Oi pessoal :-) aqui embaixo está o capítulo derradeiro dessa história que adorei reviver, acima de tudo foi muito legal essa interação com vocês, principalmente no skype onde conversei com muita, mas muita gente, onde tivemos um contato mais pessoal, pude ver foto das pessoas que aqui comentavam e as pessoas também ficaram sabendo como sou. Sei que foi uma história muito simples e normal, mas como disse antes, não quis inventar algo pra ter o luxo de ter mais coisas pra escrever. Garanto que essa ventura que vivi foi especial, como foram todas que passei desde que me descobri, quem sabe começo uma nova série sobre algumas passagens da minha vida antes de chegar nesta fase da academia! Bom, vamos lá, aqui neste último capítulo responderei muitas perguntas que vieram pelo skype questionando com quem afinal estou hoje.
F. Cuiabá? - disse meio engasgando e tornei a repetir - Cuiabá? Sério você só pode estar brincando comigo amor, pára de fazer isso!
L. É verdade amor, to desesperado - dizia ele enquanto soluçava de tanto chorar.
F. Não, não pode ser verdade, seu pai ia cuidar aqui da loja da 9 de julho.
L. Era pra ser, mas ele disse que o cara que cuida daqui é o cunhado dele, e tipo, ele jamais tiraria o cara.
Comecei a chorar muito, me bateu um desespero saber que eu iria me afastar dele, que meu amor iria pra bem longe de mim. Nos abraçamos muito forte, em poucos minutos o carro embaçou totalmente. Eu olhava em seus olhos, bejava sua testa, com a mão no seu rosto eu dizia "não não não não não" num desespero profundo e verdadeiro. Sentia náusea e tonturas, as mãos suavam ao mesmo tempo que se encontravam geladas, ele observava todo esse meu mal-estar, mas a única atitude que podia fazer era me abraçar e chorar junto.
Após longos e dolorosos minutos, um pouco mais calmo, começamos a conversar. Porém ao final de cada frase sempre lágrimas escorriam. Saí do carro, encostei na porta buscando ar fresco e tentando digerir tudo aquilo. Era um fato novo na minha vida, e eu já pensava no dia de sua partida, que seria em uma semana. Eu precisava fazer algo.
F. Mora comigo?
L. Já tentei isso com meus pais amor, dizendo que eu ficaria na sua casa até conseguir alugar algo, eles negaram, meu pai não admite separar a família, minha mãe também queria ficar pois a vida ja está feita aqui. Só que meu pai não aceita.
F. Pelo amor de Deus minha vida, precisamos achar um jeito! Eu te imploro, não vá!?
L. Eu não quero ir, já briguei com meu pai, minha cabeça tá virando.
Virei ele e encostei-o no carro e lhe dei um abraço tentando protegê-lo do mundo, ficamos ali quietos, uns suspiros chorosos em pequenos espaços de tempo, o frio da madrugada começava a chegar, tornando tudo branco e úmido, mas ficamos ali, juntos, como se aquilo fosse nossos últimos momentos juntos. Eu olhava para o fim da rua mas sem fixar em nada, era um olhar distante e vago, tentando buscar uma solução que teimava a não vir.
Os primeiros raios de sol adentrou as árvores produzindo vultos luminosos na neblina, entramos no carro e antes de deixá-lo no trabalho passamos em sua casa pegar seus pertences, o rosto de sua mãe estava pálido, ela e seu filho se uniram num abraço que demonstrava uma tristeza mútua. Me peguei com os olhos lacrimejando.
Após deixar ele foi que percebi que havia perdido minha noite de serviço, o trauma havia sido tão forte que me desliguei de todos os meus deveres. Passei o dia tentando dormir, mas não conseguia, aquilo estava me angustiando, me perseguia, me tirava o ar e a paciência.
Passamos os três dias seguintes juntos nos momentos que davam. O silêncio predominava em todos os encontros, sofríamos juntos, chorávamos juntos, estava complicado. Em vários momentos passou pela nossa cabeça dele ficar, mas não conseguíamos chegar numa solução, até pensamos em ele vir pra cá depois alugando algo, mas era muito complicado.
