Paixão Adolescente - Capítulo 06x01

Um conto erótico de João Paulo
Categoria: Homossexual
Contém 1210 palavras
Data: 10/02/2013 00:34:18

Desculpem a demora, tenho um trabalho enorme pra fazer, estou escrevendo essa parte enquanto o Lucas está me ajudando com o trabalho, vou postar a outra parte deste capítulo em breve.

Fico feliz de estarem gostando do conto, espero que continuem lento, pois isso me motiva a escrever.

Capítulo 6 parte 1 - Pequenos espinhosToda relação são como as rosas, são lindas e perfeitas mesmo tendo pequenos espinhos...

O Lucas até que enfim me deu paz para continuar o conto, ele se ocupou jogando vídeo game e eu vim escrever.

Acordei no outro dia e Lucas não estava do meu lado, eu estava com roupas dele, me levantei e fiquei meio desesperado, afinal estava na casa da família dele e eles mal me conheciam. Pude notar o computador ligado e uma mensagem na área de trabalho. “Amorzão, fui até a sua casa pegar roupas suas, já volto. Beijos do seu Gato’. Fiquei rindo com o ‘beijos do seu gato’. Ele não demorou muito, eu já tinha me higienizado, me arrumei e ele me levou pro trabalho. Ele resolveu sair (por preguiça mesmo) do emprego, então quando terminei meu expediente ele estava lá de novo naquele carro preto com vidros escuros, quando cheguei perto ele abriu a porta me levou até o outro lado, me deu um beijo, abriu a porta do passageiro me colocou sentado e voltou pro seu lado, um perfeito cavalheiro. Apesar dele não ter idade estava dirigindo normalmente, em cidades pequenas as coisas são mais tranquilas assim mesmo.

- Meus pais querem que você almoce com a gente. Não vai fazer desfeita né? – Ele me olhou com cara de pidão.

- Ah, Lucas, sei lá eu não acho que eu esteja preparado. – Eu disse tentando inventar algo pra não ir.

- Está sim baixinho, não inventa rolo não. Vai e pronto! – Disse isso quando estava quase chegando na sua casa, ele entrou na garagem, saímos do carro e ele me levou de mãos dadas até a cozinha, sua mãe tinha preparado o almoço pra gente e lá estava a família toda. Não sabia onde esconder a cara, eu era tímido demais. Porém foi bobeira, o almoço estava ótimo, e falaram mais sobre mim do que tudo.

= O Lucas me disse que você quer ser engenheiro eletrônico – Disse o Dr. Luiz (pai de Lucas)

- É, sim. Ou isso ou farei mecatrônica. – Eu disse meio envergonhado.

- Boas profissões, então serão dois engenheiros, Lucas pretende fazer engenharia também. – O Dr Luis disse contente.

Falei ainda com a mãe de Lucas sobre minha mãe, sobre minha vida e essas coisas. Todo mundo gostou da minha simplicidade, depois do almoço Lucas foi pegar algumas coisas no carro e Dr. Luis me chamou.

- João, saiba que estou realmente arrependido das minhas atitudes e fico muito feliz pela mudança que você fez no meu filhos. – Dr. Luiz até se emocionou. – Espero que o relacionamento de vocês dê certo.

Eu fiquei feliz com toda essa recepção, subi pro quarto de Lucas e logo ele chegou com meu uniforme da escola que ele já tinha ido buscar antes de passar no meu emprego, nos arrumamos e fomos pra escola.

Não posso negar que estávamos sendo um destaque na escola, o único casal gay da escola, mas estávamos despertando ódio também, e um mal nosso foi não ter percebido isso antes. As três primeiras aulas forma normais, no intervalo eu fiquei sentado com Lucas e Laura numa mesa e numa hora fui ao banheiro, enquanto eu estava me olhando no espelho alguém chega no banheiro, eu olho pra trás e era Felipe, um aluno da minha sala.

