Obrigado a todos, os que deixaram comentários e também aqueles que leram mas não deixaram. Espero a contribuição de todos vocês comentando o conto, ela é importante para o desenrolar da história... Bjus a todos vocês! :)
Capítulo II
O resto do dia um passou pensando no outro. E Léo esperava chegar à noite pra que pudessem mesmo que de longe, ver o Rafael. Assim também pensava o Rafael em seu trabalho, queria que a tarde passasse voando pra chegar em casa e quem sabe ver o Léo. Aquele aperto de mão havia sido diferente para os dois embora um não soubesse do outro.
Léo ficou pensando várias coisas sobre o Rafael, e se perguntando:
“Será que ele tem namorada? Ou será que é casado? Não, a não ser que ela não esteja em casa ou não faça nenhum movimento o dia todo, pois com esse silêncio. A, mas mesmo que ele seja solteiro é óbvio que ele é hétero e nunca vai olhar pra mim. Mas ele (Rafa) é tão lindo meu Deus!”.
Não muito diferente, Rafael mal conseguiu se concentrar no trabalho, não parava de pensar no novo vizinho. Mas seus pensamentos não eram diferentes dos de Léo, as perguntas eram as mesmas. Mas estava decidido que seriam pelo menos bons amigo...
“ou quem sabe algo mais...” ― Pensou Rafael com um sorriso de canto.
A tarde passou lenta para os dois, parecia que aquela tarde havia sido uma eternidade. Mas a noite chegou e eles poderiam se ver de novo.
Léo estava na varanda da casa quando ouviu o barulho de um carro parando a alguns metros da sua casa. Pegou um saco plástico cheio de coisas e saiu para rua. Para sua alegria era o carro do Rafa que ainda estava saindo do carro.
― Boa noite Rafael! ― Disse Léo.
― Boa noite Sr. Léo! E pode me chamar de Rafa uai ― reclamou Rafael sorrindo.
― Tá bem... Rafa. Vim jogar o lixo fora ― Disse Léo justificando sua saída.
― O que você vai fazer hoje à noite Léo?
― Só ficar em casa mesmo ― Respondeu Léo.
― Você não quer sair hoje à noite Léo? Uma banda de MPB vai tocar em um barzinho aqui perto. Acho que vai ser legal.
― Claro Rafa! ― Respondeu Léo bem entusiasmado com a ideia.
― Então vamos às 9h. Vamos no meu carro, pode ser?
― Por mim tudo bem.
― Então tá combinado. Se você terminar primeiro de se arrumar pode ir lá pra casa. Assim nos conhecemos melhor.
― Beleza Rafa. Deixa eu ir me arrumar então. ― Falou isso se virando para entrar na casa.
― Uai Léo, você vai voltar com o lixo pra dentro? ¬― Disse Rafa sorrindo.
― Nossa é mesmo... ― Respondeu Léo se direcionando sem graça para a lixeira.
― Então até daqui a pouco Léo.
Os dois entraram nas suas casa. Embora a vontade dos dois fossem mútuas: entrar em uma mesma casa e se beijarem loucamente.
Léo ao entrar na casa foi direto ao quarto escolher uma roupa. Queria vestir algo confortável, mas que lhe caísse bem pra ocasião. O que na verdade ele queria era estar bonito pro Rafael. Vestiu uma calça preta jeans, uma camiseta branca e um colete por cima, passou o melhor perfume. Terminou de se arrumar uns vinte minutos antes das 9h. E resolveu que esperaria chegar a hora marcada pra se dirigir pra fora de casa e esperar o Rafael.
Foram vinte minutos quase eternos. Mas quando o relógio marcou 9h em ponto Rafael estava diante do portão da casa do Léo e ao mesmo tempo que Rafa pensou em chamar pelo interfone, Léo abriu o portão.
― Já ia te chamar ― Disse Rafa.
― Demorei muito?
¬― Não, agora que são 9h― disse isso olhando Léo dos pés a cabeça― Você tá lindo.... digo..., quero dizer..., tá todo bonitão..., vai fazer sucesso com a mulherada... ― se justificou sem graça, imaginando que tinha dado um grande piso fora.
― Até parece, você também tá bonitão, já vi que você que vai fazer sucesso com a mulherada. ― Respondeu Léo sorrindo.
Embora não fossem as palavras que gostaria de ter dito para o Rafa, que estava realmente lindo. Vestia uma calça justa ao corpo, o que mostrava bem as formas malhadas de toda sua extensão, e uma camisa social preta, a qual lhe caia muito bem. Sem falar do bom perfume que usava, e que deixava ainda mais sensual.
O que realmente queriam eram se beijar, e poderia ser ali mesmo. Mas nenhum dos dois teve a coragem pra dizer que estava atraído pelo outro.
Os dois entraram no carro do Rafa e saíram em direção ao barzinho que ficava a uns 10 minutos das casas deles. No caminho conversaram sobre suas vidas, sobre em que trabalhavam. E foi nesse momento que descobriram, que ambos estavam solteiros, e que moravam sozinhos. O que despertou um sorriso no rosto dos dois, embora não deixassem perceber isso um ao outro.
Ao chegarem ao barzinho, à banda já estava tocando. A música foi propícia a chegada dos dois, embora de uma certa forma não soubessem ainda, pois ambos pensavam apenas em desejos, em vontades e não em um possível amor. A banda tocava “Quando assim” de Núria Mallena. Afinal o que estava preste a acontecer era algo maior que uma amizade, mais um amor que começava a acordar.
