Pedro e eu- Parte 7

Um conto erótico de Fael Leafar
Categoria: Homossexual
Contém 1967 palavras
Data: 06/02/2013 11:00:00
Última revisão: 06/02/2013 11:33:18
Assuntos: Gay, Homossexual

Galera, VLW pelos comentários. To me amarrando em vcs!

Chegando no banheiro, eu vejo a seguinte cena: O Pedro encostado na parede, com o cara na sua frente com mão apoiada na parede atrás dele, como se trancando ele. Qdo ele me viu entrar, puxou o cara e o beijou. Cara, eu não acreditei. Como q ele foi capaz disso? Dei um empurrão no cara, q se desequilibrou e caiu no chão. Sentei um soco com toda a força na cara do Pedro. O Matheus me segurou, e me puxou pra longe.

- Seu filho da puta, desgraçado! Eu vou quebrar sua cara! – Eu gritava enquanto o Matheus tentava me puxar

- O filho da puta aqui é vc, vc e esse seu namoradinho ai! Já falei pra vc ficar longe de mim seu babaca! – Ele gritava.

Nisso o tal garoto q ele tinha beijado, levantou e saiu do banheiro. Alguém deve ter avisado q tava rolando briga no banheiro pq os seguranças entraram e foi tirando nós três de lá. Fomos postos pra fora. Já na rua, o Pedro ia andando em direção ao estacionamento, e eu fui atrás seguido do Matheus. Eu tava com tanta raiva, tão enojado daquela cena q eu vi, q eu nem raciocinava.

Antes dele chegar a porta do carro, eu puxei ele pelo braço. Ele se virou soltando minha mão.

- Cara, como vc pode ir tão baixo?? Pegou um qualquer num bar...em um banheiro público??? – Eu perguntei aos berros.

- Viu como é bom? Gostou? Agora vc sabe como eu me senti – Ele disse me olhando com raiva.

- Larga a mão de ser ridículo!!! Uma coisa não teve nada a ver com a outra, eu não sai caçando por ai, aconteceu!

- Nem precisava caçar, já tinha em casa, não é mesmo? – Ele disse sarcástico.

Nisso voei pra cima dele de novo, mas o Matheus me segurou.

-Cara, vamos conversar nos 3 numa boa. A culpa foi minha, já te falei. Eu vacilei feio, fiz a maior merda. O Fael te ama cara, não a mim. Eu o beijei por um impulso, uma vontade q eu já tinha faz tempo, mas sempre soube q não ia ser recíproco. – O Matheus tentava amenizar a situação.

- É, eu bem vi q não foi recíproco. Já te falei meu irmão, vaza da minha frente. E leva o seu amiguinho ai, q eu não tenho mais nada pra falar com vcs. - Falou isso e entrou no carro. Saiu cantando pneu.

Ficamos ali parados no pátio do estacionamento. Eu estava furioso, mas ao mesmo tempo muito abalado. Sentei na calçada. O Matheus sentou ao meu lado.

- Vc viu, cara? Vc viu o q ele fez? Beijou aquele cara no banheiro de um bar lotado! Que sujeira! - Eu disse com as mãos na cabeça.

- Calma Fael. Ele tava fora de si, quis dar o troco... – ele disse.

- Ele sabia muito bem o q tava fazendo. Fez pra me agredir. Q raiva! Se eu pudesse cobria ele de porrada...Depois eu q sou a puta. – eu disse trincando os dentes.

- A culpa disso tudo foi minha. Q merda, não vou me perdoar nunca. Eu tentei cara, falar pra ele q não teve nada a ver, mas ele ta cego.

- Ele nem quis ouvir nada! Foi muito infantil, isso sim. Cara, não vou mais correr atrás. Acabou. Acabou o respeito, a amizade, tudo! – Eu disse levantando – Me leva pra casa, por favor.

- Levo, claro, mas vc precisa se acalmar. Pensa bem, dá um tempo pra ele refletir nisso tudo, ele vai acabar entendendo.

- Não vou dar tempo nenhum. Ele foi longe demais. Acabou! – eu disse, indo em direção ao carro do Matheus.

Fomos no caminho sem trocar uma palavra. Dava pra perceber q ele tava muito chateado com td aquilo, mas não foi só culpa dele, eu sabia. E o Pedro, com aquele comportamento infantil passou dos limites.

Me despedi do Matheus, entrei em casa e fui direto pro quarto. Vi que minha mãe já tinha chegado e devia estar dormindo há horas. Tbm, já tava de madrugada. Tomei um banho, e qdo sentei na cama, chorei. Chorei muito, soluçava lembrando de tudo, principalmente do Pedro beijando aquele cara. Ele tava certo, doeu. Doeu muito. Se ele queria me ferir, ele conseguiu. Me sentia sem chão, perdi meu melhor amigo, meu amante, meu amor. Sentia muita raiva dele, mas ao mesmo tempo sentia um aperto muito grande no peito. Dormi cansado de tanto chorar.

