A dor agora ainda era intensa... Eu conseguia sentir o sangue quente que percorria pelo meu corpo, os monstros que fizeram isso comigo já tinham ido embora e a dor tinha esvaziado todas as minhas forças...
Várias coisas se passavam pela minha mente mas ao mesmo tempo nada que fizesse sentido... Me sentia leve não sentia mais dor não sentia quase nada... Ouço vozes baixas e tive que prestar atenção pra interpretar o que as vozes diziam e eram banhadas por desespero e preoculpação "Alguém chama a ambulância por favor" uma voz feminina gritava, acho que era a professora... O tempo passava rapidamente mas ao mesmo tempo devagar devido a eu me sentir tão leve...
Logo senti me colocarem na maca e começaram os procedimentos, mas algo me chamou uma voz me concentrei e ouvi Alex chorando desesperado... Aquilo era pior do que as barras de metal... Ouvir aquele desespero na voz dele era pior coisa que eu deveria ouvir... Eu tentei falar algo pra acalmalo mas o resto das forças que eu tinha foram se esgotando e eu finalmente não senti mais nada...
<o conto agora será narrado pelo Alex>
Eu andava totalmente desesperado na sala de espera eu estava ganhando de seus pais na competição de mais desespero eu não parava de chorar... Como podiam fazer isso com o Dani? Ele é tão doce especial não faria mala uma mosca sequer... Eu ao mesmo tempo que sentia desepero uma onda de ódio transformava meu ser... Eu iria descobrir os monstros que fizeram isso com ele... Isso eu tinha a completa certeza.
Me sentia mal como se estivesse correndo risco de vida pois a razão do meu viver estava naquela sala branca... Eu não sabia o que fazer apenas chorava muito... Eu queria o Dani de volta... Eu queria meu menino, meu bebê comigo...
Seus pais estavam agoniados e indignados pela escola abrigar animais na escola que pudessem fazer esse tipo de coisa com as pessoas...
Meu pai veio me ver no hospital, ele não sabia que era bissexual então tive que dizer que era meu amigo e ele permaneceu comigo deixando o escritório nas mãos de seu assistente novato coisa que ele nunca faria a menos que haja algo de muito grave.
Eu pensava no que ocorria e como tudo estava acontecendo rapidamente... Como minha vida pode mudar tanto em menos de tres semanas? Eu não aguentava mais tudo dando errado, será que eu não poderia ser feliz? Eu encontro a minha felicidade e todos insistem em querer tirala de mim...
Eu estava aflito no banco de espera até que aquele priminho ridiculo dele entra ao encontro dos pais do Dani. Eu o olhava com raiva mas logo vi que não deveria descontar o que eu sentia nele, mesmo ele sendo a pedra atrapalhava meu caminho...
Depois de intermináveis duas horas a doutora sai de uma sala indo em nossa direção... Os pais do Dani e aquele primo idiota vão falar com a médica e eu fico ao lado ouvindo:
-Ele teve muitas lesões fraturou duas costelas mas os golpes foram mais nos braços o protegendo mecanicamente... Ainda bem que não baterão na cabeça dele... Pelo que me parece ele foi agredido com barras de metal...-quando ela disse isso meu coração desparou e a furia tomou conta de mim... Os pais do Dani ficaram horrorizados e já tinham acionado a policia mesmo a escola descaradamente querendo abafar o caso com uma investigação interna... Eu não tava nem ai só iria acabar com a raça de quem tinha feito isso com o Dani...
<UM MÊS SE PASSOU>
<o conto será narrado pelo Daniel>
Eu já me sentia melhor e os médicos se surpreendiam pela minha melhora... Eu não aguentava mais aquela comida sem gosto do hospital... Hello eu não tenho pressão alta nem diabetes eles poderiam me dar algo comestível que tivesse gosto de alguma coisa? A resposta era NÃO, eu tava muito feliz por sair daquele lugar, não aguentava mais aquele cheiro de hospital... Graças a Deus eu tinha um quarto só pra mim, mas estava muito preoculpado com as despesas do hospital, meus não estavam tirando da minha poupança e o tempo que permaneci no hospital mais os gastos da operação era uma bolada comparado ao salário dos meus pais... Eu tentava perguntar como estava a situação mas meus pais diziam que eu não deveria me importar com isso pois eram eles que resolveriam... Sabia que era um momento dificil tanto financeiramente tanto emocionalmente pra minha familia e apenas saberia quando saisse daquele hospital...