Sentaram em uma mesa mais afastada do palco onde podiam conversar melhor. Fizeram seus pedidos e conversaram.
― O que os senhores vão querer? ― perguntou o garçom.
Falaram juntos:
― Um suco de laranja. ― riram da situação.
― Então dois sucos de laranja..., anotado. E pra comer?
― Vou pegar uns frios por enquanto. Pode ser né Léo? ― disse Rafa.
― Claro que sim Rafa. ― respondeu Léo.
Continuaram a conversar:
― E então Léo, já avistou alguma mulher que lhe interessou?
― Pra falar a verdade, tô concentrado em outra coisa...
― Claro, você quer focar no seu trabalho...
― É... Isso, eu quero focar no meu trabalho... ― Não era isso que Léo queria dizer, mas que era nele que estava interessado.
― E você Rafa, não tem nenhum rolo com uma mulher? Tá sozinho mesmo?
― Sozinho, solitário, abandonado.¬― Disse Rafa, sorrindo.
― Tenho certeza que é por opção?
― Nada, tá difícil achar a pessoa ideal. To cansado de não ter algo sério. Quero mesmo é ter alguém pra cuidar e ser cuidado.
― Tá apaixonado por alguém então? ― Questionou Léo.
― Ainda não, mas acho que vou ficar.
― Então tem alguém de sorte que vai ganhar teu coração.
― Se essa pessoa quiser, eu posso dar sim. ― Falou isso olhando nos olhos de Léo.
E o Léo pensou: “bem que podia ser eu...”. Por um momento teve a sensação de que era uma indireta pra ele. Mas achou que fosse coisa da sua cabeça.
Mas Rafa mudou de assunto, achou que tinha dado muita bandeira. Conversaram sobre vários outros assuntos, famílias, histórias de infância, história da faculdade, sonhos e perceberam que tinham muita coisa em comum. Já era quase meia noite e a conversa era tão boa que nem viram o tempo passar. Resolveram ir embora.
No carro a conversa continuou. Mas quando entraram no carro aconteceu algo especial. O Rafa foi pegar um chaveiro que estava no painel do carro e deixou cair. Os dois como em uma sintonia de dois corpos se curvaram ao mesmo tempo pra pegar o objeto. As duas mãos se encontraram, e um olhou pro outro nos olhos. E mais uma vez sentiram o calor em seus corpos, como se uma energia os ligasse de alguma forma. Ficaram calados, se olhando por uns segundos, mas não disseram nada. Voltaram à posição inicial. Os primeiros minutos de volta foram em total silêncio devido a situação, até que foi quebrado por Rafa ao ligar o som do carro em uma rádio local. Tocava “Eu quero ser teu sol” da dupla sertaneja Jorge e Mateus. Quando chegou o refrão os dois começaram a cantar, ao mesmo tempo, como se tivessem combinado. Começaram a rir.
― Então você gosta de música sertaneja? Perguntou Léo.
― Da maioria eu gosto. Tenho alguns Cd’s... E pelo visto você também gosta.
¬― É, eu gosto sim...
― E então, gostou do barzinho?
― Muito. Bem legal.
― Podemos voltar lá qualquer dia desses, é só você me falar.
― Claro, ainda mais na sua companhia. Você é uma cara muito legal. Confesso que geralmente não costumo sair com pessoas que mal conheço... Quero dizer, no seu caso, que não conhecia bem. Mas com você é diferente tenho a impressão que te conheço há muito tempo. Sei lá, parece que você já estava na minha vida antes e eu não sabia...
― Engraçado, penso a mesma coisa sobre você. Parece que já te conhecia antes... Será que já fomos amigos em outras vidas? ― Perguntou Rafa.
― Pois é.
Mas haviam chegado à frente das casas, e precisavam entrar. Saíram do carro e pararam um na frente do outro, queria dizer que queria entrar juntos na casa de um deles pra que pudessem se beijar, abraçar..., fazer amor. Mas não fizeram isso. Apenas apertaram as mãos e disseram boa noite um pro outro.
Léo foi direto pro banheiro tomar banho. Debaixo do chuveiro sentiu seu membro ficar duro, como havia ficado algumas vezes no bar pensando nas múltiplas possibilidades de ficar com o Rafa. Não resistiu e resolveu se masturbar pensando nele.
Na casa ao lado, Rafa estava em seu quarto, deitado sobre a cama, pensando na noite que tivera com o Léo. Colocou sua mão por dentro da calça e sentiu seu pênis duro como uma estaca. Estava muito excitado, como queria está agora na sua cama com o Léo. Abriu o zíper da calça, tirou seu membro pra fora e começou a fazer movimentos com sua mão por seu pênis. Tirou a calça e imaginou sendo possuído por Léo. Resolveu introduzir um dedo em seu anus, e imaginou que fosse o Léo a lhe penetrar. Rafael não era apenas passivo, mas naquele momento desejava que fosse assim. Em poucos instantes ele liberou sobre seu peito o êxtase de seus desejos, havia chegado ao topo do seu prazer. Como não se lembrava, havia naquela punheta liberado uma enorme quantidade de esperma, provocado pelo enorme prazer que obteve pensando no Léo. Ficou ali pensando nele por um bom tempo. Até que resolveu ir tomar banho, precisava dormir..
Naquela noite os dois dormiram pensando um no outro. Sonharam se amando, se entregando um ao outro em um amor profundo. Acordaram com tesão, com vontade de ligar um pro outro e dizer: “ Cara eu te quero...”. Mas faltava coragem pra dizer.