- Olha, a Bichinha está no banheiro masculino? Acho melhor você ir pro feminino, é mais a sua cara! – Ele disse debochando.

- Dá um tempo, tenho mais o que fazer do que escutar deboches. Eu disse caminhando pela porta. Ele segurou meu braço e me jogou na parede.

- Você tá achando que é simples assim? Me ignora seu desgraçado. Fica você e aquele outro idiota do seu namorado nessa putaria, honrem o sexo de vocês, se Deus os fez homem é assim que você devem ficar. – Ele disse me enforcando, eu estava sem ar, não sabia o que fazer. Ele me deu um soco no estômago e continuou. – Vou acabar com a sua raça, fazer você virar homem, seu veado. – Ele disse me dando mais um soco no estômago e dessa vez doeu mais, lágrimas saiam do meus olhos. Ele me deu mais um soco, mais forte ainda, e continuava me enforcando, eu não ia aguentar mais tempo sem ar, eu me debatia tentando me soltar, mas ou vi um outro soco, dessa vez não foi em mim, depois disso eu apaguei e não vi mais nada.

Acordei já na casa de Lucas, estava perdido, não tinha entendido nada. Ele estava do meu lado chorando e tinha um médico em seu quarto.

- Meu amor. – Eu disse com a voz fraca.

- Calma, está tudo bem. – Ele disse me abraçando. – Eu dei uma lição naquele desgraçado. Ele disse irado, com muita raiva e com os olhos vermelhos. – Só não matei porque me preocupo mais com você e não podia te deixar lá.

- Eu te amo meu protetor. – Disse e puxei ele pra um beijo.

- Você só precisa de descanso e remédio pra dor João Paulo. Vou deixar a receita aqui, espero que fique melhor. – O médio disse saindo do quarto.

Percebi um corte no rosto de Lucas, ele tinha brigado feio por mim, nem imagino o quanto ele tinha machucado Felipe, mas ele mereceu.

- O que ele faria com você? – Lucas disse ainda nervoso.

- Não sei, ele talvez... – Voltei a chorar. – Me mataria, ele disse que ia acabar com minha raça e que nós desonramos os homens e coisa assim. – Continuei chorando.

- Ele nunca mais vai tocar em você! Se ele fizer isso eu mato ele, juro que encontro ele no quinto dos infernos e o mato. – Ele disse me abraçando e deitando do meu lado.

Passamos o resto do dia assim, com ele do meu lado não me preocupava com nada. Ele me deu o remédio na hora certa, me deu sopa na boca na hora do jantar.

- Tenho que cuidar do meu bebezinho! – Ele dizia sorrindo.

Minha mãe foi até a casa de Lucas, subiu até o quarto preocupadíssima.

- Lucas me falou o que aconteceu. Você está bem? – Ela disse aflita e nervosa, procurando qualquer traço que diria o contrário. – Ainda bem que ele estava lá, senão aquele desgraçaod de mataria. – Ela disse.

- Calma eu estou bem mãe. – Tentei acalmá-la.

- Eu sei, mas foi porque Lucas estava lá e notou sua falta. Ainda bem que ele está sempre por perto. E se esse garoto chegar perto de você mais uma vez, eu juro que te tiro daquela escola. Ninguém machuca meu filho. Ah, hoje eu tenho plantão então fique aqui com Lucas, amanhã você está de atestado no trabalho, então não vá. – Ela me deu um beijo na testa e saiu.

Lucas depois disso voltou para o quarto e me abraçou e ficou deitado ali comigo até um pouco mais tarde. A noite eu já estava melhor, só tinha ficado o sinal do enforcamento no meu pescoço, mas consegui tampar com uma base e fomos eu e o Lucas pra uma festa da cidade.

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Comentários

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O Lucas é um fofo.Infelismente a homofobia esta presente em nossas vidas,mesmo assim temos que lutar pra ser felizes.10

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