Eu o olhei de cima a baixo ainda sem acreditar no que via.
Sua pele era pálida e marfim, suavemente sedosa ao toque, ainda mais estando molhado do pós-banho. Sem cicatrizes, pintas ou pelos que indicassem um mínimo de humanidade, poderia afirmar que eu encarava alguma divindade grega. Um simples óleo poderia fazer com que eu visse meu próprio reflexo em sua clavícula.
Eu me aproximei e ele não emitiu um único som ou se moveu.. Envolvi seus ombros em minhas mãos e ele estava quente do banho. Arrastei minhas palmas por seus grandes braços, desenhando calmamente com os dedos cada elevação dos músculos. Era delicioso, delirante.
Segurei sua cintura e o senti ficar mais rígido sob minhas mãos. Estaria ele nervoso? Provavelmente não tanto quanto eu diante de um homem daqueles.
Deslizei os polegares por seu abdômen definido, sentindo os sulcos entre os gomos, sólidos e alvos como a lua que eu faria de travesseiro todas as noites da minha vida. Seu peitoral era uma escultura lisa que tive medo de tocar de tão perfeito. Envolvi-o com ambas as mãos, cedendo ao desejo e apertando, sentindo cada camada de sua carne relaxar debaixo dos nós de meus dedos.
Eu o encarei. Mil sóis refratavam sobre sua íris transformando-a em um banho de castanho e mel no qual eu precisava me afogar. O nariz reto, os lábios milimetricamente posicionados o tempo todo como um maroto sorriso, um queixo levemente proeminente e cabelos negros como o vime, espetados e moldados para frente.
Cheguei mais perto, olhando fundo em seus olhos, minha boca a milímetros da sua. Suas costas ainda estavam molhadas e aproveitei para escorregar cada uma delas na curva forte que ia de sua nuca ao fim de sua bacia. A toalha negra interrompeu o movimento e eu soube que era a hora exata de despi-la.
Enterrei meu dedo sob o tecido, sentindo a carne de sua bunda excitar meu membro como se ele o tivesse em sua boca. Desatei o amarrado e a toalha caiu. Colei meu ouvido ao seu coração, minhas mãos procurando desesperadamente algo a que se segurar. A bunda era minha parte preferida dele; grande e macia até certo ponto, em que percebia que muitos músculos se desdobravam para exibir tanta beleza. Redondamente apalpável, pura como um quadro do Louvre.
Era o meu brinquedinho. Desenhei minhas mãos pela parábola que formava, apertando as nádegas e separando-as delicadamente, encontrando um ânus úmido com meu dedo indicador. Ele inspirou e expirou rapidamente, seus batimentos pulsando mais fortes sob minha cabeça. Um volume familiar tocou meu pênis e não evitei o sorriso em meu rosto. Ele estava excitado tanto quanto eu.
Agachei, deslizando minhas mãos por suas nádegas e a parte de trás de sua perna, uma pele tão gostosa de tocar que eu queria beijar e dedilhar em cada detalhe. Deixe-me mordiscar e beijar de leve suas coxas e o senti tremer. Ele abaixou a cabeça e me deu um sorriso sexy, um sorriso que me faria ser qualquer coisa para ele.
Entalei minha boca em seu membro, um bastão branco e liso como marfim, que se erguia revelando uma cabeça avermelhada e lustrosa. Fi-lo conhecer cada canto em minha boca, passeando minha língua entre as veias que despertavam, parando apenas para respirar, dar beijos trabalhados e demorados em sua glande, lambendo o olmo entre a pele e o cabeçote. Ele gemia e seu lindo quadril dançava à minha frente, empurrando seu membro ereto para frente e para trás em minha garganta.
Peguei suas grandes mãos mornas e as posicionei atrás de minha cabeça e ele então parou de se mexer tanto para levá-la para frente e para trás, soltando ruídos de alegria. A luz atrás de sua cabeça pouco me permitia enxergar seu massivo rosto enquanto mergulhava em masturbá-lo com minha boca, mas iluminava seu peitoral e abdômen com uma luz perfeita, delineando-o nos lugares certos e não me contive para erguer as mãos e tocar cada pedaço daquilo, cada canto de seu abdômen e cada centímetro de seu peitoral duro como rocha.
Ele havia entendido o que eu queria. Ele puxou minha cabeça para trás mais do que o esperado, desabocanhando-me de seu membro brilhante graças à minha saliva e pulsante com as veias saltadas, que só o tornavam mais irresistível. Eu poderia segurá-lo e beijá-lo e lambê-lo e acariciá-lo e senti-lo por todo o mês.
Ele enganchou suas mãos fortes em minha cintura, puxando-me para ele, colando nossas peles uma na outra. Eu sentia cada parte dele contra mim, seus pés acariciando os meus, suas grandes coxas arrastando-se contra as minhas, seu pênis tão rígido contra o meu impressado de pé contra o meu abdômen e o meu contra o dele, as cabeças tocando o umbigo de cada um, o pulsar das veias de prazer na pele um do outro.
Ele me pressionou para frente, agora uma mão contra minhas costas e outra em minha nuca, aproximando-me de sua boca. Nossas línguas se amarravam e desamarravam, seu gosto era de própolis e mel pegando fogo, ele puxava e mordiscava meus lábios e eu os dele, até que começou a beijar meu pescoço, minha clavícula, meu ombro. Eu não podia imaginar o quanto estava gemendo, derretendo-me sob aqueles nós grossos de seus dedos que percorriam o meu corpo, descobriam partes de mim e as acariciavam e as excitavam e as umedeciam.