Na última sexta-feira antes de partir jantamos pela primeira e ultima vez na casa de um dos meninos daquele casal que encontramos na festa do trabalho do Lucas, foi muito bacana, durante as conversas até eles ficaram emocionados que nós nos separaríamos.
No sábado prometi que iria dar a ele um ultimo dia e ultima noite especiais. Assim que acordou passei para pegá-lo em direção ao shopping, assistimos a um filme juntinho, e depois saímos cada um pra um lado para procurar um presente de despedida, teria que ser simples, porém que demonstrasse nosso amor. Lembro que tudo que eu via remetia a alguma lembrança nossa e me entristecia. Achei um coração de pelúcia em que havia um zíper que abria e dentro tinha um pequeno espaço, corri para a loja da Fujifilm e imprimi umas fotos nossas que havia no meu celular. Passei numa papelaria e pedi um cartão meio grandinho. Sentei na praça de alimentação e comecei a escrever. Ao terminar fiquei muito mal, em menos de 24 horas ele estaria longe, e a dor da perda tomava conta de mim, comecei a odiar seu pai, não entendia como uma pessoa poderia fazer isso, olhava os casais no shopping e invejava, seus sorrisos eram os que eu não tinha mais estampados no rosto.
Encontramos-nos e ele parecia partilhar da mesma tristeza, eu o olhava e chorava. Almoçamos, aliás, tentamos comer algo, mas a fome passava longe. Deixei-o em casa com a promessa de que no dia seguinte estaria ali pra me despedir. Ele então ficou ajudando seus pais nos preparativos das coisas que iriam ir para o caminhão.
À noite eu virava de um lado pra outro, ele mal me respondia as sms’s mas eu sabia que estava atarefado, eu sentia um nó no estomago, assisti um filme aqui, uma serie mas nada de dormir, já se passavam das 4 da manhã e não aguentando mais aquele quarto me sufocando parti para o carro e rumei pra aquele mesmo lugar onde tudo começou: o alto da montanha no Bosque dos ipês.
Parei de frente com a cidade, coloquei no radio a mesma musica que ele cantou pra mim na festa e ali comecei a chorar copiosamente. Lembrei ali de todos os detalhes da vez que levei-o ali. Aquele lugar parecia carregado de lembranças fortes, era ali o local do nosso primeiro beijo, era ali que mais tarde eu descobri quem seria o amor da minha vida, eu alternava momentos de tristeza com momentos de raiva.
Por mais incrível que pareça começou uma leve chuva, como aquele dia, desta vez não estava frio, mas meu coração parecia estar gelado. Com nossas fotos na mão comecei a olhar com detalhes pra cada uma, cada expressão de felicidade em nossos rostos, me peguei perguntando pra Deus o porquê de separar algo tão bonito enquanto tantos casais infelizes dividiam o mesmo lar. Peguei-me a minha fé de que temos passagens pela Terra, e eu ei de encontrar ele novamente, que nessa vida nossa missão foi essa, de se amar, mas que ainda lá na frente, não importa em que vida, vou reencontrar ele e saberei.
Com os olhos fechados ia curtindo as músicas que foram trilha sonora de nossa historia quando meu tablet avisou que havia uma nova mensagem no facebook, era ele e dizia que estava tentando me telefonar pois não conseguia dormir, mas eu não o atendia, lembrei que deixei o aparelho em casa. Ao responder e perceber que eu não estava em casa perguntou onde estava, disse que tinha saído esfriar a cabeça, eu não queria incomoda-lo, ele insistiu mas mesmo assim não disse a ele. Ele desconectou com raiva.
Passados uns 20 minutos vi um farol apontando pelo retrovisor, estranhei pois ali ainda era sem casas. Um taxi parou ao meu lado e lá desceu Lucas com uma sacola, lindo fisicamente, mas frágil emocionalmente. Eu muito surpreso fiquei, mas minha felicidade era imensa, ele entrou no carro e já me deu sua característica bronca
L. Quando eu pergunto me responda, você sabe que vou atrás de te achar!
F. Como você me achou amor?
L. Esqueceu que o face mostra de onde foi enviado a mensagem, apareceu La que você estava próximo a Itatiba e ali foi fácil saber aonde iria te encontrar!