A semana foi seguindo arrastada. Ia pro estagio pq era obrigado, e na faculdade pq era semana de prova, mas mesmo assim acho q não tava indo nada bem. Na academia, não tinha cabeça de ir, e ainda por cima podia encontrar o Pedro. Queria evitar esse encontro pois não tinha ideia do q podia dar. Me sentia muito magoado com tudo aquilo, e sabia q ele tbm. O Matheus me ligava constantemente pra saber como eu tava. Se sentia culpado, e tbm sofria com aquela situação. Conversávamos, eu dizia q tava td bem, mas ele sabia q não estava. De vez em quando pegava o celular pra ligar pro Pedro, mas desistia. Ele por sua vez tbm não me procurava.

A Bel me ligou perguntando se eu podia ir na casa dela. Putz, com td aquilo eu acabei me esquecendo dela. Não podia mais fugir. Estava péssimo, mas era melhor resolver logo isso.

Chegando lá, entrei e fomos pra parte de trás da casa, na área da piscina. Sentamos e ela falou:

- Te chamei aqui pq precisamos conversar. – Ela iniciou o papo.

- Eu sei Bel, tenho sido um cretino com vc, e isso não tem perdão. To cheio de problemas, mas vc não tem culpa disso.

- O Q ta acontecendo Fael? Vc mudou tanto. Se afastou, não liga, não aparece..- Ela foi baixando a cabeça com os olhos cheios de lagrima.

- Eu sei Bel, vc tem toda a razão. Vc não merece isso. Por isso, vim aqui pra gente colocar um ponto final na nossa relação. Vc merece alguém q te ama de verdade, que se dedique a vc. E eu não estou sendo essa pessoa – Disse triste.

- É outra garota não é? Por favor, me fala, eu tenho o direito de saber.

- Não bel, não é. Não existe outra garota. Sou eu, não to num momento legal. Quero ficar sozinho, me dedicar ao estagio, a faculdade – Eu disse.

- Fael, eu vi! Vi as marcas no seu pescoço, na sua barriga...cada dia era uma diferente. Poxa, como q vc pode fazer isso comigo? E mesmo assim, eu continuei com vc, pq eu te amo tanto...eu sempre fui louca por vc! – Ela disse em meio a lagrimas.

- Acredita em mim. Não existe outra garota. Eu me machuquei algumas vezes na academia, na aula de muay tai...mas isso não tem importância agora. Eu quero q vc seja feliz! Vc ta livre pra encontrar um cara bacana, q te ame. Quero muito continuar seu amigo.

- Amigo? Eu não quero ser sua amiga. Eu te amo Fael, vc não entende. Mas vc não me ama, não é?

- Não. Desculpa, mas não. Não queria q vc sofresse, mas sofreria se eu mentisse pra vc. Foi muito bom enquanto durou, e eu fui feliz ao seu lado esse ano q ficamos juntos, mas não dá mais. Eu to em outro momento da minha vida. – Disse segurando a sua mão.

- Te perdi não é? Td bem, não posso te forçar a ficar comigo. Mas saiba q eu te amo. Vou seguir minha vida, tentar ser feliz, mas vou sempre estar aqui pra vc... Por enquanto, não me procura ta? Ainda não da pra sermos amigos... – Ela disse contendo os soluços.

- Eu te entendo. Vou respeitar o seu tempo, só não se esqueça q eu gosto muito de vc. Vc é uma menina maravilhosa e merece ser muito feliz. – beijei de leve a sua testa e sai. Não aguentava mais aquilo. Ela sofrendo, eu mentindo...em partes, mas mentindo. Aquele clima pesado,precisava sair dali. Resolvi ir andar na praia. Seria bom pra arejar a cabeça, o mar me passa tranquilidade. Sentei na areia, e fiquei olhando pro horizonte.

Nossa minha vida tava um caos...me sentia tão deprimido, tão pequeno. Pensei em ligar pro Matheus. Precisava conversar, desabafar..sei lá. Ele era um grande amigo, me entendia, me aconselhava..e apesar do q aconteceu, nada mudou entre a gente. Não o via com outros olhos, nem fiquei magoado com ele. Liguei.

- Oi cara, td bem? Ocupado agora? – Perguntei.

- Fala Fael, não to de bobeira. Tá aonde?

- To na praia, sentado na areia perto do posto X, tem como vc vir aqui pra gente levar um papo? – Perguntei

- Tem, claro. Daqui uns 15 minutos to ai.

