguntou, vendo que Guilherme se afastara deles.
- Você já vai saber. – respondeu o amigo.
- Eu vou atrás dele, o Guilherme é muito impulsivo e pode fazer merda. – o Andrey se dirigia para ele, mas foi interrompido pelo Dinho.
- Deixa ele Andrey, o meu amigo não vai armar barraco, simplesmente só vai dizer algumas coisas que estão entaladas em sua garganta.
- Mas o Guilherme é muito agressivo Dinho.
- Relaxa bonitão, e assista de camarote o seu namorado colocar esta família no lugar. – disse Lívia tocando no ombro dele.
Guilherme aproximou-se e interrompeu o discurso do tio. Sua mãe sem entender nada e já prevendo um escândalo, lançou um olhar para o filho, que ignorou.
- O que o seu filho quer agora hein Sandra? – perguntou o Sr. Alberto. – Se ele estragar esta festa, eu juro que acabo com ele.
- Ai meu Deus, o que deu na cabeça desse menino? Já não basta todos serem contra ele? – ela tava com um frio na barriga, só em imaginar o que podia acontecer.
- Agora eu queria um pouco da atenção de vocês. – começou ele.
- O quê é isso hein seu viadinho? Meu pai não acabou de falar. – o Bernardo fuzilava-o com olhos.
- O que você pretende aprontar hein Guilherme? – perguntou o tio Flávio, olhando sério pra ele.
O Guilherme rejeitou todos os olhares e ficando numa posição, onde podia ser visto por todos, começou o seu desabafo.
- Vejam todos vocês como a vida é engraçada... Lembro-me como se fosse hoje, eu aqui... – ele deu uma pausa... Nesta casa, há mais ou menos quatro anos atrás, revelando para todos vocês quem eu era de verdade. E o que eu recebi? – Um monte de crucificações, como se eu fosse filho do demônio ou coisa parecida. – ele começou a andar por entre os convidados.
- Sempre tive que me silenciar, para não chocar com as palavras que eu dizia; para não expressar realmente o que eu sentia... Mas hoje, eu me sinto um novo ser... Ganhei força, ganhei coragem, ganhei ousadia... Tá aí? ousadia! Essa é a palavra correta. Sim meu caros... Porque eu tive que ser muito ousado e audacioso para enfrentar essa família, que sempre me repugnou, sempre esnobou a minha presença, e sabem porque? Porque eu resolvi assumi a minha verdadeira identidade. Para quem não me conhece, prazer, me chamo Guilherme Ferreira, tenho vinte e dois anos e sou gay! – ele começou a ser irônico.
- Pra mim chega dessa palhaçada! Eu vou agora mesmo acabar com essa ceninha desse desgraçado. – disse o Sr. Alberto indo em direção ao filho.
- Êpa! Pode parando aí no seu lugar... Eu ainda não acabei. A sua vez vai chegar paizinho querido. Gente! Olhe, este é o meu pai que eu tanto amo. – o seu sarcasmo doía em muita gente ali. – Um pai que nunca me deu atenção, um pai que nunca me levou a escola... Um pai que só pensa em si mesmo, e... Um pai que fez... – nesse momento ele ia revelar o grande segredo que escondia por dez anos.
- CHEGAA! – gritou o seu pai. – Onde você pretende chegar com tudo isso? Quer matar a sua mãe do coração? Olha só a vergonha que está causando para os seus tios? Será que não enxerga isso seu delinqüente?
- Porque o nervoso pai? Esconde alguma coisa que ninguém possa saber? Fala seu monstro! – foi à vez de o Guilherme gritar. Agora ele se direcionava para toda a família.
- Eu não preciso de vocês... Dessa falsidade que me dar nojo! Nunca gostaram de mim, e querem saber a verdade? É recíproco, pois também acho vocês um bando de pessoinhas medíocres e ambiciosas.
- O que ele está fazendo Dinho? Temos que controlar o Guilherme. – dizia Andrey pasmo.
- Fique aqui Andrey, ele precisa desabafar. Ai, eu to tão orgulhoso do meu amigo. Queria ter ao menos dez por cento de sua coragem. – Dinho falava eufórico.
- Mas o meu verdadeiro motivo aqui hoje, é bem simples. Estão vendo aquele homem ali? – ele apontou para o Andrey. – Foi o cara que me ensinou de verdade o que é ser amado, me mostrou a felicidade, e hoje me sinto a pessoa mais feliz do mundo, porque eu encontrei o amor da minha vida. Isso mesmo família, o Andrey é o meu namorado, e se ele quiser... Nos tornamos maridos!
Dona Sandra parecia ter um principio de desmaio com a revelação. Todos ficaram chocados com tudo que o Guilherme havia dito. Estava acabada a festa de seus tios. Algumas pessoas estranhas aprovaram a sua determinação e coragem, para enfrentar um batalhão, e outros, apenas ficaram em silêncio.
- Vocês sempre me diziam que eu era promiscuo, pervertido... E até fui mesmo. Saia com vários homens, inclusive paizinho, um cliente do senhor que jantou lá em casa uma vez. – seu pai ia partir pra cima dele, mas foi retido por sua mãe.
- O que estão esperando... Cadê aqueles lindos nomes que eu sempre ouvia da boca de vocês? ... Como era mesmo? – ele franziu a testa e lembrou-se das ofensas cometidas contra ele. – Garoto de programa, monstro, prostituto e muitos outros não é família querida? Pois bem, eu quero dizer que amo vocês do fundo do meu coração, mas agora que já conhecem o meu namorado Andrey, nós vamos embora. Pra mim, a festa acabou. Já cansei a minha garganta. Cadê os aplausos queridos?