Quando chegou à minha bunda, ele parou. Ele gostava tanto da minha quanto eu da dele. Ele a segurou, pressionou seus polegares contra as curvas de minhas nádegas, que já se encontravam molhadas de suor sem mesmo terem sido tocadas até aquele momento. Ele voltou sua cabeça para cima, beijando o caminho do meu queixo até a minha orelha esquerda, mordiscando de leve e fazendo meu membro dançar enlouquecidamente ao lado do seu. Ele entoou com sua voz grave e provocante, como se me desafiasse:
“Eu adoro essa sua bundinha arrebitada”, para então agarrá-la como sua vida dependesse disso, desenhando as palmas das mãos por cada pedaço dela e eu gemia de prazer e loucura. Eu precisava dele, precisava dele dentro de mim, tomando-me e me chamando de seu. O meu homem, o homem que seria só dele.
Ele pressionava o quadril contra o meu e eu devolvi o movimento, ele abaixando a cabeça para olhar nossos membros duros se arrastando um contra o outro. Ele também me desejava, desejava enterrar seu membro entre as minhas nádegas volumosas que ele tanto amava apalpar. A luz sobre nós mais uma vez facilitou meu trabalho de admirá-lo, iluminando somente seu gordo lábio inferior que pendia brilhante enquanto ele se esforçava para manter nossos pênis unidos na brincadeira mais tórrida e viciante que eu já tinha visto.
“Eu quero você”, ele disse com toda a vontade que conseguia empregar na voz. Eu me virei e ele me abraçou pela cintura, minha bunda contra seu membro rígido, que pulsava mais forte ao encontrar o vão entre as nádegas. Ele insinuou-o por esse caminho em vai-e-vem, assim como nossos corpos que não se desencostavam, indo naquele movimento estimulante para frente e para trás, sem desgrudar seu pênis da minha bunda. Seu rosto estava encaixado entre meu pescoço e ombro direito, sua barba-por-fazer roçando em minha bochecha e me fazendo corar. Sentir seus músculos retesados ao meu redor, seu membro duro sendo pressionado contra mim em um jogo delicioso me fazia salivar, fazia eu me sentir protegido e dominado como sempre sonhei em estar. Ele era meu. Eu era dele. Éramos nossos e de ninguém mais, nunca mais.
Ele foi parando de me impulsionar daquele jeito maravilhoso para frente e para trás aos poucos, deitando-me devagar sobre o colchão de bruços. Eu saberia o que viria. O prazer viria. Primeiro senti a glande abrindo caminho em meu ânus e com uma facilidade que ele gostava, todo o seu membro introduziu-se em mim e era a mais espetacular sensação que eu poderia ter. Eu sabia o que viria e desde que experimentara a sensação, não houve mais medo, não houve mais dor na penetração ou receio de não fazê-la. Sentir meu homem dentro de mim era o que eu mais precisava e não poderia abrir mão daquilo.
Ele se deitou sobre mim, seu quadril batendo com força e se afastando em um ritmo gradativo, seu pênis duro como uma rocha entrando e saindo de mim rápido, muito rápido. Era quente, molhado e excitante, gemia e ruía em prazeres, palavrões e palavras sórdidas que me surpreendi em saber. Ele gostava de me ouvir assim, libertado da fachada de bom moço e mostrando quem eu realmente era.
Ele também gemia de prazer, expirando com força, soltando o ar e o inspirando com força de um jeito que só eu sabia apreciar. Ele deitava e se erguia de meu corpo, seu suor colando e descolando do meu, o plac-ploc de seu quadril impactando com minhas nádegas fazendo-me sorrir. Pulávamos com velocidade sobre a cama. Ele segurou meus ombros e empurrou com força, com mais força, mais rápido, mais, mais e mais. Olhei para trás de relance e vi que mordia o lábio inferior, esse era o sinal. Ele estava me apreciando, apreciando a obra que ele lapidava ao dar e receber prazer e estava prestes a gozar.
Ele bateu uma última vez, tão forte que quase arremessei a testa contra a madeira da cabeceira e eu senti um líquido quente sendo liberado dentro de mim. Com mais um barulho engraçado, ele retirou seu membro de dentro de mim. Senti sua língua quente lambendo seu gozo entre minhas nádegas, delicado e controlador ao mesmo tempo. Agora eu precisava gozar. Ele deu palmadinhas em minha bunda, para abaixar e mordiscá-las e beijá-las com todo o amor selvagem que eu precisava dele. Então me virou.
“Agora é a sua vez”, ele dizia, a voz provocante e grave agora mais ofegante.
“Você sabe que não precisa fazer isso”, falei, mas nossa, como eu queria. Ele já descia da cama, ajoelhando para com um tranco surpreso, puxar-me pelos pés até que meu membro rígido estivesse em frente ao seu nariz.
“Eu gosto de te ver gozar, eu gosto da sua bundinha gostosa, eu gosto do seu pau. Eu preciso dele e você precisa do meu, já devia saber disso”, e então deu um sorriso malicioso que eu retribuí, para então lamber dos meus testículos à cabeça rosada do meu pênis. Ele a beijou com aqueles lábios perfeitos, beijando com a boca cada vez mais aberta até haver engolida a glande inteira e eu joguei a cabeça para trás, gemendo irracionalmente. Mas isso era o prazer; bom, desejável e irracional.