O processo na justiça já estava acontecendo e eu não me lembrava de nada... Logo fui saber que o delegado queria conversar comigo sobre o que tinha acontecido me deixando com medo. Eu não sabia o que dizer apenas via imagens vagas do que tinha acontecido. Isso era até bom pois eu não gostava de lembrar... Eram lembranças vagas imagens fracas mais tudo o que eu senti estava preso na minha memória, todo o medo e dor... Toda a crueldade e ódio ainda estava fresco em minha memória. As máscaras mostravam os olhos dos que me agrediam mas eu apenas me lembro de um... Eram olhos cor de mel muito claros que eu sentia que já tinha visto em algum lugar... Todas as vezes que eu tentava me recordar sentia novamente todo o meu desespero e medo, me fazendo chorar no mesmo instante...
Meu quarto parecia meio que um jardim repleto de flores de varios tipos... Vi o quanto era querido e a força que meus amigos e familiares estavam me dando... Alex todas as tardes vinha me ver e eu ficava muito feliz em sua presença... Ele era um cara incrível e mesmo fazendo chuva ou sol ele estava comigo me animando me fazendo rir... Eu via o quanto ele sofria vendo meu estado e eu me sentia mal por ele sofrer... Eu não merecia aquilo mas não gostava de ver todo aquele sofrimento a minha volta... Ele me alegrava transformando aquele hospital bom pelo curto periodo que ele ficava todas as tardes. Nem sei como estava a situação com o pai dele pois pra ele eu era um amigo e como ele passava as tardes comigo não sabia a reação dele sobre isso.
Minha best foi uma das que mais sofreram, ela sempre que podia passava pra me ver pois ela fazia cursos extra curriculares e aulas de dança e o treino de vôlei. Ela mantinha aquele corpo lindo com muita dedicação e era uma exelente aluna mas mesmo assim ela se esforçava pra sempre me ver... Minha mãe teve que trabalhar em mais outro emprego pois os custos do hospital foram altos causando um rombo na renda da minha familia... Eu sabia que eles estavam se desdobrando pra pagar as contas mas eles não tocavam na minha poupança mesmo eu insistindo muito eles diziam que meu futuro era importante...
Eu me despedi de toda a equipe do hospital até daqueles do turno da noite, fiz muitas amizades lá e me emocionei dando adeus pra eles, me senti feliz por voltar a minha vida normal mas meus pais me cercavam não me deixavam sair e passavam no meu quarto de dez em dez minutos pra verem se eu estava bem... Eu já tinha me acostumado com o gosto dos remédios que me privavam da dor mas mesmo assim não tiravam ela por completamente, eu ás vezes tinha que tomar um calmante escondido pra poder dormir mas não contava pra ninguém pois já era muita preoculpação em torno de mim e não queria ver meus pais mais aflitos. Eu voltaria pra escola na segunda e estava meio nervoso em relação as notas. O diretor Roberto disse que iria facilitar minha situação e dizia que eu era um aluno exelente e minhas notas seriam recuperadas rapidamente...
Já era quinta feira e meu depoimento estava marcado para amanhã... Eu estava com medo e meus estavam me apoiando muito...
Mas uma coisa que me chamava muito a atenção ela a ausência do Chris, ele estava estranho e completamente diferente. Ele estava muito preoculpado comigo como todos mais ele não me visitava muito no hospital... Ele estava irreconhecivel não se cuidava mais e estava muito triste... Ele estava me preoculpando muito pois ele não era daquele jeito... Eu conversava com ele e ele não se preoculpava com si mesmo sempre querendo saber como eu estava... Ele estava se martirizando sem eu saber o porque... Eu? Eu já estava ótimo e não precisava de tanta preoculpação mas ele me ligava sempre todos os dias, não me visitava mais sempre me ligava quando eu estava no hospital...