- Você não vai a lugar nenhum seu...
- Seu o quê hein? Fala Bernardo.
- Isso aqui é pra você aprender a respeitar a felicidade dos meus pais. – ele no impulso e rapidez, deu um soco na cara do Guilherme, que desestabilizado, caiu sobre uma cadeira. Andrey vendo aquilo interveio na hora.
- Quem tu pensa que é pra fazer isso com ele? – Andrey não quis saber de cerimônia e pra defender seu namorado, partiu pra cima do Bernardo. A confusão só foi desfeita, porque os outros primos do Guilherme separaram a briga.
- Saiam da minha casa agora! Nunca mais eu quero vê vocês em minha frente. – gritou o tio Flávio.
- Você me decepcionou meu filho. – A sua mãe estava em prantos.
- Não mãe... Disse ele, limpando a boca que sangrava. – Vocês que me decepcionaram. Eu só queria desabafar tudo que estava engasgado na minha garganta por muito tempo. O Seu filho não é hipócrita e falso; isso não combina comigo.
- Sumam daqui! Saiam – gritou novamente o tio Flávio.
- Venha meu amor, vamos embora. – o Andrey o puxou pelo braço. Eles viraram as costas para sair, junto com o Dinho e a Lívia.
- Guilherme! Só mais uma coisa. – quando o seu pai o chamou ele virou para encará-lo.
- Se você continuar se envolvendo com esse... Esse...
- Esse o quê Sr. Alberto? Fala! E eu vou agora mesmo à delegacia denunciá-lo por preconceito racial.
- Deixa-os ir Alberto. – implorou dona Sandra.
Eles saíram daquela casa, e Guilherme ria de satisfação. Estava com a alma lavada. Mais uma festa que ele estragava. Era a terceira da família que entra para sua coleção.
- Amigo, arrasouuu! – Lívia caía na gargalhada.
- Vocês viram a cara daquele Bernardo? – perguntou o Dinho eufórico.
- Pois eu não gostei de nada do que você fez Guilherme. Muito pelo contrário, você só me decepcionou. – Andrei baixou a cabeça. – Não precisava de nada daquilo. Por acaso escândalo vai resolver alguma coisa?
- Andrey meu amor, claro que precisava. Eles me recriminaram por muito tempo. Você não tem idéia o quanto eu sofri na mão deles.
- Ódio não se paga com ódio Guilherme... Se quisesse ser superior, bastava ignorá-los, mas não, você tratou de dar um show, e eu ainda fui obrigado ouvir insultos do seu pai.
- Mas isso não vai ficar assim meu amor. – Guilherme viu que ele estava triste.
- Andrey, o Guilherme precisava por aquela família no lugar deles. Ninguém tem sangue de barata. – disse Lívia.
- Você não vai fazer nada com o seu pai. Eu já estou acostumado a ouvir esse tipo de coisa. – disse ele com a voz branda.
- Mas como não?
- Chega Guilherme, eu não quero mais confusão. Pra mim, o que aconteceu hoje foi o suficiente, agora vamos embora daqui.
Todos consentiram e foram para casa da Lívia que estava vazia, pois seus pais haviam viajado.
- Vocês querem beber alguma coisa? – perguntou ela.
- Não Lívia, obrigado. – disse Andrey.
Ficaram umas duas horas jogando conversa fora e relembrando o barraco da festa.
- Gente, eu já vou indo. – o Dinho se despediu deles.
- Eu vou com você Dinho. – disse o Andrey.
- Amor, fica aqui comigo. – pediu o Gui.
- Não Guilherme, eu não quero incomodar a Lívia.
- Não será incomodo nenhum amore. Eu preparo um quarto pra vocês rapidinho.
- Ahh... Por favor Andrey, amanhã é sábado e você não trabalha. Fica vai.
- Está bem. Vocês venceram.
O Dinho foi embora e a Lívia preparou a cama no quarto de hospedes para eles. Dominados pelo cansaço, os três resolveram cair na cama. Deram boa noite, e o Guilherme e o Andrey entraram em seu quarto.
- Eu vou tomar um banho antes de dormir. – disse o Andrey.
- Hummm... Posso tomar banho junto com você?
- Nem me olha com essa cara de safado, porque estou cansadão.- Andrey fez biquinho.
- Poxa amor, vai me deixar na vontade é? E se eu fizer isso. – ele ficou de costas pra ele, e começou a tirar a roupa, deixando a amostra sua bela bunda branca e empinada.
- Guilherme... Isso é covardia!
- Vai resistir ao seu branquinho vai? – ele mordeu os lábios, fazendo cara de sexy.
- Olha como eu já estou? – ele segurou o pau que estava duro, apontando pra ele.
- Tira esse chocolate da calça vai. – Guilherme era puro tesão.
- Você venceu! Vem cá seu safado! – Andrey o puxou forte pelo braço, pressionando-o contra o peito dele.
Aquela pegada de homem deixava Guilherme louco. Eles tinham uma química fora do comum, e quando os seus corpos se uniam, a sintonia entre eles fazia explodir a paixão presa em seus corações. Mas daqui pra frente, muitos problemas irão surgir, e eles precisam estar mais unidos do que nunca!
CONTINUA...