Eu entrei no carro com muita dificuldade.
-Podemos ir para casa agora? – eu estava olhando para a porta e a fecho, quando me viro para o olhar, me deparado com seu rosto a 10 cm do meu, eu me assustei, ele não se movia.
-Douglas? – Falei nervoso, eu respirava ofegante. Sabia que iria acontecer agora o que eu estava desejando.
Eu fiquei paralisado, assumo que até fechei os olhos. Mas ele se aproxima mais, sentir seu cheiro, misturado com suor, ate o suor dele era gostoso.
Ele estava chegando mais perto, ate que levanta a sua mão. Meu coração dispara e foi para minha garganta, fiquei com a minha boca salivando, pedido a dele. Minha excitação estava no nível máximo.
Ele levanta mais a mão, a passa paralela ao minha cabeça, e pega o cinto e puxa. Nessa hora eu pude respirar, soltei todo o ar. Ele fez todo esse percurso sem tirar os olhos de mim. Ele estava serio, sua cara de garoto malvado estava mais forte que nunca. Quando vi que ele só ia pegar o cinto, eu explodi de raiva. Por que esse idiota ficar brincando assim comigo.
Será que ele sabe que eu gosto dele?
-Qual seu problema com cinto? –Falei com uma voz ácida.
-Como? –Ele me olhou com a mesma feição. Só que tinha acabado de colocar o meu cinto na trava.
-Eu sei colocar o cinto sozinho, não sou nenhuma criança. –Em um momento eu alterei a voz, mas quando vi sua cara de reprovação, fui diminuído o tom.
-Só agir como uma. –ele falou dando de ombro e saindo com o carro.
-Se eu tivesse algum “adulto” por perto podia agir igual ele. –Rebati.
Ele só me olhou de canto de olho, e não falou nada. Ele nem estava ligando para minha crise, o que me deixou com mais
raiva ainda. Nunca fui assim com ninguém, nunca fui de xingar, ou dar tirada. Mas ele me tirava no normal, me fazia ser o pior de mim quando chegava perto.
Quando chegamos em casa, ele vai na minha porta do meu lado do carro e a abri. Mas eu o impeço de me ajudar.
-Eu sei andar sozinho, vai para seu quarto ou a onde quiser, eu me viro. Muito Obrigado. –Falei sem olhar para ele, só olhava para meu pé, que implorada para ele me ajudar a sair dali o mais rápido possível, mas parecia que ate meu pé não estava cooperando.
-Ok, mas vou assistir isso de camarote. –Ele falou com um sorriso maroto na cara.
Eu fiquei muito puto da vida, levantei o pé machucado, e subi a escada quase que de gatão. Ele me olhava, mas não de mostrou nenhum deboche, somente ficou com o braço cruzado e esperou quase que meia hora para eu subir a escada.
Quando finalmente cheguei no meu corredor, ele passa no meu lado e fala no meu ouvindo, o que de deixou arrepiado sentir seu hálito no meu pescoço.
-Garoto teimoso, na próxima eu te pego e te dou uma surra. –Sua voz ardia dentro de mim, cada fonema que saia da sua boca era uma tortura.
-Na próxima fica longe de mim então. –Falei serio, sem me mexe. Ele ainda estava atrás de mim. Sentia a quentura do seu corpo, mesmo ele não relado no meu.
-Como ficar longe de uma criança que sempre ta correndo perigo.
-Virou meu super Herói agora?
-Sim, sou o seu Super Homem.
Filha de uma mãe, ele ainda estava falando no meu ouvindo. Por que ele estava fazendo isso? Se a ideia era me deixar louco, estava funcionando.
-Então super homem, com licença que vou para meu quarto.
Mas o destino é um idiota mesmo, que quando vou dar um passo para frente, coloco o pé machucado no chão, e sinto uma dor insuportável, e caiu para trás, bem nos braços dele.
-Parece que você que não consegue ficar longe de mim. –Ele falou me segurando, sentir uma vergonha enorme.
-Ok, você ganhou, agora me ajudar. –Eu me rendi, sabia que não ia conseguir ir sozinho mesmo, não depois de ele ter acabado comigo.
Ele não falou nada, só me ajudou a ir para a cama, me colocou sentando.
-Fica ai, já volto. –ele falou saindo do meu quarto.
E eu tenho muito opção mesmo. Vou voa, seu Louco por controle.
Demorou uns 5 minuto e ele volta com uma faixa e uma pomada. Pegou minha perna com muita delicadeza, o que eu estranhei, quando que ele era delicado?
Passou a pomada, era gelado igual o gel, mas era mais viscosa. E depois ele pegou a faixa e enrolou a onde estava doendo. Mas ele encostou um pouco a mais e fez-me sentir uma dor mais forte.
-Ai!
-Desculpe, eu te machuquei? –ele falou olhando para mim, mas ainda com a mão na minha perna. A sua voz estava doce, me encantei por aquilo.
-Não, só relou a onde está doendo.