Eu me arrumava pra ir a delegacia eram 13:47 no relógio do meu quarto a dor com o tempo ficava menor e não poderia me esforçar tanto nos esportes e diria adeus as minhas aulas de handbol que eu tanto amava T_T mas já tinha desculpa pra não fazer as aulas de educação fisica kkk
Eu me preparava pra conversar com o delegado que ainda não tinha visto... Eu tava com muito medo pois nunca tinha pisado numa delegacia e nem planejava ir algum dia... Não sabia quais perguntas ele iria fazer e não sabia o que responder e o medo das lembranças me deixava paranóico...
Eu entrei na sala do dele gado e nós conversamos um pouco sobre meu estado. Mas logo ele começou a me perguntar tudo o que tinha acontecido... E logo me senti desconfortável... Era muito ruim contar o que aconteceu e ele perguntava os detalhes... E eu não lembrava dos detalhes me sentindo pressionado a responder o que ele queria... Até q enfim as perguntas acabaram vendo que era tudo o que eu sabia. Me despedi do dele gado e fomos pra casa... Aquela conversa tinh me deixado mal não gostava de lembrar daquilo...
Agora que voltei do hospital além de aguentar meus pais eu tinha que aguentar o Chris me cuidando também ele ainda tava estranho e eu tentava conversar com ele sobre seu estado mas ele logo mudava de assunto. Me sentia um bebê sendo cuidado 24 hrs por dia e não aguentava mais. Eu queria ir pra escola logo e meus pais s pudessem nem me deixavam pisar naquela escola novamente mas era o São Francisco a escola que eu me matei tanto pra entrar e eu não iria jogar essa oportunidade fora.
Passouse meu final de semana chato que só ele eu já me sentia curado mas meus pais não me deixavam sair e eu me sentia um prisioneiro.
Já era segunda feira e eu e Chris fomos pra escola, quando chegamos todos meus conhecidos vieram falar comigo felizes por eu estar bem, eu tava com muita saudade deles mesmo.
Quando o Alex chegou o Chris foi embora e eu olhav pra ele com raiva... Que cara mais infantil meu... Alex segura minha mão delicadamente mais do que o habitual mesmo eu achando isso impossivel e me olhava brotando felicidade e alivio em seus olhos:
-Ainda bem que vc esta de volta... Vc não sabe o quant...-eu o beijei o silenciando...
-Vc não sabe quanta saudade eu senti do seu beijo-disse eu querendo seu abraço. Mas ele não me agarrava de jeito da maneira que eu adorava... Ele estava receoso devido as minhas fraturas, isso me deixou com raiva
-Eu não to tão ferrado assim Alex...
-Não vai doer em vc... Tenho que ser mais cauteloso...-eu peguei as duas mãos dele e pressionei na minha cintura pra el perceber que eu estava bem.
-Eu estou otimo... Apenas quero meu namoradode volta pode ser?-ele vendo que não tinha problema e finalmente me abraçou me cheirando meu cabelo meu pescoço me tocando...
-Saudade do seu cheiro amor...-não deixei de perceber que era a primeira vez que ele me chamara de amor pra ele não importava muito mais aquele momento uma felicidade preencheu meu peito fortificando tudo oqueeu sentia por ele. O sino toca e vamos pra sala o Chris ao meu lado não se conformava pelo meu relacionamento com o Alex mas ele não chegou mais a tocar no assunto ele apenas ficava emburrado, mesmo ele estando estranho ainda era fofo ver ele daquele jeito ainda por mim. Ás vezes eu parava e ficava olhando na situação, dois caras gostosões daquele jeito me querendo e me dava orgulho de mim mesmo pelo jeito que eles me queriam... O Chris que agora andava muito estranho antes me olhava quereno me comer a qualquer hora me agarrando sempre com a mão boba... E o Alex nessw sentido era mais discreto mesmo eu vendo o jeito que ele via meu bumbum qndo achava que não o fitava. O Alex era mais romantico era perfeito aquele jeito que ele me tratava mas eu olhava pro Chris lindo sarado gostoso daquele jeito... Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiihhhhhhh ás vezes eu pirava vendo ele só de cueca no meu quarto. Ele sabiaque me deixava louco e fazia aquilo de propósito.
