Aquele homem era pior que a flor do livro. Ele tinha muitos espinhos, demais para eu conseguir me livrar. Mas sabia que chegasse mais perto iria me machucar. Mas a alguns minuto atrás eu queria correr esse risco, queria me entregar a esse desejo. Mas depois de se rejeitado, me sentir um imbecil por ter feito aquilo.
Não conseguir dormir mais, só queria que chegasse logo de dia, para poder me livra dessa amargura, mas não ia fazer efeito, aquilo estava me consumido a cada dia.
Mas eu tinha que esquecer isso. Não conseguir pregar os olhos a noite inteira. Quando sentir o sol bater na minha janela, sentei na cama e comecei a ler um livro.
Quando vi que já era 7 horas da manha, alguém bate na minha bota. Pensei que era o Douglas, na hora subiu um arrepio, e fui abri a porta batendo o pé de raiva.
-O que você faz aqui? – falei para a pessoa sem olhar na sua cara.
-Meu Deus Luizinho, o que é isso?
Puts! Era a Sofia.
-Nossa Sofia, desculpe, não sabia que era você.
-Pensou que era quem?
-Sei lá- Falei olhando para o chão, estava super envergonhado.
-Hum, já até imagino quem é. Mas não importa, tem alguém lá embaixo querendo falar com você.
-Tão cedo assim?- Falei surpreso.
-Sim, vai lá. Mas primeiro, vai ao banheiro e se olha no espelho. Você ta com umas olheiras enormes parece que passou a
noite toda acordada. – ela falou, e me deixou de novo vermelho, parecia que ela adivinhava as coisas.
-Ok.
-Luizinho.
Eu olhei para ela, mas agora ela que estava com vergonha.
-Oi.
-Desculpe.
-Pelo que?
-Ontem, eu tinha que ta lá para cuidar de você. Mas eu e o Ricardo... –Ela deu um suspiro, e continuou –Meio que ficamos ocupados. Ai quando voltamos para a festa falaram que meu primo tinha se afogado. Mas o que me deixou ainda mais envergonhada foi saber que meu irmão que salvou você.
-Viu, ele não é tão mal assim.
-Você ainda não o conhece primo, mas eu devo agradecer ele. –Ela falou ainda olhando para baixo.
-Se não fosse ele Deus sabe o que podia ter acontecido comigo Sofia. Mas você não tem culpa, quem manda ficar perto de
gente babaca.
-Sim primo, sinto muito mesmo. Mas vai lá embaixo fala com a sua visita.
-Tinha me esquecido, to indo.
Quem poderia querer fala comigo tão cedo assim? Fui ao banheiro, fiz minha higiene. Troquei de roupa e desci.
Ele estava na sala, com uma camiseta branca meia apertava, parecia que ele era sarado, uma calça preta justa, e o cabelo loiro penteado bem social. Parecia outra pessoa. Quando vi que era o Eduardo, fiquei nervoso, ele tinha ajudando a me jogar na piscina.
-O que você quer?
-Bom dia para você também. –Ele fala me olhando com um sorriso educado, mas não me deixei levar por aquilo.
-Luizinho!
Foi ai que vi minha tia. Ela estava em um canto da sala, com um olhar de admiração pelo Eduardo, realmente ele era muito lindo. Mas ela chama minha atenção, pela falta de educação. Mas depois eu iria falar com ela sobre o que esse infeliz tinha feito comigo, e ela iria entender.
-Tia, mas tarde eu te explico, será que, por favor –Pensei bem, suspirei e falei. –Podia me deixar sozinho com ele.
-Quero uma explicação mesmo, Prazer em te ver Eduardo.
-O prazer é todo meu, senhora Clara.
Conquistador de senhora de casa, que raiva daquele garoto. Minha tinha ficou toda vermelha e falou.
-Acha menino, me chame de Clara só, não sou tão velha assim.
-Claro que não é, muito nova para ter filhos crescidos assim.
Ela sorriu para ele e foi embora, ele deu outro sorriso e olhou para mim.
Eu estava com uma cara de poucos amigos, o que ele vinha fazer na minha casa essa hora.
-To esperando. –Eu falo olhando impaciente para ele, meu pé estava batendo no chão.
-O que? -Ele pergunta curioso.
-O que você veio fazer na minha casa essa hora?
-Te pedir desculpas.
Eu o olho de canto, ele tinha que pedir muitas desculpas mesmo.
-Pedir desculpa por ser um babaca? Não me socorre? Ser um idiota que só pensa em zua com seus “calouros”?
-Calma Luiz, é serio. Desculpa por tudo isso que você citou, e muito mais coisas idiota que eu fiz.
-Hum.
Ele tinha abrindo outro sorriso, eu não tinha mudado minha cara ainda. Se ele pensava que iria me ganhar, como fez com minha tia por causa desse sorriso idiota dele, estava enganado.
-Eu não sabia que você não sabia nadar. –ele tinha fechado o sorriso e agora parecia preocupado.
-Eu sei nadar, só que tenho pavor de água, depois de um quase morri afogado, quando era criança.
-Ah!- ele me olhou surpreso, e abaixou a cabeça de remorso. –Sinto muito, eu não sabia.
-Claro, você não é vidente né? Mas será que você não podia ter parado quando eu mandava? Ou me socorrido quando eu pedir?
Eu tinha alterado a voz, realmente estava muito nervoso e com raiva. Ele fez volta todo o sentimento que me passou na hora, agora estava fumegando de raiva. Quando ele ia abrir a boca para fala algum, escuto uma voz grave, e me chama atenção e me fazendo virar para trás.
-Algum problema aqui Luizinho?