F. Você é perfeito amor, eu precisei sair daquele quarto, aquilo parecia uma prisão. Eu posso até demonstrar estar bem, mas não estou, nunca menti pra você, não vai ser hoje que vou fazer isso.
L. Amor nunca deixe de me amar, te imploro! – disse já chorando.
F. Nunca! Impossível te esquecer meu anjinho.
Abraçamos-nos, e ali, no mesmo lugar e do mesmo jeito que começou, estava chegando o fim.
Ficamos ali, um leve choro de ambos, e leves sussurros de “te amo”. Olhávamos para a mesma cidade iluminada abaixo de nós, mas ali não nos sentíamos mais donos do mundo, aquilo que foi lindo 5 meses atrás, naquele momento era uma cidade triste e vazia, ali continuaria a ser meu lar, mas minha vida estava indo embora.
Aproveitamos e trocamos nossos presentes, recebi dele um álbum com as fotos que ele tinha, cada foto com sua legenda escrito em baixo lembrando o que cada uma significava, também meu deu seu restinho de perfume para que no momento de saudade eu lembrasse do seu cheiro. Entreguei o presente a ele, que amou o coração, e assim leu a carta.
“Meu amor; não sei nem por onde começar, não sei se falo da saudade que vou sentir, ou da alegria por ter tido você em minha vida, to tremulo, angustiado, mas se é pra ter uma lembrança minha, que seja uma feliz. Eu agradeço você meu amor, por me trazer vida, agradeço você meu amor, por me fazer tão feliz, eu agradeço você meu amor, por muitas vezes deixar sua vida de lado pra me acudir nos meus problemas, eu agradeço você meu amor, por ter me escolhido, agradeço você, por me fazer sentir tão amado! Eu tenho guardado em meu coração todos nossos momentos, desde os pequenos até os mais fortes, cada um com sua infinita importância! Você foi tão importante pra mim que até nas nossas brigas me fez aprender algo, sim, aprendi com elas, até mesmo no ano-novo você me deu chance de saber perdoar, por isso você é tudo, nunca me esqueça, eu nunca te esquecerei, conversamos de continuar o namoro a distancia, e chegamos à conclusão que não daria certo, e sei que é o certo, por mais que me doa, por mais que eu não sei como começar a abrir mão de você. Te quero feliz, quero ficar sabendo que você cresceu na vida, quero ficar sabendo que você se formou, que você conquistou algo na sua vida, pois torço pra você meu príncipe. Eu te amo, e é pra sempre! Você foi meu melhor momento da vida, tudo dura o tempo necessário pra se tornar inesquecível, e você se tornou isso, inesquecível! Te amo te amo e te amo. Cuidado com quem vai se envolver meu bebê, me preocupo com você, e nunca perca contato comigo, e você que sempre dedicou musicas pra mim, hoje dedico uma pra você!
Minha vida,minha história
Só fez sentido, quando Te conheci
Seus olhos, Sua face,
Me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em Você me acho
Nem dá pra disfarçar
Preciso dizer Você faz muita falta
Não há como explicar
Foi sem Você que eu pude entender
Que não é fácil viver sem Te ter
Meu coração me diz que não
Eu não consigo viver sem você.
Lucas, nunca esqueça que passei na sua vida, te amei com todas as forças, cada TE AMO foi puro e sincero, cada olhar foi verdadeiro.”
Tentou ali em silencio absorver tudo o que leu, cada frase lida tinha que ser interrompida pra enxugar as lágrimas que insistiam cair. Ao terminar debruçou em seus joelhos e chorou alto, abracei-o por completo e ali me uni nas emoções.
Terminamos a noite nos amando em beijos apaixonados. Cochilamos ali mesmo, e ao acordar ambos perceberam que havia chegado a hora.
Deixei-o na sua casa na promessa que voltava em uma hora. Em casa durante o banho socava levemente a parede numa frustração terrível. Me arrumei e parti pra sua casa.