-Se tem que tomar mais cuidado, como se vai para escola amanha? Já sei, vai de muleta, vou compra uma para você. E vou te levar no médico.
-Negativo, eu consigo ir normal, amanha vai ta melhor, e não preciso ir ao médico –Eu falei desafiando ele, sabia que ele odiava ser contrariado.
-Você que sabe, mas se cair de novo, vai se virar sozinho. –Ele falou ainda me olhando, eu abaixei a mão até a sua e a tirei da minha perna.
-Obrigado Douglas, mas eu tenho que tomar banho.
-Como se vai fazer isso?
-Uai? Igual a todo ser humano, tira a roupa e entra debaixo do chuveiro. –Falei dando uma lógica a frase.
-O curativo gênio. –ele falou apontando para a faixa.
E era verdade, ia molhar tudo, respirei fundo e encolhi os ombros.
-Olha, mas tarde você tomar banho, ai tira a faixa e depois eu coloco de novo.
-Alem de super homem, é enfermeiro? –Falei em tom de deboche, mas ele não aceitou isso, levantou as sobrancelhas e antes dele falar algo e o cortei.
-Ok, depois eu chamo você então, vou ficar fendendo aqui.
Ele vai e sair do meu quarto, eu com muito dificuldade, vou ate minha escrivaninha onde estava meu notebook, e sento na cadeira e entro no meu email.
Lá tinha uma mensagem de um email desconhecido.
De: du-spale@hotmail.com
Para: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Assunto: Desculpe.
Sr. Luiz, queria me desculpar mais uma vez pelo que eu fiz hoje com você.
Mas eu estava fora do meu normal, se você me perdoa eu juro que nunca mais faço isso.
Eduardo, abraços.
Eu peguei li o email e respondi.
De: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Para: du-spale@hotmail.com
Assunto: Desculpe aceitas.
Sr. Eduardo, eu estou muito curioso em saber a onde conseguiu meu email?
Mas sobre o seu pedido de desculpa, eu aceito sim. Mas nunca mais vai poder acontecer isso. Eu sou compreensivo pelo sentido que tem por mim, mas terá que o matar.
Luiz, Abraços.
Segundos depois recebo outro email dele.
De: du-spale@hotmail.com
Para: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Assunto: Aceito sua proposta.
Sr. Luiz, eu conseguir seu email com sua prima. Mas não fala para ela que eu te contei.
Sobre a sua ideia de matar o meu sentimento sobre você, se isso é o único meio de ficar ao seu lado, eu aceito : (
Só irei ficar muito triste, mas não irei morrer por isso.
De: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Para: du-spale@hotmail.com
Assunto: Quando iremos assinar a papelada?
Sr. Eduardo, irei matar minha prima mais tarde. Mas espero que você não morra mesmo. Quando iremos assinar o contrato de amizade?
Email: du-spale@hotmail.com
Para: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Assunto: Mais tarde.
Podemos sair mais tarde para fazer isso, aceita? E agora sem beijo.
Email: Luiz-antoniolima@hotmail.com
Para: du-spale@hotmail.com
Assunto: fico grato, mas não.
Sr. Eduardo, fico grato pelo seu convite, mas eu não posso andar, machuquei meu joelho hoje na academia. Teremos que marcar para outro dia.
Luiz, Abraços.
Espero alguns minutos e alguém bate na minha porta.
Pensei que era o Douglas, mas ele nunca que iria bater na minha porta.
Olhei para trás e levei um susto. Era o Eduardo.
-O que…faz aqui? –Falei meio que tremido, quando eu o vi lembrei-me do beijo. Sentir um arrepio. Ele estava lindo, o cabelo estava meio bagunçado e estava com uma camisa preta de banda e um short Jeans.
-Vi ver como você estar, quando recebi seu email, fiquei preocupado. –Ele falou sentando na minha cama, e ficando de frente para mim.
-Eduardo, não precisava vir aqui, eu estou bem, juro. O Douglas já enfaixou para mim.
-Douglas? O seu primo? –Ele perguntou meio que com receio da resposta.
-Sim, existi outro? –Falei com ironia.
-Luiz, por favor, me escuta. Eu sei que ele é seu primo, mas fica longe dele, para seu próprio bem. –Ele falou com uma suplica, que eu não entendia o porquê.
-Pelo menos ele não tentou me afogar, o alias ele que me salvou.
Agora eu tinha pegado pesado, na mesma hora me arrependi. Ele abaixou a cabeça e ficou olhando para seus pés em silencio, sabia que ele estava magoado pelo que fez e já tinha pedindo mil desculpas e eu o perdoei, não tinha por que ficar martelado no mesmo machucado.
-Não foi isso que eu quis dizer, é que… - Não sabia o que falar, ele tinha começado a olhar para mim, esperando alguma coisa. Mas não disse mais nada, ele somente foi chegando mais perto, ate que ele volta para seu lugar. Quando ouvi uma voz na porta.
-Atrapalho?
Era o Douglas, ele estava parado na porta.
Continua ....