Parada...ali, na beirada da minha cama, com o mais singelo olhar, observava aquele ursinho pouco desbotado que me fez viajar na nossa infancia, no meu amor, na minha vida.
Praticamente já nos conheciamos a vida toda, sempre andando prum lado e pro outro juntas...o tempo passou e crescemos.
Com a adolescencia chegando pude entender melhor o porquê gostava de lhe roubar beijos quando criança, não havia mais jeito, era ''meu caminho de amá-la'' sem volta. Estudando igualmente na mesma escola, na mesma sala tornavamo-nos inseparaveis. Não...não era bem assim. Em determinada serie ela se distanciou de mim, fez novas amizades e por ainda ser muito nova sentia algo dentro de mim que me deixava furiosa, com raiva de vê-la com outros e me por de lado. O nome disso era ciumes, já sentiram? Alguns meses foram se passando e aos poucos conseguia reconquistar sua atenção, não foi facil. Um processo que levou anos e ao longo desses anos comecei a entender todos aqueles beijos roubados, aquele ciume, aquela explosão e mistura de sentimentos por ela, era o Amor. E eu que achava nojento amar, coisa de crinça mesmo.
Era amor simple e puro, só amor. Logico que de incio aprendi a lhe dar com a paixão, o desejo de sexo que já batia na porta no auge da minha adolescencia, mas veio o amor e eu soube o que é isso. É um sentimendo incondicional, irracional, ilimitado.
Final da minha adolescencia quando tudo estava na mais ''santa paz'', uma noticia ótima, mas ao mesmo tempo triste soou em meus ouvidos. Ela havia passado no vestibular em outra cidade, iria se tornar minha tão sonhada médica. Lembra que eu falei que o amor é incondicional, apesar de ficar triste, ''sem chão'' e devastada com aquela noticia, minha felicidade era maior, pois ve-la feliz com aquele lindo sorriso ganhava meu coração ainda mais.
No nosso ultimo dia jumtas não tinha muito o que pensar ou era naquele dia ou era nunca mais.
Em sua casa almoçando com a sua familia havia dito que não iria no aeroporto me despedir, lhe disse que seria ali nossa despedida, naquela tarde juntas. Ela sabia meu jeito, como eu era, não foi atoa que passamos quase 18 anos juntas, mesmo longe, e por me conhecer achou estranho da minha parte ter dito aquilo.
Em seu quarto deitadas na cama de solteiro, meu coração tomava coragem pra dizer lhe algo preso há anos. Por cima da minha camisa azul podia ver minhas palpitações, minha respiraçao profunda e acelerada, minhas mãos geladas. Encostada em mim, pode sentir minhas inquietações até que um ''o que é que você tem?'' quebrou aquele silencio que existia entre nos. Respirei mais fundo dessa vez e a puxei pelo braço descendo os degraus da escada as pressas em direção ao carro.
Assustada, mas sem deixar de ser aquela menina durona, não esboçava nenhuma reação de medo apesar de saber o quão assustada lhe deixei. Chegamos, estavamos na praia, meio deserta. Desci do carro, dei meia volta, abri sua porta, segurei em sua mão e a forcei a me seguir. Descemos até a beira da praia onde o mar já molhava nossos pés descalços, o sol estava se pondo como de costume. Parei, respirei e lhe disse:
- Quase todos os dias eu venho aqui e olho esse por do sol e penso o quanto feliz ele fica nesse momento de ''retirada''.
Todos os dias sem falta, nesse mesmo horario, ele se ausenta e lentamente vai se escondendo atras do mar dando espaço pra noite, todos os dias esse mesmo sol com esse mesmo brilho beija as aguas do mar, sem falta. Então era isso que eu há anos procurava entender e não conseguia. Eu sou o mar e você é o sol. Todos os dias eu quero que você me beijei enquanto se esconda atras de mim para eu lhe cobrir de carinho. Quero que você nasça na minha vida e surja todos os dias cada vez mais bela, eu quero ser essse mar feliz por ter você como companhia.
Em pé depois de dizer as palavras mais verdadeiras da minha vida, fechei meus olhos pra segurar as lagrimas que iam cair e como diz a musica de Renato Russo "...entao um beijo, aconteceu.'' Naquele momento, com seus labios encaixados com os meus, um filme, uma chuva de emoções passavam pela minha cabeça e pelo meu corpo.
De volta à aquela cama de solteiro nossos corpos se misturavam, se chocavam, se deleitavam. As roupas ja tiradas as pressas deixaram o rastro pelo chão do quarto, as marcas de suas unhas riscavam um caminho pela minha costa, minha boca manchava seu corpo de vermelho com chupadas, com o calor do verão, suavamos, literalmente aquele desejo de tantos anos queimava naquela cama como brasa, ardia sem doer. Não conhecia seu lado selvagem até o momento em que ela me deu um belo tapa na cara, pedindo pra come-la, fode-la com mais força. Meu musculo da perna estava com caimbra, mas não parei e a obedeci. Em um instante a segurei pela cintura e a virei deixando-a de quatro para mim, estapeava aquela bunda de pele macia e branca até ficar vermelha e ardida, em seguida me deitei por debaixo e mandei que sentasse em minha boca, minha intenção era das piores, fiz a gozar naquela posiação, no momento de seu orgasmo suas pernas tremeram não conseguindo mais se sustentar caiu emcima de mim. Eu não estava satisfeita queria mais, esperei anos por aquele momento, não ia me contentar com tão pouco. Fui novamente de encontro a sua boca por cima dela, afagava seus cabelos carinhosamente enquanto intensificava nossos beijos. Os carinhos se tornavam mais brutos na mesma proporção da sua excitação. Os beijos e lambidas passavam a ser chupadas e mordidas na boca, na orelha, no pescoço, nos seios, mordia sua bunda gostosa que me enchia de tesão mais ainda. Molhada, com gozo escorrendo pelas pernas, a virei de ladinho de costas para mim, iria penetrá-la e a fazer gozar lentamente. Com minha respiração em seu pescoço, uma mão a masturbando e outra por tras penetrando sua vagina com alguns dedos, sentido sua contrações e que seu gozo chegará, mordi seu ombro simultaneamente, aqueles gemidos concerteza não foram de dor. Cansadas, suadas, marcadas, dormimos numa posição nada comum, ela havia dormir por cima de mim literalmente, com braço e pernas abertos e sua cabeça em meu peitoral. Apos tanto sexo lhe fazia um cafuné na cabeça quando caimos no sono.
Acordei o quarto ja estava vazio, suas roupas retiradas, me sobrará apenas um ursinho desbotado da nossa infancia emcima da cama com um bilhete,
" Me espera, eu vou voltar pra me esconder atras de você."
E hoje eu me peguei...olhando pra esse ursinho e lembrando dessa pequena parte das nossas vidas.