Era o Douglas, a o Herói chegou, que bom. Aff, só que me falta essa agora.
-NÃO! ESTÁ TUDO ÓTIMO, ALIAS ÓTIMO DEMAIS ATÉ. –Falei levantando a mão para cima e abaixando depois.
Eu iria explodir, os dois me olhavam, mas depois eles começaram a se olhar.
-O que você faz aqui Eduardo?
-Espera! Vocês dois se conhecem?
Os dois não me responderam, e aquilo me deixou com mais raiva ainda.
-QUE BOM QUE SÃO AMIGOS, ASSIM PODEM IR JUNTO PARA O INFERNO.
Ia sair da sala batendo os pés, não sabia que tinha dado em mim, quando subo a escada a Sofia estava descendo pronta para ir a faculdade.
-VAMOS!
Ela me olhou curiosa, e viu o Eduardo e o Douglas na sala, e ela me olhou de cúmplice.
Saímos e eu olhei para a cara dos dois, que me fitavam com os olhos. O Eduardo parecia calmo, mas o Douglas estava desconfortável, ate podia dizer que com medo.
-Obrigado por me salva. –Falei já dentro no carro.
-De nada, mas o que aconteceu?
Contei para ela tudo, tudo até demais. Uma hora me olhava confusa e outra supressa. Mas tinha que dividir com alguém aqueles sentimentos. Ela até parou o carro quando eu disse que achava que gostava do Douglas.
-O que? – ela arregalou os olhos, fiquei na hora morrendo de vergonha, fiquei com medo da sua reprovação.
-Não sei o que ta acontecendo comigo, nunca sentir isso por nenhum homem. Mas...
Eu tinha começado a chorar, pronto a humilhação estava completa.
-O meu querido, fica assim não. Eu te entendo.
-Não entende Sofia, eu não sou gay.
Ela soltou o cinto de segurança dela e o meu, e me abraçou.
-Estamos nisso junto primo, vamos resolve esse problema. Mas de todos os homens que tem nesse mundo, foi gostar do mais idiota? –ela falou serio. Mas eu comecei a rir, e ela me soltou.
-Sei lá prima, só que tudo nele me intriga, eu não sei o que pensar.
-Ok mais tarde vamos conversa direito, agora estamos atrasado.
Ela deu tapinhas na minha perna e fomos para a faculdade, eu tinha parado de chorar, mas ainda fiquei pensado no caminho todo, sobre tudo.
Por que tinha que ser assim, não queria o Douglas, e ele deixou claro que também de uma forma indireta não me queria.
Mas quando eu o via, sentia seu cheiro, ou ouviu a voz dele. Parecia um turbilhão de emoção, todo meu estomago revirava, e quase me dava o infarto quando via seu corpo.
Fiquei olhando através da janela, e pensei do que tinha acontecido hoje de manha.
-Sofia, por que o Douglas conhece o Eduardo?
-Acho que por que nós somos vizinhos dele.
-O QUE?
-Pensei que ele tinha te falando isso.
-Não.
Eu estava inconformado, como assim era meu vizinho.
-Ele mora na casa ao lado?
-Sim, vizinhos moram ao lado né?
Ela perguntou ironicamente, eu ainda não acreditava. Mas não falamos mas nada por que tinha chegado na faculdade.
Na faculdade ocorreu tudo ótimo, ate que vi o Eduardo no correndo na hora de ir embora. Tentei fugir dele, mas foi em vão. Ele estava com a mesma calça de hoje de manha, mas tinha trocado a camiseta.
-Luiz.
Ele me parou, tinha que espera ele. Quando ele chegou mais perto vi que ele estava com um olho roxo.
-O que aconteceu com seu olho?
Ele ficou vermelho, e falou.
-Eu cai –Eu não engoli essa historia. –Mas quero falar com você.
-Já falou tudo que tinha que falar hoje cedo, não temos o que conversar, agora se me permiti...
-Luiz. –ele me segurou pelo braço quando eu tentava ir embora, ele era realmente forte, começou a doer.
-Me solta agora! –Falei entre os dentes, quem esse otário pensava que era. E para minha sorte eu estava em um corredor
que passava poucas pessoas, e nessa hora todas já tinha indo embora.
-Ah, desculpe. –ele falou mas não me soltou, só aliviou o aperto.
-Quer saber? Cansei de ouvi desculpas, engole tudo ela e enfia...
Mas não deu tempo de continuar o que eu ia falar, ele tinha me segurado de novo mais forte e me beijou.
Sim, ele foi capaz de fazer isso, mas não correspondi. Mesmo com a força dele tentando abrir caminho na minha boca, mas por um segundo pensei em deixar, mas eu o empurrei e dei um soco na cara dele.
Eu respirava fundo, nunca tinha batido em ninguém, mas esse idiota mereceu. Minha mão estava doendo, com certeza iria ficar roxa, mas o rosto dele iria ficar pior.
-VOCÊ ESTÁ LOUCO? O QUE FOI ISSO? –Eu falei alto, estava muito vermelho de raiva.
Ele olhou para o chão por um tempo, mas depois ele me olhou, estava chorando e falou.
-Luiz, eu sinto algo por você.
Continua...
GENTE! NÃO LIGO PARA AS PESSOAS QUE NÃO GOSTA DO MEU CONTO, TUDO BEM, SE NÃO GOSTA NÃO PRECISA LER, EU LEVO UM CRITICA DE BOA, MAS TUDO TEM LIMITE. EU FAÇO ISSO DE GRAÇA E ESCREVO PARA QUEM GOSTA DO MEU JEITO DE ESCREVER. AGRADEÇO A TODOS QUE LEIM, PARA VOCES QUE EU ESCREVO.