Ao chegar seus familiares se despediam, era clara a tristeza de todos, menos do Sr André, que parecia feliz com a nova empreitada. Encontrei Lucas com seus primos no quarto, quando cheguei agi naturalmente.
F. Oi pessoal
Todos: Oi
L. Oi amor!
Gelei, seus primos não sabiam da gente, e ele ali se entregando.
L. Amor contei a eles – disse ao perceber minha cara de espanto.
F. Hum – fiz meio envergonhado e sem saber o que dizer, todos riram da minha cara.
Luana. Bom galera vamos deixar os dois juntos – e todos saíram.
L. Amor eu não quero ir, eu estou desesperado, tanto que precisei contar a eles. Está sendo o momento da vida mais difícil pra mim, só queria te agradecer por tudo que fez pra mim, por tudo que foi, você transformou minha vida pra melhor. Nunca vou te esquecer, me prometa que assim que tiver com alguém me avisa, sei que vou sofrer muito, mas quero que busque alguém pra suprir a minha ausência, e espero de coração que esse alguém seja melhor que eu, pois você merece!
F. Para amor, não quero ninguém, eu não consigo aceitar que você vai, imagina aceitar achar alguém pra ficar no seu lugar
Cheguei e o abracei tão forte que Le até fez “ai”, funguei em seu pescoço e busquei pela última vez aquele cheiro que me acalmava. Seu toque buscava acariciar meu cabelo tentando se mostrar forte, mas seus suspiros o condenava. Cochichei em seu ouvido que amava, ele em troca começou a cantar suavemente. (vou colocar a tradução)
Você disse "eu te amo, babe" sem um som,
Eu disse que daria minha vida por apenas um beijo,
Eu viveria por seu sorriso e morreria por seu beijo.
Lembra de ontem- caminhando de mãos dadas,
Cartas de amor na areia - eu lembro de você.
Através das noites sem dormir e cada dia interminável,
Eu queria ouvir você dizer - eu lembro de você.
Ficamos ali em pé juntinhos por longos minutos relembrando tudo, mas seu quarto vazio mostrava a triste realidade. Nosso momento só foi quebrado quando sua mãe gritou que estava na hora de partir, a partir dali o choro foi angustiante, ele me olhava nos olhos e dizia que me amava, me pedia pra não o deixar ir. Colocou sua mão na cabeça e olhando pro chão, dizia ser um pesadelo, que queria acordar logo, que é impossível viver sem mim, eu retribuía da mesma forma, com o mesmo desespero. Mas sabíamos que era tudo em vão
Sua mãe gritou novamente, a temida hora havia chegado.
L. Eu te amo Filipe.
F. Eu te amo, Lucas, muito.
L. Me liga sempre?!
F. Difícil vai ser eu desligar a ligação!
L. Faz uma coisa pra mim?
F. Tudo!
L. Não me olha partir, saia antes. Vai ser melhor pra mim.
F. Não amor, não me peça isso.
L. Por favor, me ajude.
F. Tá – foi o único som que saiu assim que comecei a chorar
Demos um longo e triste beijo e saí dali, olhei pra ele no batente e ele chorando me olhava. Sem falar nada virei e parti pro carro.
Sentei, com a cabeça no volante respirei fundo, liguei o carro, virei a esquina e parei, ali escondido, vi Lucas olhar pra casa, olhar pro céu, olhar em direção as montanhas do Bosque e entrar no carro. E segundos depois seu carro partiu em direção oposta, e após três quarteirões virar à esquerda, pra nunca mais sentir seu beijo.
aff foi dicifil escrever isso :'(
hoje me encontro com um rapaz chamado Cauã, alias estava pois ele terminou comigo, o motivo é que ele sempre soube que amo o Lucas, ele ontem pediu pra voltar, mas não quero usar ele pra esquecer uma pessoa, então recusei. mas hoje fiquei muito feliz, eu havia até perdido contato com o Lucas pos pedi pra ele nao me ligar mais pois eu estava tenta do esquece-lo, mas ele mandou uma mensagem tão linda e me dizendo que virá visitar a familia. Entao estou mega ansioso pr feriado de pascoa! Quem sabe eu posso cntar algo pra vocês, claro, se quiserem