- Falou.- Desliguei.

Fiquei olhando o mar. Era fim de tarde, e tava nublado sem muita gente na praia. Pensava em tudo que aconteceu pela milésima vez. Observei os surfistas pegando ondas no mar agitado, até que meu coração deu um pulo. Era o Pedro. Eu o vi fazendo manobras na onda, no meio de outros surfistas. Fiquei parado, só olhando de longe, reparando o jeito que ele se movimentava em cima da prancha, a desenvoltura q tinha pra fazer aquilo. Nunca fui de surfar. Meu negocio sempre foi luta, futebol, trilha, mas o Pedro parecia que tinha nascido pra isso. Lembro qdo ele começou a surfar, que engraçado. Me peguei sorrindo, imerso em lembranças. Depois de um tempo, ele saiu do mar segurando a prancha, correndo em direção a areia. Sacudiu o cabelo de lado e fincou a prancha na areia. Ele não me viu da onde eu estava, mas poderia ver a qualquer momento. Ele tava lindo. Aquela malha para surf colada no corpo, que não demorou muito pra ele tirar a parte de cima, exibindo os músculos do abdômen, dos braços, do tórax. Vi a marca roxa arredondada no ombro dele, e senti um arrepio. Era a marca da minha mordida q ainda tava lá. No mínimo ele deve ter falado pra galera q foi alguma menina...Senti saudades de tocar naquele corpo, das nossas fodas incríveis, do jeito safado dele, do carinho dos gestos dele, das nossas conversas...de tudo. Uma garota enroscou ele pelo pescoço e o beijou. Ele a levantou e colocou ela no ombro, girando numa brincadeira. Parecia estar feliz. Nessa hora eu lembrei q chamei o Matheus para ir ali, e se ele visse, poderia dar merda. Levantei, olhei mais uma vez em direção a ele, e sai. Liguei pro Matheus, era melhor combinar outro lugar.

- Fala Matheus. Olha só cara, me espera do outro lado da rua pq eu já to saindo daqui. Te espero na frente do hotel X, tudo bem?

- Tá, então vou encostar aqui. Já cheguei. – Ele falou.

- Ok, to chegando.

Antes de chegar no calçadão, olhei mais uma vez pra trás. Ele tava me olhando, meio querendo saber se era eu mesmo. Resolvi sair logo dali. Fui atravessar a avenida. Caralho, que coisa doida...tudo mudou em um dia...8 anos de amizade, um amor proibido, escondido, e avassalador, uma vida. Algumas coisas não mudam. O Pedro pra variar estava com uma garota a tira colo. Mas isso não foi o q me incomodou. Foi a felicidade dele, enquanto eu, me sentia tão acabado. Será q ele não sentia minha falta. Será q aquele beijo com o Matheus foi o suficiente para apagar todo o amor q ele dizia sentir por mim..será? Quem sabe não foi o melhor? Nem me aceitava direito naquela situação, apaixonado por outro homem, sendo q eu sempre fui espada. Talvez tenha sido melhor, vai q alguém descobrisse...minha família, ou a dele..os nossos amigos..De repente ouvi alguém falando “Fael, cuidado!!!!” e logo depois a freada. Senti um impacto e tudo ficou preto.

CONTINUA...

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Comentários

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Cara massa viu, sua história, muito massa.

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Porra só deu pra ler agora esse aqui, e achei muito foda, ta ficando cada vez melhor, e não sou só eu que to achando isso, pela quantidade de votos.. É muito bacana ver a galera valorizando também. Nota 1000

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OHHH LORD!!! Vc foi atropelado??? Aiinnn quero ler logo a outra parte!!! Quem teve coragem de te dar uma nota q não fosse 10???? amando os seus contos!!!!

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Parte 8 postada. Fiz questão de responder a todos os comentarios lá. Valeu galeria, vcs são 10!

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Gostei do seu conto. Nota 10. Se puderem leiam meu conto: "Nícolas - Parte UM". É meu primeiro conto.

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Teu conto é muito foda !!!!!!! É muito bom mesmo nota 10

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Tu deve ter sofrido pra caramba, heim Rafa...Você fez bem em terminar com a Bel, deixar alguém sofrendo num é legal.Você merece ser feliz, brother... Assim como qualquer outra pessoa

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ate o momento p mim seu conto é o melhor da casa .

gente pq quase tods os contos alguem é estrupado ou atropelado? kkkkkkkkk

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amando seu conto.. e cara o pedro esta totalemte errado...e ele vai se arrepender muito disso

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Oq me faz gostar mais e mais do teu conto é q algumas coisas q aconteceram comigo ta acontecendo no teu conto e tal, parabéns.

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Sera que o Pedro vai perdoar vc?estou amando o conto abraços.10

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