Mas ascoisas com o Alex estavam bem a força que ele me deu no hospital foi muito importante pra minha recuperação.
Meu coração já não estava em conflito a ponto de me deixar doido como da ultima vez. Eu entro na sala colocando meus materiais e a vadia homofóbica entra na sala. Como eu odeio a Betty... Ele entra e llha pros alunos se assustando ao me ver... Eu aposto que ela tava amando tudo o que aconteceu comigo... VADIAAAAAAAAAAAA... Ela continuou me olhando e disse:
-Vc se recuperou bem? Está melhor Daniel?-ela perguntava que pra mim num tom bem petulante nem sei oq os outros ouviram ma pelo q ouvi me pareceu.
-Eu me recuperei bem sim, meus amigos me ajudaram muito...-ela me olhou por um tempo e logo disse se virando pra lousa:
-Que bom pois não temos tempo a perder com insignificâncias...-quando ela disse isso meu sangue ferveu... Eu não aguentava mais aquela velha e o Chris apertou a minha mão me acalmando... Eu quase fui morto na escola e ela achava aquilo insignificante? Que vagava do caralho meu... Eu só de raiva respondia todas as questões da matéria nova que ela explicava, ela perguntava coisas que a sala desconhecia e eu respondia com um sorrisinho no rosto amava estragar seus métodos de ensino desse jeito, mas ela perguntava originalmente sendo uma pergunta retórica e eu respondendo só pra deixala com raiva... Eu amava estudar e história era uma matéria que eu tinha um carinho especial devido a minha professora favorita hahaha.
As aulas foram se passando e meus professores me desejavam melhoras, o recreio (sei que o certo a dizer é intervalo mas eu gosto de recreio kkk) já havia começado e eu tinha que ir a sala do diretor Roberto.
Logo quando cheguei na sala dele ele foi super receptivo e ficando muito feliz com a minha melhor. Conversamos sobre minha recuperação de notas e logo após sobre o que tinha ocorrido comigo... E ele disse:
-Daniel eu queria que vc soubesse que quando a escola pediu para que o caso não fosse divulgado judicialmente foi contra a minha vontade. O heitor e os patrocinadores do colégio que decidiram optar por esse lado eu achei uma monstruosidade deles quererem esconder o que aconteceu.-ele dizia isso pra mim com muita sinceridade. O pior é que esse repercutiu muito. Eu ainda não contei o que aconteu com o colégio... O caso chamou a atenção da mídia que caia encima da direção da escola e de meus pais que apenas quiseram se pronunciar pelo advogado. Devido a vários erros que a escola cometeu como suborno que ofereceu a minha familia o advogado estava movendo o processo para uma provavel indenização para meus pais... E a quantia era bem alta me deixando boquiaberto na conversa que tive com nosso advogado. Muitas coisas estavam acontecendo enquanto estava no hospital e ninguém me contavam dizendo que a preoculpação atrapalharia minha recuperação... Mas agora eu estava aqui vivinho da silva pra resolver esse problema...
Me despidi do diretor e fui pro pátio aproveitar o que me restava do recreio... Eu andava pelo corredor até ver o Lucas que passava a meu lado. Ele me olhou no fundo dos olhos e pude novamente ver aqueles olhos cor de mel extremamente claros.
O terror das lembranças logo inundou minha mente, e o pânico me dominou vendo o meu agressor a minha frente...CONTINUA
Esse ficou grande... Comentem gatinhos bjossss e me desculpem pelos erros gramaticais pois o conto ficou mto grande e me deu priguiça de revisar depois...